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Empresa do ex-automobilista faturou a bolada devido a um aditivo de contrato assinado em 2019 com o Ministério da Agricultura, e pode ganhar mais até 2026
Por POLÍTICA JB com Revista Forum
Raphael Sanz -O ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet fez um pix de R$501 mil reais para a campanha de Jair Bolsonaro (PL) e se tornou seu maior doador no quesito “pessoa física”. A doação está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e veio a público nessa sexta-feira (26), cerca de um mês depois que sua empresa faturou R$ 6.683.791,80 por conta de um contrato assinado em 2019 com o Ministério da Agricultura, sem licitação.
O contrato foi firmado, à época, com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ligado ao Ministério, e previa o fornecimento de equipamentos de manutenção para as estações meteorológicas. O valor contratado junto à Autotrac Comércio e Comunicações, empresa que Piquet preside, foi de R$ 3,5 milhões, mas em dezembro de 2020 o governo concedeu um termo aditivo que fez com atualmente o total superasse os R$6,6 milhões.
De acordo com a coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles, é possível que as cifras aumentem uma vez que há previsão de aditivos ao contrato até 2026. No entanto, apesar das altas cifras, a Autotrac tem uma dívida de R$ 6,3 milhões com a União.
De qualquer forma, ficam mais do que explícitas as razões do bolsonarismo ferrenho de Nelson Piquet e seu apoio à reeleição de Jair Bolsonaro. É inesquecível, por exemplo, o episódio em que o tricampeão dirigiu o Rolls Royce do presidente no desfile de 7 de setembro do último ano, dia em que o presidente testou narrativas golpistas e conspiratórias diante dos seus apoiadores.
Recentemente o ex-automobilista bolsonarista fez uma declaração racista sobre o piloto inglês Lewis Hamilon, heptacampeão mundial de Fórmula 1. A Justiça não o encontra há semanas e ainda não conseguiu intimá-lo. Se condenado, pode ter que desembolsar R$ 10 milhões em multas e indenizações a Hamilton. Além disso, ele pode ser banido de ambientes da F1 por conta do comportamento racista.
Ao todo, a campanha de Bolsonaro recebeu R$1.171.435,88 de pessoas físicas. Além do meio milhão de Piquet, outra doação de peso foi a do empresário gaúcho e vice-prefeito da pequena cidade de Não-me-toque, Gilson Lari Trennepohl. Sua doação foi de R$350 mil. A campanha ainda recebeu R$10 milhões do PL, oriundos do Fundo Partidário.
247- O Ministério Público Federal (MPF) pediu nesta quinta-feira (3) a abertura de um inquérito policial contra Nelson Piquet, por declarações antidemocráticas contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o processo eleitoral brasileiro. O MPF pediu que Piquet seja investigado sobre possível incitação pública a crime e ao conflito entre as Forças Armadas e os poderes constituídos. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Piquetdefendeu a morte do ex-presidente e falou em botar "Lula lá no cemitério".
De acordo com aCNN Brasil, o procurador Paulo Roberto Galvão de Carvalho afirmou que "as declarações proferidas por Nelson Piquet, em análise preliminar, aparentam não se limitar a meras expressões de opinião a respeito do governo eleito – situação em que seriam constitucionalmente asseguradas -, podendo constituir de forma concreta formas de incitação dirigida à população em geral, voltadas tanto à prática de violência contra o candidato eleito, assim como à animosidade entre as Forças Armadas e os poderes constituídos".
"Nessa linha, há fortes elementos extraídos das circunstâncias em que foram proferidas as declarações que autorizam a necessidade de investigação dos fatos", disse o procurador.
"Em segundo lugar, tratando-se de pessoa de notoriedade pública, também deveria ser sabido que as declarações teriam o potencial de alcançar centenas de milhares de pessoas, como de fato o fizeram. Em terceiro lugar, e como já exposto, as declarações teriam sido proferidas no bojo de manifestações em que parcela dos participantes de fato demandava a não admissão do governo eleito, inclusive com a formulação de pedidos de intervenção às Forças Armadas", continuou.
"Portanto, era facilmente deduzível ao representado que suas declarações poderiam – como ainda podem – realmente incitar a prática de atos concretos de violência contra o governante eleito ou contra o governo eleito", acrescentou.
O ex-piloto brasileiro Nelson Piquet, de 70 anos, participou das manifestações bolsonaristas contra a derrota de Jair Bolsonaro (PL) na disputa à reeleição. Um vídeo do tricampeão mundial de Fórmula 1 ao lado de um apoiador do presidente começou a circular nas redes sociais na tarde desta quarta-feira. "Vamos botar esse Lula filho de uma p* para fora disso", diz Piquet no vídeo. Ao fim da gravação, o eleitor de Bolsonaro repete o lema nazista do presidente, "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos", e o ex-piloto completa a frase dizendo "E o Lula lá no cemitério, filho de uma p*."
Piquet fez uma doação de R$ 501 mil para a campanha de Bolsonaro. A informação, registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), veio a público no fim de agosto, transformando o ex-piloto e empresário no maior doador "pessoa física" do presidente à época.
Ainda em agosto, a empresa de Piquet, a Autotrac Comércio e Comunicações, recebeu um aditivo de cerca de R$ 6,6 milhões, correspondente a um contrato assinado em 2019, sem licitação, com o Ministério da Agricultura. O favorecimento veio apesar de a empresa dever impostos.
[Para avaliar quão Piquet é capacho, desleal, desonesto e praguejador, leia:]
NELSON PIQUET PAPARICA BOLSONARO EM MEIO A RISCO DE PERDER NEGÓCIO COM GOVERNO FEDERAL
Condenação de empresa do ex-piloto em processo tributário coloca em perigo contrato milionário com o Inmet
Piquet é eleitor de Bolsonaro desde o primeiro turno, em 2018. Naquele ano, foi aplaudido e chamado de “mito” durante uma reunião da área comercial da empresa que preside, a Autotrac, quando disse, para risos da plateia: “Quem é o viado aqui que vai votar nesse PT?”.
Ele também gravou vídeos de apoio para candidatos bolsonaristas. “Tereza Cristina, nós estamos esperando você aqui em Brasília para ajudar o Bolsonaro a botar esse país em ordem, viu?”,ele pediu, se dirigindo à política do DEM de Mato Grosso do Sul que se elegeu deputada federal, mas nem assumiu o cargo — foiconvocada a ser ministra da Agricultura ainda em fins de 2018.
Tido como um piloto cerebral e disposto aatitudes antidesportivas para vencer nas pistas, Piquet, atualmente empresário, tem bons motivos para paparicar Bolsonaro. Uma de suas empresas, a Autotrac, travou uma batalha legal contra a União ao longo de mais de uma década. Ela terminou em maio passado, e a Autotrac perdeu: o Superior Tribunal de Justiça, o STJ, acondenou a pagarcontribuições previdenciárias que deixou de recolher. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, a PGFN, então,enviou ofício à Receita Federalinformando sobre a decisão e determinando que o órgão, subordinado ao Ministério da Economia, cobrasse a dívida da Autotrac.
Sem esperanças nos tribunais, a Autotrac, uma fornecedora de serviços de rastreamento via satélite de caminhões de que Piquet épresidente e garoto-propaganda, se vê ameaçada não apenas de ter que arcar com uma dívida grande, como também de perder umcontrato de R$ 3,5 milhões anuaiscom o governo federal, firmado sem licitação em 2019, no início do governo Bolsonaro. Mais especificamente, com o Instituto Nacional de Meteorologia, o Inmet, subordinado ao ministério comandado por Tereza Cristina.
A dívida tributária da Autotrac é mantida em sigilo pelas autoridades, mas é razoável estimar que é grande: a empresa deixou de pagar contribuição previdenciária sobre uma série de direitos de seus funcionários (são mais de 300, atualmente) ao menos desde 2011.
Após a condenação, o STJ enviou intimação à Receita Federal. Com isso, o órgão irá enviar carta-cobrança à empresa, na qual irão constar o valor da dívida e as condições de pagamento. Caso a Autotrac não pague ou opte por negociar, a Receita Federal inicia um processo de execução fiscal e inclui o débito na Dívida Ativa da União. Se isso ocorrer, a empresa de Piquet não poderá renovar nenhum dos contratos que mantém com entes públicos, inclusive o que tem com o Inmet — o único, atualmente, com o governo federal.
Por ser uma sociedade anônima, a Autotrac é obrigada a publicar balanços e divulgar seu faturamento, auditados pela consultoria Deloitte. Na mais recente assembleia geral, em março, a companhia informou que o lucro líquido apurado em 2020 foi de R$ 61,7 milhões. Por ser dono de 75,8% das ações da Autotrac, Piquet receberá da empresa a maior parte dos dividendos distribuídos por ela, que esse ano somam R$ 50 milhões.
Mas o contrato com o Inmet certamente não é desprezível: garante pagamentos de R$ 295 mil todo mês à empresa e prevê renovações seguidas e anuais até 2026. A próxima será discutida no vencimento do acordo, em 29 de novembro — ou seja, em menos de 60 dias.
Dá para entender a angústia de Piquet.
O Rolls Royce presidencial, com Piquet ao volante, no 7 de setembro: episódio mais recente da bajulação explícita do ex-piloto ao presidente de extrema direita. Foto: Pedro Ladeira/Folhapress
Contrato sigiloso, dívida monumental
A inexigibilidade de licitação é permitida pela lei em casos específicos — por exemplo, quando a empresa contratada não tem concorrentes no mercado. Mas não é possível saber o motivo da dispensa de concorrência. O processo foi classificado como restrito no sistema do Ministério da Agricultura e, por isso, os documentos que embasam a dispensa de licitação não são públicos. Os contratos até estão disponíveis na página de transparência do site do Inmet, mas omitem os nomes dos representantes da empresa contratada.
A Autotrac foi condenada a pagar contribuições previdenciárias sobre o décimo-terceiro salário proporcional, aviso prévio indenizado, horas extras, adicionais noturno, de periculosidade, de insalubridade e de transferência. A empresa deixou de recolher esses tributos em 2011, quando ajuizou a primeira ação esperando escapar do pagamento deles.
Com o passar do tempo — e dos recursos judiciais — o caso chegou ao STJ, que o julgou em maio. Decisões monocráticas como a do ministro Gurgel de Faria nesse caso só são habituais, no STJ, em questões sobre as quais exista jurisprudência pacificada — ou seja, em que a corte tenha um entendimento sólido e convergente sobre a questão.
Os advogados da Autotrac podem questionar a decisão do STJ no Supremo Tribunal Federal. Mas, para isso, seria necessária uma nova ação judicial que questione a contribuição previdenciária em si. Ela não teria, contudo, o efeito de suspender os débitos que já existem. Um integrante do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, o Carf, tribunal administrativo ligado ao Ministério da Economia, comentou o assunto sob a condição de sigilo e me explicou que o cálculo de uma dívida do tipo depende basicamente de dois fatores: o tempo decorrido sem recolhimento e o tamanho da folha de pagamento da empresa.
O valor da dívida pode chegar às centenas de milhares de reais, uma vez que a Autotrac possui mais de 300 funcionários e ficou sem recolher as contribuições durante quase 11 anos. Questionei a PGFN, que me respondeu apenas que “tal valor será calculado pela Receita Federal e discriminado no momento do lançamento”.
A Receita irá retomar a cobrança agora que foi intimada da decisão judicial, abrindo prazo de 30 dias para pagamento ou parcelamento da dívida. No entanto, o ofício da PGFN enviado à Receita Federal em 18 de agosto — três meses após a decisão do STJ — indica que a retomada da cobrança ainda não havia ocorrido. Amparada no artigo 198 do Código Tributário Nacional, que prevê o sigilo fiscal do contribuinte, a Receita Federal não informou o valor da dívida e me disse que não comenta casos específicos.
Para estar apta a renovar o contrato com o Inmet em novembro, a Autotrac precisará apresentar uma certidão negativa de débitos relativos aos tributos federais e à Dívida Ativa da União, atestando que a empresa não deve impostos ao governo federal. Durante os anos em que questionou os débitos tributários na justiça, a Autotrac assinou contratos públicos apresentando uma certidão positiva com efeitos de negativa, o que significa que ela tinha uma dívida com a União sob disputa judicial. Agora que o caso foi encerrado e a empresa foi condenada, não será mais possível enquadrá-la nessa categoria.
No meio tempo, uma esperança surgiu no horizonte. Mesmo que a Autotrac seja inscrita na Dívida Ativa da União, contará com condições favoráveis para quitar o débito. Em 22 de setembro, oDiário Oficial da União publicou portaria da PGFNreabrindo o prazo para adesão ao Programa de Retomada Fiscal, instituído em setembro de 2020 como forma de estimular empresas afetadas pela pandemia a quitarem suas dívidas com o governo.
Piquet esteve com Bolsonaro no 7 de setembro e em abril passado, levado ao Palácio da Alvorada por Luciano Hang, o véio da Havan.
A modalidade de transação extraordinária, acessível mesmo a empresas que não sofreram com a pandemia, prevê o pagamento de uma entrada correspondente a apenas 1% do total da dívida, dividida em até três vezes. O restante do valor — no caso de débitos previdenciários — pode ser parcelado em até 60 vezes, ou seja, em cinco anos. Conforme as regras definidas na Portaria 11.496, empresas inscritas na Dívida Ativa da União até 30 de novembro deste ano poderão aderir ao programa até 29 de dezembro.
Ter a Receita Federal sob controle, convém lembrar, está entre as prioridades de Jair Bolsonaro. O órgão é parte relevante nas investigações sobre transações suspeitas envolvendo os filhos parlamentares Flávio e Carlos, as ex-mulheres Ana Cristina Valle e Rogéria Bolsonaro e ex-funcionários dos gabinetes da família.
Em agosto, Bolsonaro publicou um decreto em que afrouxou os critérios para a nomeação de corregedor do órgão, abrindo espaço para a indicação de um auditor fiscal aposentado que é o preferido do senador Flávio Bolsonaro, do Patriota do Rio, para o cargo.Segundo o Valor, Dagoberto da Silva Lemos participou em julho de uma reunião com Flávio e Jair Bolsonaro para discutir sua futura atuação como corregedor da Receita.
Piquet, também ansioso por uma solução da Receita para os problemas da Autotrac, certamente teve tempo para explicá-los ao presidente — não apenas em 7 de setembro, mas já desde abril, quando o empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, o levou para umavisita dominicalao Palácio da Alvorada.
Procurei Piquet e a Autotrac desde 27 de setembro para que dessem explicações sobre o caso narrado nesta reportagem. Enviei três e-mails e falei ao telefone três vezes com a assessoria de comunicação, mas não tive qualquer resposta. Enquanto isso, Piquet se tornou alvo de memes na internet, que o compararam até a motorista do Uber presidencial. Mas que importa aparecer como lacaio do presidente, afinal, se isso pode valer a solução de um grande pepino tributário e a renovação de um contrato polpudo? [Publicado in 4 de Outubro de 2021]
"É preciso que vocês também tenham bom senso senão a gente vai fazer o que a lei está determinando. Na verdade, a gente está prevaricando", diz o coronel Hudson Leôncio Teixeira, inimigo da claridade. E lugar de arruaceiro, de golpista, é na cadeia. Todo golpe tem listas estaduais de presos. Tem lista nacional de lideranças marcadas para morrer
Agenda do Poder-Vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que um comandante da Polícia Militar do Paraná admite a um grupo de bolsonaristas pró-golpe que está “prevaricando” ao permitir o bloqueio parcial de uma rodovia. Bolsonaristas bloqueiam estradas desde o último domingo (30), quando foi anunciada a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL).
O crime de prevaricação acontece quando funcionários públicos atuam de forma ilegal de forma a atender interesses particulares. Descreve o artigo 319 do Código Penal: “Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”.
Nos protestos ilegais, os manifestantes pedem por “intervenção militar” e novas eleições. No vídeo, o coronel Hudson Leôncio Teixeira diz que os manifestantes precisam ter “bom senso” e respeitar o direito de ir e vir —a fala é similar ao que foi dito pelo presidente Jair Bolsonaro.
Durante a negociação, o coronel sugere que o grupo ocupe apenas uma faixa da PR-151 em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Ele ainda admite que “já deveria ter feito isso ontem” se referindo à liberação total da rodovia.
“É preciso que vocês também tenham bom senso senão a gente vai fazer o que a lei está determinando. Na verdade, a gente está prevaricando. Já deveria ter feito. Vamos começar a fazer multa para todo mundo, multa de trânsito e aquela multa de R$ 100 mil”. A notícia é do UOL.
A supremacia branca inimiga da democracia, da liberdade, do voto soberano do povo
O povo deixou clara sua vontade nas urnas e aguarda com ansiedade pelo restabelecimento da ordem democrática
por Paulo Moreira Leite
A mensagem da transição política entre os governos Lula e Bolsonaro não pode ser escondida.
Lula venceu a eleição -- nos dois turnos -- e será empossado com apoio consistente da maioria dos brasileiros e brasileiras, ampla o suficiente para dissuadir setores que hesitavam entre o respeito à democracia e uma adesão ao golpismo.
Na reta final da campanha, a clareza da vantagem de Lula, em particular no primeiro turno, produziu o recuo de Bolsonaro -- após um misterioso sumiço de horas -- e de seus ministros e aliados, que tiveram o bom senso de se afastar do ex-presidente e tentar entender-se com a nova ordem.
Três dias depois da proclamação do resultado das urnas, no entanto, está claro que, na noite da clandestinidade, bolsonaristas e seus aliados construíram uma máquina de violência e destruição, ainda ativa até agora. Apenas no dia de ontem, havia 129 bloqueios e interdições em rodovias federais. Conforme o Estado de S. Paulo, "no auge do movimento o número chegou a 420" bloqueios, uma barbaridade mesmo quando se recorda a expressiva malha de estradas do país. Ontem, em São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Minas Gerais e Distrito Federal ocorreram manifestações com milhares de participantes, que pediam "intervenção militar" e anulação da eleição que deu vitória a Lula. No Ibirapuera, bairro de São Paulo onde funciona o Comando Militar do Sudeste, os bolsonaristas estabeleceram um acampamento de dias, e passam o dia a proferir ameaças selvagens à democracia. Longe de constituir um movimento espontâneo, está claro que se trata de uma articulação combinada e preparada com antecedência. Os piquetes na porta de quartéis e outras instalações militares foram anunciados por vídeos que circulam há dias pelas redes sociais, com orientação e instruções que não deixam dúvida quanto a seus métodos e objetivos.
Embora Jair Bolsonaro tenha feito um apelo público para que todos levantem acampamento para voltar para casa, a baderna permanece por horas -- o que indica uma situação de perda de controle, tão ou mais grave pelo risco que representa para a população. Trata-se de uma situação insustentável. O povo deixou clara sua vontade nas urnas e aguarda com ansiedade pelo restabelecimento da ordem democrática, indispensável para a formação de um novo governo. É disso que se trata, com a urgência que a democracia exige.
Alguma dúvida?
Quanto esse picareta deve de impostos e empréstimos apadrinhados nos bancos oficiais? Quantos reais repassou para a campanha de Bolsonaro? Tem olhos de psicopata
Sérgio A J Barretto
@SergioAJBarrett
Após virar motorista de um golpista e de fazer declarações abjetas e racistas contra Lewis Hamilton, agora Nélson Piquet sugere que o Lula deveria morrer? Não está na hora de se começar a prender essas pessoas?
Outro louco
Revista Fórum
@revistaforum
VÍDEO: Cássia Kis reza ajoelhada no asfalto, sob chuva, com bolsonaristas em ato golpista Imagens da atriz da Globo cercada por seguidores de Jair Bolsonaro, com um terço na mão e na porta do Comando Militar do Leste, no Rio, viralizaram nas redes
Piquet é eleitor de Bolsonaro desde o primeiro turno, em 2018. Naquele ano, foi aplaudido e chamado de “mito” durante uma reunião da área comercial da empresa que preside, a Autotrac, quando disse, para risos da plateia: “Quem é o viado aqui que vai votar nesse PT?”.
Ele também gravou vídeos de apoio para candidatos bolsonaristas. “Tereza Cristina, nós estamos esperando você aqui em Brasília para ajudar o Bolsonaro a botar esse país em ordem, viu?”, ele pediu, se dirigindo à política do DEM de Mato Grosso do Sul que se elegeu deputada federal, mas nem assumiu o cargo — foi convocada a ser ministra da Agricultura ainda em fins de 2018.
Tido como um piloto cerebral e disposto a atitudes antidesportivas para vencer nas pistas, Piquet, atualmente empresário, tem bons motivos para paparicar Bolsonaro. Uma de suas empresas, a Autotrac, travou uma batalha legal contra a União ao longo de mais de uma década. Ela terminou em maio passado, e a Autotrac perdeu: o Superior Tribunal de Justiça, o STJ, a condenou a pagar contribuições previdenciárias que deixou de recolher. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, a PGFN, então, enviou ofício à Receita Federal informando sobre a decisão e determinando que o órgão, subordinado ao Ministério da Economia, cobrasse a dívida da Autotrac.
Sem esperanças nos tribunais, a Autotrac, uma fornecedora de serviços de rastreamento via satélite de caminhões de que Piquet é presidente e garoto-propaganda, se vê ameaçada não apenas de ter que arcar com uma dívida grande, como também de perder um contrato de R$ 3,5 milhões anuais com o governo federal, firmado sem licitação em 2019, no início do governo Bolsonaro. Mais especificamente, com o Instituto Nacional de Meteorologia, o Inmet, subordinado ao ministério comandado por Tereza Cristina.
A dívida tributária da Autotrac é mantida em sigilo pelas autoridades, mas é razoável estimar que é grande: a empresa deixou de pagar contribuição previdenciária sobre uma série de direitos de seus funcionários (são mais de 300, atualmente) ao menos desde 2011.
Após a condenação, o STJ enviou intimação à Receita Federal. Com isso, o órgão irá enviar carta-cobrança à empresa, na qual irão constar o valor da dívida e as condições de pagamento. Caso a Autotrac não pague ou opte por negociar, a Receita Federal inicia um processo de execução fiscal e inclui o débito na Dívida Ativa da União. Se isso ocorrer, a empresa de Piquet não poderá renovar nenhum dos contratos que mantém com entes públicos, inclusive o que tem com o Inmet — o único, atualmente, com o governo federal.
Por ser uma sociedade anônima, a Autotrac é obrigada a publicar balanços e divulgar seu faturamento, auditados pela consultoria Deloitte. Na mais recente assembleia geral, em março, a companhia informou que o lucro líquido apurado em 2020 foi de R$ 61,7 milhões. Por ser dono de 75,8% das ações da Autotrac, Piquet receberá da empresa a maior parte dos dividendos distribuídos por ela, que esse ano somam R$ 50 milhões.
Mas o contrato com o Inmet certamente não é desprezível: garante pagamentos de R$ 295 mil todo mês à empresa e prevê renovações seguidas e anuais até 2026. A próxima será discutida no vencimento do acordo, em 29 de novembro — ou seja, em menos de 60 dias.
Dá para entender a angústia de Piquet.
Contrato sigiloso, dívida monumental
A inexigibilidade de licitação é permitida pela lei em casos específicos — por exemplo, quando a empresa contratada não tem concorrentes no mercado. Seguramente, esse não é o caso da Autotrac. Mas não é possível saber o motivo da dispensa de concorrência. O processo foi classificado como restrito no sistema do Ministério da Agricultura e, por isso, os documentos que embasam a dispensa de licitação não são públicos.
Os contratos até estão disponíveis na página de transparência do site do Inmet, mas omitem os nomes dos representantes da Autotrac. Mesmo assim, não é difícil achar as digitais de Piquet no mais recente deles, assinado em Brasília em novembro de 2020. Um trecho da assinatura que escapou da tarja preta da censura revela partes de um N e de um P de caligrafia conhecida: é o autógrafo do tricampeão Nelson Piquet.
A Autotrac foi condenada a pagar contribuições previdenciárias sobre o décimo-terceiro salário proporcional, aviso prévio indenizado, horas extras, adicionais noturno, de periculosidade, de insalubridade e de transferência. A empresa deixou de recolher esses tributos em 2011, quando ajuizou a primeira ação esperando escapar do pagamento deles.
Com o passar do tempo — e dos recursos judiciais — o caso chegou ao STJ, que o julgou em maio. Decisões monocráticas como a do ministro Gurgel de Faria nesse caso só são habituais, no STJ, em questões sobre as quais exista jurisprudência pacificada — ou seja, em que a corte tenha um entendimento sólido e convergente sobre a questão.
Os advogados da Autotrac podem questionar a decisão do STJ no Supremo Tribunal Federal. Mas, para isso, seria necessária uma nova ação judicial que questione a contribuição previdenciária em si. Ela não teria, contudo, o efeito de suspender os débitos que já existem. Um integrante do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, o Carf, tribunal administrativo ligado ao Ministério da Economia, comentou o assunto sob a condição de sigilo e me explicou que o cálculo de uma dívida do tipo depende basicamente de dois fatores: o tempo decorrido sem recolhimento e o tamanho da folha de pagamento da empresa.
O valor da dívida pode chegar às centenas de milhares de reais, uma vez que a Autotrac possui mais de 300 funcionários e ficou sem recolher as contribuições durante quase 11 anos. Questionei a PGFN, que me respondeu apenas que “tal valor será calculado pela Receita Federal e discriminado no momento do lançamento”.
A Receita irá retomar a cobrança agora que foi intimada da decisão judicial, abrindo prazo de 30 dias para pagamento ou parcelamento da dívida. No entanto, o ofício da PGFN enviado à Receita Federal em 18 de agosto — três meses após a decisão do STJ — indica que a retomada da cobrança ainda não havia ocorrido. Amparada no artigo 198 do Código Tributário Nacional, que prevê o sigilo fiscal do contribuinte, a Receita Federal não informou o valor da dívida e me disse que não comenta casos específicos.
Para estar apta a renovar o contrato com o Inmet em novembro, a Autotrac precisará apresentar uma certidão negativa de débitos relativos aos tributos federais e à Dívida Ativa da União, atestando que a empresa não deve impostos ao governo federal. Durante os anos em que questionou os débitos tributários na justiça, a Autotrac assinou contratos públicos apresentando uma certidão positiva com efeitos de negativa, o que significa que ela tinha uma dívida com a União sob disputa judicial. Agora que o caso foi encerrado e a empresa foi condenada, não será mais possível enquadrá-la nessa categoria.
No meio tempo, uma esperança surgiu no horizonte. Mesmo que a Autotrac seja inscrita na Dívida Ativa da União, contará com condições favoráveis para quitar o débito. Em 22 de setembro, o Diário Oficial da União publicou portaria da PGFN reabrindo o prazo para adesão ao Programa de Retomada Fiscal, instituído em setembro de 2020 como forma de estimular empresas afetadas pela pandemia a quitarem suas dívidas com o governo.
Piquet esteve com Bolsonaro no 7 de setembro e em abril passado, levado ao Palácio da Alvorada por Luciano Hang, o véio da Havan
A modalidade de transação extraordinária, acessível mesmo a empresas que não sofreram com a pandemia, prevê o pagamento de uma entrada correspondente a apenas 1% do total da dívida, dividida em até três vezes. O restante do valor — no caso de débitos previdenciários — pode ser parcelado em até 60 vezes, ou seja, em cinco anos. Conforme as regras definidas na Portaria 11.496, empresas inscritas na Dívida Ativa da União até 30 de novembro deste ano poderão aderir ao programa até 29 de dezembro.
Ter a Receita Federal sob controle, convém lembrar, está entre as prioridades de Jair Bolsonaro. O órgão é parte relevante nas investigações sobre transações suspeitas envolvendo os filhos parlamentares Flávio e Carlos, as ex-mulheres Ana Cristina Valle e Rogéria Bolsonaro e ex-funcionários dos gabinetes da família.
Em agosto, Bolsonaro publicou um decreto em que afrouxou os critérios para a nomeação de corregedor do órgão, abrindo espaço para a indicação de um auditor fiscal aposentado que é o preferido do senador Flávio Bolsonaro, do Patriota do Rio, para o cargo. Segundo o Valor, Dagoberto da Silva Lemos participou em julho de uma reunião com Flávio e Jair Bolsonaro para discutir sua futura atuação como corregedor da Receita.
Piquet, também ansioso por uma solução da Receita para os problemas da Autotrac, certamente teve tempo para explicá-los ao presidente — não apenas em 7 de setembro, mas já desde abril, quando o empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, o levou para uma visita dominical ao Palácio da Alvorada.
Procurei Piquet e a Autotrac desde 27 de setembro para que dessem explicações sobre o caso narrado nesta reportagem. Enviei três e-mails e falei ao telefone três vezes com a assessoria de comunicação, mas não tive qualquer resposta. Enquanto isso, Piquet se tornou alvo de memes na internet, que o compararam até a motorista do Uber presidencial. Mas que importa aparecer como lacaio do presidente, afinal, se isso pode valer a solução de um grande pepino tributário e a renovação de um contrato polpudo?
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A direção nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou nota na qual conclamou que é “hora de encerar de uma vez por todas os intentos contra o Estado Democrático de Direito no país”. A entidade considerou inaceitável a invasão dos prédios públicos e os ataques desferidos contra os Três Poderes realizados neste domingo (8).
Bolsonaristas golpistas depredaram prédios do Congresso, Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), o que levou o presidente Lula a intervir na segurança local.
Por conta da situação, o ministro do STF Alexandre de Moraes afastou Ibaneis Rocha (MDB) do cargo de governador do Distrito Federal.
“Além da depredação física, os ataques têm como objetivo o enfraquecimento dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e da Constituição Federal, que são os pilares do mais longevo período democrático da história brasileira”, diz a nota da entidade.
A OAB também cobrou ação das forças de segurança de acordo com as disposições legais.“Somente assim será possível buscar a pacificação necessária ao Brasil. Para isso, é preciso que os artífices dos levantes golpistas sejam identificados e punidos, sempre tendo acesso ao devido processo, à ampla defesa e ao contraditório”, prosseguiu.
A Ordem lembrou ainda que as liberdades de expressão e manifestação, protegidas pela Constituição Federal, não incluem permissão para ações violentas nem para atentados contra o Estado Democrático de Direito.
“A Ordem acompanhará os desdobramentos do episódio e está pronta para atuar, de acordo com suas incumbências legais e constitucionais, em defesa das instituições republicanas e das prerrogativas de advogadas e advogados que trabalharem nos casos decorrentes dos eventos deste domingo, usando para isso, inclusive, ações judiciais”, finalizou.
O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado cita o "vandalismo ocorrido no Distrito Federal" e "inúmeros prejuízos ao erário federal" para justificar o pedido
A idosa que Bia Kicis deu como morta em discurso
na Câmara dos Deputados
PF entra na mansão de Anderson Torres p/ apreender computadores, docs e outras provas
EriBarros
@EriBarros
O Brasil precisa ser passado a limpo, não é possível e nem há o que dialogar com fascistas, apoiadores e incentivadores do terrorismo. São criminosos e com tais devem sem tratados, não importa se tiveram milhões de votos.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, confirmou, hoje (10), que os órgãos responsáveis pela investigação do ataque às sedes dos Três Poderes, já identificaram alguns dos financiadores da ação.
Embora cerca de 1.500 pessoas tenham sido levadas para a Polícia Federal, o ministro ressalta que equipes especializadas estão interrogando e qualificando os crimes. Segundo ele, a expectativa é que, ainda hoje, à noite, divulgue-se um número definitivo de prisões.
O governo do Distrito Federal, por sua vez, divulgou uma lista com 277 nomes de pessoas presas. São 158 homens e 119 mulheres. Os golpistas foram levados para o Centro de Detenção Provisória 2, na Papuda.
A Polícia Civil afirma que, pelo menos, 15 crimes foram cometidos. Entre eles, estão golpe de Estado, dano a bem público e lesão corporal. O ministro Flávio Dino diz que os financiadores identificados poderão responder por associação criminosa (até três anos de prisão) e prática de crimes contra o Estado Democrático de Direito (até oito anos de prisão), tentando destituir um governo legitimamente eleito, entre outros delitos previstos no Código Penal brasileiro. O crime de golpe de estado pode implicar em até 12 anos de reclusão.
O número de presos deve aumentar. Na Academia Nacional de Polícia, há centenas de pessoas detidas que estão passando por uma triagem da Polícia federal para serem liberadas ou presas por envolvimento na depredação.
O Ministério também divulgou que recebeu, em 24 horas, 30 mil denúncias e informações sobre os terroristas que cometeram os atos de vandalismo na Esplanada dos Ministérios.
Segundo o secretário de Acesso à Justiça, Marivaldo Pereira, neste primeiro momento as apurações darão prioridade aos dados de quem financiou o envio de caravanas de radicais bolsonaristas para Brasília e os gastos dos acampamentos em frente a quartéis do Exército.
“Já foram identificados os primeiros financiadores, sobretudo em relação aos ônibus: aqueles que organizaram o transporte, que contrataram os veículos. Estas pessoas já estão todas identificadas”, disse Dino à imprensa.
Ele informou que, entre os financiadores, há desde pequenos comerciantes até empresários do agronegócio e indivíduos ligados a colecionadores, atiradores desportivos e caçadores.
A previsão é que o relatório da Advocacia-Geral da União com os nomes das companhias seja entregue ainda hoje (10) à Justiça Federal do Distrito Federal. O órgão vai pedir medidas cautelares para o bloqueio dos bens das empresas e solicitar que a Justiça reserve parte dos recursos para cobrir os estragos na Esplanada dos Ministérios.
“O que posso afirmar é que a investigação está em curso; já foram feitas as primeiras individualizações e, com isso, haverá o prosseguimento que cabe: a aplicação das sanções previstas em lei”, acrescentou o ministro.
Segundo Dino, os primeiros financiadores identificados estão espalhados por dez unidades federativas (a maioria do Sul e Centro-Oeste).
O novo foco dos investigadores está na ligação dos terroristas com líderes políticos que tenham articulado a vinda de bolsonaristas radicais a Brasília, no último fim de semana. Já se sabe que estes políticos mantiveram contato com os empresários que financiaram a ação.
Segundo a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, cerca de 1,5 mil pessoas foram detidas no local por envolvimento nos atos de vandalismo. O ministro Flávio Dino, contudo, disse que o número ainda não é definitivo.
“Tivemos a apreensão de aproximadamente 1,5 mil pessoas, mas agora estamos tratando das individualizações. Trata-se da maior operação de polícia judiciária da história do Brasil, mas não se trata de uma prisão em massa. É preciso identificar cada pessoa e o que ela fez. Temos equipes trabalhando nisso, fazendo as oitivas, lavrando autos de apreensão e de prisão em flagrante. Além disso, houve algumas situações humanitáriasque foram solucionadas ontem mesmo. Nossa expectativa é que, ainda hoje, à noite, tenhamos um número definitivo”, concluiu Dino.
Sem anistia
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou nesta terça-feira (10) que as instituições punirão “todos os responsáveis” pelos atos de terrorismo.
“Dentro da legalidade, as instituições irão punir todos os responsáveis, todos. Aqueles que praticaram os atos, aqueles que planejaram os atos, aqueles que financiaram os atos e aqueles que incentivaram, por ação ou omissão. Porque a democracia irá prevalecer”, declarou Moraes.
“Mas as instituições não são feitas só de mármore e cadeiras. São feitas de pessoas, de coragem, de cumprimento da lei. Não achem esses terroristas que até domingo faziam badernas e crimes, e que agora reclamam que estão presos querendo que a prisão seja uma colônia de férias. Não achem que as instituições irão fraquejar”, continuou Moraes.
Quase ao mesmo tempo, no Senado, o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) fez um discurso duro contra os atos de terrorismo – e também reforçou que ‘minoria extremista’ será identificada, investigada e punida.
Idosos, mulheres e crianças
Um ônibus com bolsonaristas detidos pela Polícia Federal deixou o ginásio da Academia Nacional da PF, no início da tarde desta terça-feira (10), em direção à Rodoviária Interestadual de Brasília. O grupo era composto principalmente por idosos com comorbidades. Mulheres com crianças também foram liberadas.
Eles estavam no local desde a manhã de segunda (9), após serem retirados do acampamento instalado no Quartel-General do Exército. Ao todo, 1,2 mil foram detidos. Cerca de 50 ônibus foram usados para levar o grupo para a Superintendência da Polícia Federal. O grupo levado à rodoviária já passou por triagem e foi liberado nesta manhã.
Desde a noite de segunda, a PF começou a liberar menores de idade, mulheres com crianças pequenas e idosos, que tiveram prioridade na triagem. A Polícia Federal ainda não divulgou um balanço de quantas pessoas foram soltas e quantas continuam presas.
Liderados pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), deputados bolsonaristas pedem garantia de direitos humanos a presos em atos. O ofício, enviado à Defensoria Pública da União e ao Ministério dos Direitos Humanos, cita pessoas que estariam sendo “tolhidas de condições básicas em termos de alimentação, hidratação e alojamento”.
Por meio de nota, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania disse que “expressa preocupação com todas as pessoas do país que se encontram presas”. Disse também que estaria monitorando as prisões.
55 ônibus apreendidos
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) interceptou e apreendeu, em menos de 24 horas, 55 ônibus envolvidos nos atos golpistas. O efetivo da PRF está estrategicamente distribuído em um “cinturão” viário que compreende as principais rodovias de acesso à capital federal. Em todos os casos, os passageiros são identificados e conduzidos para unidades da Polícia Federal.
Um ônibus apreendido em Santa Maria (DF), que seguia para Minas Gerais, tinha entre os passageiros dois policiais militares armados (um reformado e outro da ativa), que usaram spray de pimenta no interior do ônibus para causar tumulto.
Em outro caso, na mesma área, a vistoria encontrou estojos de bombas de gás lacrimogêneo já deflagradas, além de um cartão de acesso do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.
Responsabilidade governamental
A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, que comandava a Segurança Pública do Distrito Federal. Ele já foi exonerado da pasta, mas estava viajando para a Flórida (EUA), onde se encontra Bolsonaro, no momento dos atentados.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) também foi afastado do cargo. O governador pode ser punido com impeachment e até ser preso.
Policiais militares do Distrito Federal foram flagrados tirando selfies e até comprando água de coco durante os ataques golpistas em Brasília no domingo. As investigações ainda estão em andamento, mas esses agentes podem ser punidos com exoneração e até detenção, se for comprovado que infringiram regras do Código Militar.
Bethlucida2
@Bethlucida2
Os nazistóides do Brasil!!!
Frota 77
@77_frota
Deputado eleito Andre Fernandes divulgou o ato:
Luiz Müller
@luizm
ATENÇÃO!! O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Benedito Gonçalves, aceitou a denúncia para cassar os mandatos de: Eduardo Bolsonaro, Carla Zambelli, Bia Kicis, Gustavo Gayer, Nikolas Ferreira, Magno Malta e para prender o presidente Bolsonaro.
Militar da reserva do Exército, Adriano Camargo Testoni estava acompanhado da esposa, Evelise Rodrigues, em atos terroristas na Esplanada.
"Forças Armadas filha da puta. Bando de generais filha da puta. Vanguardeiros de merda. Covardes. Olha aqui o que está acontecendo com a gente", grita Testoni
O povo brasileiro está vivenciando um momento crucial para a história de toda a humanidade. O porvir dos embates que estão se desenrolando em nosso país vai ser também, em grande medida, determinante para o desenlace da luta global contra o ressurgimento do nazismo.
A análise da evolução histórica do capitalismo nos mostra que o fascismo é um dos recursos extremos ao qual as forças do grande capital apelam em seus intentos de aniquilar a resistência popular em períodos de sérias crises existenciais para esse sistema de exploração social. As peculiaridades adotadas pelo fascismo sofrem variações em função das especificidades presentes em cada povo, região ou momento em que o mesmo aparece.
No Brasil da atualidade, em razão de seu acentuado caráter racista, o fascismo apresenta-se com uma faceta mais afinada com o nazismo hitlerista do que com a vertente mussoliniana com a qual despontou na Itália. E, precisamos dizê-lo sem subterfúgios, em nossas terras tupiniquins, o nazismo se incorporou adotando as formas típicas do bolsonarismo. Para que não subsista nenhuma dúvida, o bolsonarismo é, sim, a feição com a qual a mais extremada corrente ideológica do grande capital se impôs em solo brasileiro. Portanto, para todos os efeitos práticos, um bolsonarista pode e deve ser equiparado a um nazista.
Porém, analogamente ao que sucedeu quando o movimento comandado por Adolf Hitler começou a ganhar expressão na Alemanha, é a inoculação virulenta de um ódio cego e doentio contra certos grupos humanos o que também dá o tom na aglutinação das forças da podridão bolsonarista no Brasil. Por aqui, a herança do colonialismo acentuou o ódio de classe a o acoplou à perfeição ao ódio de raça, uma vez que, entre nós, ser pobre e ser negro são quase que sinônimos.
Os pilares da ideologia bolsonarista, assim como os de sua inspiradora alemã, não se sustentam na verdade. No entanto, a essência de sua existência mentirosa jamais é admitida. Em contraposição a suas principais características efetivas, o bolsonarismo costuma adotar palavras e explicações inteiramente opostas aos objetivos práticos que persegue com tenacidade. Em outras palavras, é a hipocrisia que permeia, norteia e prevalece em tudo o que diz respeito ao bolsonarismo. Para melhor expressar este fenômeno, vamos dar umas breves pinceladas em alguns dos principais pontos desta nefasta maneira de ver e sentir o mundo.
Reconhecidamente, os bolsonaristas estão entre os maiores entreguistas que nossa pátria já produziu. Todos eles odeiam a mera possibilidade de imaginar que o Brasil se torne uma nação livre, independente e soberana. Segundo eles, nosso país e nosso povo deveriam se manter inteiramente subjugados ao domínio e aos interesses das grandes potências do capitalismo ocidental, em especial, dos Estados Unidos. Ultrapassando inclusive os desígnios de Donald Trump, os bolsonaristas cultivam irrestritamente a ideia do “America First” (“Os Estados Unidos em primeiro lugar”). O acolhimento do termo América em referência exclusiva aos Estados Unidos é outro ponto que reforça o nível de sua submissão ideológica a seus mentores estadunidenses.
Assim, já se tornou habitual na gestão bolsonarista de governo isso de vestir a camiseta amarela da seleção, cantar o hino nacional, gritar loas a nossa pátria, ao passo que o petróleo e nossas principais riquezas naturais vão sendo entregues a grupos capitalistas estrangeiros.
Não obstante serem notórios por seu elevado grau de depravação, a começar pelo de seu expoente máximo, por sua falta de apego à moralidade ou à ética, os bolsonaristas gostam de se apresentar como paladinos da defesa das tradições familiares e dos bons costumes. Porém, basta fazer uma sondagem pelos buscadores da internet para constatar que quase todos os casos recentes de podridão moral têm como protagonistas gente marcadamente associada ao bolsonarismo. Apesar disto, eles persistem na afirmação de que estão engajados numa guerra sem quartel em defesa da família, da moral e dos bons costumes.
No tocante à religião, o bolsonarista é um típico inimigo de tudo o que a figura de Jesus simboliza. Se o nome de Jesus está intrinsecamente ligado à justiça, à solidariedade, à fraternidade, à paz e ao amor, a motivação que impulsa os bolsonaristas vai em sentido diametralmente oposto. Os bolsonaristas vivem em função do ódio, da opressão, da guerra, da injustiça e do egoísmo. Se em seu legado de vida Jesus nos ensinou a repartir o pão e a amparar os mais necessitados, os bolsonaristas, por sua vez, cultuam a diabólica teologia da prosperidade, ou seja, aquela ideologia com a qual seus adeptos se aferram a seus mesquinhos interesses egoístas. Em outras palavras, não existe nenhuma possibilidade de ser seguidor de Jesus tendo por base essa desumana maneira de pensar.
Nos últimos tempos, vem-se evidenciando que a base de apoio do bolsonarismo político está constituída majoritariamente por seguidores de igrejas que se dizem cristãs, tanto de denominações evangélicas como católicas. Como admitir que um cristão de verdade seja também um bolsonarista convicto? Há uma contradição insuperável nessas duas categorias. Assim como ninguém pode servir a Deus e ao diabo ao mesmo tempo, não existe nenhuma possibilidade de se estar bem com Jesus e com o bolsonarismo. O bolsonarismo sintetiza a perversidade contra a qual Jesus sempre lutou.
Nenhuma pessoa em sã consciência refutaria que os postulados da famigerada teologia da prosperidade vão inteiramente na contramão de tudo o que Jesus sempre pregou em sua vida. Aqueles que se atrevem a fazer a defesa do bolsonarismo por meio do nome de Jesus sabem que estão agindo sorrateiramente para inculcar nos mais incautos valores que têm muito mais a ver com a maldade inerente ao capitalismo selvagem, com a essência do nazismo, ou seja, do bolsonarismo.
Portanto, não devemos permitir que nenhum bolsonarista possa se valer da manipulação para impor interesses que atentam contra o conjunto de nossa nação. Nosso povo aspira a um mundo de justiça, de solidariedade, de amparo aos mais carentes, de amor e de paz. Para contribuir com a luta no rumo desses objetivos, devemos travar uma forte batalha contra os preconceitos do nazismo e de sua versão brasileira, o bolsonarismo. Por mais que faça uso deturpado da linguagem, o bolsonarismo se caracteriza pela maldade que lhe é intrínseca.
Todos os que nos interessamos pelo estudo da linguagem temos clareza do poder que as palavras exercem sobre nossa própria mente. Muitas vezes, elas são empregadas com o propósito de autoengano, buscando justificar um posicionamento em favor de causas que sabemos não serem dignas. Em vista disto, cabe a cada um de nós desmascarar a hipocrisia praticada pelos bolsonaristas na tentativa de suavizar sua consciência diante das atrocidades induzidas por suas práticas malignas.
Esse é Ronaldo Travassos do GSI que disse que ia matar os "vizinhos que fazem o L" e que o Lula não sobe a rampa de jeito nenhum. Ele pediu pra que seu nome e imagem não fossem divulgados. Então compartilhem que ele não que ter seu nome divulgado. Vamos
Nikolas do time golpista. Prometendo que Bolsonaro, quatro anos parado, "na hora certa irá agir". Esse Ferreira precisa explicar que ferro promete para o povo livre e democrata. Basta de ameaça de guerra civil, de golpe sangrento. Ditadura nunca mais https://talisandrade.blogs.sapo.pt/tag/sangreira
Nikolas Ferreira
@NikoIasFerreira
Estamos confiantes que na hora certa o capitão irá agir, quem mais está com o nosso Presidente?
Isso é falta de decoro. Um péssimo exemplo para os jovens. Lugar de arma não é na política. Quem pensa assim não acredita na Democracia, na Liberdade, na Igualdade, na Fraternidade.
O Roberto Jefferson do País da Geral
Sérgio A J Barretto
@SergioAJBarrett
E o Níkolas Ferreira também teve a conta excluída do Twitter. Quando é que terá o mandato cassado?
Revista Fórum
@revistaforum
Bolsonarista Nikolas Ferreira tem conta do Twitter suspensa por decisão judicial - Deputado eleito estava questionando o resultado das urnas e incentivou atos golpistas Saiba mais: http://tiny.cc/mqm0vz
Revista Fórum
@revistaforum
Nikolas Ferreira desafia TSE e tem mais contas derrubadas por espalhar desinformação Bolsonarista, que é deputado federal eleito, seguiu com suas acusações de fraude nas eleições e Justiça Eleitoral voltou a puni-lo Leia: https://tinyurl.com/2p8b96pv
Nunca trabalhou, nunca estudou. Corrigindo: Minas não é direita. Lula foi eleito presidente nos dois turnos em Minas Gerais e no Brasil
Igreja Ministério Internacional Restaurando as Nações era usada junto com uma rede de empresas de fachada
por Caio Rangel /O Fuxico Gospel
O apóstolo Ivonélio Abranhão, pastor bolsonarista presidente da Igreja Ministério Internacional Restaurando as Nações, foi o sexto alvo do mandado de prisão preventiva da Polícia Federal nesta quarta-feira (19).
O líder religioso é pai de Patrick Abrahão, marido da cantora Perlla, apontado pela PF como uma espécie de embaixador da Trust Investing.
De acordo com informações do Extra, Ivonélio Abrahão também foi detido nesta quarta-feira na operação La Casa de Papel.
Para os investigadores, a igreja era usada junto com uma rede de empresas de fachada, contas pessoais e de parentes, para movimentar o dinheiro proveniente do esquema. Só a igreja teria movimentado mais de R$ 15 milhões, além de ter sido usada para ocultação e lavagem de recursos.
Com quase cem mil seguidores no Instagram, o pastor Ivonélio Abrahão, que se apresenta como “Apóstolo Abrahão”, posa diante de uma Lamborghini, com a legenda: “Andar de Porsche é muito bom, mais (sic) andar de Lamborghini não tem preço”.
Os empresários Diego Chaves, Fabiano Lorite e Cláudio Barbosa, fundadores da corretora Trust Investing, além do pai de Diego, Diorge Chaves, e do empresário carioca Patrick Abrahão poderão ser denunciados por crimes contra o sistema financeiro nacional, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, usurpação de bens públicos, crime ambiental e estelionato.
Fabiano Lorite
La Casa de Papel
A colunaNa Mira, do Metrópoles, apurou que a investigação começou na cidade de Dourados (MS), em agosto de 2021, com a autuação em flagrante de dois dos investigados, quando seguiam rumo à fronteira com o Paraguai acompanhados por escolta armada.
As apurações detectaram a existência de um esquema de pirâmide financeira que captou recursos de mais de 1,3 milhão de pessoas, em mais de 80 países. O prejuízo aos investidores é estimado em R$ 4,1 bilhões, desde o início das operações da quadrilha, em 2019.
Até o momento em que teve início a operação La Casa de Papel, o sistema continuava a operar em “pleno desenvolvimento”.
4 Então, foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. 2 E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome; 3 E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. 4 Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.5 Então o diabo o transportou à Cidade Santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo, 6 e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra. 7 Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus.8 Novamente, o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles. 9 E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. 10 Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás.11 Então, o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos e o serviram.
O tentador de Nikolas Ferreira
artevillar
@artevillar1
Sobrou até pra Jesus...
Está escrito:
"Então, o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos e o serviram".
33 milhões de brasileiros passam fome. E esse deputado Satanás diz que isso é imitar o jejum de Jesus no deserto. Reportagem da agência alemã DW: Fome no Brasil pode chegar a "situação explosiva"
AS BONDADES DE JESUS NA PRIMEIRA MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES E DOS PEIXES – MATEUS 14,13-21
por Ricardo Mariz de Oliveira
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Quando soube da morte de João Batista, Jesus partiu e foi de barco para um lugar deserto e afastado. Mas, quando as multidões souberam disso, saíram das cidades e o seguiram a pé. Ao sair do barco, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes. Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto e a hora já está adiantada. Despede as multidões, para que possam ir aos povoados comprar comida!” Jesus, porém, lhes disse: “Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!” Os discípulos responderam: “Só temos aqui cinco pães e dois peixes”. Jesus disse: “Trazei-os aqui.” Jesus mandou que as multidões se sentassem na grama. Então pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e pronunciou a benção. Em seguida partiu os pães, e os deu aos discípulos. Os discípulos os distribuíram às multidões. Todos comeram e ficaram satisfeitos, e dos pedaços que sobraram, recolheram ainda doze cestos cheios. E os que haviam comido eram mais ou menos cinco mil homens, sem contar as mulheres e as crianças.
Visto por sua repercussão social, este foi um dos milagres mais espetaculares de Jesus, porque de uma só vez alimentou uma multidão de mais de cinco mil pessoas, e fez isso a partir de apenas cinco pães e dois peixes, mas todos ficaram satisfeitos! Também foi um feito assombroso para as ciências, pois, se em todos os milagres Jesus ultrapassou as leis da natureza, neste multiplicou a existência de matérias!
Quando se decidiu a alimentar aquele povo todo, certamente Jesus não dependia daqueles pouquíssimos peixes e pães, já que poderia tê-lo feito a partir do nada, mas o uso dos poucos pães e peixes tem significados muito mais relevantes do que o acontecimento em si.
Já de início, na narrativa de São Mateus podemos notar o estado de espírito de Jesus, e a imensidão da sua bondade.
Realmente, Jesus tinha ficado abatido com a notícia que recebeu sobre a morte de João Batista, motivo pelo qual pensou em ir para longe de todos, procurando um lugar afastado e deserto no qual pudesse orar por seu primo executado iniquamente. Mas não conseguiu se isolar, pois, chegando lá, encontrou uma multidão já a sua espera, perante a qual ele abriu mão da sua tristeza e do seu intento de isolamento e se pôs a atendê-la. Neste sentido, Mateus consegue nos transmitir com finura o modo como presenciou a reação de Jesus, o qual, ao invés de deixar de atender os anseios de tantos homens e mulheres, porque preferia estar só, “encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes”.
Porém, sua bondade para com os homens e mulheres que ali estavam não se limitou a isso, pois, ao se aproximar a noite, dedicou-lhes outra ação benemérita, de lhes propiciar alimentação em plena terra de ninguém!
Ademais, sua bondade ainda não se esgotara, nem ficou limitada a simplesmente atender as necessidades daquelas pessoas, pois, ao lhes dar comida, o fez conjuntamente com ensinamentos catequéticos.
De fato, ele poderia ter feito descer pão do céu, caindo diretamente nas mãos de cada um, mas se valeu dos pães e dos peixes que alguém tinha, e do trabalho dos discípulos para os distribuir a todos.
Agindo assim, Jesus mostrou a importância da solidariedade, manifestada primeiramente por alguém (outro evangelista diz que era um menino) que abriu mão do alimento que tinha, e em segundo lugar pelo trabalho dos discípulos ao se encarregarem de ir de grupo em grupo para entregar os pães e os peixes que Jesus fizera aparecer dos poucos iniciais.
Podemos dizer que, tal como os discípulos e o dono dos cinco pães e dos dois peixes, Jesus também foi solidário com o povo, mas solidariedade é ato entre pessoas iguais, ao passo que Jesus, ainda que homem, era o próprio Deus encarnado no ventre de Maria. Assim, a sua ação multiplicadora daqueles poucos alimentos emanou da profunda misericórdia divina, a mesma que ele sempre disse existir e que dedicou a todos.
E no fim, o recolhimento das sobras da comida nos ensina que não devemos desperdiçar o que Deus nos concede, mesmo quando já estejamos satisfeitos em nossas necessidades e aparentemente não mais precisemos dele. Ao contrário, devemos sempre nos sentir atentos ao que conseguirmos, gratos e cuidadosos, porque o que hoje nos sobra pode fazer falta amanhã, ou pode faltar a alguma outra pessoa.
Subjacente a tudo, há a permanente dependência que submete a humanidade a Deus, como aquelas mais de cinco mil pessoas dependeram de Jesus ao longo daquele dia. Temos a tendência de pensar que alguns bens já são nossos, que os adquirimos com nosso trabalho e ninguém tem o direito de os retirar da nossa posse. Mas, ainda que seja assim, não lembramos que foi Deus quem colocou todas as coisas no mundo e não pensamos que a própria vida, com a qual e durante a qual trabalhamos e conquistamos essas coisas, nos foi dada por Deus, assim como cada dia em que ela se prolonga e nós o vivemos com saúde, não depende de nós, mas de uma graça divina sempre renovada.
Assim, todo o acontecimento da multiplicação dos pães e dos peixes, desde antes de ocorrer, já quando Jesus resolveu abandonar seu propósito de ficar sozinho, até o final com a colheita das sobras, não pode passar despercebido em seu significado mais profundo da dependência humana e da misericórdia divina. Não fosse esta, sequer teríamos vida e todas as graças que dela brotam!
A multiplicação dos pães: milagre ou simples partilha?
por Felipe Aquino
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O episódio da multiplicação dos pães (Mt 14, 13-21) tem sido ultimamente apregoado não como um feito milagroso de Jesus, mas como a simples partilha dos farnéis existentes na multidão. Tal interpretação não somente não corresponde aos dizeres do texto, mas não é aceita pelos bons exegetas em geral. Trata-se de um fato históricomilagroso, que os evangelistas descrevem como sinal do pão eucarístico e da bonança prometida pelos Profetas para o Reino messiânico.
Antes do mais, é de notar que o episódio foi muito caro aos antigos. Mateus e Marcos o narram duas vezes; cf. Mt 14,13-21; 15, 29-39 e Mc 6, 30-40; 8, 1-18. São Lucas o refere uma só vez; cf. Lc 9, 10-17. São João também; cf. Jo 6,1-13. Os exegetas atualmente julgam que em Mt e Mc há duplicata do relato do fato, embora leves diferenças existam entre a primeira e a segunda narrativas; trata-se de duas tradições a referir o mesmo feito de Jesus.
'Percebemos oportunismo de muitos políticos ligados ao bolsonarismo para usar os ambientes de troca de informação dos evangélicos para ganhar confiança, disseminar desinformação e angariar votos', diz pesquisadora
por Julia Braun /BBC News
(crédito: Getty Images)
Filhos e aliados próximos do presidente Jair Bolsonaro foram peça-chave no compartilhamento a milhões de brasileiros de desinformação sobre perseguição a cristãos durante a campanha eleitoral.
As mensagens — compartilhadas não apenas por políticos influentes como também por usuários comuns — associam candidatos de esquerda, principalmente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a falsos projetos para proibir pregação de pastores, criminalizar a fé evangélica e até retirar o nome de Jesus da Bíblia.
Outras fazem referência a casos reais de violência contra comunidades religiosas em países da América Latina, Ásia e África e alardeiam que isso pode ocorrer no Brasil.
"No cenário eleitoral e político brasileiro atual, isso se traduz em uma representação de Lula como um anticristão, enquanto que o Jair Bolsonaro é representado como um grande Messias", afirma Débora Salles, professora da Escola de Comunicação da UFRJ e uma das pesquisadoras do NetLab responsável pelo relatório 'Evangélicos nas redes'.
O relatório monitorou perfis de influenciadores com grande alcance no segmento evangélico entre janeiro e agosto de 2022 e identificou os macro-influenciadores e perfis mais relevantes no terreno da desinformação de fundo religioso.
Entre eles, personalidades com ampla base de seguidores nas redes como o senador Flávio Bolsonaro (PL), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL); os deputados Marco Feliciano (PL) e Carla Zambelli (PL); e o pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.
A BBC News Brasil analisou as redes sociais dessas seis figuras expoentes entre 6 de agosto e 6 de setembro e encontrou pelo menos 85 mensagens que usavam o temor de perseguição para "demonizar" adversários como Lula e Ciro Gomes.
Foram identificadas 14 postagens nas páginas do senador Flávio Bolsonaro, 11 nas do deputado Eduardo Bolsonaro, 2 na do vereador Carlos Bolsonaro, 8 nas de Carla Zambelli e 3 na do pastor Silas Malafaia no período. O campeão de postagens, porém, foi Marco Feliciano, com um total de 47 em apenas um mês.
Desse total, três mensagens chegaram a ser proibidas pelo TSE por "deturpar e descontextualizar" notícias a fim de gerar a "falsa conclusão no eleitor".
"Percebemos oportunismo de muitos políticos ligados ao bolsonarismo para usar os ambientes de troca de informação dos evangélicos para ganhar confiança, disseminar desinformação e angariar votos", diz a professora Rose Marie Santini, fundadora do NetLab, laboratório vinculado à Escola de Comunicação da UFRJ dedicado a estudos de internet e redes sociais.
"As pessoas estão mais informadas em relação ao perigo das fake news do que estavam em 2018, quando muitos foram pegos de surpresa. Mas certamente esse tipo de desinformação com fundo religioso terá grande impacto no resultado", diz Magali Cunha, doutora em Ciências da Comunicação, pesquisadora do Instituto de Estudos da Religião (Iser) e editora-geral do Coletivo Bereia, especializado em checagem de notícias falsas com teor religioso.
'Banir a religião cristã'
Uma das fake news compartilhadas nos perfis monitorados pela BBC News Brasil afirma que Lula editou um decreto para "banir a religião cristã" em 2010.
Trata-se de um vídeo que combina reportagens da Band e da TV Globo sobre o decreto conhecido pela sigla PNDH-3 (Programa Nacional de Direitos Humanos), de 2009.
Antes do vídeo, uma narração faz a seguinte pergunta: "Você sabia que em 2010 o presidente Lula assinou o decreto PNDH-3 para censurar a imprensa e banir a religião cristã e dar direito de posse da terra a invasores? Mas o projeto foi barrado pelo Congresso. Acha que se ganhar a eleição, ele não vai tentar novamente?".
A alegação é falsa. O documento assinado por Lula não cita qualquer tipo de banimento da religião cristã. O decreto, que ainda está em vigor, propõe justamente o inverso: incentivar a liberdade religiosa e combater a discriminação.
O documento também não prevê censura à imprensa ou dar o direito de posse de terra a invasores. O vídeo foi compartilhado em diversas redes sociais. No TikTok, uma das postagens tem quase 100 mil visualizações.
Ele também foi compartilhado pelo senador Flávio Bolsonaro em suas páginas no Facebook e Instagram no dia 19 de agosto e retuitado pelo deputado Eduardo Bolsonaro a partir de outro perfil no Twitter em 25 de agosto.
A BBC News Brasil entrou em contato com os dois filhos do presidente, mas eles não responderam aos pedidos de comentário até a publicação desta reportagem.
Nas postagens do senador Flavio Bolsonaro, entre comentários de 'Lula nunca mais' e '#bolsonaro2022', uma usuária escreveu: "Isso precisa ser divulgado em todas redes sociais". Uma outra versão da mesma notícia falsa foi postada pelo deputado Marco Feliciano no Facebook e Instagram em 20 de agosto.
Em 19 de agosto, Eduardo publicou no Twitter, Facebook e Instagram uma montagem afirmando que "Lula e PT apoiam invasões de igrejas e perseguição de cristãos". Na mesma imagem, há recortes de notícias sobre a perseguição de religiosos na Nicarágua e de declarações do PT e de Lula sobre o presidente Daniel Ortega.
Após um pedido da campanha do petista, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) determinou no início de setembro a remoção das publicações, que não estão mais no ar, por "deturpar e descontextualizar quatro notícias a fim de gerar a falsa conclusão, no eleitor, de que o ex-presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores apoiam invasão de igrejas e a perseguição de cristãos".
A reportagem entrou em contato com a campanha de Lula, mas não obteve resposta.
Eduardo Bolsonaro já tinha recebido ordens do TSE para tirar do ar um vídeo que, segundo o tribunal, apresentava de forma descontextualizada e editada um material cujo objetivo era dizer que Ciro Gomes, candidato à presidência do PDT, prega a desarmonia entre as religiões.
A postagem afirma, entre outras coisas, que Ciro "comparou igrejas com o narcotráfico em 2018". "Os recortes são manipulados com o objetivo de prejudicar a imagem do candidato, emprestando o sentido de que ele seria contrário à fé católica e odioso aos cristãos", escreveu o ministro Raul Araújo, do TSE, na decisão.
'Discurso de ódio para destruir as igrejas evangélicas'
As mensagens que fazem referência a uma ameaça de perseguição aos cristãos não estão apenas no Facebook, Instagram e Twitter. São compartilhadas também por usuários desconhecidos em aplicativos de mensagem como WhatsApp e Telegram, com muito menos controle das autoridades.
Segundo levantamento feito pelo Monitor de WhatsApp da UFMG a pedido da BBC News Brasil, a mensagem mais compartilhada nos mais de mil grupos públicos acompanhados na rede social desde o começo do ano e que contém expressões como 'cristofobia', 'destruir as igrejas' e 'intolerância religiosa' é também de ataque ao ex-presidente Lula.
A postagem diz, entre outras coisas, que o candidato "não tem apreço por pastores e militares, faz um verdadeiro discurso de ódio para destruir as igrejas evangélicas" e foi enviada um total de 19 vezes por 6 usuários distintos em 15 dos grupos monitorados pelos pesquisadores.
A segunda mais repostada, porém, também contém distorções, mas contra o presidente Jair Bolsonaro.
"O povo de Deus abandonou Bolsonaro e suas mentiras, ele é o enviado da morte, fome, desgraça e desemprego, que veio para destruir as igrejas evangélicas com política, e jogar irmão contra irmão", diz o texto, enviado 18 vezes por 3 usuários distintos em 10 grupos.
Entre as mensagens detectadas pela UFMG há ainda uma que se refere a uma suposta "lei de proteção doméstica" em debate no Senado Federal que proibiria a pregação religiosa. Ela foi enviada um total de 68 vezes por 49 usuários distintos e apareceu em 63 grupos.
A mensagem cita uma iniciativa debatida no Senado que teria como objetivo, entre outras coisas, determinar a prisão religiosa por pregações em horários impróprios e a sanção de congregações e fiéis. Segundo o coletivo Bereia, trata-se de uma notícia falsa, e não existe Projeto de Lei em discussão denominado "Proteção Doméstica".
O texto em tramitação mais próximo ao citado é o PL 524/2015, que está parado no Senado Federal e prevê estabelecer limites para emissão sonora nas atividades em templos religiosos, sem menção à prisão religiosa, proibição de pregações ou limitação da liberdade religiosa.
'Um alerta à igreja'
Mas nem todos os posts identificados pela reportagem são imediatamente reconhecidos como fake news. Enquanto alguns usam notícias ou declarações tirados do contexto com o objetivo de desinformar, outros simplesmente reproduzem o discurso que explora o temor de restrição à liberdade religiosa.
Um vídeo em que o ex-presidente Lula aparece falando justamente do crescimento das fake news religiosas e acusa algumas pessoas de "fazer da Igreja um palanque político" foi compartilhado com frequência no final de semana de 20 e 21 de agosto e associado a um ataque a pastores e igrejas.
"Tem muita fake news religiosa correndo por esse mundo. Tem demônio sendo chamado de Deus e gente honesta sendo chamada de demônio", diz o petista na gravação feita durante um comício. Em seguida, ele afirma que, em um eventual novo governo seu, o Estado será laico. "Eu, Luiz Inácio Lula da Silva, defendo Estado laico, o Estado não tem que ter religião, todas as religiões têm que ser defendidas pelo Estado", diz
"Igreja não deve ter partido político, tem que cuidar da fé, não de fariseus e falsos profetas que estão enganando o povo de Deus. Falo isso com a tranquilidade de um homem que crê em Deus."
Ao ser compartilhado nas redes sociais, porém, o vídeo foi descrito como uma demonstração de ódio ou zombaria. "Mais uma vez Lula zomba da fé cristã. Desta vez, atacando o sacerdócio e a honra de padres e pastores. INACEITÁVEL!", escreveu a deputada Carla Zambelli.
A BBC News Brasil procurou Zambelli, que afirmou em nota que "existe, sim, uma ameaça à liberdade do Cristianismo no Brasil, e não podemos ignorar isso tão somente argumentando que vivemos em um país majoritariamente cristão".
"Os ataques ocorrem não apenas a templos e igrejas, mas a valores cristãos. A censura à manifestação religiosa é uma tática antiga de ideologias de esquerda, como no regime soviético, que taxou igrejas, proibiu a venda e circulação da Bíblia Sagrada e praticou diversas campanhas antirreligiosas", disse ainda a deputada, que é autora de um projeto de lei para ampliar a legislação sobre crimes contra a liberdade religiosa.
O vídeo também foi repostado por Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro e pelo deputado Marco Feliciano.
Carlos Bolsonaro não respondeu ao pedido de comentário feito pela reportagem. Em nota, Feliciano afirmou que suas postagens não se tratam de fake news e que parte de "premissas incontestes" quando faz alertas sobre a ameaça à liberdade religiosa dos cristãos.
"Desavisados, manipuladores e as esquerdas atribuem às ideias conservadoras como fake news. Numa narrativa rasa dos assuntos que não lhes convém! Quando eu publico um alerta ao povo que me elegeu, cristãos evangélicos e conservadores, eu parto de premissas incontestes!", disse Marco Feliciano em nota enviada à BBC News Brasil.
"Em todos os países em que a esquerda socialista-comunista tomou o poder à força ou pela urnas, quando não conseguiu uma Igreja subserviente, partiu para a mais atroz perseguição, como estamos assistindo na Nicarágua, que persegue a Igreja Católica expulsando freiras e fechando as emissoras de rádio cristãs, regime que tem muitos amigos por aqui (Brasil). Completo: não se trata de falso temor, mas da sabedoria popular: 'o seguro morreu de velho'".
Mas a professora Marie Santini, da UFRJ, afirma que mensagens como as postadas pelos filhos e aliados de Bolsonaro geram desinformação e alardeiam pânico sem apresentar evidências que justifiquem esse temor.
"Entendemos fake news como algo que parece jornalismo, mas na verdade é só propaganda. A desinformação é algo mais amplo, inclui teorias da conspiração, distorção de fatos, discursos de ódio e que citam a intolerância e o ódio, por exemplo", diz Santini.
Em alguns dos vídeos compartilhados pelo pastor Silas Malafaia, a reportagem também identificou o discurso classificado como desinformativo pelos especialistas e que trata, por vezes de forma implícita, da ameaça de perseguição aos cristãos.
Em um vídeo postado em seu canal no YouTube em 4 de setembro e compartilhado também em suas páginas no Facebook, Instagram e Twitter, o pastor faz um "alerta" à sua igreja e fala sobre um avanço "com toda força" contra os evangélicos.
"Ficamos chocados quando comunistas e ímpios rasgam a Bíblia e tacam fogo nela. E quando os crentes rasgam a Bíblia do seu coração apoiando gente que nos odeia e odeia nossos fundamentos e princípios?", diz Malafaia, no vídeo de cerca de 11 minutos.
"Eu estou dando um alerta, depois não chora. Porque meu irmão, vão vir em cima da igreja com toda força (...), porque nós somos o último guardião contra aquilo que eles creem e acreditam."
O vídeo tem mais de 150 mil visualizações no YouTube. Um trecho compartilhado no perfil de Malafaia no Instagram tem 84 mil curtidas.
A reportagem procurou o pastor Silas Malafaia, que afirmou que suas postagens não são fake news e que suas manifestações fazem parte de seu direito de expressão. "A minha fala não tem relação com perseguição. O que estou dizendo é que não podemos apoiar um candidato que é contra nossas crenças, valores e fundamentos", disse.
Como exemplos de medidas que corroboram sua visão, Malafaia citou a PLC 122/2006, que criminaliza a homofobia, como um projeto cujo objetivo era "botar padre e pastor na cadeia que impedisse que gays dessem beijo no pátio da igreja" e que foi apoiado pelo PT.
Em sua redação final aprovada na Câmara dos Deputados, antes de ser enviado ao Senado, a proposta citada pelo pastor não mencionava padres ou pastores. Um dos artigos previa pena de reclusão de dois a cinco anos para quem impedisse ou restringisse a expressão e a manifestação de afetividade em locais públicos ou privados abertos ao público por discriminação ou preconceito de gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero. O projeto, porém, foi arquivado.
Malafaia disse ainda que, durante seu governo, a ex-presidente Dilma Rousseff "promoveu através do secretário Rachid da Receita Federal perseguição às igrejas". "Eu sou um que sofreu perseguição e multas violentas, de pura maldade", disse à BBC News Brasil.
'Cristofobia'
O uso do tema da perseguição a cristãos pela esquerda, porém, não é novo. O discurso remonta às eleições de 1989, quando o PT lançou Lula candidato pela primeira vez e apoiadores de Fernando Collor de Mello usaram o imaginário da ameaça comunista relacionada ao PT e o discurso de que ele fecharia as igrejas para apoiar sua campanha.
A narrativa foi retomada com mais força mais recentemente, nas eleições municipais de 2020, sob o rótulo do termo "cristofobia". Dentro das esferas evangélicas, o termo tem sido usado para se referir a perseguições sofridas por adeptos do cristianismo em diversos países, principalmente em locais onde eles são minoria. Bolsonaro usou a expressão em discurso na ONU naquele ano.
"Há alguns anos, eram mais comuns as postagens que identificavam casos de perseguição a cristãos no Oriente Médio, na China e em países ligados ao comunismo. As mensagens criavam um certo pânico em torno disso e chamavam os cristãos brasileiros para que tivessem solidariedade", afirma Magali Cunha.
"Mas de 2020 para cá, temos observado que se está trazendo para a realidade do Brasil esse tipo de abordagem."
O antropólogo Flávio Conrado é assessor de campanhas do grupo de pesquisa Casa Galileia e coordena um projeto de monitoramento de perfis cristãos nas redes sociais.
Segundo ele, a narrativa de perseguição religiosa tem objetivo de atingir especialmente os grupos evangélicos, mas em muitos momentos também acaba por chamar a atenção de católicos mais conservadores.
"Algumas das vozes por trás das postagens usam uma estratégia de se associar aos católicos e passam a falar em nome dos cristãos como um todo", diz. Para Conrado, o objetivo por trás da campanha de desinformação é usar o temor de um ambiente de perseguição para atrair votos.
De acordo com Débora Salles, o discurso de ameaça à liberdade religiosa dos cristãos também se mistura de forma intensa com uma outra narrativa que vem sendo difundida com frequência nas redes sociais — a de que existe uma "guerra" de valores morais entre evangélicos e a esquerda.
"Essas narrativas se baseiam em uma lógica populista em que tenta se criar a ideia de que há uma guerra político cultural em que os evangélicos deveriam se juntar pela defesa dos seus valores, que estão ameaçados por uma esquerda associada a instituições democráticas, à mídia tradicional e a figuras importantes do cenário cultural", explica a pesquisadora
Em alguns de seus vídeos para as redes sociais, o vereador mineiro Nikolas Ferreira (PL-BH) dá voz a esse discurso.
"Esse vídeo é um alerta para abrir os nossos olhos para a guerra silenciosa que estamos vivendo", diz ele em um vídeo de março, em que fala sobre uma "doutrinação" nas escolas e universidades e cita a criação de um exército pelo que define como "o inimigo" dos cristãos.
Em outra postagem, associa a campanha do ex-presidente Lula à ditadura da Nicarágua e à invasão de igrejas. "Essa galerinha de esquerda gosta de invadir uma igreja né? Imagina quantas igrejas não serão invadidas se o Lula estiver no poder?", diz no vídeo, que tem mais de 500 mil curtidas.
O vereador de 26 anos tem uma grande comunidade de fãs nas redes, com 3,1 milhões de seguidores no Instagram e 1,4 milhão no TikTok.
Nikolas Ferreira, enviou a seguinte nota à reportagem: "Eu não me baseei em achismo ou levantei meras suposições, mas expus fatos que evidenciam igrejas sendo invadidas, imagens sendo quebradas e profanadas nos países da América Latina. A perseguição já existe. Inclusive, o amigo do Lula, Daniel Ortega, está fechando rádios católicas e perseguindo fiéis na Nicarágua. Desinformar é dizer o contrário."
Segundo o antropólogo Flávio Conrado, também são comuns os conteúdos desinformativos que, por exemplo, associam o PLC 122/2006, projeto de lei chamado informalmente de "projeto anti-homofobia", apresentado em 2001 para punir criminalmente discriminação de gênero e de orientação sexual, com a perseguição a pastores e o fechamento de igrejas.
A proposta foi arquivada no final de 2014, mas em junho de 2019 o STF decidiu pela criminalização da homofobia e da transfobia, com a aplicação da Lei do Racismo (7.716/1989).
Em um vídeo compartilhado no início de agosto, o deputado Marco Feliciano afirma que pastores de todo o Brasil estão sendo perseguidos e processados por se recusarem a celebrar casamentos entre pessoas do mesmo. "A liberdade de consciência e crença está em jogo. A Igreja precisa resistir!!!", escreveu na legenda.
Mas há ou não perseguição a cristãos no Brasil?
Todos os anos, a ONG internacional Portas Abertas, que auxilia cristãos que sofrem opressão por conta de sua religião, produz um ranking dos 50 países onde seguidores do cristianismo são mais perseguidos por causa de sua fé.
O estudo é feito a partir de relatos de incidentes de violência. Na edição de 2022 do ranking, os únicos países da América Latina citados como localidades onde há perseguição severa são Colômbia (30ª posição), Cuba (37ª) e México (43ª).
Há ainda uma lista de países em observação, que engloba outras 26 nações — entre elas estão Nicarágua (61°), Venezuela (65°), Honduras (68°) e El Salvador (70°). O ranking é elaborado anualmente e a edição atual foi feita entre setembro de 2020 e outubro de 2021, o que significa que a classificação de alguns países pode mudar na próxima publicação.
O governo da Nicarágua, citado em muitos dos conteúdos desinformativos identificados pela reportagem, tem sido, de fato, denunciado por repressão à Igreja Católica no país. A tensão entre o Executivo do presidente Daniel Ortega e a instituição cresceu desde que o clero forneceu abrigo a estudantes envolvidos nos protestos de 2018.
Mas desde que a lista do Portas Abertas começou a ser feita, há quase 30 anos, o Brasil não aparece no ranking e é classificado como livre de perseguição.
Segundo o sociólogo Clemir Fernandes, pesquisador do Instituto de Estudos da Religião (Iser) e pastor da Igreja Batista, o discurso em torno da cristofobia sequer faz sentido em um país como o Brasil, onde 86,8% da população se identifica como cristã, entre católicos e evangélicos, segundo dados do censo de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
"Não é possível falar de perseguição a um grupo que não só é majoritário numericamente, como também tem grande representação nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e na cultura brasileira", diz.
Ainda de acordo com o pesquisador, o ambiente de confiança criado em torno das igrejas evangélicas e os laços formados entre os fiéis facilita a difusão dos conteúdos falsos nesse ambiente.
"Muitas pessoas podem julgar as informações passadas nos grupos evangélicos como verdadeiras porque não verificam a sua veracidade, mas também porque elas foram repassadas por irmãos de fé", diz Clemir Fernandes.
Mas há preconceito?
Embora não haja evidências de perseguição concreta a cristãos no Brasil, pesquisadores afirmam que há "arrogância" e "preconceito", especialmente por parte da elite de esquerda, ao falar sobre evangélicos.
No segundo turno da eleição de 2018, o então candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, chamou o pastor Edir Macedo, fundador da Igreja Universal, de "representante do fundamentalismo charlatão".
Para o historiador e antropólogo Juliano Spyer, isso custou votos a Haddad e deu munição a segmentos evangélicos que defendiam um apoio formal de suas igrejas a Bolsonaro.
"As camadas médias e altas do Brasil têm uma visão fora de foco do Brasil popular e ignoram esse fenômeno [evangélico]. Isso é problemático, porque generaliza a imagem de um grupo de brasileiros com imensa importância cultural, econômica e política", diz Spyer, que é autor do livro O Povo de Deus: Quem são os evangélicos e por que eles importam.
"Ao tratar os evangélicos de forma desrespeitosa, arrogante, desinformada e com uma série de críticas por serem religiosos, estamos abrindo mão do diálogo com as pessoas que têm valores conservadores".
'Realmente acho que pode acontecer aqui no Brasil'
Luciana Casa Grande, de 40 anos, frequenta uma Igreja Batista em São José dos Campos, São Paulo. Assim como muitos outros evangélicos no país, ela vem sendo exposta nas redes sociais a conteúdos que alardeiam uma ameaça à liberdade religiosa dos cristãos.
"Leio com frequência postagens e notícias nas redes sociais que falam sobre invasões, incêndios e atentados em igrejas ou assassinatos de cristãos na África e em outros lugares", afirmou a arquiteta à BBC News Brasil. "Pela intolerância que vejo, principalmente dos partidos de esquerda ou daqueles que se autodenominam socialistas ou comunistas, realmente acho que pode acontecer aqui no Brasil."
Luciana afirma acompanhar com frequência o perfil de alguns dos aliados de Jair Bolsonaro citados pela reportagem, como Nikolas Ferreira e a vereadora Sonaira Fernandes (PL-SP), outra aliada de Jair Bolsonaro que dá voz ao discurso desinformativo de perseguição religiosa.
Em um post na página do Instagram de Fernandes, em que a vereadora que se autodenomina cristã fala sobre a possibilidade de ataques ao cristianismo no Brasil a partir de um vídeo de uma homilia de um bispo católico, Luciana expressou sua apreensão: "Deus é maior! É hora dos cristãos se posicionarem e se colocarem à disposição de Nosso Senhor Jesus Cristo!", escreveu a paulista nos comentários.
Em nota enviada à reportagem, a vereadora Sonaira Fernandes disse que é cristã "antes de ser qualquer outra coisa, e tenho todo direito de expressar minhas convicções religiosas, conforme prevê a Constituição".
"Diz o filósofo Luiz Felipe Pondé que o único preconceito ainda socialmente aceito no Brasil é contra evangélicos e católicos. Isso fica evidente quando uma declaração minha, que reflete minha cosmovisão cristã, é demonizada e criminalizada", afirma.
Luciana já tem seu candidato à presidência definido: "Vou votar no Bolsonaro, principalmente porque ele defende as coisas em que eu acredito", diz.
"Gosto da defesa que ele faz pelo fim da sexualização das crianças. A questão do aborto também, eu sou contra o aborto".
Algumas informações que circulam nas redes sociais sobre o ex-presidente Lula também influenciaram Luciana no momento de escolher seu candidato. "Temos ouvido falar que o Lula vai colocar os padres e os pastores em seu devido lugar. Sempre faz um ataque nesse sentido", diz a arquiteta.
"Vi na internet e em cortes de vídeos, mas não me lembro onde exatamente. Leio muita coisa, não fico catalogando."
“Mulher estranha viu”, “é menine ou menina? Todes ou todas? Vai tomar nas tabacas bando de vagabundos (a)”, “galera denuncia a conta dessa analfabeta”. Esses foram alguns comentários recebidos pela vereadora de Belo Horizonte Iza Lourença (Psol), desde o último domingo (6), em sua rede social.
Os ataques aconteceram em umapostagem feita por Iza, no último sábado (5), em que ela e outras pessoas apareciam em uma manifestação na capital mineira. O protesto, que também aconteceu no sábado, reivindicava justiça pela morte do congolês Moïse Kabagambe, assassinado no Rio de Janeiro.
Após isso, a vereadora afirmou ter começado a receber mensagens de pessoas que teriam sido convocadas por Nikolas Ferreira (PRTB), seu colega do Legislativo municipal.
Extremista Nikolas Ferreira, o valentão bolsonarista
“Mais uma vez o vereador bolsonarista Nikolas Ferreira convoca seus seguidores a iniciar uma série de ataques e ameaças contra mim nas redes sociais. Motivo? Participei do ato por justiça por Moïse”, denunciou.
No domingo, Nikolas postou um vídeo em suas redes sociais no qual afirma que o assassinato de Moïse não foi um caso de racismo. Nas palavras dele, o caso “foi simplesmente Brasil”.
O Brasil das milícias. Da milícia na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
Nikolas é contra o que chama de "revolução sexual", política feminista, notadamenta o projeto de cota para mulheres na política.
Em nota, Iza Lourença explicou que não estava presente no momento em que a foto de Nikolas foi queimada.
Nikolas vai realizar campanha, este ano, para candidatos a governador e presidente que usam dinheiro público do fundo partidário e do fundo eleitoral.
Em um outro vídeo, publicado em seu canal do YouTube, Nikolas afirma que acionou a corregedoria da Câmara Municipal de Belo Horizonte e que almeja a cassação do mandato da vereadora.
Para Iza, a estratégia do vereador é confundir os membros da Câmara e a população, em ano eleitoral. “Temos convicção de que o pedido será arquivado, já que não tem qualquer validade jurídica ou lastro na realidade”.
Postura de vereador reforça o racismo
Iza Lourença afirmou ainda que não é a primeira vez que o vereador tenta intimidar sua atuação na Câmara Municipal de BH. “Por vezes, [ele] se refere a mim como ‘analfabeta’, em nítida tentativa de intimidar minha atuação parlamentar, aproveitando qualquer oportunidade de manipular os fatos e desviar a atenção do que realmente importa: a luta contra o racismo e a desigualdade no país”, explicou.
Iza é graduada em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
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2023-02-05T04:27:51Z
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Ascendendo ao poder em 2018, por meio da eleição de Bolsonaro, o consórcio reacionário, capitaneado em especial por militares, tinha em mente o resgate e o restabelecimento do regime militar ou a instalação de um estado de exceção semelhante. Instigadas incialmente pelo general Heleno, ainda em 2020, quando sugeriu colocar o povo na rua para emparedar o Congresso, sucederam-se várias tentativas, por meio da convocação de atos antidemocráticos, de se criar um clima de instabilidade institucional que justificasse a intervenção das Foças Armadas com o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. O ápice desse movimento se deu no 7 de Setembro de 2021. O ato em Brasília, que reuniu milhares de pessoas, em especial de caminhoneiros que ocuparam os gramados da Esplanada com seus veículos, tinha por objetivo a ocupação do Congresso e do Supremo. O forte esquema de segurança e a reação dos poderes legislativo e judiciário, assim como da sociedade, inviabilizou a tentativa bolsonarista.
Derrotada a investida golpista, a alternativa era obter um segundo mandato. Uma vitória eleitoral seria a legitimação do discurso autoritário e a pavimentação para a instauração do sonhado regime autoritário, que perpetuaria os militares no poder. Para alcançar tal objetivo, o governo associou-se ao Centrão, cedendo cargos e abrindo os cofres para satisfazer a ganância dos parlamentares centristas. Porém, se, de um lado, Bolsonaro ganhava fôlego, por outro, a ideia de uma frente ampla antifascista em torno da candidatura de Lula começava a ganhar corpo.
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O fantasma de uma possível derrota começou a assombrar Bolsonaro. Voltou então a atacar as urnas eletrônicas e a colocar sob suspeição o sistema eleitoral. Não só afirmou categoricamente que não aceitaria outro resultado que não a sua vitória, como começou a envolver as Forças Armadas em um eventual golpe, no caso de derrota. A contragosto do Centrão, escolheu o general Braga Neto para seu vice e determinou ao general Paulo Nogueira que simulasse a realização de uma auditoria nas urnas e no processo eleitoral. Seguraram o “resultado” da tal auditoria até o pós segundo turno, pois o objetivo era exatamente o de, em caso de derrota, colocar em dúvida o resultado para justificar um golpe de Estado.
Imediatamente após o anúncio do resultado das eleições, bolsonaristas, de forma orquestrada, passaram a interditar rodovias em todo o país e a bloquear ruas urbanas nos grandes centros. Poucos dias depois, o general Paulo Sergio Nogueira entregou o relatório do arremedo de auditoria. Obviamente não haviam encontrado argumentos técnicos para questionar a lisura da eleição, então resolveram colocar uma ponta de dúvida levantando uma suposta fragilidade não explicitada no código fonte. Foi a deixa para o gado bolsonarista passar a questionar o resultado eleitoral. Não faziam sequer ideia do que era um código fonte, mas todos passaram a se dizer especialistas em tal tema. “A eleição foi adulterada pelo código fonte”. Muito provavelmente nesse momento já estava pronta a minuta do decreto de instalação do Estado de Defesa no TSE encontrado na casa de Anderson Torres.
A consecução do golpe dependia então de um levante civil que justificasse a intervenção das Forças Armadas, garantindo a aplicação de tal decreto pela força. A reação dos governadores, no entanto, impediu que os bloqueios evoluíssem e os mesmos começaram a ser desmobilizados. Os fanáticos bolsonaristas passaram então a ser orientados a acampar em frente aos quarteis do Exército. Aqui se explicita o mais forte indício do envolvimento dos militares no projeto golpista, pois os espaços dos acampamentos, em especial o do QG em Brasília, são áreas de segurança militar onde, provavelmente, se um simples mendigo tentar dormir em algum banco, será escorraçado sob a justificativa de colocar a segurança em risco. No entanto, o Exército passou a dar guarida a centenas de fanáticos sob a justificativa de respeito à liberdade de manifestação. Impressionante como as Forças Armadas se tornaram democráticas de uma hora para outra.
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O movimento, no entanto, não acumulou a força necessária para caracterizar um levante civil, ainda que tenha promovido um verdadeiro quebra-quebra, com incêndio de carros e ônibus no dia da diplomação de Lula e Alckmin no dia 12 de dezembro. Nenhum vândalo foi preso, o que demonstrava, já naquele momento, tanto a complacência da Polícia Militar do Distrito Federal, como principalmente do Exército, que sequer esboçou alguma atitude para identificar e expulsar os vândalos que estavam acampados no seu quintal. Ao final de dezembro, Bolsonaro mantinha absoluto silêncio, esperando que o tal levante acontecesse. Nas vésperas do Natal foi desbaratada uma tentativa de explosão de considerável proporção próximo ao aeroporto de Brasília.
Em 29 de dezembro, em live, Bolsonaro encerrou o primeiro ato do golpe afirmando, entre outras coisas, que “Alguns acham que é o pega BIC e assine, faça isso, faça aquilo, está tudo resolvido”, ou seja, muito provavelmente estava se referindo ao tal decreto de Estado de Defesa. Tentou justificar o fracasso de tal tentativa afirmando que “certa medida tem que ter apoio do Parlamento, de alguns do Supremo, de outros órgãos, de outras instituições. A gente não pode acusar apenas um lado, ou acusar a mim. Você, que quer resolver o assunto, por vezes você pode até ter razão, mas o caminho não é fácil”. No dia seguinte, embarcou para Miami e no dia primeiro, Lula e Alckimin tomaram posse. Parecia que a possibilidade de golpe estava enterrada.
Porém, o segundo ato do golpe, o do tudo ou nada, já se iniciou no dia 2. Nas redes sociais começou uma intensa mobilização para os bolsonaristas se deslocarem a Brasília no final de semana imediato. Como que fazendo coro com a mobilização, de Miami, Bolsonaro seguiu se apresentando nas redes sociais como se ainda fosse o presidente do Brasil. Não entendendo que tal apresentação fazia parte da instigação do golpe, a grande imprensa fez chacota de tais publicações.
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A ideia era reunir uma multidão, nas proporções ou ainda maior do que a mobilizada no 7 de Setembro de 2021 e, desta vez, realmente ocupar o Congresso, o STF e o Palácio do Planalto. A pressa de mobilizar em uma semana decorria da necessidade de executar a ação antes que o novo governo assumisse totalmente o controle do GSI e outros órgão responsáveis pela segurança palaciana. Ocupadas as sedes dos três poderes por um turbilhão de centenas de milhares, com as forças de segurança incapazes de retomar o controle, as Forças Armadas entrariam em cena restabelecendo a “ordem” e assumindo o controle do país, destituindo o governo democraticamente eleito. Se havia consenso ou não no Alto Comando quanto a esse desfecho, são outros quinhentos, que a história revelará, mas não restou absolutamente nenhuma dúvida de que esse era o objetivo dos golpistas.
Havia outra questão a ser resolvida pelos golpistas, a neutralização das forças de segurança do Distrito Federal. Estas não poderiam oferecer resistência, o que poderia comprometer os objetivos dos fascistas. A resposta a este problema também veio no dia 2 de janeiro, com a nomeação, pelo governador Ibaneis Rocha, de Anderson Torres para a Secretaria de Segurança Pública do DF, mesmo enfrentando questionamentos de vários setores políticos em razão de seu extenso histórico de colaboração com atos antidemocráticos e por ter sido o Ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro. No dia seguinte à nomeação, Torres promoveu total reformulação na cúpula da segurança pública do DF sem que houvesse um único questionamento por parte de Ibaneis. Na sequência, Torres embarcou para Miami, em “férias”, onde coincidentemente também se encontrava Bolsonaro, mais uma vez sem nenhuma objeção de Ibaneis. Muito provavelmente a ideia era os dois voltarem juntos assim que as Forças Armadas assumissem o controle.
Mesmo diante de todo o histórico das manifestações bolsonaristas, das convocações descaradas de tomada do poder e intervenção militar nas redes sociais, do alto risco que a situação apontava, Ibaneis se comportou até o fatídico dia como se nada estivesse acontecendo. Portanto, me desculpem aqueles que ainda acreditam que o governador foi enganado ou meramente conivente. Foi parte ativa e consciente da tentativa de golpe, pois o mais ingênuo cidadão, na posição dele, teria previsto o que estava por vir. Ibaneis foi peça chave para os acontecimentos e seria peça chave para o golpe que estaria por vir.
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Os objetivos golpistas só não foram atingidos por dois elementos determinantes. O primeiro, foi a mobilização muito aquém do que os articuladores do golpe esperavam. A ideia era levar à Esplanada 100 a 150 mil manifestantes, incluindo caminhões e outros veículos. O resultado final é que não mais que 5 a 6 mil pessoas vindas de outras regiões do país se juntaram aos 2 ou 3 mil que ainda restavam no acampamento que havia se instalado na área de segurança militar há dois meses. Dos bolsonaristas brasilienses, também ocorreu pouquíssima adesão. Diferente do dia 7 de Setembro de 2021, quando cedinho já se verificava intensa movimentação de carros de todas as regiões do DF se dirigindo à Esplanada, neste 8 de janeiro, exceto nos arredores do QG, a vida candanga parecia absolutamente normal. Nas proximidades do quartel, não mais de uma centena de carros de passeio estavam estacionados. Em resumo, o ato não reuniu mais que 7 a 10 mil manifestantes, muitíssimo aquém do que os organizadores do golpe esperavam. Mesmo com a baixa adesão, o plano precisava ser levado em frente, pois provavelmente não haveria outra oportunidade.
O segundo elemento que impediu o golpe foi a rápida e precisa reação do governo Lula. A imediata intervenção na segurança pública do DF permitiu a reorganização do comando da Polícia Militar e a imediata mobilização da tropa para expulsar os baderneiros da sede dos três poderes e da Esplanada, efetuando desta vez inúmeras prisões em flagrante. Mesmo com a baixa adesão, mas com a complacência dos efetivos da PM e da segurança do Planalto, os eventos poderiam levar a outro desfecho.
**Leia também: **PGR denuncia 39 pessoas que invadiram Senado e pede bloqueio de R$ 40 milhões
Infelizmente, mais uma vez, a cumplicidade do Exército impedindo a PM de adentrar na área militar e efetuar as prisões e desmantelamento do acampamento naquela noite, permitiu que muitos vândalos se evadissem e não me admiraria se viermos a descobrir que alguns deles se refugiaram nas próprias instalações do Exército para não serem presos no dia seguinte.
O golpe foi abortado, mas a rede fascista, em especial o seu cérebro, continua intacta. No fundamental, as prisões que ocorreram até agora dizem respeito a massa de manobra. É necessário que as investigações sigam em frente e especialmente, que a CPI a ser instalada no Congresso revele os verdadeiros responsáveis pela baderna promovida no Brasil, mostrando a dimensão do envolvimento das Forças Armadas e dos empresários, assim como, que a CPI da Câmara Legislativa revele o real envolvimento de Ibaneis Rocha com a tentativa de golpe. E mais importante de tudo, manter a frente ampla antifacista, pois as ameaças golpistas não desaparecerão da noite para o dia.
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Ascendendo ao poder em 2018, por meio da eleição de Bolsonaro, o consórcio reacionário, capitaneado em especial por militares, tinha em mente o resgate e o restabelecimento do regime militar ou a instalação de um estado de exceção semelhante. Instigadas incialmente pelo general Heleno, ainda em 2020, quando sugeriu colocar o povo na rua para emparedar o Congresso, sucederam-se várias tentativas, por meio da convocação de atos antidemocráticos, de se criar um clima de instabilidade institucional que justificasse a intervenção das Foças Armadas com o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. O ápice desse movimento se deu no 7 de Setembro de 2021. O ato em Brasília, que reuniu milhares de pessoas, em especial de caminhoneiros que ocuparam os gramados da Esplanada com seus veículos, tinha por objetivo a ocupação do Congresso e do Supremo. O forte esquema de segurança e a reação dos poderes legislativo e judiciário, assim como da sociedade, inviabilizou a tentativa bolsonarista.
Derrotada a investida golpista, a alternativa era obter um segundo mandato. Uma vitória eleitoral seria a legitimação do discurso autoritário e a pavimentação para a instauração do sonhado regime autoritário, que perpetuaria os militares no poder. Para alcançar tal objetivo, o governo associou-se ao Centrão, cedendo cargos e abrindo os cofres para satisfazer a ganância dos parlamentares centristas. Porém, se, de um lado, Bolsonaro ganhava fôlego, por outro, a ideia de uma frente ampla antifascista em torno da candidatura de Lula começava a ganhar corpo.
**Leia também:** Justiça dá três dias para Bolsonaro explicar minuta do golpe
O fantasma de uma possível derrota começou a assombrar Bolsonaro. Voltou então a atacar as urnas eletrônicas e a colocar sob suspeição o sistema eleitoral. Não só afirmou categoricamente que não aceitaria outro resultado que não a sua vitória, como começou a envolver as Forças Armadas em um eventual golpe, no caso de derrota. A contragosto do Centrão, escolheu o general Braga Neto para seu vice e determinou ao general Paulo Nogueira que simulasse a realização de uma auditoria nas urnas e no processo eleitoral. Seguraram o “resultado” da tal auditoria até o pós segundo turno, pois o objetivo era exatamente o de, em caso de derrota, colocar em dúvida o resultado para justificar um golpe de Estado.
Imediatamente após o anúncio do resultado das eleições, bolsonaristas, de forma orquestrada, passaram a interditar rodovias em todo o país e a bloquear ruas urbanas nos grandes centros. Poucos dias depois, o general Paulo Sergio Nogueira entregou o relatório do arremedo de auditoria. Obviamente não haviam encontrado argumentos técnicos para questionar a lisura da eleição, então resolveram colocar uma ponta de dúvida levantando uma suposta fragilidade não explicitada no código fonte. Foi a deixa para o gado bolsonarista passar a questionar o resultado eleitoral. Não faziam sequer ideia do que era um código fonte, mas todos passaram a se dizer especialistas em tal tema. “A eleição foi adulterada pelo código fonte”. Muito provavelmente nesse momento já estava pronta a minuta do decreto de instalação do Estado de Defesa no TSE encontrado na casa de Anderson Torres.
A consecução do golpe dependia então de um levante civil que justificasse a intervenção das Forças Armadas, garantindo a aplicação de tal decreto pela força. A reação dos governadores, no entanto, impediu que os bloqueios evoluíssem e os mesmos começaram a ser desmobilizados. Os fanáticos bolsonaristas passaram então a ser orientados a acampar em frente aos quarteis do Exército. Aqui se explicita o mais forte indício do envolvimento dos militares no projeto golpista, pois os espaços dos acampamentos, em especial o do QG em Brasília, são áreas de segurança militar onde, provavelmente, se um simples mendigo tentar dormir em algum banco, será escorraçado sob a justificativa de colocar a segurança em risco. No entanto, o Exército passou a dar guarida a centenas de fanáticos sob a justificativa de respeito à liberdade de manifestação. Impressionante como as Forças Armadas se tornaram democráticas de uma hora para outra.
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**eia também:** PL vê Bolsonaro inelegível por “minuta do golpe
O movimento, no entanto, não acumulou a força necessária para caracterizar um levante civil, ainda que tenha promovido um verdadeiro quebra-quebra, com incêndio de carros e ônibus no dia da diplomação de Lula e Alckmin no dia 12 de dezembro. Nenhum vândalo foi preso, o que demonstrava, já naquele momento, tanto a complacência da Polícia Militar do Distrito Federal, como principalmente do Exército, que sequer esboçou alguma atitude para identificar e expulsar os vândalos que estavam acampados no seu quintal. Ao final de dezembro, Bolsonaro mantinha absoluto silêncio, esperando que o tal levante acontecesse. Nas vésperas do Natal foi desbaratada uma tentativa de explosão de considerável proporção próximo ao aeroporto de Brasília.
Em 29 de dezembro, em live, Bolsonaro encerrou o primeiro ato do golpe afirmando, entre outras coisas, que “Alguns acham que é o pega BIC e assine, faça isso, faça aquilo, está tudo resolvido”, ou seja, muito provavelmente estava se referindo ao tal decreto de Estado de Defesa. Tentou justificar o fracasso de tal tentativa afirmando que “certa medida tem que ter apoio do Parlamento, de alguns do Supremo, de outros órgãos, de outras instituições. A gente não pode acusar apenas um lado, ou acusar a mim. Você, que quer resolver o assunto, por vezes você pode até ter razão, mas o caminho não é fácil”. No dia seguinte, embarcou para Miami e no dia primeiro, Lula e Alckimin tomaram posse. Parecia que a possibilidade de golpe estava enterrada.
Porém, o segundo ato do golpe, o do tudo ou nada, já se iniciou no dia 2. Nas redes sociais começou uma intensa mobilização para os bolsonaristas se deslocarem a Brasília no final de semana imediato. Como que fazendo coro com a mobilização, de Miami, Bolsonaro seguiu se apresentando nas redes sociais como se ainda fosse o presidente do Brasil. Não entendendo que tal apresentação fazia parte da instigação do golpe, a grande imprensa fez chacota de tais publicações.
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A ideia era reunir uma multidão, nas proporções ou ainda maior do que a mobilizada no 7 de Setembro de 2021 e, desta vez, realmente ocupar o Congresso, o STF e o Palácio do Planalto. A pressa de mobilizar em uma semana decorria da necessidade de executar a ação antes que o novo governo assumisse totalmente o controle do GSI e outros órgão responsáveis pela segurança palaciana. Ocupadas as sedes dos três poderes por um turbilhão de centenas de milhares, com as forças de segurança incapazes de retomar o controle, as Forças Armadas entrariam em cena restabelecendo a “ordem” e assumindo o controle do país, destituindo o governo democraticamente eleito. Se havia consenso ou não no Alto Comando quanto a esse desfecho, são outros quinhentos, que a história revelará, mas não restou absolutamente nenhuma dúvida de que esse era o objetivo dos golpistas.
Havia outra questão a ser resolvida pelos golpistas, a neutralização das forças de segurança do Distrito Federal. Estas não poderiam oferecer resistência, o que poderia comprometer os objetivos dos fascistas. A resposta a este problema também veio no dia 2 de janeiro, com a nomeação, pelo governador Ibaneis Rocha, de Anderson Torres para a Secretaria de Segurança Pública do DF, mesmo enfrentando questionamentos de vários setores políticos em razão de seu extenso histórico de colaboração com atos antidemocráticos e por ter sido o Ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro. No dia seguinte à nomeação, Torres promoveu total reformulação na cúpula da segurança pública do DF sem que houvesse um único questionamento por parte de Ibaneis. Na sequência, Torres embarcou para Miami, em “férias”, onde coincidentemente também se encontrava Bolsonaro, mais uma vez sem nenhuma objeção de Ibaneis. Muito provavelmente a ideia era os dois voltarem juntos assim que as Forças Armadas assumissem o controle.
Mesmo diante de todo o histórico das manifestações bolsonaristas, das convocações descaradas de tomada do poder e intervenção militar nas redes sociais, do alto risco que a situação apontava, Ibaneis se comportou até o fatídico dia como se nada estivesse acontecendo. Portanto, me desculpem aqueles que ainda acreditam que o governador foi enganado ou meramente conivente. Foi parte ativa e consciente da tentativa de golpe, pois o mais ingênuo cidadão, na posição dele, teria previsto o que estava por vir. Ibaneis foi peça chave para os acontecimentos e seria peça chave para o golpe que estaria por vir.
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Os objetivos golpistas só não foram atingidos por dois elementos determinantes. O primeiro, foi a mobilização muito aquém do que os articuladores do golpe esperavam. A ideia era levar à Esplanada 100 a 150 mil manifestantes, incluindo caminhões e outros veículos. O resultado final é que não mais que 5 a 6 mil pessoas vindas de outras regiões do país se juntaram aos 2 ou 3 mil que ainda restavam no acampamento que havia se instalado na área de segurança militar há dois meses. Dos bolsonaristas brasilienses, também ocorreu pouquíssima adesão. Diferente do dia 7 de Setembro de 2021, quando cedinho já se verificava intensa movimentação de carros de todas as regiões do DF se dirigindo à Esplanada, neste 8 de janeiro, exceto nos arredores do QG, a vida candanga parecia absolutamente normal. Nas proximidades do quartel, não mais de uma centena de carros de passeio estavam estacionados. Em resumo, o ato não reuniu mais que 7 a 10 mil manifestantes, muitíssimo aquém do que os organizadores do golpe esperavam. Mesmo com a baixa adesão, o plano precisava ser levado em frente, pois provavelmente não haveria outra oportunidade.
O segundo elemento que impediu o golpe foi a rápida e precisa reação do governo Lula. A imediata intervenção na segurança pública do DF permitiu a reorganização do comando da Polícia Militar e a imediata mobilização da tropa para expulsar os baderneiros da sede dos três poderes e da Esplanada, efetuando desta vez inúmeras prisões em flagrante. Mesmo com a baixa adesão, mas com a complacência dos efetivos da PM e da segurança do Planalto, os eventos poderiam levar a outro desfecho.
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Infelizmente, mais uma vez, a cumplicidade do Exército impedindo a PM de adentrar na área militar e efetuar as prisões e desmantelamento do acampamento naquela noite, permitiu que muitos vândalos se evadissem e não me admiraria se viermos a descobrir que alguns deles se refugiaram nas próprias instalações do Exército para não serem presos no dia seguinte.
O golpe foi abortado, mas a rede fascista, em especial o seu cérebro, continua intacta. No fundamental, as prisões que ocorreram até agora dizem respeito a massa de manobra. É necessário que as investigações sigam em frente e especialmente, que a CPI a ser instalada no Congresso revele os verdadeiros responsáveis pela baderna promovida no Brasil, mostrando a dimensão do envolvimento das Forças Armadas e dos empresários, assim como, que a CPI da Câmara Legislativa revele o real envolvimento de Ibaneis Rocha com a tentativa de golpe. E mais importante de tudo, manter a frente ampla antifacista, pois as ameaças golpistas não desaparecerão da noite para o dia.
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## As crianças sequestradas e adotadas ilegalmente por militares durante a ditadura brasileira
## Livro revela 19 casos, a maioria envolvendo filhos de guerrilheiros do Araguaia, levados em esquema similar ao visto em outros regimes sul-americanos
Por BBC
*Sequestrada assim que nasceu, Rosângela Paraná diz que sua certidão de nascimento foi falsificada — Foto: Arquivo pessoal*
Seu autor, o jornalista Eduardo Reina, diz que todos os casos foram escondidos, ocultados e negados ao longo dos últimos 40 anos.
A descoberta, realizada pelo, será revelada no livro Cativeiro Sem Fim, que ele lança pela editora Alameda, com apoio do Instituto Vladimir Herzog.
"Até agora, identifiquei e comprovei 19 casos de sequestros e/ou apropriação de bebês, crianças e adolescentes durante a ditadura no País", afirma o jornalista.
"Todos guardam semelhanças com crimes desse tipo ocorridos na Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e Bolívia durante períodos de repressão militar."
Dos 19 casos identificados até agora, 11 são ligados à guerrilha do Araguaia, movimento guerrilheiro de oposição ao regime que ocorreu entre o final da década de 60 e 1974 na Amazônia. "As vítimas são filhos de guerrilheiros e de camponeses que aderiram ao movimento. Era o segredo dentro do segredo", diz Reina.
Esses 11 casos, conforme descobriu o jornalista, foram realizados entre 1972 e 1974. Um dos casos reportados no livro é o de Juracy Bezerra de Oliveira. Quando ele tinha 6 anos, foi retirado de sua família pelos militares. Por engano.
"Pensavam que ele era Giovani, filho do líder guerrilheiro Osvaldo Orlando da Costa, o Osvaldão", conta o pesquisador. "Em comum com Giovani, Juracy tinha a pele morena, a idade aproximada e o nome da mãe biológica, Maria."
Juracy foi levado de sua família aos seis anos, por engano — Foto: Divulgação/Eduardo Reina
Conforme apurou o jornalista, Juracy foi levado para Fortaleza pelo tenente Antônio Essilio Azevedo Costa. Acabou registrado em cartório com o nome do militar como seu pai biológico. "O nome da mãe, entretanto, foi mantido: Maria Bezerra de Oliveira", conta Reina.
Ele viveu em Fortaleza até completar 20 anos. Depois voltou ao Araguaia em busca da mãe verdadeira. "Juracy também teve o irmão mais novo - Miracy - levado por outro militar. O sargento João Lima Filho foi com Miracy para Natal. Anos depois, Juracy e a mãe fizeram buscas pelo menino. Não foi encontrado", relata o autor do livro.
"A mágoa que tenho deles, dos militares, é de terem me tirado da minha família biológica. Hoje em dia meus irmãos têm terra, gado. Eu tenho nada. O Exército tinha prometido me dar meio mundo e fundos. E não deu", desabafa Juracy.
Mas Giovani, o filho do Osvaldão, também teria sido encontrado pelos militares. Na operação que terminou com a morte da mulher do guerrilheiro, Maria Viana, os militares encontraram e levaram Giovani e Ieda, outra filha dela.
"Eu tinha seis anos. Quando cheguei no nosso barraco tinha acontecido isso. Eles tinham matado minha mãe e carregado o irmão meu, mais minha irmã, que sumiu também", relata Antônio Viana da Conceição, filho de Maria e irmão de Giovani e Ieda - que nunca mais foram encontrados.
Eduardo Reina percorreu mais de 20 mil quilômetros em busca dos personagens sequestrados pelos militares — Foto: Divulgação/Eduardo Reina
## Pesquisa
Em entrevista à BBC News Brasil, o jornalista Eduardo Reina conta que estuda o tema há pelo menos 20 anos. "Mas não conseguia deslanchar pela falta de provas e testemunhos concretos", diz ele. Em 2016, decidiu ir a campo em busca de relatos concretos e de documentos.
"Percorri mais de 20 mil quilômetros em território brasileiro em busca dos personagens sequestrados pelos militares ou seus familiares. Acessei milhares de documentos militares, oficiais ou secretos. Tive acesso a muitos documentos considerados secretos no período de ditadura no Brasil", enumera.
"Nesse período, realizei mais de uma centena de entrevistas. Li mais de 150 livros sobre a ditadura, além de teses de doutorado e dissertações de mestrado, artigos acadêmicos, matérias de jornais. Pesquisei mais de 4 mil edições dos jornais O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo e Estado de Minas à procura de matérias sobre o tema, além de outras leituras de papers e documentos."
Depois de muita checagem e cruzamento de informações, Reina conclui que ao menos os 19 casos relatados no seu livro são reais.
Reina procurou as Forças Armadas mas elas não quiseram se manifestar sobre os casos identificados. "Instituições envolvidas mantêm a posição de negação. Assim como se nega a prática da tortura e do assassinato nos porões do DOI-CODI, nas bases militares, nos quartéis e nas prisões", diz o jornalista.
"A divulgação desses 19 crimes hediondos, que não prescrevem, deve ser feita para que a história da ditadura do Brasil seja contada sob o olhar de todos os envolvidos. E tomara que a comunicação desses sequestros de bebês, crianças e adolescentes pelos militares leve outras pessoas a revelarem o que sabem e novos casos possam ser identificados."
A reportagem da BBC News Brasil também solicitou esclarecimentos às Forças Armadas, por meio da assessoria de comunicação do Ministério da Defesa. Até o fechamento desta reportagem, entretanto, eles não se posicionaram.
*Rio Araguaia na região onde guerrilha de mesmo nome se organizou na época da ditadura — Foto: Divulgação*
## Camponeses
Entre novembro de 1973 e o início de 1974, seis filhos de camponeses aliados aos guerrilheiros do Araguaia teriam sido sequestrados, segundo informações descobertas por Reina. José Vieira, Antônio José da Silva, José Wilson de Brito Feitosa, José de Ribamar, Osniel Ferreira da Cruz e Sebastião de Santana. "Eram todos jovens, adolescentes que trabalhavam na roça para o sustento de suas famílias. Foram enviados a quartéis", conta o jornalista.
José Vieira é filho de Luiz Vieira, agricultor que foi morto pelas forças militares durante a guerra no Araguaia. José foi preso junto com o guerrilheiro Piauí, então subcomandante do Destacamento A, em São Domingos do Araguaia.
"Sai de lá com o Piauí. Ele era o comandante dos guerrilheiros. Eu fiquei lá e a tropa chegou e me cercou. Soube que eu tinha ido lá para falar com minha mãe. Mas antes de minha mãe chegar em casa, a tropa cercou. Aí me pegaram. Eu mais ele, o Piauí", descreve Vieira.
Piauí, apelido de Antônio de Pádua Costa, ex-estudante de Astronomia da UFRJ, é listado como um dos guerrilheiros "desaparecidos", após ser capturado no inínicio de 1974. A essa altura, o Exército havia enviado milhares de soldados para caçar os cerca de 80 guerrilheiros que se esconderam na mata no sul do Pará. Segundo o relatório da Comissão da Verdade,
*setenta deles foram mortos ou executados na selva.*
O nome de Vieira, nascido em 1956, está registrado em documentos do Centro de Informações do Exército (CIE) junto com os nomes dos outros cinco filhos de camponeses sequestrados pelos militares entre o fim de 1973 e o início de 1974. Era a fase mais grave de repressão à guerrilha do Araguaia.
"Inicialmente, Vieira ficou preso e foi torturado na base de Bacaba, erguida no km 68 da Transamazônica. Depois foi levado para o quartel general do Exército em Belém do Pará; onde passou um mês e 12 dias. Depois foi para a 5ª Companhia de Guardas, no bairro de Marambaia, também em Belém. Na sequência foi transferido para Altamira", narra Reina.
*José Vieira é filho de agricultor morto pelas forças militares durante a guerra no Araguaia; ele foi preso e depois incorporado ao Exército — Foto: Divulgação/Eduardo Reina*
Foi ali que ele acabou incorporado ao Exército. Tornou-se soldado em 5 de março de 1975, serviu no 51º Batalhão de Infantaria de Selva, conforme aponta seu certificado de reservista.
Um garimpeiro chamado Dejocy Vieira da Silva, que mora em Serra Pelada no Pará, conta que foram 11 as crianças sequestradas naquela época. Eram filhas de guerrilheiros com camponesas e filhos de camponeses que aderiram à guerrilha do Araguaia. Dejocy esteve inicialmente com os comunistas do PCdoB. Depois, durante combate na selva com militares, levou tiro. Sobreviveu, mas ficou com sequelas. Então se bandeou para o lado do major Sebastião Curió e passou a ajudar o Exército.
*Na foto, Lúcia Maria de Souza, conhecida como Sônia e Osvaldo Orlando da Costa, o famoso Osvaldão, ambos guerrilheiros no Araguaia*
Dejocy confirma a existência de ordem para sequestrar e desaparecer com os filhos dos guerrilheiros e de camponeses. Afirma se lembrar da história do sequestro de Giovani, filho do líder dos guerrilheiros, Oswaldão. Não presenciou o crime. Diz que foram realizadas em segredo as operações de sequestro dos filhos de guerrilheiros e de lavradores. "Fizeram tudo às caladas", diz o garimpeiro-guerrilheiro.
O sequestro de bebês, crianças e adolescentes filhos de militantes políticos ou de pessoas ligadas a esse grupo tinha como objetivo difundir o terror entre a população; vingar-se das famílias; interrogar as crianças; quebrar o silêncio de seus pais, torturando seus filhos; educar as crianças com uma ideologia contrária à dos seus país, além da apropriação das vítimas.
## Em busca dos pais biológicos
Para Eduardo Reina, um "caso emblemático" do modus operandi dos militares é o de Rosângela Paraná. "Ela foi pega assim que nasceu, no Rio Grande do Sul ou Rio de Janeiro. Acabou entregue a Odyr de Paiva Paraná, ex-soldado do Exército pertencente a tradicional família de militares. Seu pai - Arcy - foi sargento; e seu tio-avô Manoel Hemetério Paraná, médico que chegou ao posto de major e ex-superintendente do Hospital Geral do Exército em Belém do Pará", conta o jornalista.
"Odyr manteve relações de trabalho, através de prestação de serviços, com o ex-presidente da República e general Ernesto Geisel. Foi seu motorista por algum tempo no Rio de Janeiro. Também trabalhou na Petrobras e Ministério de Minas e Energia", prossegue.
Foi somente em 2013, após uma discussão em família, que Rosângela descobriu que havia sido sequestrada. "Sua certidão de nascimento é falsificada, foi registrada em 1967 em cartório no bairro do Catete, no Rio. O documento aponta 1963 como ano de seu nascimento", conta Reina. "A certidão apresenta como local de nascimento um imóvel numa rua no bairro do Flamengo. Mas levantamento em cartório demonstra que a casa citada na certidão pertence a autarquia de previdência dos servidores públicos desde 1958."
Rosângela segue em busca de seus pais biológicos. Debilitada física e emocionalmente, ela conversou com o autor do livro. "Hoje vivo na angústia de não saber quem sou, quantos anos tenho, e sequer saber quem foram ou quem são meus pais. Todos se negam terminantemente a falar sobre esse assunto. Só desejo saber quem sou, e onde está a minha família. Acredito que esse direito eu tenho, depois de sofrer tantos anos. Hoje só sei que sou um ser humano que nada sabe sobre seus pais. Desejo Justiça", diz ela.
"A família Paraná fez um pacto de silêncio para que não se fale o nome dos pais biológicos ou de onde a bebê veio", conta Reina. "Odilma, irmã de Odyr, o pai adotivo já falecido, confirma apenas que Rosângela foi adotada e que a mãe 'era uma baderneira'."
Reina comenta que o objetivo de seu trabalho "é puramente jornalístico e histórico". "Dar voz àqueles que foram esquecidos à força, invisibilizados pela história e pela mídia. Contar a verdadeira história da ditadura no Brasil, no período entre 1964 e 1985, sem filtros ou pendências de narrativa."
"É mostrar a verdade. Mostrar a realidade. Mostrar a história de pessoas que foram jogadas no buraco negro da história do Brasil. De pessoas que foram usadas pelas forças militares na ditadura. Mostrar as histórias de pessoas que vivem num cativeiro sem fim."
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2023-02-04T15:49:52Z
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## Neutralização do terror
*Diante da previsível derrota eleitoral de Jair Bolsonaro, suas hostes podem entrar em modo doidice cruel*
Manuel Domingos Neto /A Terra É Redonda
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As apreensões com a baderna anunciada para o dia 7 de setembro foram atenuadas. O repúdio à quebra da institucionalidade tem sido vigoroso. Além da manifestação da Faculdade de Direito da USP, houve o espetáculo da posse de Alexandre Morais na presidência do STE. Muitos assistiram o vexame do presidente da República no auditório. Foi um lance de recuperação da moralidade institucional.
A repercussão das reportagens de Guilherme Amado sobre empresários golpistas também desestimulou a baderna. Os milionários com devem estar com as barbas de molho. Com o bom desempenho eleitoral de Lula, sentem que em breve pode lhes faltar proteção. É fundamental que respondam por seus atos. A impunidade anima malfeitores.
Um dos fatores de desestímulo às manobras golpistas baseadas na contestação às urnas eletrônicas foi o posicionamento das autoridades de Washington. Quais as razões para os Estados Unidos, com seu histórico de patrocínio de golpes em muitos países, não endossar os sonhos do baderneiro alojado do Planalto?
Washington talvez queira reduzir a imprevisibilidade do quadro político latino-americano. Os Estados Unidos estão em guerra para evitar ou retardar a perda da hegemonia na ordem mundial. Não lhes interessa uma América Latina convulsionada, agravando as incertezas.
Além disso, os Estados Unidos vivem dramáticas tensões internas decorrentes da atuação da extrema direita. O FBI alertou na última sexta-feira, dia 12, sobre o perigo de atentados por parte de apoiadores de Donald Trump.
Depois de a polícia realizar busca na casa do ex-presidente, agentes federais e outros funcionários da segurança pública foram ameaçados. Na rede social de Donald Trump, ativistas são convocados para matar. Um homem foi preso na Pensilvânia depois de postar que abateria muitos agentes do FBI antes de morrer.
Nos Estados Unidos, não há coesão entre os republicanos. Muitos temem o ambiente de terror, mas os que apoiam Donald Trump são ativos e perigosos. Pedem a extinção do FBI e o desmonte do Departamento de Justiça. Já mostraram audácia no Capitólio. Lobos solitários podem deixar o país em pane. Práticas violentas são costumeiras na política estadunidense, mas as instituições deste país se empenharam mais em exportar o terrorismo do que em estimular seu uso interno.
Tendências políticas dos Estados Unidos sempre rebatem no Brasil, penetrando na sociedade e nas instituições. As técnicas da Lava-jato foram importadas, assim como o neoconservadorismo das fileiras. No Exército, o introdutor do neoconservadorismo radical foi o general Avelar Coutinho, copiador de autores estadunidenses. Seu discurso foi endossado por oficiais destacados, como o ex-comandante Villas-Boas.
Diferentemente das instituições estadunidenses, que praticam o terrorismo além-fronteiras, as brasileiras têm longo histórico de uso interno do terror. Esta semana, inclusive, as labaredas do inferno receberam um dos mais sanguinários terroristas da história brasileira, Sebastião Curió, que fez carreira no Exército.
O hábito de práticas violentas contra opositores explica o apoio castrense à candidatura de um conhecido terrorista à presidência da República. Esse homem, desde novinho, defende o choque e o pavor. Diante de sua previsível derrota eleitoral, suas hostes podem entrar em modo doidice cruel.
Se registramos nos últimos dias um desanuviamento de tesões, não cabem descuidos. A defesa da democracia deve ser permanente. Não há outra forma de neutralizar a índole terrorista da extrema direita.
Empresários apoiadores de Jair Bolsonaro passaram a defender abertamente um golpe de Estado caso Lula seja eleito em outubro, derrotando o atual presidente. A possibilidade de ruptura democrática foi o ponto máximo de uma escalada de radicalismo que dá o tom do grupo de WhatsApp Empresários & Política, criado no ano passado e cujas trocas de mensagens vêm sendo acompanhadas há meses pela coluna de Guilherme Amado.
Participam o jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, o deputado Rogério Correia (PT-MG), a vereadora Carol Dartora (PT, Curitiba), a ativista Luna Zarattini, a coordenadora do Sinasefe, Elenira Vilela, e o vereador cassado Renato Freitas (PT, Curitiba)
Os golpistas ainda estão soltos. Conforme Beatriz Castro os oito inimigos da claridade, "os oito investigados podem escolher se querem ir ao desfile militar em Brasília ou ao evento em Copacabana, onde, segundo o presidente, haverá um ato cívico e uma motociata.
São investigados os empresários Luciano Hang (Havan); Afrânio Barreira Filho (Coco Bambu); Ivan Wrobel (W3 Engenharia); José Isaac Peres (Multiplan); José Koury (Barra World); Luiz André Tissot (Sierra); Marco Aurélio Raymundo (Mormaii); e Meyer Joseph Nigri (Tecnisa)".
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2023-02-04T14:37:53Z
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## Neutralização do terror
*Diante da previsível derrota eleitoral de Jair Bolsonaro, suas hostes podem entrar em modo doidice cruel*
Manuel Domingos Neto /A Terra É Redonda
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As apreensões com a baderna anunciada para o dia 7 de setembro foram atenuadas. O repúdio à quebra da institucionalidade tem sido vigoroso. Além da manifestação da Faculdade de Direito da USP, houve o espetáculo da posse de Alexandre Morais na presidência do STE. Muitos assistiram o vexame do presidente da República no auditório. Foi um lance de recuperação da moralidade institucional.
A repercussão das reportagens de Guilherme Amado sobre empresários golpistas também desestimulou a baderna. Os milionários com devem estar com as barbas de molho. Com o bom desempenho eleitoral de Lula, sentem que em breve pode lhes faltar proteção. É fundamental que respondam por seus atos. A impunidade anima malfeitores.
Um dos fatores de desestímulo às manobras golpistas baseadas na contestação às urnas eletrônicas foi o posicionamento das autoridades de Washington. Quais as razões para os Estados Unidos, com seu histórico de patrocínio de golpes em muitos países, não endossar os sonhos do baderneiro alojado do Planalto?
Washington talvez queira reduzir a imprevisibilidade do quadro político latino-americano. Os Estados Unidos estão em guerra para evitar ou retardar a perda da hegemonia na ordem mundial. Não lhes interessa uma América Latina convulsionada, agravando as incertezas.
Além disso, os Estados Unidos vivem dramáticas tensões internas decorrentes da atuação da extrema direita. O FBI alertou na última sexta-feira, dia 12, sobre o perigo de atentados por parte de apoiadores de Donald Trump.
Depois de a polícia realizar busca na casa do ex-presidente, agentes federais e outros funcionários da segurança pública foram ameaçados. Na rede social de Donald Trump, ativistas são convocados para matar. Um homem foi preso na Pensilvânia depois de postar que abateria muitos agentes do FBI antes de morrer.
Nos Estados Unidos, não há coesão entre os republicanos. Muitos temem o ambiente de terror, mas os que apoiam Donald Trump são ativos e perigosos. Pedem a extinção do FBI e o desmonte do Departamento de Justiça. Já mostraram audácia no Capitólio. Lobos solitários podem deixar o país em pane. Práticas violentas são costumeiras na política estadunidense, mas as instituições deste país se empenharam mais em exportar o terrorismo do que em estimular seu uso interno.
Tendências políticas dos Estados Unidos sempre rebatem no Brasil, penetrando na sociedade e nas instituições. As técnicas da Lava-jato foram importadas, assim como o neoconservadorismo das fileiras. No Exército, o introdutor do neoconservadorismo radical foi o general Avelar Coutinho, copiador de autores estadunidenses. Seu discurso foi endossado por oficiais destacados, como o ex-comandante Villas-Boas.
Diferentemente das instituições estadunidenses, que praticam o terrorismo além-fronteiras, as brasileiras têm longo histórico de uso interno do terror. Esta semana, inclusive, as labaredas do inferno receberam um dos mais sanguinários terroristas da história brasileira, Sebastião Curió, que fez carreira no Exército.
O hábito de práticas violentas contra opositores explica o apoio castrense à candidatura de um conhecido terrorista à presidência da República. Esse homem, desde novinho, defende o choque e o pavor. Diante de sua previsível derrota eleitoral, suas hostes podem entrar em modo doidice cruel.
Se registramos nos últimos dias um desanuviamento de tesões, não cabem descuidos. A defesa da democracia deve ser permanente. Não há outra forma de neutralizar a índole terrorista da extrema direita.
Empresários apoiadores de Jair Bolsonaro passaram a defender abertamente um golpe de Estado caso Lula seja eleito em outubro, derrotando o atual presidente. A possibilidade de ruptura democrática foi o ponto máximo de uma escalada de radicalismo que dá o tom do grupo de WhatsApp Empresários & Política, criado no ano passado e cujas trocas de mensagens vêm sendo acompanhadas há meses pela coluna de Guilherme Amado.
Participam o jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, o deputado Rogério Correia (PT-MG), a vereadora Carol Dartora (PT, Curitiba), a ativista Luna Zarattini, a coordenadora do Sinasefe, Elenira Vilela, e o vereador cassado Renato Freitas (PT, Curitiba)
Os golpistas ainda estão soltos. Conforme Beatriz Castro os oito inimigos da claridade, "os oito investigados podem escolher se querem ir ao desfile militar em Brasília ou ao evento em Copacabana, onde, segundo o presidente, haverá um ato cívico e uma motociata.
São investigados os empresários Luciano Hang (Havan); Afrânio Barreira Filho (Coco Bambu); Ivan Wrobel (W3 Engenharia); José Isaac Peres (Multiplan); José Koury (Barra World); Luiz André Tissot (Sierra); Marco Aurélio Raymundo (Mormaii); e Meyer Joseph Nigri (Tecnisa)".
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2023-01-28T13:39:31Z
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Vou logo dizendo que não sou monarquista. Que isso fique bem claro, bem explícito.
Entretanto não posso concordar, de jeito nenhum, com a afirmativa de que toda monarquia termina em anarquia. Se assim o fosse, a Inglaterra, a Espanha, o Japão e dezenas de outros países estariam hoje anárquicos.
Queremos crer que os anarquistas teriam por verdadeira a concepção de que se não houvessem as leis, não haveriam também as violações e os apenamentos consequentes.
Mas é inegável que sem o ordenamento legal não haveria ordem, justiça e progresso. Sabemos que a paz é consequência da Justiça.
Sem as regras, as leis, como dizer o que é certo, o que é errado e aplicar, desta forma, a equidade?
A complacência causa a negligência na apuração dos fatos, na aplicação das penas legais e pode agravar, ainda mais o descrédito, tanto do legislativo quanto do judiciário.
É falsa a noção de que a estrutura legal do país seja impeditiva da ascensão social. Milhares de cursos, financiamentos e oportunidades, para todos, vicejam atualmente no cenário brasileiro.
Perceba que esses mecanismos sociais possibilitam a aquisição do conhecimento educacional necessário à melhoria de vida do cidadão.
Se não for com a aplicação das punições previstas nas leis, como mudar a realidade presente em um bairro que via o pai machão, maluco, doido de pinga, que obtinha o respeito da mulher batendo nos filhos, impondo-se asperamente dentro de casa, e que agora vê o filho dele, fanfarrão, querendo manter a simpatia da amásia, e dos enteados, espancando e humilhando os vizinhos?
Baderneiro, irresponsável, que causa dano material e moral a outrem, deve sofrer as penas socioeducativas. Do contrário não poderá o tal cidadão aprimorar-se moralmente, vindo a ser um dia, mais útil a si próprio e aos que o rodeiam.
A alegria da patuleia é ver o mundo sem os blogs. É difícil para ela acreditar que isso não seja possível.
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2023-01-28T06:32:56Z
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Quando Jesus demonstra sua predileção pelos pobres Ele se refere aos oprimidos, aos que não podem se defender, e não aos meliantes maldosos, que não cessam com as suas maldades.
A esses malignos o Mestre pede a conversão e chega a solicitar que durante uma demanda entrem em acordo com o credor sob pena deste os mandar para a prisão, de onde só sairão depois de pagarem até o último centavo.
Ao pecador ensina-se que confesse seus erros, arrependa-se e se comprometa a não mais cometê-los.
A quem não faz esses procedimentos não se pode garantir nada mais do que as penalidades da lei dos homens e o fogo do inferno.
Os educadores sabem que as lições não são aprendidas quando não sejam muito significativas para os educandos.
Se uma nota baixa afeta o bom estudante, mas é inofensiva para o negligente, como pode o mestre corrigir os erros educando eficientemente?
A chamada "pecunia doloris", ou seja, a punição em dinheiro pode ser muito mais eficaz do que o castigo corporal em que o réu tem a sua liberdade tolhida.
É claro que nas aberrações da personalidade nem mesmo os castigos financeiros podem fazer ver ao delinquente que está praticando ações erradas, contrárias ao bom senso existente entre a maioria das pessoas de bem.
As limitações dos educadores ocorrem, às vezes, pela agressividade e violência dos educandos, que inconformados com as determinações sensatas, rebelam-se partindo para a irracionalidade.
Num quarteirão pode-se encontrar praticamente a mesma situação do que numa sala de aulas. Há sempre um pequeno grupo mais afeito à irresponsabilidade do que a maioria compromissada com a ordem, a sensatez e ao bem-estar geral.
Para esse tipo baderneiro, vandálico, não importa se o volume do som em que ele gosta de ouvir suas músicas atrapalhará ou não o vizinho. Para ele tanto faz. Que se danem todos os que estão ao redor.
A comunidade também, temerosa de se envolver com pessoas violentas, geralmente adapta-se aos agressivos, livrando-se desta forma, de qualquer ameaça que possa sofrer.
Até prova em contrário, crê-se que o julgamento das infrações legais seja suficiente para o apaziguamento dos conflitos emergentes.
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2023-01-28T06:54:18Z
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Vou logo dizendo que não sou monarquista. Que isso fique bem claro, bem explícito.
Entretanto não posso concordar, de jeito nenhum, com a afirmativa de que toda monarquia termina em anarquia. Se assim o fosse, a Inglaterra, a Espanha, o Japão e dezenas de outros países estariam hoje anárquicos.
Queremos crer que os anarquistas teriam por verdadeira a concepção de que se não houvessem as leis, não haveriam também as violações e os apenamentos consequentes.
Mas é inegável que sem o ordenamento legal não haveria ordem, justiça e progresso. Sabemos que a paz é consequência da Justiça.
Sem as regras, as leis, como dizer o que é certo, o que é errado e aplicar, desta forma, a equidade?
A complacência causa a negligência na apuração dos fatos, na aplicação das penas legais e pode agravar, ainda mais o descrédito, tanto do legislativo quanto do judiciário.
É falsa a noção de que a estrutura legal do país seja impeditiva da ascensão social. Milhares de cursos, financiamentos e oportunidades, para todos, vicejam atualmente no cenário brasileiro.
Perceba que esses mecanismos sociais possibilitam a aquisição do conhecimento educacional necessário à melhoria de vida do cidadão.
Se não for com a aplicação das punições previstas nas leis, como mudar a realidade presente em um bairro que via o pai machão, maluco, doido de pinga, que obtinha o respeito da mulher batendo nos filhos, impondo-se asperamente dentro de casa, e que agora vê o filho dele, fanfarrão, querendo manter a simpatia da amásia, e dos enteados, espancando e humilhando os vizinhos?
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2023-01-28T06:41:40Z
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# 93% condenam ataques golpistas, e maioria defende prisões, aponta Datafolha
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A imensa maioria dos brasileiros repudia os ataques golpistas ao coração dos três Poderes em Brasília, realizados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no domingo passado (8). Segundo o Datafolha, 93% são contra a ação, enquanto 3% se dizem favoráveis a ela.
O instituto ouviu 1.214 pessoas com mais de 16 anos, ou seja, aptas a votar, na terça (10) e nesta quarta (11), em pesquisa telefônica por todo o Brasil. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou menos.
Dos entrevistados, 2% se disseram indiferentes à depredação ocorrida no Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal e Congresso Nacional. Não soube dar opinião 1%. A totalização dos dados não chega a 100% porque há arredondamentos.
A ação dos baderneiros foi um dos mais graves incidentes, se não o maior, desde a redemocratização do Brasil após o fim da ditadura militar em 1985. Milhares de apoiadores de Bolsonaro, muitos recém-chegados a Brasília de outros estados, se uniram a acampados em frente ao Quartel-General do Exército para marchar rumo à praça dos Três Poderes e depredar.
A depredação das sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário tinha uma motivação: impedir que Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que derrotou Bolsonaro em outubro, governe. O petista havia tomado posse uma semana antes, e o ex-presidente estava na Flórida, após recusar-se a participar da passagem de poder.
O incidente teve ampla repercussão: 96% dos entrevistados disseram ter conhecimento do ocorrido. Desses, 43% dizem estar bem informados sobre os fatos, 41%, mais ou menos cientes e 12%, com pouca informação. O restante da amostra, 4%, disse desconhecer o episódio.
Há homogeneidade na condenação da barbárie ao longo dos estratos socioeconômicos apurados pelo Datafolha, com uma exceção notável: 10% dos que se declaram eleitores de Bolsonaro, o inspirador da ideia golpista de rejeitar o resultado da eleição de outubro passado, aprovaram a violência e o vandalismo.
O ex-presidente chegou a se manifestar a partir dos Estados Unidos de forma algo oblíqua, em rede social, dizendo que violência não seria algo dentro "da regra", não sem antes acusar a esquerda de fazer o mesmo em outras ocasiões.
Segundo o Datafolha aferiu, 46% dos brasileiros acham que todos os envolvidos nas depredações têm de estar presos. Para 15%, a maioria deveria, e 26% acham que só alguns. Para 9%, ninguém deveria estar detido e 4% dizem não saber.
Cerca de 1.500 pessoas foram detidas, muitas já liberadas, e novas prisões seguem sendo feitas a partir de determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que coordena inquéritos contra fake news e atos antidemocráticos a partir de ameaças feitas a integrantes da corte.
O punitivismo é maior entre aqueles que têm ensino fundamental: 54% querem ver todos presos. De forma previsível, entre aqueles que se declaram eleitores de Bolsonaro o abrandamento é mais pronunciado 48% acham que alguns devem ser presos e 17%, que ninguém deve ir para a cadeia.
Já a expectativa de punição pelo Judiciário é diferente. Acreditam que serão punidos 77% dos ouvidos, 42% deles esperando uma pena dura e 35%, uma branda. Já acham que nada ocorrerá aos criminosos 17%, enquanto 6% disseram não saber.
Aqui, parece fazer valer a fama de implacável de Moraes, que tem agido de forma dura contra aqueles que atentam contra a democracia, atraindo críticas acerca do que é visto como uma ação arbitrária e que margeia o abuso de poder.
Ele, referendado pelo plenário do Supremo em suas ações, rejeita a pecha. Desde que os vândalos entraram em ação, tem reiterado que a eles será dispensado o rigor da lei. Mandou prender na esteira do caso o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, além do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal.
O papel dos financiadores do transporte e dos acampamentos que alimentaram os atos também é visto como alvo. Para 77%, esse grupo deveria ser preso, enquanto 18% acham que não. Outros 5% dizem não saber. Entre eleitores de Bolsonaro, a taxa cai a 56% que pregam punição e 37%, que não.
Os primeiros depoimentos dos golpistas presos indicam que muitos deles tiveram passagem e alimentação paga por terceiros para estar no acampamento brasiliense, desmontado na segunda (9) assim como outros similares pelo país, também por ordem de Moraes. O caminho de seguir o dinheiro é linha clássica de apuração daqui em diante.
Na semântica da crise, o Datafolha quis saber como os eleitores viam os manifestantes do domingo. Para 18%, eles são vândalos, enquanto 15% adotaram a expressão adotada por autoridades dos três Poderes em diversas entrevistas coletivas: terroristas.
Outros 7% os chamam de irresponsáveis e variantes do termo, 5%, de criminosos ou bandidos, 3%, de loucos/malucos/assemelhados.
Nesta quarta, o presidente Lula usou uma variante deste último termo: alopradas, que aliás remete a um escândalo de sua primeira gestão no Planalto, em 2006, quando ele assim se referiu a uma dupla que buscou comprar um dossiê falso contra o então candidato tucano ao governo paulista, José Serra.
Grupos de 2% os veem como vagabundos, um epíteto comum entre bolsonaristas ao se referirem a adversários, vergonhosos, burros/ridículos, ignorantes/irracionais. Já 30% deram outras respostas e 8%, não se manifestaram.
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2023-02-04T09:20:01Z
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https://br.noticias.yahoo.com/abin-avisou-sobre-risco-viol%C3%AAncia-135400018.html
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# Abin avisou sobre risco de violência na véspera de ataques em Brasília
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) produziu diversos alertas acerca do risco iminente de ataques a prédios públicos pelos radicais bolsonaristas que vandalizaram as sedes dos três Poderes em Brasília no domingo (8).
Os textos são distribuídos para todos os integrantes do Sisbin (Sistema Brasileiro de Inteligência), rede que une 48 órgãos em 16 ministérios diversos. A Folha de S.Paulo obteve um deles, datado do sábado, véspera do incidente.
"Conforme a ANTT [Agência Nacional de Transportes Terrestres], houve aumento do número de fretamentos de ônibus com destino a Brasília para este final de semana. Há um total de 105 ônibus, com cerca de 3.900 passageiros", diz o despacho.
"Mantêm-se convocações para ações violentas e tentativas de ocupações de prédios públicos, principalmente na Esplanada dos Ministérios", completou o texto, profetizando o que viria ocorrer no dia seguinte.
Um dos aspectos mais obscuros da inédita violência registrada na capital é o papel das forças federais de segurança. A omissão e conivência da Polícia Militar do Distrito Federal está mais do que provada por vídeos registrados pelos próprios bolsonaristas, e levou ao afastamento do governador, mas o apagão do lado do governo Lula gera dúvidas.
A Folha de S.Paulo tentou falar com o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), a quem a Abin está subordinada, sem sucesso. Enviou também uma mensagem questionando o ministro Flávio Dino (Justiça), que tem centralizado parte da reação oficial à crise.
Com os alertas da Abin, recebido por diversos órgãos do Ministério da Defesa, teria sido possível estruturar uma resposta mais efetiva. Segundo um oficial-general do Exército, o sistema de inteligência da Força dificilmente não teria visto a movimentação, dado que tinha elementos infiltrados no acampamento desmontado nesta segunda (9) à frente do seu Quartel-General em Brasília.
O máximo que houve foi uma ordem de Dino para que agentes da Força Nacional, que reúne policiais de diversos estados, fossem mobilizados para a eventualidade de um acirramento da situação. Havia cerca de 150 homens à disposição, bem menos do que necessário.
O despacho de Dino sugeria a proteção da Esplanada dos Ministérios, mas não houve uma ação coordenada.
Não houve também mobilização do Comando Militar do Planalto, responsável pela segurança do palácio presidencial -os soldados de choque instalados no subsolo do prédio só agiram depois que os bolsonaristas o invadiram.
Entre observadores da crise, duas hipóteses principais se sobrepõem. A primeira foi o relaxamento do governo Lula após a posse sem incidentes do presidente, associado ao fato de que o novo governo considera o GSI uma unidade militar bolsonarista a ser depurada.
O chefe do órgão no governo Jair Bolsonaro (PL), general Augusto Heleno, é um dos mais radicais antipetistas da antiga administração, entusiasta histórico de soluções de força. Lula colocou um general de sua confiança, Gonçalves Dias, para comandar o órgão, mas retirou dele a função de segurança presidencial.
Essa desconfiança pode ter travado o caminho dos alertas produzidos pela Abin, na visão de integrantes da agência.
Outro cenário é mais complexo, envolvendo o papel das Forças Armadas no caso. O ministro da Defesa, José Múcio, tem trabalhado numa linha de acomodação com os novos comandantes. Isso o contrapõe a Dino, adepto de uma linha mais dura, em consonância com a ação comandada do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral pelo ministro Alexandre de Moraes.
Um político com interlocução no meio militar e no Judiciário aponta que Múcio parece ter ficado vendido sobre a inação dos militares, que consideravam o acampamento de bolsonaristas na frente de quartéis inócuo, mesmo após o ensaio de baderna em Brasília no dia da diplomação de Lula, em 12 de dezembro, quando carros foram incendiados.
O temor, diz esse político, é que haja simpatia efetiva nas fileiras militares aos bolsonaristas, inspirada pela atitude dos antecessores do atual comando das Forças de evitar passar seus cargos no governo do petista -Múcio acabou costurando uma saída intermediária, mas ainda assim o chefe da Marinha, Almir Garnier, não apareceu para empossar o substituto.
Essa situação parece contornada com o desmonte do acampamento golpista em frente ao QG do Exército, com a presença do ministro Rui Costa (Casa Civil) no comando da Força. Mas o escrutínio sobre o que de fato ocorreu nos dias que antecederam ao 8 de janeiro ainda está para ser feito.
A Intelis (União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin) divulgou nota reclamando que os alertas não foram ouvidos. "A questão do extremismo violento observado no país tem sido e continua sendo monitorada, permanentemente, dentro de nossas competências institucionais, e informações estavam e continuam sendo repassadas de maneira oportuna aos órgãos competentes", afirmou.
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2023-01-31T17:06:57Z
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https://br.noticias.yahoo.com/alexandre-de-moraes-promete-punicao-a-golpistas-por-ataques-em-brasilia-000227258.html
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# Alexandre de Moraes promete punição a golpistas por ataques em Brasília
## "Os desprezíveis ataques terroristas à Democracia e às Instituições Republicanas serão responsabilizados, assim como os financiadores" disse o ministro do STF
Ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral,
**Alexandre de Moraes** falou, na noite deste domingo (8), sobre os ataques terroristas à Esplanada dos Ministérios, em Brasília, que atingiram os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF, e prometeu punir os responsáveis pela ação:
"Os desprezíveis ataques terroristas à Democracia e às Instituições Republicanas serão responsabilizados, assim como os financiadores, instigadores, anteriores e atuais agentes públicos que continuam na ilítica conduta dos atos antidemocráticos. O Judiciário não faltará ao Brasil!", prometeu o ministro.
**Golpistas invadem áreas do Congresso, Planalto e STF, e PM reage com bombas** **Gabinete de Lula promete, mas não consegue desmobilizar manifestações** **Policiais tiram selfies e se omitem durante invasão de golpistas ao Congresso** **Bolsonarista fica gravemente ferido após manifestantes tentarem furar pneu de carreta em SP** **Pacheco diz que atos golpistas devem sofrer rigor da lei, e Dino diz que invasores não vão prevalecer** **Governo do DF sabia da chegada de golpistas que invadiram Congresso, dizem ministros** **Bolsonaro mantém silêncio, e aliados se dividem sobre ato golpista em Brasília** **'O controle da anarquia é de responsabilidade do GDF', diz Mourão** **Governadores de SP, Rio e Minas criticam invasão em Brasília** **Anitta, Gagliasso, Felipe Neto e mais famosos reagem à ação de golpistas no Congresso**
A fala se alinha ao compromisso do presidente
**Luis Inácio Lula da Silva**
"Vamos descobrir quem foram os financiadores e todos pagarão com a força da lei esse gesto de irresponsabilidade", assegurou. "É preciso que essas pessoas sejam punidas de forma exemplar para que nunca mais ousem, com a bandeira nacional nas costas, fingindo-se brasileiros, repetirem o que fizeram hoje."
Em seu discurso, Lula decretou intervenção federal no Distrito Federal para conter os golpistas.
**Ricardo Garcia Cappelli**, secretário-executivo do Ministro da Justiça **Flávio Dino**, será o interventor e cuidará da segurança em Brasília, a princípio, até o próximo dia 31 de janeiro.
"A democracia garante o direito de liberdade, mas também exige que as pessoas respeitem as instituições que foram criadas para fortalecer a democracia", declarou o presidente.
Presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal
**Arthur Lira** (PP-AL) também seguiu na mesma linha e disse que "os responsáveis que promoveram e acobertaram" os atos de vandalismo em Brasília devem ser identificados e punidos na forma da lei.
Em sua conta no Twitter, Lira disse que o Congresso Nacional "jamais negou voz a quem queira se manifestar pacificamente, mas nunca dará espaço para a baderna, a destruição e vandalismo".
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2023-02-05T04:58:32Z
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https://br.noticias.yahoo.com/anitta-gagliasso-felipe-neto-e-mais-famosos-reagem-a-acao-de-golpistas-no-congresso-212754793.html
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# Anitta, Gagliasso, Felipe Neto e mais famosos reagem à ação de golpistas no Congresso
## "Acho muito triste que tudo isso esteja acontecendo" disse Anitta em coletiva no Rio
**Anitta**, **Bruno Gagliasso**, **Cleo Pires**, **Felipe Neto** e outros famosos reagiram à invasão de golpistas na Esplanada no Ministérios, em Brasília, neste domingo (8). Com pedidos de intervenção militar, bolsonaristas ocuparam áreas do Congresso, do Planalto e do STF.
"Acho muito triste que tudo isso esteja acontecendo. Vamos sair dessa porque uma grande parte do país quer a paz. Independente do que você gostaria ou de qual presidente você gostaria. O que a grande maioria quer é a paz entre todo mundo e ninguém ganha quando o cenário é dessa forma", afirmou a cantora Anitta ao
**Yahoo!** nos bastidores do show "Ensaios da Anitta", que acontece no Rio de Janeiro.
Convidadas de Anitta no evento,
**Maiara e Maraisa** classificaram os ataques como "uma chateação dana": "Independente de qualquer coisa, nossa bandeira tem lá escrito: 'ordem e progresso'. (...) Vamos manter a ordem, manter o amor. Com amor conseguimos tantas coisas e começar o ano desse jeito não combina com o nosso país", reprovou Maraisa. "É a força do brasileiro que movimenta o Brasil", acrescentou Maiara.
Em suas redes sociais, Cleo também se pronunciou sobre o acontecimento: "A gente quer paz, amor e respeito, mas recebe guerra e destruição da parte de pessoas que não aceitam o presidente eleito, pessoas essas que estão tentando um golpe de estado. Terrorismo, é isso que está acontecendo em Brasília", declarou a atriz e cantora.
"Que todos sejam punidos, com firmeza e a lei e todo seu rigor. Não há espaço para terrorismo e atos antidemocráticos. Democracia acima de tudo, sempre!", completou Cleo.
"Espero que em todas as eleições o povo brasileiro lembre-se do terror, da violência e do caos que o Bolsonazismo trouxe para as nossas vidas. Separaram famílias, saquearam o país, trouxeram morte e terrorismo. A extrema-direita é uma doença. E precismos nos livrar dela", criticou o ator Bruno Gagliasso.
Ele ainda criticou a omissão da Polícia Militar do Distrito Federal, que foi flagrada tirando selfies, gravando vídeos e conversando amigavelmente com golpistas enquanto acontecia a invasão: "Se fossem professores, estudantes, trabalhadores, a PMDF agiria da mesma forma? Ou esse privilégio é só pra terroristas?", questionou.
O humorista
**Antonio Tabet**, do "Porta dos Fundos", também criticou a omissão da Polícia Militar durante a invasão: "Terroristas precisam ser presos. Simples assim. Fossem os manifestantes majoritariamente pretos e pobres, seriam executados ao avançar uma só barreira", sugeriu.
Colega de Tabel no coletivo de humor,
**Gregorio Duvivier** elogiou o discurso do presidente Lula (PT) sobre a invasão da Esplanada: "Lula certeiro. Veemente contra os terroristas. Dando nome aos bois: neonazistas. E prometendo punição exemplar aos policiais cúmplices", escreveu o ator e humorista.
"O terrorismo praticado pelos bolsonaristas não tem sequer um propósito. Absolutamente nada pode acontecer que impeça o resultado da democracia de continuar. Nada. É apenas balbúrdia de baderneiros que resultará em prisões. E torçamos para que não causem mortes", refletiu Felipe Neto.
O youtuber também criticou o governador do Distrito Federal,
** Ibaneis Rocha**, e apontou a aproximação do político com o ex-presidente **Jair Bolsonaro **(PL): "As pessoas se perguntando porque não reforçaram a segurança se já sabiam que teria o ato terrorista de invasão. O motivo é que a pessoa responsável por reforçar essa segurança era (...) Ibaneis Rocha. Esse homem abaixo", apontou, compartilhando uma foto do governador abraçado a Bolsonaro.
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2023-02-04T11:45:03Z
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https://br.noticias.yahoo.com/apoiadores-jair-bolsonaro-invadem-congresso-183854855.html
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# Lula decreta intervenção no DF após apoiadores de Jair Bolsonaro invadirem Congresso, STF e Palácio do Planalto
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou intervenção federal na área de Segurança Pública do Distrito Federal após milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadirem neste domingo (08/01) áreas do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto.
O decreto de Lula, com validade até o dia 31 de janeiro, designa o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Garcia Capelli, como interventor.
"Não existe precedente ao que essa gente fez e, por isso, essa gente terá que ser punida", afirmou Lula momentos antes de anunciar o decreto.
"Nós vamos inclusive descobrir quem são os financiadores desses vândalos que foram à Brasília e todos eles pagarão com a força da lei esse gesto de irresponsabilidade, esse gesto antidemocrático e esse gesto de vândalos e fascistas", disse o presidente.
Lula chamou os invasores de "nazistas e fascistas" e disse que a esquerda nunca realizou atos desse tipo no Brasil.
"Eles vão perceber que a democracia garante direito de liberdade, livre expressão, mas ela também exige que as pessoas respeitem as instituições que foram criadas para fortalecer a democracia", afirmou.
### Do Quartel-General à Esplanada
O grupo de bolsonaristas, que estava concentrado na frente do Quartel-General do Exército, se deslocou para a Esplanada dos Ministérios no início da tarde de domingo.
Imagens veiculadas por emissoras de TV mostraram centenas de pessoas nas rampas que dão acesso ao Congresso e ao Palácio do Planalto e em volta do prédio do STF.
No Congresso, centenas de pessoas subiram na laje do edifício, enquanto parte do grupo ingressou no Salão Verde e no plenário do Senado. As imagens mostraram vidraças quebradas e pessoas enroladas em bandeiras do Brasil caminhando com tranquilidade dentro do prédio. Outras imagens mostraram membros do grupo dentro do Palácio do Planalto e no plenário do STF. Nesses locais, vidros foram quebrados, e móveis e obras de arte foram depredados.
Por volta das 17h, segundo imagens de helicóptero transmitidas pela emissora GloboNews, seguranças haviam conseguido retomar o prédio do STF e expulsar os invasores. Aos poucos, as forças de segurança foram retomando os demais edifícios, conforme mais policiais chegaram à Esplanada. Até a noite, no entanto, bolsonaristas seguiam agrupados nas proximidades dos edifícios.
Por ser domingo, os edifícios estavam vazios no momento das invasões, contando apenas com poucos seguranças e funcionários responsáveis por serviços essenciais.
Na Praça dos Três Poderes, veículos policiais chegaram a disparar jatos de água no grupo para tentar dispersá-lo. Também foram usadas bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral.
Um vídeo que circula em grupos bolsonaristas no Whatsapp mostra um grupo festejando a chegada à sede do STF. "Pegamos o STF. Fora, acabou, o Brasil venceu", grita um homem.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não estava em Brasília no momento da invasão. Ele visitava Araraquara (SP) para visitar vítimas de temporais recentes, mas antecipou o retorno à capital.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse no Twitter ter conversado sobre os incidentes com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). "O governador me informou que está concentrando os esforços de todo o aparato policial no sentido de controlar a situação", afirmou.
"Repudio veementemente esses atos antidemocráticos, que devem sofrer o rigor da lei com urgência", disse Pacheco.
O ministro da Justiça, Flavio Dino (PSB), afirmou no Twitter: "Essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer. O Governo do Distrito Federal afirma que haverá reforços. E as forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça".
Também no Twitter, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que o governo do Distrito Federal "foi irresponsável frente à invasão de Brasília e do Congresso Nacional".
"É um crime anunciado contra a democracia, contra a vontade das urnas e por outros interesses. Governador e seu secretário de segurança, bolsonarista, são responsáveis pelo que acontecer", afirmou.
Enquanto as invasões se desenrolavam, o secretário de Segurança do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, foi exonerado. Momentos antes, ele disse no Twitter considerar "inconcebível a desordem e inaceitável o desrespeito às instituições".
"Determinei que todo efetivo da PM e da Polícia Civil atue, firmemente, para que se restabeleça a ordem com a máxima urgência. Vandalismo e depredação serão combatidos com os rigores da lei", afirmou Torres.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse: "Estou em Brasília monitorando as manifestações e tomando todas as providências para conter a baderna antidemocrática na Esplanada dos Ministérios."
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2023-02-09T05:33:41Z
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https://br.noticias.yahoo.com/atos-golpistas-invas%C3%A3o-foi-resultado-073033123.html
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# Atos golpistas: invasão foi resultado de falhas em série, dizem especialistas em segurança pública
As falhas operacionais das forças de segurança há duas semanas em Brasília são fruto de uma sucessão de erros de planejamento que, na opinião de especialistas de segurança pública, deve motivar alterações nos protocolos adotados atualmente. Entre as principais falhas está a desarticulação entre as polícias dos diferentes Poderes, que subestimaram alertas das áreas de inteligência.
Militares em cargos civis, ameaças e não-alinhamento: cinco pontos da crise que levou Lula a demitir o comandante do Exército
Ministro da Defesa: 'Fazíamos reuniões, mas não tinha mais clima', diz Múcio sobre demissão
A pedido do GLOBO, esses especialistas analisaram vídeos que mostram a ação — ou omissão — da polícia ante os manifestantes golpistas, além dos depoimentos de autoridades e presos pelo vandalismo.
Para Cássio Thyone Rosa, presidente do Conselho de Administração do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o “policiamento que tínhamos até hoje vinha se mostrando suficiente”. A partir de agora, contudo, os órgãos terão que rever suas estratégias.
— Depois desse momento de crise, esse evento terá de ser analisado e estudado, para que aprendamos com os erros e mudemos o protocolo, se necessário. Toda doutrina de prevenção está baseada na alimentação de um processo para evitar a repetição.
Cássio Thione lembra que Brasília é palco de manifestações há décadas, e o aparato de segurança pública sempre esteve preparado para conter atos. Se já houve manifestações com até 200 mil pessoas, como uma de proporção menor deu tão errado? Thyrone Rosa questiona a comunicação da intenção de realizar a manifestação à Secretaria de Segurança Pública, exigência para qualquer ato na capital.
A Secretaria de Segurança Pública do DF deveria ter feito um planejamento operacional e repassado para suas unidades policiais determinando como seria a ação no dia, explica o especialista. Ele crê ser impensável que a inteligência não tenha detectado o grau de ameaça, já que a chegada de centenas de ônibus à capital era só “a ponta do iceberg”.
— Houve uma falha de planejamento evidente. Se eu coloco um número insuficiente de policiais, corro um risco de que a barreira de segurança seja transposta rapidamente — disse ele.
— Não tinha tropa especializada, escudos, cães, blindado, não tinha nada. E o número de policiais era ínfimo. Bastou um grupo radicalizar que eles entraram.
Para Thyone Rosa, os policiais destacados não eram os mais indicados: eram principalmente agentes que fazem monitoramento nas ruas, e não de batalhões especializados. Um exemplo foi o policial que acabou derrubado do cavalo no meio da multidão.
— Um policial de choque ou cavalaria nunca se isola: ele não pode entrar na multidão sozinho. Ver policiais tirando selfie durante a ação mostra o despreparo— disse José Vicente da Silva Filho, coronel reformado da PM-SP e ex-secretário nacional de segurança.
O número insuficiente de policiais para conter a turba foi agravado pela falha no planejamento. José Eduardo Pereira, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), disse em depoimento ter 40 homens para a segurança do Planalto. Mas o jornal “O Estado de S. Paulo” revelou que o GSI dispensou parte do efetivo na véspera.
Welliton Caixeta Maciel, pesquisador do Núcleo de Estudos sobre Violência e Segurança da UnB, aponta que há muito o que se esclarecer sobre a participação de cada força de segurança dos Poderes:
— Houve alguma intenção ao não empregar a quantidade suficiente de agentes e não haver uma estratégia conjunta ? Faltou plano, foi uma ação desarticulada. Protocolos existem e devem der revistos.
Para ele, o comportamento da PM foi omisso, pelo que mostraram as imagens, onde policiais tiravam selfies, filmavam a baderna e até tomavam água de coco. A seu ver, há necessidade de investigação minuciosa.
O plano de ação de como os policiais devem se portar geralmente é repassado no briefing que a Secretaria de Segurança Pública faz antes da manifestação. Via de regra, segundo os especialistas, não há nenhum tipo de orientação para “separar” manifestantes mais pacíficos dos mais radicais — o que põe pressão para investigar a suporta facilitação do acesso a áreas sensíveis do Congresso e indicação de saídas no Planalto.
— Em gestão de multidões, você tenta controlar a horda e organizar a dispersão, não é correr atrás para prender — diz Silva Filho, o ex-secretário de Segurança Pública.
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2023-01-28T20:13:34Z
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https://br.noticias.yahoo.com/atos-golpistas-narrativa-infiltrados-da-175642044.html
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# Atos golpistas: narrativa de 'infiltrados da esquerda' volta a ser usada por políticos bolsonaristas
Embora grande parte dos parlamentares que ainda se mantém na base aliada de Jair Bolsonaro (PL) tenha se manifestado contra os atos de vandalismo nos palácvios dos Três Poderes em Brasília, é comum que as mensagens de repúdio acompanhem acusações de que a esquerda estaria infiltrada, sendo a verdadeira culpada pela destruição.
Durante a diplomação do presidente Luiz Inácio Lula Silva (PT) em dezembro, o mesmo argumento foi usado por representantes da direita para explicar os casos de vandalismo. Além dos black blocs, integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) também foram apontados como os grandes culpados pelas manifestações violentas.
Nesta segunda, em publicações em redes sociais, deputados afirmam que a direita não promove manifestações radicalizadas e com casos de depredação de patrimônio público.
Além disso, aproveitaram a oportunidade para compartilhar notícias antigas relacionadas a movimentos pela reforma agrária e imagens que supostamente confirmam a suspeita: a baderna não estaria na conta dos “patriotas”.
Entre eles está o deputado federal Coronel Tadeu (PL), eleito no estado de São Paulo. Em publicação no Twitter, o parlamentar afirma que as redes sociais estão mostrando “diversos manifestantes infiltrados, que provocaram a destruição em Brasília”.
— Fica claro mais uma vez que faltou a investigação em atos anteriores e provavelmente faltará nesses também. Será que dessa vez irão chegar nos verdadeiros culpados por tudo isso que está acontecendo? — perguntou.
Já Bibo Nunes (PL), do Rio Grande do Sul, disse que não se deve generalizar o que “uma minoria de vândalos possa ter cometido, com elementos infiltrados”.
— Quando se usa a violência, se perde a razão, o respeito das pessoas de bem e da nação. O bom senso e respeito, de qualquer poder, convivem com a democracia. Ordem e progresso!
No Rio de Janeiro, o deputado federal Carlos Jordy (PL) pediu que atos provocados por “esquerdistas infiltrados” fossem apurados com urgência, porque as manifestações da direita sempre ocorreram com civilidade e ordem, ao contrário do que fazem “terroristas como MST, MTST e black blocs”.
Também no Rio, o deputado estadual Alexandre Freitas (PODE) compartilhou várias imagens no Twitter que mostram representantes da esquerda “infiltrados”. Além disso, acusou que as prisões não ficaram restritas aqueles que cometeram vandalismo:
— Como em qualquer regime autoritário, as investigações e as prisões não ficarão restritas aos vândalos, que hoje são chamados de terroristas. O regime vem rasgando a Constituição e desrespeitando direitos muito antes de qualquer ato de vandalismo — escreveu.
O vereador Fernando Holiday (Republicanos), bolsonarista conhecido de São Paulo, disse que a hipótese de agentes de esquerda infiltrados nas manifestações não pode ser descartada e também precisa ser investigada.
— A direita jamais sucumbiu a desordem e é curioso que justo nesse momento vejamos essas cenas de vandalismo — concluiu.
O parlamentar Domingos Sávio (PL), de Minas, se posicionou contra os casos de destruição de prédios, móveis e obras de arte, dizendo que não compactua com qualquer ato de violência. No entanto, segundo ele, é errado “rotular” aqueles que promoveram ou participaram dos atos de vandalismo como bolsonaristas:
— Embora eu concorde que a totalidade ou ampla maioria tenha votado em Bolsonaro, a manifestação não é “ pró-Bolsonaro “, mas contra o risco da implantação do socialismo populista. O que tensiona o Brasil é a encruzilhada entre seguirmos como uma democracia capitalista liberal ou caminharmos para um regime socialista. Sobre isto, nenhum Brasileiro tem o direito de se omitir.
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2023-01-28T17:31:08Z
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https://br.noticias.yahoo.com/carnaval-2023-fantansia-anitta-homenagem-mulheres-historicas-conheca-personagens-181847965.html
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# Carnaval: Anitta homenageia personagens históricas; conheça cada uma
## Yahoo te conta quais são as homenageadas por Anitta em 2023
**Resumo da Notícia**:
Anitta está homenageando mulheres importantes da história
A cantora fará 11 apresentações e selecionou 16 looks
Yahoo te conta quais são as homenageadas por Anitta em 2023
**Anitta **já começou sua maratona de shows de Carnaval e para cada uma das 11 apresentações ela escolheu homenagear uma figura feminina importante na história no tema “Guerreiras”. Mas a homenagem não é clássica, é uma releitura autoral de quem foi aquela personagem. **Yahoo **conversou com **Clara Lima**, a stylist que assina os looks escolhidos pela cantora, que explicou melhor a ideia das homenagens de 2023. “Ela me ligou em agosto, já com essa ideia e quatro sugestões de personagens em mente. A partir disso, minha equipe e eu começamos um intenso trabalho de pesquisa e, no total, chegamos a 24 desenhos, que Anitta reduziu para os 16 que precisava”, conta.
A pesquisa não incluiu apenas referências de moda e históricas, mas também contou com o auxílio de especialistas para evitar apropriação cultural ou outras questões. “Também não queríamos fazer algo muito fiel, como uma espécie de cosplay. Afinal, quem está ali, no palco, é a Anitta. Os looks, apesar das referências, trazem muito da personalidade dela, essa mulher que também quebra tabus, e de quem ela é como artista, uma cantora que dança, que gosta de mostrar o corpo”, completa a profissional.
Anitta sobe ao palco com seus “Ensaios”, e homenagens, em Brasília, em 21 de janeiro, Recife (28), Rio de Janeiro (29), São Paulo, em 11 de fevereiro, e Curitiba (12). O Bloco da Anitta desfila em Salvador no dia 17 no Rio de Janeiro no dia 25.
## Tieta do Agreste
A personagem clássica de Jorge Amado foi a primeira escolhida por Anitta para homenagear. Com um body vermelho, acessórios com estampa de leopardo e botadas douradas animou o público de Salvador e deu o tom do que viria.
Na trama do autor baiano, a personagem é denunciada pela irmã, Perpétua, por ser uma mulher livre e se aventurar no mundo. Após apanhar de cajado do pai, ela é expulsa de casa e se esforça para vencer na vida sem a família. É quando, 25 anos depois, volta à sua cidade natal rica e poderosa e faz sua família, e a cidade, beijarem seus pés.
## Marietta Baderna
O segundo look de Anitta foi pensado em homenagem à Marietta Baderna, a mulher que deu nome ao termo que significa confusão e problema. “Ela é uma revolucionária. Ou seja, tem tudo a ver com o conceito no qual decidimos trabalhar este ano”, contou Anitta ao
**Yahoo**.
Marietta Baderna nasceu na Itália, em 1828, filha de uma artista e um revolucionário. Entrou na arte por meio do balé, aos 12 anos de idade. Veio para o Brasil em 1849, quando o país era ainda um conservador império escravocrata governado por Dom Pedro II.
Baderna não era revolucionária somente em suas orientações políticas, mas também em seus costumes. Apreciadora de festejos populares, do álcool e do sexo, por mais que dançasse nos salões mais tradicionais, a jovem gostava mesmo era da rua, onde conheceu a resistência dos escravos e, principalmente, que se apaixonou pelas danças que coreografavam tal resistência nos corpos das mulheres negras e assim, aos poucos, foi mudando sua forma de dançar e se tornando uma bailarina do povo.
## Valentina Tereshkova
A primeira homenageada que não tem ligação com o Brasil, Valentina foi a primeira mulher a ir para o espaço e marcou seu nome na história. Com um look prateado e com nuances de holografia, Anitta subiu ao palco em Florianópolis bem futurista.
Tereshkova foi engenheira de formação e após três anos de formada se tornou a primeira cosmonauta soviética a sair da atmosfera da Terra. O fato aconteceu em 1963, sozinha na missão Vostok 6. Ela ficou cerca de 70 horas viajando e deu 48 voltas na órbita. O programa espacial dos Estados Unidos só enviou uma mulher ao espaço 20 anos depois.
## Anita Garibaldi
A ícone da revolução farroupilha foi representada no primeiro show do Ensaio da Anitta em São Paulo, a cantora abriu uma data extra após os ingressos esgotarem. Para a homenagem a stylist apostou em um corset com pedraria acompanhada por uma calça no estilo bombacha com recortes no bumbum e uma blusa transparente. Calcinha vermelha, lenço no cabelo e pescoço completam a fantasia.
Garibaldi foi uma das mais importantes revolucionárias brasileiras, e ainda lutou em guerrilhas na Itália ao lado do marido. A revolução farroupilha pregava a separação do Rio Grande do Sul do Império Brasileiro e Anita lutou com bravura até carregando e disparando canhões. Foi capturada pelas tropas do Império, mas conseguiu fugir nadando pelo rio Canoas enquanto estava grávida do primeiro filho e saiu do país.
## Barbarella
A personagem dos quadrinhos italianos ganhou vida em 1968 com o filme, também italiano, homônimo e protagonizado pela icônica Jane Fonda. Vivendo uma guerreira astronauta que é enviada em uma missão para garantir a paz no universo, Barbarella é seduzida por uma humano que a apresenta a uma nova forma de fazer sexo.
Esperta, e com a ajuda de um anjo, ela constrói uma máquina que mata de prazer quem é colocado dentro dela. A personagem se tornou uma ícone feminina e feminista por sua liberdade. Anitta apostou na sua representação de Barbarela no show que fez em Brasília.
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2023-02-05T16:29:10Z
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https://br.noticias.yahoo.com/comandante-da-pm-facilitou-fuga-de-terroristas-no-df-diz-denuncia-135340396.html
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# Comandante da PM facilitou fuga de terroristas no DF, diz denúncia
## Jorge Naime, do Departamento de Operações, foi exonerado após os atos no DF
*Ex-comandante do Departamento de Operações é acusado de retardar tropa nos atos terroristas no DF;* *Jorge Eduardo Naime teria contido o avanço de seus homens para que manifestantes fugissem;* *Objetivo seria impedir a prisão dos vândalos.*
Uma denúncia feita à corregedoria da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) aponta que o ex-comandante do Departamento de Operações retardou intencionalmente o avanço da tropa pela Esplanada dos Ministérios durante os atos terroristas do último domingo (8).
A intenção de Jorge Eduardo Naime, exonerado após a invasão às sedes dos Três Poderes, seria permitir a fuga dos extremistas que depredaram os prédios – impedindo, assim, que fossem presos. As informações chegaram à corregedoria e foram divulgadas pelo Metrópoles.
De acordo com a denúncia, Naime conduziu a tropa com lentidão e, em alguns momentos, chegou a parar seus homens.
A exoneração do ex-comandante ocorreu, entre outros motivos, para evitar embaraços à apuração interna da PM. Após a quebradeira, o Ministério Público Federal abriu uma investigação
**para saber se houve omissão do alto comando da PMDF**.
Em reunião, senadores também levantaram a hipótese de que os
**manifestantes podem ter sido treinados pela polícia**. Embora ainda não haja ainda nenhum fato que confirme essa teoria, policiais e membros do Exército foram vistos facilitando a invasão ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF) – alguns deles **tirando selfies e tomando água de coco** enquanto os baderneiros adentravam os prédios públicos.
Uma CPI está sendo articulada para investigar os atos antidemocráticos e, caso seja instaurada, deve se aprofundar na investigação da organização e financiamento dos movimentos.
## O que é uma CPI?
A CPI é uma forma usada pelo Parlamento de exercer sua atividade fiscalizadora. A Constituição e a Lei 1.579, de 1952, determinam que ela deve somente apurar fato determinado e ter um prazo certo de duração.
## O que uma CPI pode fazer?
A legislação diz que a CPI tem poder de investigação próprio de autoridades judiciais. Significa dizer que uma comissão de inquérito pode:
inquirir testemunhas (que têm o compromisso de dizer a verdade);
ouvir suspeitos (que têm o direito ao silêncio para não se incriminarem);
prender (somente em caso de flagrante delito);
requisitar da administração pública direta, indireta ou fundacional informações e documentos;
tomar o depoimento de autoridades;
requerer a convocação de ministros de Estado;
deslocar-se a qualquer ponto do país para realizar investigações e audiências públicas;
requisitar servidores de outros poderes para auxiliar nas investigações;
quebrar sigilo bancário, fiscal e de dados, desde que por ato devidamente fundamentado, com o dever de não dar publicidade aos dados.
## O que Renan disse sobre CPI dos atos terroristas?
"Vamos investigar em todas as direções, quem dos militares colaborou com isso, quem do próprio governo com ingenuidade colaborou por ação e omissão. Vamos investigar o Aras (procurador-geral da República) e a vice-procuradora (Lindôra Araújo), porque o Aras chegou a pedir o arquivamento do inquérito do Supremo sobre atos antidemocráticos", disse.
**Bolsonaro fugitivo da Justiça? **O senador ainda quer que o magistrado declare o ex-presidente —no momento nos Estados Unidos— como um fugitivo da Justiça e que ele compareça à Justiça brasileira para prestar esclarecimentos sobre os últimos fatos. Segundo Renan, se Bolsonaro não comparecer, que seja decretada a prisão preventiva dele para garantir a aplicação da lei.
## CPI já tem assinaturas necessárias para acontecer
O presidente em exercício do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), disse nesta segunda-feira que o pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os atos de vandalismo nas sedes dos Três Poderes já conta com as assinaturas necessárias, mas só deve funcionar a partir de fevereiro, quando a nova Legislatura tomar posse.
### Qual o número mínimo de assinaturas para uma CPI ocorrer?
O número mínimo de assinaturas é de 27 parlamentares. Todavia, a senadora segue em busca de mais apoios de senadores que seguirão na próxima legislatura. Depois o pedido deverá ser lido pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em plenário.
**Proposta de Soraya**. A senadora Soraya Thronicke (União-MS) já fez uma proposta um requerimento para a abertura de uma CPI apurar os ataques ao Congresso, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF). No grupo de senadores do WhatsApp, diversos parlamentares já demonstram que vão apoiar o requerimento, entre eles Humberto Costa (PT-PE), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Eliziane Gama (Cidadania-MA).
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2023-02-06T15:02:58Z
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https://br.noticias.yahoo.com/como-lula-reagiu-ao-saber-sobre-os-ataques-terroristas-no-df-confira-135505873.html
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# Como Lula reagiu ao saber sobre os ataques terroristas no DF? Confira
## Uma das primeiras medidas tomadas pelo presidente foi ligar para Flávio Dino
*Assim que foi informado sobre ataques no DF, Lula ligou para o ministro da Justiça, Flavio Dino;* *Presidente se encontrava em Araraquara; ele visitava locais atingidos pelas fortes chuvas;* *Lula também contatou por telefone Alexandre de Moraes, Lira e Pacheco.*
Uma das primeiras ações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao ser informado sobre os ataques às sedes dos Três Poderes, na tarde do último domingo (8), foi ligar para o ministro da Justiça, Flávio Dino.
Na ocasião, o petista se encontrava em Araraquara (SP), em visitas às áreas atingidas pelas fortes chuvas. Ele recebeu a notícia por meio de um assessor, que lhe mostrou o celular enquanto passavam por um dos bairros da cidade. O relato, até então, se restringia apenas à ação dos terroristas no Congresso.
Conforme divulgado pelo Extra, foi ao entrar no carro que Lula obteve mais detalhes sobre o que estava acontecendo. Como ele não usa celular, contou novamente com o apoio de assessores. Foi apenas na sede da prefeitura de Araraquara, no entanto, que ele ficou sabendo sobre a invasão ao Palácio do Planalto.
**Golpistas invadem áreas do Congresso, Planalto e STF, e PM reage com bombas** **Policiais tiram selfies e se omitem durante invasão de golpistas ao Congresso** **Pacheco diz que atos golpistas devem sofrer rigor da lei, e Dino diz que invasores não vão prevalecer** **Governo do DF sabia da chegada de golpistas que invadiram Congresso, dizem ministros** **Bolsonaro mantém silêncio, e aliados se dividem sobre ato golpista em Brasília** **Ibaneis Rocha pede desculpa a Lula e chama invasores de terroristas**
Extremamente indignado, segundo relatos de auxiliares que o acompanhavam, Lula telefonou para Dino e aceitou a sugestão do ministro de intervir na segurança pública do Distrito Federal, especialmente após ver que as forças de segurança locais eram coniventes com os extremistas. Em vez de coibir o avanço dos bolsonaristas radicais em direção à Praça dos Três Poderes, policiais foram fotografados tomando água de coco e tirando selfies com os baderneiros.
O decreto de intervenção federal foi redigido em uma série de ligações para Dino. O presidente também conversou com outras figuras importantes, como o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD).
De acordo com aliados, em nenhum momento Lula cogitou recorrer à Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que permitiria a atuação do Exército para conter os manifestantes.
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2023-01-28T19:07:31Z
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https://br.noticias.yahoo.com/coronel-que-assessorou-gsi-pede-165902197.html
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# Coronel que assessorou GSI pede golpe, ameaça Dino e diz que militares da ativa estavam em atos golpistas
O coronel do Exército José Placídio Matias dos Santos, que foi assessor no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) por três anos, usou as redes sociais para pedir golpe e ameaçar o ministro da Justiça Flávio Dino. Ele ainda afirmou que "centenas de militares da ativa" participaram dos atos terroristas em Brasília, no dia 8 de janeiro.
Entenda: Quem é Clarissa Tércio, deputada condenada a pagar R$ 10 mil para casal por transfobia
Fios de cabelo, manchas de sangue e embalagens: peritos da PF colhem material genético de invasores para usar como prova
O militar publicou, no dia dos atos golpistas, uma mensagem direcionada ao comandante do Exército, general Júlio César de Arruda. A publicação pedia a insubordinação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
As informações foram divulgadas inicialmente no "Estado de S. Paulo". Após a publicação, o coronel apagou algumas postagens de suas redes sociais.
"General Arruda, o Brasil e o Exército esperam que o senhor cumpra o seu dever de não se submeter às ordens do maior ladrão da história da humanidade. O senhor sempre teve e tem o meu respeito. FORÇA!!", diz a postagem no Twitter.
Ainda no dia dos atos terroristas, Placídio conclama as Forças Armadas a atuarem. "Brasília está agitada com a ação dos patriotas. Excelente oportunidade para as FA entrarem no jogo, desta vez do lado certo. Onde estão os briosos coronéis com a tropa na mão?", publicou.
No dia seguinte aos atos, Placídio voltou às redes sociais para afirmar que havia "esquerdistas baderneiros infiltrados" nos atos golpistas da véspera. "Não sei o que vai acontecer, ninguém sabe ao certo. O que temos de evidente é que o povo ordeiro e patriota, o que não inclui os esquerdistas baderneiros infiltrados, jamais aceitará a usurpação de poder levada a cabo pelo sistemão", escreveu.
O coronel ainda comparou a ação dos policiais que impediram uma destruição ainda maior nas sedes dos Três Poderes com a Gestapo, a polícia secreta de Adolf Hitler na Alemanha nazista. Em seguida, o Placídio disse que os atos golpistas tiveram participação direta de militares da ativa.
"Será que o pessoal sabe que na manifestação de ontem em Brasília havia centenas de militares da ativa?", perguntou no Twitter.
Ameaça a ministro
Placídio ainda publicou uma ameaça a Dino, com um ataque homofóbico. "O ministro da justiça está se sentindo empodeirada. Tua purpurina vai acabar", escreveu.
Placídio atuou no GSI entre fevereiro de 2019 e março de 2022. Ele atuou como assessor chefe militar da Assessoria Especial de Planejamento e Assuntos Estratégicos da Secretaria Executiva do GSI e era subordinado ao ex-chefe da pasta, o general Augusto Heleno.
Nesta quinta-feira, depois da publicação da reportagem, Placídio voltou ao Twitter para criticar militantes de esquerda. "A esquerdalha baixou em peso hoje por aqui! Vamos em frente!", afirmou.
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2023-01-28T00:53:25Z
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https://br.noticias.yahoo.com/deputados-pl-sigla-bolsonaro-se-063009511.html
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# Atos terroristas no DF: Deputados do PL, de Bolsonaro, tentam 'suavizar' ataques
O
**ataque às sedes dos três Poderes, em Brasília**, no último domingo, gerou manifestações em diferentes tons entre os deputados federais do PL, legenda que abrigou Jair Bolsonaro e muitos dos seus apoiadores durante o pleito do ano passado. Um levantamento feito pelo GLOBO nas redes sociais dos parlamentares do partido em exercício de mandato mostra que, enquanto 27 correligionários do ex-presidentes posicionaram-se em tom crítico sobre os atos de terrorismo, outros 18 buscaram relativizar a barbárie na capital federal.
A análise, realizada nesta terça-feira, não localizou postagens sobre o tema disponíveis nas contas de 28 deputados federais do PL. Já Carla Zambelli e Bia Kicis, que completam o time de 75 parlamentares do partido na Câmara, permanecem com as contas bloqueadas por força de decisão judicial e, em virtude disso, não foram incluídas na pesquisa.
Deputado pelo Mato Grosso, José Medeiros acusou o PT de sabotar a manifestação em Brasília, que, segundo ele, teria seguido de forma pacífica: "A cada fala dessa, mais reforça a suspeita de que a invasão foi planejada pelo PT. Em 2013, infiltraram os black blocs para sabotar a manifestação pacífica. Se chama ataque de falsa bandeira, estouro de boiada", escreveu o parlamentar no Twitter, sem apresentar provas para a acusação.
Já Sóstenes Cavalcante, um dos principais líderes evangélicos no Congresso Nacional, afirmou que “toda manifestação tem um recado claro”: "Ver um descondenado virar presidentes causa revolta", pontuou. Além disso, o parlamentar é um dos representantes da direita que vêm utilizando o termo “campo de concentração” para se referir aos locais onde as pessoas acusadas de terrorismo estão presas.
Coronel Tadeu é outro nome do PL que vem relativizando o episódio em Brasília nas suas redes pessoais. Ele diz que, especialmente no WhatsApp, circulam vídeos mostrando “diversos manifestantes infiltrados, que provocaram a destruição em Brasília”. A tese da infiltração esquerdista em atos de vandalismo da direita já é conhecida entre bolsonaristas e marcou também o dia da diplomação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quando radicais tentaram invadir a sede da Polícia Federal (PF) em Brasília.
Na mesma linha, Bibo Nunes (PL-RS) disse que não se deve generalizar o que “uma minoria de vândalos possa ter cometido, com elementos infiltrados”. Ele continuou: "Quando se usa a violência, se perde a razão, o respeito das pessoas de bem e da nação. O bom senso e respeito, de qualquer poder, convivem com a democracia. Ordem e progresso!"
Enquanto isso, um fenômeno comum entre os deputados do PL que repudiaram o vandalismo é o posicionamento contrário apenas em relação aos casos de violência. A manifestação em favor de um golpe de Estado, assim como a tônica de contestação ao resultado eleitoral, é considerada legítima. General Girão, por exemplo, escreveu que a violência em Brasília não tem o seu apoio, mas ponderou: "Os manifestantes que vandalizaram, depredaram prédios e agiram com violência não representam o verdadeiro patriota que esteve mais de 70 dias lutando por democracia".
Já o Cabo Junio Amaral, de Minas Gerais, considera que a maioria dos presentes na Praça dos Três Poderes não participou dos atos de vandalismo e escreveu no Twitter que “individualizar as condutas é indispensável”. Major Vitor Hugo, que já foi um dos líderes do governo Bolsonaro no Congresso, seguiu caminho similar. Segundo ele, manifestações pacíficas são garantidas pela Constituição, enquanto atos de vandalismo e violência, não. "A individualização das condutas precisa ser bem conduzida a fim de separar os manifestantes pacíficos dos criminosos", cobrou.
O deputado paraense Joaquim Passarinho começou a tarde de domingo com elogios aos manifestantes, dizendo que o povo aprendeu a cobrar para além das eleições: "Parabenizo toda e qualquer manifestação popular, pacífica, ordeira, que mostra seu apoio ou desapontamento. Povo na rua é democracia na essência!", afirmou, em comentário seguido de aplausos. A tônica depois que o ato se transformou em baderna foi bem diferente: "Dia triste hoje em Brasília. Invasão de prédios públicos e depredação não são atos democráticos. Manifestantes estão apenas produzindo provas contra eles mesmos. Faltou inteligência e comando. Triste dia para a democracia hoje! Pena".
Outros partidos da base aliada do governo Bolsonaro
Deputados do Republicanos e do Progressistas (PP), que também faziam parte da base aliada do governo Bolsonaro, a conduta nas redes teve viés diferentes, com críticas hegemônicas às cenas vistas em Brasília. No caso do PP, ao menos trinta parlamentares condenaram os ataques, enquanto apenas quatro relativizaram as invasões, como o deputado Luiz Antônio Corrêa. Nas redes, o parlamentar disse não acreditar que “todas as pessoas por lá fossem extremistas”.
Na mesma linha, no Mato Grosso do Sul, o deputado doutor Luiz Orvando escreveu que manifestações fazem parte da democracia: "A violência dos atos é imprópria e inoportuna, mas reflete a indignação da população com com o cinismo com que o governo tem conduzido os rumos da nação. Isso tudo será aplacado com a exposição do código-fonte das urnas".
Já no Republicanos, foram 25 nomes críticos ao episódio na capital federal, enquanto apenas uma parlamentar adotou postura mais relativista: a deputada mineira Alê Silva, bolsonarista de carteirinha: "Como sempre digo, vandalismo e violência são coisas da esquerda. Por isso, acredito piamente na presença de infiltrados, que se aproveitaram do momento para promover o caos e inculcar a culpa nos patriotas", escreveu.
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2023-01-28T03:29:32Z
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https://br.noticias.yahoo.com/dino-e-pacheco-condenam-invas%C3%A3o-192718996.html
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# Dino e Pacheco condenam invasão das sedes dos três Poderes em Brasília; secretário do DF determina ‘providências imediatas’
Autoridades condenaram a invasão de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro aos prédios do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) neste domingo. Em publicação no Twitter, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, chamou a ação dos manifestantes de “absurda tentativa de impor a vontade pela força” e afirmou estar na sede da pasta em Brasília.
“Essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer. O Governo do Distrito Federal afirma que haverá reforços. E as forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça”, escreveu Dino.
Acompanhe ao vivo: Bolsonaristas invadem Congresso, Planalto e STF, sedes dos três Poderes, em Brasília
Em meio à invasão: Viatura da Polícia Legislativa vai parar no espelho d'água do Congresso
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse repudiar os atos antidemocráticos e pediu que eles sofram “o rigor da lei com urgência”. O parlamentar afirmou ainda que conversou com o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB). Vídeos que circulam na internet mostram manifestantes depredando prédios das sedes dos três Poderes na capital.
“Conversei há pouco, por telefone, com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, com quem venho mantendo contato permanente. O governador me informou que está concentrando os esforços de todo o aparato policial no sentido de controlar a situação. Na ação, estão empenhadas as forças de segurança do Distrito Federal, além da Polícia Legislativa do Congresso. Repudio veementemente esses atos antidemocráticos, que devem sofrer o rigor da lei com urgência”, disse Pacheco também no Twitter.
Repercussão internacional: Presidente da Colômbia pede ação da OEA
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, atual secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, classificou as imagens da invasão como “cenas lamentáveis” e confirmou ter determinado reforços para restabelecer a ordem na capital.
“Cenas lamentáveis agora na Esplanada dos Ministérios. Determinei ao setor de operações da SSPDF, providências imediatas para o restabelecimento da ordem no centro de Brasília”, escreveu. "Criminosos não sairão impunes", complementou em outra postagem.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também se manifestou com críticas à invasão. O parlamentar escreveu, no Twitter, que o Congresso Nacional "nunca dará espaço para a baderna, a destruição e vandalismo".
"Os responsáveis que promoveram e acorbetaram esse ataque à democracia brasileira e aos seus principais símbolos devem ser identificados e punidos na forma da lei. A democracia pressupõe alternância de poder, divergências de pontos de vista, mas não admite as cenas deprimentes que o Brasil é supreendido nesse momento. Agiremos com rigor para preservar a liberdade, a democracia e o respeito à Constituição", afirmou.
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2023-02-01T02:23:20Z
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https://br.noticias.yahoo.com/empresarios-do-agro-ca-cs-e-comerciantes-veja-financiadores-dos-atos-golpistas-no-df-001451386.html
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# Empresários do agro, CACs e comerciantes: veja financiadores dos atos golpistas no DF
## Primeiros responsáveis foram identificados no Sul e Centro-Oeste
*Ministro da Justiça diz que foram identificados os primeiros financiadores dos atos golpistas no DF;* *Segundo Flavio Dino, trata-se de empresários do Sul e Centro-Oeste do país;* *Eles atuam no comércio local, no agronegócio e são CACs.* **Começa a surgir o rastro do dinheiro que mantinha os acampamentos golpistas**. O ministro da Justiça, Flavio Dino, disse que as investigações conseguiram identificar os primeiros financiadores dos **atos terroristas no Distrito Federal**, que aconteceram no último domingo (8) e resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. **Os financiadores identificados até agora** são todos de **grupos que compõem a base de apoio do ex-presidente.**
Sem revelar nomes dos empresários suspeitos, Dino afirmou nesta terça-feira (10) que eles são:
**Empresários do comércio local do DF;** **Empresários do agronegócio; e** **CACs (colecionadores de armas, atiradores desportivos e caçadores)**
“Nós temos uma investigação em curso, que vai ter vários desdobramentos. Nestes investimentos, já foram identificados os primeiros financiadores, sobretudo aqueles relativos aos ônibus, aqueles que organizaram o transporte, que contrataram os ônibus. Estas pessoas estão todas identificadas”, afirmou Dino.
Os responsáveis por financiarem os atos antidemocráticos eram de origem de regiões em que Bolsonaro venceu Lula na disputa eleitoral:
**De estados do Sul;** **De estados do Centro-Oeste.**
De acordo com o ministro, os próximos passos envolvem indenização pelos danos provocados, abertura de ação penal e descoberta de outros financiadores.
Na segunda-feira, Dino já havia afirmando que foram identificados financiadores de dez estados que bancaram o transporte dos manifestantes para Brasília.
**E quem levou os golpistas à Brasília?** O **nome ‘Ramiro Caminhoneiro’** foi mencionado pelo menos 82 vezes em grupos de aplicativos de mensagens usados por extremistas para organizar as caravanas ao DF.
Nas menções, ‘Ramiro Caminhoneiro’ aparece como organizador das caravanas. Nas mensagens enviadas, um mesmo número de telefone aparece atrelado a pessoa que estaria organizando a ida de diversos grupos para a capital federal.
**Os acampamentos golpistas, contudo, já não existem mais.** Após os atos de terrorismo e a ordem do STF, **bases bolsonaristas no entorno de quartéis foram desmobilizadas em todos os estados**.
Acampamentos em Brasília, Rio, São Paulo, Manaus, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre foram aos poucos sendo esvaziados nesta segunda por forças de segurança como a Polícia Militar e o Exército.
Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina também estão entre os estados que cumpriram a determinação de Moraes e
**desmontaram os acampamentos bolsonaristas.**
Rodovias também foram liberadas e refinarias, que estavam na mira de extremistas, funcionaram normalmente após policiais impedirem bloqueios.
**Mas outros alvos já foram escolhidos.** Três torres de transmissão de energia elétrica caíram, com "indícios de vandalismo e sabotagem", em diferentes locais do país, de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Não houve interrupção no fornecimento de energia.
**Confira o que já se sabe sobre os ataques às torres de transmissão elétrica.** **Moraes quer combate firme ao terrorismo.** O ** ministro do STF criticou os bolsonaristas radicais**, na manhã desta terça, que "até domingo faziam badernas e crimes e agora reclamam porque estão presos, querendo que a prisão seja uma colônia de férias” e garantiu o combate firme ao terrorismo.
“As instituições irão punir todos os responsáveis, todos. Aqueles que praticaram os atos, que planejaram os atos, que financiaram os atos e aqueles que incentivaram, por ação ou omissão, porque a democracia irá prevalecer”, declarou.
**O magistrado do Supremo também agiu contra os responsáveis pela segurança do DF** no dia das invasões. Nesta terça, **determinou as prisões do ex-ministro da Justiça Anderson Torres**, e do **ex-comandante da Polícia Militar do DF, coronel Fabio Augusto Vieira**
O militar era o responsável pelo comando da corporação no domingo (8) quando bolsonaristas atacaram os prédios do Congresso, Palácio do Planalto e do STF. Ele já havia sido afastado do cargo pelo interventor federal Ricardo Cappelli.
**Como se organizaram os atos terroristas em Brasília?** A linha do tempo interativa abaixo te mostra, clique e explore:
Obras de arte foram destruídas, itens roubados e o prejuízo ainda é calculado pelas autoridades.
**Veja a lista completa de obras destruídas nos ataques.**
Até o fim da segunda (10), pelo
**1.500 envolvidos no episódio já haviam sido presos.** **Os primeiros nomes dos presos começaram a ser divulgados. **O governo do DF publicou, nesta terça (10), **uma lista com 277 nomes de pessoas detidas nos atos de vandalismo** e encaminhadas a presídios da região.
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2023-02-05T17:38:35Z
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https://br.noticias.yahoo.com/empresarios-do-agro-ca-cs-e-comerciantes-veja-financiadores-dos-atos-golpistas-no-df-141145358.html
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# Empresários do agro, CACs e comerciantes: veja financiadores dos atos golpistas no DF
## Primeiros responsáveis foram identificados no Sul e Centro-Oeste
*Ministro da Justiça diz que foram identificados os primeiros financiadores dos atos terroristas no DF;* *Segundo Flavio Dino, trata-se de empresários do Sul e Centro-Oeste do país;* *Eles atuam no comércio local, no agronegócio e são CACs.* **Começa a surgir o rastro do dinheiro que mantinha os acampamentos golpistas**. O ministro da Justiça, Flavio Dino, disse que as investigações conseguiram identificar os primeiros financiadores dos **atos terroristas no Distrito Federal**, que aconteceram no último domingo (8) e resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. **Os financiadores identificados até agora** são todos de **grupos que compõem a base de apoio do ex-presidente.**
Sem revelar nomes dos empresários suspeitos, Dino afirmou nesta terça-feira (10) que eles são:
**Empresários do comércio local do DF;** **Empresários do agronegócio; e** **CACs (colecionadores de armas, atiradores desportivos e caçadores)**
“Nós temos uma investigação em curso, que vai ter vários desdobramentos. Nestes investimentos, já foram identificados os primeiros financiadores, sobretudo aqueles relativos aos ônibus, aqueles que organizaram o transporte, que contrataram os ônibus. Estas pessoas estão todas identificadas”, afirmou Dino.
Os responsáveis por financiarem os atos antidemocráticos eram de origem de regiões em que Bolsonaro venceu Lula na disputa eleitoral:
**De estados do Sul;** **De estados do Centro-Oeste.**
De acordo com o ministro, os próximos passos envolvem indenização pelos danos provocados, abertura de ação penal e descoberta de outros financiadores.
Na segunda-feira, Dino já havia afirmando que foram identificados financiadores de dez estados que bancaram o transporte dos manifestantes para Brasília.
**Os acampamentos golpistas, contudo, já não existem mais.** Após os atos de terrorismo e a ordem do STF, **bases bolsonaristas no entorno de quartéis foram desmobilizadas em todos os estados**.
Acampamentos em Brasília, Rio, São Paulo, Manaus, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre foram aos poucos sendo esvaziados nesta segunda por forças de segurança como a Polícia Militar e o Exército.
Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina também estão entre os estados que cumpriram a determinação de Moraes e
**desmontaram os acampamentos bolsonaristas.**
Rodovias também foram liberadas e refinarias, que estavam na mira de extremistas, funcionaram normalmente após policiais impedirem bloqueios.
**Mas outros alvos já foram escolhidos.** Três torres de transmissão de energia elétrica caíram, com "indícios de vandalismo e sabotagem", em diferentes locais do país, de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Não houve interrupção no fornecimento de energia.
**Confira o que já se sabe sobre os ataques às torres de transmissão elétrica.** **Moraes quer combate firme ao terrorismo.** O ** ministro do STF criticou os bolsonaristas radicais**, na manhã desta terça, que "até domingo faziam badernas e crimes e agora reclamam porque estão presos, querendo que a prisão seja uma colônia de férias” e garantiu o combate firme ao terrorismo.
“As instituições irão punir todos os responsáveis, todos. Aqueles que praticaram os atos, que planejaram os atos, que financiaram os atos e aqueles que incentivaram, por ação ou omissão, porque a democracia irá prevalecer”, declarou.
**O magistrado do Supremo também agiu contra os responsáveis pela segurança do DF** no dia das invasões. Nesta terça, **determinou as prisões do ex-ministro da Justiça Anderson Torres**, e do **ex-comandante da Polícia Militar do DF, coronel Fabio Augusto Vieira**
O militar era o responsável pelo comando da corporação no domingo (8) quando bolsonaristas atacaram os prédios do Congresso, Palácio do Planalto e do STF. Ele já havia sido afastado do cargo pelo interventor federal Ricardo Cappelli.
**Como se organizaram os atos terroristas em Brasília?** A linha do tempo interativa abaixo te mostra, clique e explore:
Obras de arte foram destruídas, itens roubados e o prejuízo ainda é calculado pelas autoridades.
**Veja a lista completa de obras destruídas nos ataques.** **1.500 envolvidos no episódio já haviam sido presos. **
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2023-01-27T07:56:12Z
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https://br.noticias.yahoo.com/entidades-falam-em-terrorismo-e-025200647.html
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# Entidades falam em terrorismo e condenam ato golpista em Brasília
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Centrais sindicais, organizações da sociedade civil, universidades e entidades empresariais e da comunicação divulgaram notas condenando os atos golpistas e de vandalismo que ocorrem em Brasília.
Na tarde deste domingo (8), manifestantes bolsonaristas entraram na Esplanada dos Ministérios, invadiram áreas do Congresso, do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal), depredaram os prédios que abrigam os Poderes e entraram em confronto com a Polícia Militar.
A ação de apoiadores de Jair Bolsonaro ocorre uma semana após a posse de Lula, antecedida por atos antidemocráticos insuflados pela retórica golpista do ex-presidente no período eleitoral.
As entidades pedem responsabilização de participantes e financiadores, e algumas falam em terrorismo ao comentar os atos em Brasília.
EMPRESÁRIOS
Em nota, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) afirmou ser "veementemente contra" qualquer tipo de manifestação antidemocrática e defendeu que "os responsáveis pelos atos terroristas devem ser punidos na forma da lei de maneira exemplar".
"O Brasil elegeu seu novo presidente da República democraticamente, pelo voto nas urnas. A vontade da maioria do povo brasileiro deve ser respeitada e honrada", disse Robson Braga de Andrade, presidente da entidade.
A Firjan (federação das indústrias do RJ) condenou os atos de violência e as depredações e reafirmou o seu "compromisso com a democracia e com a construção de um ambiente econômico, social e político que caminhe na direção do desenvolvimento do país".
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) cobrou 'reação firme' do Estado contra os golpistas.
A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) repudiou os atos, em carta publicada no Twitter em defesa da democracia na noite deste domingo. "A resposta de repúdio da sociedade tem que ser contundente, apoiando a aplicação mais severa dos termos da lei aos agressores da democracia e da civilização. Todos, sem exceção, que tomaram parte nesta absurda sedição precisam ser punidos".
UNIVERSIDADES E CIÊNCIA
A SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) condenou os atos golpistas, chamou a população a ir à rua defender a democracia e cobrou a responsabilidade do Governo do Distrito Federal e do ex-presidente Jair Bolsonaro.
"As imagens de domingo, mostrando policiais do Distrito Federal rindo e se filmando uns aos outros enquanto observam inertes a invasão do Congresso Nacional, constituem algo que requer pronta investigação e punição dentro dos rigores da lei. Devem ir para a rua e para a cadeia, obviamente dentro dos parâmetros da legislação e garantida a defesa", diz a SBPC.
Também em nota, a Andifes, associação de reitores das universidades federais, falou que os "atos terroristas que desafiam, ocupam e depredam as sedes dos três Poderes da nossa república são intoleráveis, inaceitáveis e inescusáveis".
Os dirigentes pedem punição a todos os participantes, financiadores e articuladores.
O reitor da USP Carlos Gilberto Carlotti Junior e sua vice, Maria Arminda do Nascimento Arruda, também falaram em terrorismo e pediram responsabilização.
"Os arruaceiros fanáticos mancharam de vergonha a capital federal na data de hoje", declararam em nota.
Em nota, o diretor da Faculdade de Direito da USP, Celso Campilongo, e a vice-diretora, Ana Elisa Bechara, falaram em "lamentáveis, criminosos e terroristas atos praticados por irresponsáveis contra o Estado de Direito e as instituições da República".
"O dia 8 de janeiro de 2023 ficará marcado como data triste para as Instituições, a Ordem e o império da Lei no Brasil."
ENTIDADES DO DIREITO
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) afirmou considerar inaceitável a invasão dos prédios públicos ocorrida neste domingo.
"É hora de encerrar de uma vez por todas os intentos contra o Estado Democrático de Direito no país. Somente assim será possível buscar a pacificação necessária ao Brasil. Para isso, é preciso que os artífices dos levantes golpistas sejam identificados e punidos, sempre tendo acesso ao devido processo, à ampla defesa e ao contraditório", afirma o texto.
A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) também se manifestou em repúdio aos ataques aos poderes.
"A AMB segue atenta com relação às agressões praticadas contra integrantes do Judiciário e está pronta para atuar, dentro de suas incumbências estatutárias, para assegurar a segurança e a atuação independente da magistratura."
A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) chamou de criminosos e terroristas os atos deste domingo (8) e lamentou que medidas mais efetivas não tenham sido tomadas antes.
"É de se ressaltar, inclusive, que, ainda que pacíficas, manifestações por ação não autorizada constitucionalmente do exército, intervenção federal e fechamento do Congresso e do STF sempre representaram pautas contrárias ao ordenamento jurídico brasileiro e já deveriam ter sido coibidas no seu nascedouro."
A ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) ressaltou que "as forças de segurança não podem se omitir diante de evidente afronta ao Estado Democrático de Direito".
"É necessário responsabilizar os planejadores e financiadores das mobilizações golpistas e afastar todos aqueles que se omitem no cumprimento de seu dever institucional de impedi-las", diz o texto.
O Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG) também emitiu nota e clamou "pela aplicação de rígidas medidas de apuração e providências punitivas a todo aquele que concorreram à lamentável e atroz agressão e violência ao povo brasileiro."
Em nota conjunta, os presidentes dos Tribunais Regionais Federais manifestaram repúdio aos atos deste domingo e se comprometeram a defender o Estado de Direito.
"As magistradas e os magistrados federais reiteram o seu dever de no exercício da jurisdição combate ao crime e às ameaças à preservação da democracia, objeto de nosso compromisso constitucional com o povo brasileiro.
COMUNICAÇÃO
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) também se manifestou, para condenar "da forma mais veemente os crimes contra a democracia que se desenrolam em Brasília", bem como os ataques a jornalistas que fazem a cobertura dos atos.
"A liberdade de imprensa é inerente ao Estado democrático de direito, que não pode tolerar ou conviver com a baderna e o vandalismo", diz o texto.
A ABI (Associação Brasileira de Imprensa) classificou como "inédita agressão ao Estado Democrático de Direito" os atos dos que chamou de "terroristas bolsonaristas".
A Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) repudiou "a violência provocada por vândalos e terroristas" e as agressões a jornalistas que cobriam o ato golpista.
"É inconcebível a omissão do governo do Distrito Federal em proteger os Três Poderes da República e garantir a segurança da imprensa que está nas ruas da cidade em coberturas complexas", disse a entidade.
CNBB
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se disse perplexa e pediu em nota a responsabilização dos organizadores e participantes dos ataques criminosos em Brasília.
SINDICATOS
Nota assinada por nove centrais sindicais, como CUT, Força Sindical e UGT, também fala em ação terrorista dos manifestantes e em leniência do Governo do Distrito Federal.
"Orientamos todas as entidades sindicais e seus dirigentes que se mantenham vigilantes, atentos às iniciativas que tomaremos e cientes que a democracia é um bem valioso, conquistado pelos trabalhadores e por toda a sociedade", diz o texto.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) divulgou ter entrado em contato com o serviço de inteligência e segurança corporativa da Petrobras, com o presidente da empresa indicado por Lula, Jean Paul Prates, e com órgãos federais da área de segurança pública, alertando para possíveis atos golpistas em refinarias.
Um dos primeiros alvos anunciados, segundo a entidade, seria a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro (RJ).
ONGS
A organização Human Rights Watch condenou os atos golpistas e afirmou que "as autoridades locais fracassaram na adoção de medidas adequadas para proteger os principais prédios públicos federais, particularmente considerando-se os episódios anteriores de violência por parte de apoiadores de Bolsonaro, incluindo um ataque à sede da polícia federal em 12 de dezembro".
A Rede Pacto Pela Democracia cobrou investigação e responsabilização dos que promoveram, financiaram e foram coniventes com os atos.
"Impressiona a facilidade com a qual os prédios das instituições mais importantes da República foram invadidos, depredados e saqueados por dissidentes do processo democrático. Chama a atenção a omissão da Polícia Militar do Distrito Federal frente a estes atos, que foram publicamente anunciados com antecedência."
A Conectas cobrou responsabilização e também criticou a omissão do governo do Distrito Federal, assim como lembrou do papel do ex-presidente.
Os lamentáveis episódios deste domingo são resultado do discurso de caráter golpista e autoritário presente durante os quatro anos do governo Bolsonaro, tendo ganhado fôlego diante do silêncio e falta de decoro do candidato derrotado.
A Comissão Arns pediu a responsabilização de todos os que participaram ou articularam os ataques aos poderes e ainda os que se omitiram quando deveriam coibi-los.
"Pedimos, ainda, que todos os esforços sejam empreendidos para responsabilizar aqueles que se escondem nas redes sociais ou se refugiam fora do país, incitando extremistas para empreender ataques deploráveis contra a soberania popular e o império da lei. São criminosos e como tal devem ser tratados", diz a nota da entidade.
A Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais afirmou que "a violência e a depredação do patrimônio público são reprováveis em qualquer aspecto".
O Instituto Justiça Fiscal afirmou que "o fascismo e o terrorismo precisam ser combatidos com o máximo de rigor e determinação por parte das instituições e todos os responsáveis por esses atos criminosos precisam ser submetidos ao devido processo legal".
O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo condenou os atos de violência e vandalismo em nota e disse que é preciso que o debate pacífico seja fomentado e que se preserve a ordem e a harmonia entre os poderes.
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2023-02-08T13:00:12Z
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https://br.noticias.yahoo.com/entidades-falam-em-terrorismo-e-215000182.html
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# Entidades falam em terrorismo e condenam ato golpista em Brasília
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Entidades do empresariado, da comunicação e da educação divulgaram notas condenando os atos golpistas e de vandalismo que ocorrem em Brasília.
Na tarde deste domingo (8), manifestantes bolsonaristas entraram na Esplanada dos Ministérios, invadiram áreas do Congresso, do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal), depredaram os prédios que abrigam os poderes e entraram em confronto com a Polícia Militar.
A ação de apoiadores de Jair Bolsonaro ocorre uma semana após a posse de Lula, antecedida por atos antidemocráticos insuflados pela retórica golpista do ex-presidente no período eleitoral.
Em nota, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) afirmou ser "veementemente contra" qualquer tipo de manifestação antidemocrática e defendeu que "os responsáveis pelos atos terroristas devem ser punidos na forma da lei de maneira exemplar".
"O Brasil elegeu seu novo presidente da República democraticamente, pelo voto nas urnas. A vontade da maioria do povo brasileiro deve ser respeitada e honrada", disse Robson Braga de Andrade, presidente da entidade.
Também em nota, a Andifes, associação de reitores das universidades federais, falou que os "atos terroristas que desafiam, ocupam e depredam as sedes dos três poderes da nossa república são intoleráveis, inaceitáveis e inescusáveis".
Os dirigentes pedem punição a todos os participantes, financiadores e articuladores.
O reitor da USP Carlos Gilberto Carlotti Junior e sua vice, Maria Arminda do Nascimento Arruda, também falaram em terrorismo e pediram responsabilização.
"Os arruaceiros fanáticos mancharam de vergonha a capital federal na data de hoje", declararam em nota.
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) também se manifestou, para condenar "da forma mais veemente os crimes contra a democracia que se desenrolam em Brasília", bem como os ataques a jornalistas que fazem a cobertura dos atos.
"A liberdade de imprensa é inerente ao Estado democrático de direito, que não pode tolerar ou conviver com a baderna e o vandalismo", diz o texto.
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2023-02-03T19:57:14Z
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https://br.noticias.yahoo.com/entregador-18-anos-%C3%A9-morto-150759448.html
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# Entregador de 18 anos é morto a tiros na Zona Norte e família suspeita de rivalidade entre bate-bolas
O entregador Ryan do Nascimento da Silva Santos, de 18 anos, morreu após ser alvo de tiros em Bento Ribeiro, na Zona Norte do Rio, na noite do último domingo. De acordo com a Polícia Militar, na ocasião, agentes foram acionados para uma ocorrência de tentativa de homicídio no bairro. Já a Polícia Civil informa que a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) está à frente do caso e que diligências estão em andamento para esclarecer a motivação e a autoria do crime. A suspeita da família é que o jovem tenha sido alvo devido à rivalidade de grupo de bate-bolas.
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— Por volta das 19h, meu irmão saiu para trabalhar e fazer as entregas. Quando ele ia chamar (o cliente), na Rua Andaluzia, vieram dez motos, cada uma com alguém na garupa, e gritaram: "É ele!". Foi quando ele se assustou e correu, mas foi alvejado — explica Roberto Nascimento Junior, irmão de Ryan.
Roberto conta que a família tinha passado a tarde de domingo reunida em um churrasco em casa, também no bairro de Bento Ribeiro. Ryan era entregador de lanches, junto a um amigo, que pilotava a moto, enquanto o jovem viajava na garupa.
Ele diz que, quando os homens chegaram, ainda deixaram claro que o alvo era o seu irmão:
— "É ele! Não o da frente, é o de trás". Meu irmão era super tranquilo, o negócio dele era internet, mulherada, bebida. Confusão e briga nunca passaram na mente dele. Todo mundo gostava dele.
Em Bento Ribeiro, após a morte, amigos de Ryan se reuniram e fizeram uma corrente de oração.
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'Meus pais falavam que era perigoso'
A suspeita da família é que Ryan tenha sido abordado por um grupo de bate-bolas de um bairro vizinho.
— Tem um bloco que sempre sai fazendo baderna, batendo nos outros. Eles sempre saem para arrumar confusão, vêm para o nosso bairro e, quem eles veem aqui e acham que saiu na turma (de bate-bolas de Bento Ribeiro), querem bater, acham que são os donos da cidade. Mas meu irmão não fazia parte de grupo de bate-bola. Saiu uma única vez, em 2019, e só porque ganhou (a fantasia), porque todo mundo gostava dele. Se fosse pela minha mãe e pelo meu pai, nunca ia sair. Eles não gostavam. Sempre falavam que isso era perigoso — conclui Roberto.
Segundo a Polícia Militar, agentes do 9° BPM (Rocha Miranda) foram acionados para uma "ocorrência de tentativa de homicídio" no domingo, e que os policias foram informados "que um homem veio a óbito após ser vítima de disparos de arma de fogo". A corporação informa, ainda, que não há registro de operação policial em Bento Ribeiro no momento em que a vítima foi atingida.
Ele foi levado para o Hospital estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, e, segundo a Secretaria estadual de Saúde, seu corpo foi encaminhado para o Instituto Medíco-Legal (IML) no próprio domingo.
Já a Polícia Civil explica que Ryan foi baleado, socorrido, mas que não resistiu. Até o momento, o pai da vítima já foi ouvido e diligências estão em andamento para que se esclareça a autoria e a motivação do crime.
O velório do entregador está marcado para a tarde desta terça-feira, no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, às 13h30.
*Colaborou Raquel Pereira
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2023-02-09T09:49:23Z
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https://br.noticias.yahoo.com/entrevista-brasil-foi-exposto-vexame-102405447.html
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# Entrevista: 'Brasil foi exposto a vexame sem necessidade', diz o bolsonarista Ratinho Júnior, governador do Paraná
Governador reeleito do Paraná, Ratinho Jr. (PSD) afirma que os atos de vandalismo nos prédios do Congresso, do Palácio Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF) foram promovidos por “bandidos” e que o episódio expôs o Brasil a um “vexame” desnecessário que fortaleceu o presidente Lula. Mesmo assim, saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e do governador afastado do DF, Ibaneis Rocha, que, segundo Ratinho Jr., não podem ser responsabilizados pela destruição das sedes dos três Poderes. O governador do Paraná diz que sua Polícia Militar é “apolítica” e que gostaria de dialogar com Lula, o que ainda não aconteceu.
O senhor foi um apoiador do ex-presidente Bolsonaro. Como avalia a situação do campo da direita após os atos de vandalismo em Brasília?
O que aconteceu foi muito triste. Todo aquele que faz qualquer tipo de vandalismo contra prédio público e que invade propriedade privada é bandido. É fora da lei. Não importa se é da esquerda ou direita. Isso não é democracia, é baderna. Logo que fiquei sabendo já me posicionei. Mas a população já se cansou dessas discussões. No Paraná, não estamos discutindo ideologia. Estamos discutindo metodologia e o que está dando certo no mundo para que a gente possa fazer aqui. Recentemente, passamos Santa Catarina como melhor índice de qualidade de vida. Além disso, não temos mais nenhum acampamento no estado. Conseguimos que as pessoas deixassem os locais sem usar a força e por meio do diálogo.
A esquerda costuma ser associada por políticos da direita a atos de vandalismo, mas agora a direita que os praticou. O senhor se sente representado por essa direita?
Temos que ver e esperar investigações para entender o conjunto do quebra-quebra. Então vai depender de toda essa investigação e se não houve conivência, se não deixaram acontecer para ter ganho político. Ambas as ideologias (de direita e de esquerda) têm casos de sucesso e de fracasso. O Brasil perdeu tempo ao longo dos últimos anos e décadas ficando nessa discussão ideológica. Isso fez com que o país não avançasse.
O senhor costuma se colocar à direita no debate político marcado pela polarização nacional. Agora sua fala parece sugerir uma guinada ao centro…
Defendo que o estado possa ser menor, então isso pode ser direita. Ao mesmo tempo, o meu governo tem os maiores programas sociais do Paraná. Isso dizem que é de esquerda. Sempre me pautei pelo que é eficiente. (...) Eu entendo também que todo esse momento que aconteceu no domingo serve de um recado para os atores políticos. É preciso que haja de certa forma uma reflexão de que chegou a hora de colocarmos a espada no chão e pegarmos a enxada para ir trabalhar.
Ministros do governo Lula acusam o ex-presidente Bolsonaro de estar envolvido nos atos golpistas e apontam conivência do governador afastado do DF, Ibaneis Rocha. O senhor mantém contato com Bolsonaro? Acredita na ligação dele com esses fatos?
Não tive mais contato com ele (Bolsonaro). Sou muito grato porque ele colaborou muito com as obras para o desenvolvimento do Paraná. Acho que teve um papel importante como presidente (...). É muito injusto querer atribuir a ele o quebra-quebra como se tivesse mandado. Como Bolsonaro vai ter culpa? Ele estava nos Estados Unidos. Não estava nem aqui no Brasil.
E o Ibaneis?
Eu não acredito que o Ibaneis possa ter planejado ou até mesmo ter sido conivente com qualquer tipo de manifestação ou de ato que aconteceu. O que cabe agora é analisar o conjunto dos fatos porque parece que a Abin tinha avisado outros órgãos como o Ministério da Justiça. Talvez ter afastado o governador eleito sem investigação tenha sido, sim, uma medida dura. Sempre vi no Ibaneis uma pessoa sensata.
E a polícia não está contaminada pelo bolsonarismo? No Paraná o então comandante-geral da PM, o coronel Hudson Leôncio Teixeira, admitiu em vídeo a um grupo pró-golpe que estaria “prevaricando” ao permitir o bloqueio parcial de uma rodovia. E o senhor o promoveu a secretário de Segurança Pública. Como responde a isso?
A nossa polícia é apolítica. E tem regime severo de punição. Ele como comandante da PM estava atendendo a recomendações minhas. Não chegamos dando paulada e cacetada. Construímos a solução e conversamos. E da mesma forma foi o que aconteceu. A imprensa queria que tirasse na borrachada, mas não foi necessário o uso da força.
Lula se fortalece após a reunião os atos golpistas?
Eu vejo que naturalmente o presidente acabou se fortalecendo. Essa manifestação acabou expondo o Brasil a um vexame que não tinha necessidade. O povo não gosta disso. Nesse aspecto, houve um crescimento político do presidente. Isso se ele conseguir construir essa união e mostrar que não é jogo de cena.
Como está a relação do Paraná com o governo federal? Já esteve com Lula?
Com Lula ainda não, mas quero dialogar. É hora de sair do palanque e buscar o melhor para o Brasil e para o Paraná. A eleição acabou. Tenho falado com alguns ministros do governo e com o vice-presidente Geraldo Alckmin.
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2023-02-09T13:39:06Z
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https://br.noticias.yahoo.com/ex-ministros-da-defesa-apoiam-145200111.html
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# Ex-ministros da Defesa apoiam Múcio e rejeitam enquadrar militares
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A permanência do ministro da Defesa, José Múcio, no cargo, foi defendida em uma rara reunião virtual entre cinco ex-integrantes da pasta na manhã desta quarta (11).
O grupo composto por Nelson Jobim, Aldo Rebelo, Raul Jungmann e Fernando Azevedo pediu o encontro com Jaques Wagner, que serviu no posto brevemente em 2015, no segundo governo de Dilma Rousseff (PT).
Senador pelo PT-BA, Wagner tem sido lembrado pelos petistas que querem a cabeça de Múcio, acusado de fraqueza no trato com as Forças Armadas na crise que culminou com os ataques de radicais bolsonaristas às sedes dos três Poderes em Brasília, no domingo (8).
Na conversa, os ex-ministros expuseram sua preocupação com a pressão que o PT e integrantes à esquerda do governo Luiz Inácio Lula da Silva sobre Múcio, colocado no cargo justamente por ter um perfil moderado e de acomodação -conservador, foi deputado e presidente do Tribunal de Contas da União, dado ao diálogo.
Desde que foi anunciado na primeira leva de novos ministros, em dezembro, Múcio trabalhou para escolher nomes de consenso para os comandos das Forças, obedecendo ao critério de antiguidade. Depois, apostou naquilo que seus críticos veem como seu maior erro: que os acampamentos golpistas na frente de quartéis pelo Brasil se dissolveriam naturalmente após a posse de Lula.
Não deu certo, e para piorar Múcio afirmou que via nos manifestantes legitimidade democrática. Isso até domingo, claro, quando integrantes da concentração em frente ao Quartel-General do Exército desceram a Esplanada dos Ministérios para vandalizar os prédios do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso.
Na noite de terça (10), o ministro teve de divulgar uma nota negando que entregaria sua renúncia, dada como certa em redes sociais pelo mais bolsonarista dos lulistas, o misto de influenciador digital e deputado André Janones (Avante-MG).
Outro bode fardado na sala é a inação do Batalhão de Guarda Presidencial ante a invasão do Planalto. Os relatos ainda são confusos, mas a evidência em vídeo indica que os soldados só foram acionados quando o dano era claro, sem pedido de reforços -até agora o governo não explicou o papel do Gabinete de Segurança Institucional e do Comando Militar do Planalto no episódio.
O mal-estar é de lado a lado, já que o Alto-Comando do Exército demonstrou grande insatisfação com a fala posterior de Lula, cobrando generais por sua leniência com os golpistas acampados. Mas o teste de estresse é a apuração do que fizeram, ou não, os militares durante o Capitólio brasileiro.
Na visão dos críticos de Múcio, acalmar ânimos agora apenas daria continuidade a novos episódios de insubordinação. Não se trata de temer golpe de Estado, e sim de baderna, contaminando tropas estaduais das PMs.
Como Lula está no ápice do apoio político desde a eleição, dado o concerto dos três Poderes em torno da defesa da democracia, esses aliados acreditam que a hora para ir para cima dos militares é agora. Os ex-ministros são contra e veem risco de escalada.
Wagner concordou na defesa de Múcio com seus colegas, que representavam quatro diferentes governos: Lula 1 e 2 (Jobim), Dilma (ele e Rebelo), Michel Temer (Jungmann) e Jair Bolsonaro (Azevedo). Os cinco também se colocaram contrários à ideia corrente entre apoiadores do presidente de que é preciso mudar o perfil do ministério para enquadrar os militares.
Segundo esse plano, Múcio daria lugar a Wagner ou a outro petista para que as Forças Armadas fossem submetidas a um "choque de democracia", na palavra de um desses petistas. Essa medida consistiria da retirada do domínio de promoções de oficiais-general das Forças para a Presidência e da intervenção no currículo das academias militares.
A primeira medida foi, em larga escala, o motivo por que Wagner é rejeitado na cúpula militar. Dilma tentou operar tal ideia, mas foi obrigada a voltar atrás naquilo que foi visto com interferência direta na gestão de assuntos militares para a inserção de oficiais-generais de cunho mais alinhado politicamente ao governo.
É uma crítica válida, mas que foi enfraquecida ao longo do governo Bolsonaro, quando o capitão reformado do Exército militarizou extensivamente a Esplanada dos Ministérios e promoveu uma danosa simbiose, ora voluntária, ora forçada, entre sua gestão e os fardados.
Já a questão dos currículos, que basicamente ensinam que 1964 não teve um golpe militar e sim um movimento ajustado à realidade geopolítica da Guerra Fria, nunca foi tentada após a redemocratização. A menção à ideia pelo PT no governo Dilma foi motivo de grande polêmica e resistência.
Não houve deliberações na reunião. Os quatro ex-ministros que a convocaram acreditam que Wagner levará as ponderações a Lula, que segundo interlocutores se mostra displicente e irritado quando tem de lidar com as Forças Armadas.
Há divergências ideológicas de origem óbvias, mas também a grande rusga de 2018, quando o comandante do Exército pressionou o Supremo a não conceder a Lula um habeas corpus que poderia ter lhe poupado 580 dias de prisão.
Por outro lado, ao longo de seus dois primeiros governos, a relação de Lula com os fardados foi boa, e diversas bases para programas estratégicos ainda em curso foram lançadas. Houve tentativas de conversas antes da campanha, rejeitadas pelos militares, e depois o petista não mais os procurou.
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2023-01-28T06:04:04Z
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https://br.noticias.yahoo.com/falhas-na-seguran%C3%A7a-geram-d%C3%BAvidas-223727168.html
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# Falhas na segurança geram dúvidas após ataque aos Três Poderes em Brasília
Um dia depois do ataque às sedes dos Três Poderes, em Brasília, por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, surgem interrogações sobre o despreparo, a imperícia ou até mesmo a eventual cumplicidade das forças de segurança do Distrito Federal nos episódios.
Como os invasores conseguiram ter acesso tão facilmente aos locais-chave do poder em Brasília? Alguém financiou o ataque à democracia brasileira?
Por que as forças de ordem não desmontaram os acampamentos dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, instalados há dois meses em frente a quartéis militares em todo o país, reivindicando uma intervenção militar para impedir que Luiz Inácio Lula da Silva voltasse ao poder?
"Tragédia mais do que anunciada em Brasília", escreveu o editorialista Eliomar de Lima no título de uma crônica para o jornal O Povo, de Fortaleza.
Houve sinais que antecederam estes eventos. Na noite de sábado, uma centena de ônibus com cerca de 4.000 apoiadores de Bolsonaro chegaram à capital federal e se uniram ao acampamento montado em frente ao quartel-general do Exército na capital federal.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, autorizou, então, o envio de agentes da Força Nacional de Segurança, mobilizada em casos de ameaça à lei e à ordem.
Isso não impediu que os manifestantes percorressem 8 km de onde estavam acampados até a Praça dos Três Poderes, onde se situam o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional, sem serem impedidos pela polícia.
## - "Má vontade ou má fé" -
"Houve, eu diria, incompetência, má vontade ou má fé das pessoas que cuidam da segurança pública no Distrito Federal", afirmou o presidente Lula no domingo, antes de voltar para Brasília.
Lula estava em Araraquara, no interior de São Paulo, em visita a esta cidade afetada por inundações provocadas pelas fortes chuvas.
Minutos antes da invasão, o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal em exercício, Fernando de Sousa Oliveira, enviou uma mensagem ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.
"Os manifestantes estão descendo do SMU [Setor Militar Urbano], escoltados pela polícia. Tudo tranquilo. Tivemos uma negociação para eles descerem de forma pacífica, organizada, acompanhada. Toparam", disse em um áudio publicado pelo site Metrópoles.
Em editorial publicado nesta segunda-feira, o jornal Estado de São Paulo destacou "a estarrecedora facilidade com que baderneiros que não se conformam com a derrota de Jair Bolsonaro (...) depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília (...) no maior ataque à democracia brasileira desde o fim da ditadura militar".
## - "Todas as despesas pagas" -
Muito antes da chegada dos ônibus, várias publicações nas redes sociais fizeram alusão às concentrações em Brasília.
"Todas as despesas pagas. Água, café da manhã, almoço e jantar. E vão acampar no Planalto", sede do Executivo, ressaltou em uma mensagem, um grupo de apoiadores de Bolsonaro no Telegram.
Dúvidas também pairaram sobre os serviços de Inteligência do Estado.
A atitude de alguns policiais também foi questionada após a divulgação de vídeos que mostraram agentes filmando a invasão com seus celulares ao invés de intervirem.
"Não faltou segurança, havia policiais. Eles precisavam agir, não deixar que fizessem o que fizeram. Foi uma invasão", disse em Brasília Pedro Sabino Rapatoni, auxiliar administrativo de 21 anos.
Míriam Leitão, comentarista de política da TV Globo, denunciou, nesta segunda, que a "bolsonarização dos órgãos de segurança estava muito clara aqui em Brasília".
Ela pontuou, particularmente, a exoneração do secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, que estava em viagem aos Estados Unidos no domingo, assim como o ex-presidente.
Torres foi exonerado no domingo pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, posteriormente afastado de suas funções por 90 dias pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Outros funcionários públicos poderiam ser exonerados nos próximos dias.
lg/pt/ial/mr/ltl/mvv/ic
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2023-01-28T07:23:27Z
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https://br.noticias.yahoo.com/falhas-na-seguran%C3%A7a-geram-d%C3%BAvidas-223727416.html
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# Falhas na segurança geram dúvidas após ataque aos Três Poderes em Brasília
Um dia depois do ataque às sedes dos Três Poderes, em Brasília, por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, surgem interrogações sobre o despreparo, a imperícia ou até mesmo a eventual cumplicidade das forças de segurança do Distrito Federal nos episódios.
Como os invasores conseguiram ter acesso tão facilmente aos locais-chave do poder em Brasília? Alguém financiou o ataque à democracia brasileira?
Por que as forças de ordem não desmontaram os acampamentos dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, instalados há dois meses em frente a quartéis militares em todo o país, reivindicando uma intervenção militar para impedir que Luiz Inácio Lula da Silva voltasse ao poder?
"Tragédia mais do que anunciada em Brasília", escreveu o editorialista Eliomar de Lima no título de uma crônica para o jornal O Povo, de Fortaleza.
Houve sinais que antecederam estes eventos. Na noite de sábado, uma centena de ônibus com cerca de 4.000 apoiadores de Bolsonaro chegaram à capital federal e se uniram ao acampamento montado em frente ao quartel-general do Exército na capital federal.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, autorizou, então, o envio de agentes da Força Nacional de Segurança, mobilizada em casos de ameaça à lei e à ordem.
Isso não impediu que os manifestantes percorressem 8 km de onde estavam acampados até a Praça dos Três Poderes, onde se situam o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional, sem serem impedidos pela polícia.
## - "Má vontade ou má fé" -
"Houve, eu diria, incompetência, má vontade ou má fé das pessoas que cuidam da segurança pública no Distrito Federal", afirmou o presidente Lula no domingo, antes de voltar para Brasília.
Lula estava em Araraquara, no interior de São Paulo, em visita a esta cidade afetada por inundações provocadas pelas fortes chuvas.
Minutos antes da invasão, o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal em exercício, Fernando de Sousa Oliveira, enviou uma mensagem ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.
"Os manifestantes estão descendo do SMU [Setor Militar Urbano], escoltados pela polícia. Tudo tranquilo. Tivemos uma negociação para eles descerem de forma pacífica, organizada, acompanhada. Toparam", disse em um áudio publicado pelo site Metrópoles.
Em editorial publicado nesta segunda-feira, o jornal Estado de São Paulo destacou "a estarrecedora facilidade com que baderneiros que não se conformam com a derrota de Jair Bolsonaro (...) depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília (...) no maior ataque à democracia brasileira desde o fim da ditadura militar".
## - "Todas as despesas pagas" -
Muito antes da chegada dos ônibus, várias publicações nas redes sociais fizeram alusão às concentrações em Brasília.
"Todas as despesas pagas. Água, café da manhã, almoço e jantar. E vão acampar no Planalto", sede do Executivo, ressaltou em uma mensagem, um grupo de apoiadores de Bolsonaro no Telegram.
Dúvidas também pairaram sobre os serviços de Inteligência do Estado.
A atitude de alguns policiais também foi questionada após a divulgação de vídeos que mostraram agentes filmando a invasão com seus celulares ao invés de intervirem.
"Não faltou segurança, havia policiais. Eles precisavam agir, não deixar que fizessem o que fizeram. Foi uma invasão", disse em Brasília Pedro Sabino Rapatoni, auxiliar administrativo de 21 anos.
Míriam Leitão, comentarista de política da TV Globo, denunciou, nesta segunda, que a "bolsonarização dos órgãos de segurança estava muito clara aqui em Brasília".
Ela pontuou, particularmente, a exoneração do secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, que estava em viagem aos Estados Unidos no domingo, assim como o ex-presidente.
Torres foi exonerado no domingo pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, posteriormente afastado de suas funções por 90 dias pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Outros funcionários públicos poderiam ser exonerados nos próximos dias.
lg/pt/ial/mr/ltl/mvv/ic
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2023-02-05T19:56:02Z
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https://br.noticias.yahoo.com/felipe-neto-bruno-gagliasso-famosos-211600644.html
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# De Felipe Neto a Bruno Gagliasso, famosos condenam invasões em Brasília
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Famosos condenaram a invasão de manifestantes bolsonaristas a áreas do Congresso, do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal) neste domingo (8). Nas redes sociais, artistas como Marcelo D2, Silva, Bruno Gagliasso, Cleo, Ingrid Guimarães, Lucas Silveira e Rennan da Penha manifestaram indignação em relação aos atos. Outras celebridades, como Gil do Vigor e Felipe Neto, também se posicionaram.
No mundo da música, artistas publicaram tuítes críticos a invasão em Brasília. O cantor Silva, questionou: "É fácil assim invadir o Congresso?". Ele ainda complementou: "É, amigos, nosso país é uma zona". Em um comentário feito em publicação do jornal Folha de S.Paulo no Instagram, o DJ Rennan da Penha escreveu: "Na favela, a gente recebe bala do Estado, esses mulas aí recebem o quê?".
"Imagina se fossem professores", questionou Marcelo D2. "Aprenda uma coisa, a polícia é dos brancos playboys, a polícia deles é para bater e prender a gente Pobre, preto, trabalhador não pode contar com a polícia", complementou o rapper. O cantor Lucas Silveira, da banda Fresno, postou um vídeo dos manifestantes e questionou se não seriam presos.
Atores e atrizes também se posicionaram contra os atos. Filha de Glória Pires, Cleo escreveu no Twitter: "A gente quer paz, amor e respeito, mas recebe guerra e destruição da parte de pessoas que não aceitam o presidente eleito, pessoas essas que estão tentando um golpe de estado. Terrorismo, é isso que está acontecendo em Brasília". Zezé Polessa publicou no Instagram uma foto do noticiário na TV e escreveu: "Terrorismo não! Golpistas não passarão. Atos contra a democracia não passarão."
"Meu Deus, que tristeza! A que ponto chegamos...", disse Ingrid Guimarães em um tuíte. Bruno Gagliasso compartilhou uma sequência de vídeos da invasão nos stories do Instagram e falou: "Hora de agir! Criminosos antidemocráticos, golpistas atacando. O atentado à democracia se materializou. É grave!". O ator Humberto Carrão, também no Instagram, escreveu: "Cadeia para toda essa gente escrota!".
Assumidamente apoiador do presidente Lula (PT), o ex-BBB Gil do Vigor condenou os atos no Twitter. "Quando os estudantes pacificamente protestavam, eram tratados como bandidos, mas os brancos e ricos podem tudo, inclusive serem antidemocráticos e de fato criminosos. Mas como são brancos e ricos, tudo bem, vamos conversar, né? Uma vergonha!", escreveu. "É revoltante ver a tentativa de destruição da democracia! Invasão no congresso nacional?! Isso é inaceitável!", complementou o ex-BBB.
O youtuber Felipe Neto, crítico a Jair Bolsonaro (PL), fez uma sequência de tuítes sobre o episódio. "O terrorismo praticado pelos bolsonaristas não tem sequer um propósito. Absolutamente nada pode acontecer que impeça o resultado da democracia de continuar. Nada. É apenas balbúrdia de baderneiros que resultará em prisões. E torçamos para que não causem mortes", escreveu.
A escritora Thalita Rebouças falou em "vergonha". "Muita vergonha de ver minha bandeira nas costas desses vândalos. Não pode. É um absurdo! Não é manifestação. É barbárie. Vandalismo. Terrorismo. Uma coisa é votar no Bolsonaro, outra, completamente diferente, é apoiar/ fazer parte/ concordar com esse tipo de crime. Que sejam punidos como merecem. Que tristeza, meu Deus. Que tristeza", disse em publicação no Instagram.
O ator e apresentador Marcos Veras falou sobre Bolsonaro. "E o miliciano sujismundo foragido nos EUA", escreveu no Twitter. A atriz Tássia Camargo publicou imagens e vídeos no Instagram. "Capitólio e Palácio do Planalto. Qual a diferença? Uma só que explico abaixo. Todos são criminosos armados. Covardia a usar a cara tapada pela minha bandeira. Covardes e assassinos, criminosos. #democracia não é isso", disse.
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2023-02-01T13:14:59Z
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# 'Foi uma cafajestada', diz filha de Brecheret sobre ataque contra escultura na Câmara dos Deputados
Sandra Brecheret, de 78 anos, filha do escultor Victor Brecheret (1894- 1955) recebeu com surpresa a notícia de que uma escultura do pai — da década de 1920 — havia sido arrancada de seu pedestal por manifestantes radicais, defensores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Trata-se da "Bailarina", avaliada em cerca de R$ 150 mil.
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O item ficou desaparecido ao longo de diversas horas após os ataques golpistas que ocorreram nas instalações do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Via-se somente seu pedestal. Reportagem do jornal Folha de S. Paulo, contudo, encontrou a peça jogada no chão. A escultura em questão foi doada por Sandra à Câmara dos Deputados ao longo do segundo governo Lula e ficava sob uma redoma de vidro.
— Vou te dizer, o que fizeram foi uma "cafajestada". Sempre há ataque às obras de Brecheret em manifestações políticas, elas chamam muita atenção — lamenta. Sandra afirma, porém, que é possível recuperar a peça, mesmo que tenha amassados e rachaduras.
Antes e depois: confira como era e como ficou o patrimônio público depredado por terroristas em Brasília
A "Bailarina" reflete o período em que o artista se debruçou sobre temáticas parisienses. O item chegou a ser classificado como uma das imagens mais importantes desse período, a década de 1920. — A peça faz parte de uma tiragem de até sete exemplares, uma doação minha. Doei há alguns anos, no tempo que o Lula era presidente pela segunda vez. O custo dela está em torno de 120 mil a 150 mil reais. É uma peça belíssima — diz Sandra Brecheret, que inicialmente demonstrou medo de que a escultura tivesse sido roubada e, por consequência, vendida no mercado ilegal.
— É difícil mapear onde estão as outras imagens semelhantes a essa, é uma peça bastante antiga. É triste. Quem fez isso são pessoas de baixíssimo nível — afirma. —Também doei uma peça de 3 metros de altura para o Senado na França que não saiu do lugar— disse.
Sobre as manifestações de cunho golpista, Sandra diz ter outra opinião relacionada à insatisfação com o presidente. — Do alto dos meus 78 anos digo que não adianta fazer esse tipo de coisa. Para tirar um presidente é preciso que aconteçam votações na Câmara e no Senado. Como ocorreu com a Dilma. Fazer baderna e quebrar não é comigo, baderna não é revolução. Essa gente está se aproveitando dos conflitos políticos do Brasil.
Sandra, contudo, ao ser questionada se concorda com o ex-presidente Bolsonaro, afirmou que não apoia "nenhum dos dois lados"
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2023-01-31T16:09:50Z
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# Forças de segurança conseguem desocupar rampa do Planalto
A tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal e o Batalhão da Guarda Presidencial conseguiram desocupar a rampa do Palácio do Planalto, após cerca de três horas e meia de baderna. No momento, os radicais estão concentrados no fundo e no estacionamento do prédio.
Aos poucos, os extremistas começam a ser dispersados da Praça dos Três Poderes, que está envolta em fumaça de bombas de gás lacrimogêneo, e retornam ao gramado do Congresso Nacional.
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Justiça vai atuar se atos políticos caracterizarem competência federal.
Operação cumpre mandados contra suspeitos de atos de vandalismo no DF.
Mais cedo, invasores que tinham saído do Supremo Tribunal Federal (STF) tinham tentado subir a rampa novamente, mas foram dispersados pela cavalaria. Do lado do STF, os terroristas estão concentrados no estacionamento do prédio.
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2023-02-02T17:05:19Z
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# Golpismo fortalece Moraes e enfraquece uma longa lista de políticos
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Os atos golpistas promovidos pelo bolsonarismo radical neste domingo (8) reforçaram a posição institucional do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, deixando, por outro lado, uma longa lista de políticos chamuscados em decorrência do episódio.
Relator de inquéritos que miram os núcleos golpistas do bolsonarismo, Moraes determinou ainda neste domingo o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), além da imediata desmontagem do acampamento antidemocrático em frente ao quartel-general do Exército, na capital federal.
Com isso, os bolsonaristas foram desalojados nesta segunda-feira (9), sendo que cerca de 1.000 devem ser indiciados pela Polícia Federal.
O problema se arrastava desde as eleições sob a conivência do Exército e do governo anterior, de Jair Bolsonaro (PL), e tampouco havia sido resolvido pela incipiente gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
As cenas inéditas de vandalismo que correram o mundo no domingo e que foram o mote das decisões de Moraes tendem a amainar as críticas jurídicas que o ministro sofria por conduzir de forma atípica os inquéritos contra os atos antidemocráticos --entre outros pontos, essas investigações foram abertas de ofício, ou seja, sem a provocação do Ministério Público, o que era a praxe até então.
Já os chefes do Legislativo --Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL)-- também assumiram desde o primeiro momento a defesa das instituições. Ambos se manifestaram contra a baderna e em defesa da democracia. Pacheco instou os colegas a repudiarem publicamente os atos em sinal de unidade do poder.
Os ataques golpistas devem trazer ganhos políticos para Lula e auxiliares, mas evidenciam fragilidades.
Por um lado, eles tendem a reforçar a tentativa do governo de isolar politicamente Bolsonaro e seu grupo político mais ideológico, já que o repúdio à depredação da sede dos três Poderes uniu esquerda, centro e integrantes da direita não extremista.
Um exemplo eloquente disso foi a reunião na noite desta segunda de Lula com os governadores, inclusive os de oposição, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), e a cúpula dos três Poderes, em Brasília.
O presidente também reafirmou a autoridade ao decretar a intervenção na segurança do Distrito Federal e ao não vislumbrar, pelo menos publicamente e por ora, insubordinação no comando das Forças Armadas.
A inédita depredação da chefia do Executivo, Legislativo e Judiciário sob sua gestão e sem que tenha sido detectada de forma eficiente pelos órgãos federais de segurança, porém, evidenciaram despreparo e também uma oposição renhida à sua inicial gestão --e à sua figura.
O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), também viu ganhos e perdas no episódio. Ele fracassou nas reiteradas promessas de que os acampamentos golpistas seriam desfeitos e não foi capaz de detectar com mais precisão o que estava por vir.
Com o caos instalado, entretanto, esteve sempre à frente das iniciativas federais, inclusive na decisão de intervenção, além de mostrar que era acertada a sua defesa interna de uma ação mais vigorosa contra os golpistas --posição que contrastava sempre com a do ministro da Defesa, José Múcio.
O titular da pasta à qual estão subordinadas as Forças Armadas integra a longa lista de derrotados políticos com o episódio.
É dele a infeliz frase, dita no dia 2, de que os acampamentos golpistas eram uma manifestação da democracia, além da equivocada avaliação de que eles seriam desmobilizados naturalmente, com diálogo, sem necessidade de qualquer ato de força.
A lista prossegue com o governador afastado do DF e o seu então secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, bolsonarista que calhou de estar de férias na mesma localidade de Jair Bolsonaro no dia dos ataques.
O ex-presidente é, certamente, um dos principais chamuscados com os atos promovidos por seus admiradores radicais.
Ele consolida novamente sua associação ao extremismo, com o agravante de, em todos esses meses, ter tentado se equilibrar em cima de um muro. Não adotou uma ação direta de estímulo --além das que havia feito antes das eleições-- nem uma declaração direta de desmobilização.
Preferiu a mudez ou a dubiedade, coroada com a viagem para Orlando (EUA) às vésperas de deixar o mandato.
Um dos principais aliados de Bolsonaro após deixar a toga, em 2018, depois adversário e mais recentemente novamente aliado, o ex-ministro e ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro chegou a sinalizar apoio aos protestos antidemocráticos momentos antes de cadeiras voarem sobre os vidros da sede dos três poderes.
Em um postagem publicada às 13h22 deste domingo, afirmou que o novo governo havia iniciado a gestão "mais preocupado em reprimir protestos e a opinião divergente do que em apresentar resultados"
Após a baderna instalada em Brasília, publicou nova manifestação afirmando que protestos têm que ser pacíficos e que a oposição precisa ser feita de maneira democrática, respeitando a lei e as instituições.
A lista de políticos ou autoridades que saem enfraquecidas inclui também o procurador-geral da República, Augusto Aras, um aliado de Bolsonaro que se notabilizou por não agir diante de manifestações e atos antidemocráticos do então presidente e de seus aliados.
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2023-02-01T16:26:13Z
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# Golpistas espancam policial a cavalo durante ataques em Brasília
## "Vamos descobrir quem foram os financiadores e todos pagarão com a força da lei esse gesto de irresponsabilidade", assegurou Lula
Bolsonaristas espancaram um policial durante a invasão golpista à Esplanada dos Ministérios, que aconteceu neste domingo (8) em Brasília. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, é possível ver o agente ser derrubado do cavalo em que estava e agredido com cassetetes.
Durante os ataques, no entanto, parte do efetivo da Polícia Militar do Distrito Federal foi flagrado sorrindo e tirando selfies, agindo de forma omissa em relação à invasão ao Congresso Nacional, ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal (STF) que, até o momento, resultou na prisão de 150 pessoas por depredação do patrimônio público.
**Golpistas invadem áreas do Congresso, Planalto e STF, e PM reage com bombas** **Gabinete de Lula promete, mas não consegue desmobilizar manifestações** **Policiais tiram selfies e se omitem durante invasão de golpistas ao Congresso** **Bolsonarista fica gravemente ferido após manifestantes tentarem furar pneu de carreta em SP** **Pacheco diz que atos golpistas devem sofrer rigor da lei, e Dino diz que invasores não vão prevalecer** **Governo do DF sabia da chegada de golpistas que invadiram Congresso, dizem ministros** **Bolsonaro mantém silêncio, e aliados se dividem sobre ato golpista em Brasília** **'O controle da anarquia é de responsabilidade do GDF', diz Mourão** **Governadores de SP, Rio e Minas criticam invasão em Brasília** **Anitta, Gagliasso, Felipe Neto e mais famosos reagem à ação de golpistas no Congresso**
Em Araraquara, interior de São Paulo, para discutir medidas e soluções para as chuvas que atingiram a cidade nos últimos dias, o presidente
**Lula** discursou sobre o acontecido e decretou intervenção federal no Distrito Federal. **Ricardo Garcia Cappelli**, secretário-executivo do Ministro da Justiça **Flávio Dino**, será o interventor e cuidará da segurança em Brasília, a princípio, até o próximo dia 31 de janeiro.
"A democracia garante o direito de liberdade, mas também exige que as pessoas respeitem as instituições que foram criadas para fortalecer a democracia", declarou o presidente, que havia viajado para Araraquara, no interior de São Paulo, e não estava no Planalto no momento do ataque.
"As pessoas que chamos de fascistas... Essas pessoas que podemos chamar de fascistas fanáticos invadiram a sede do governo e a Suprema Corte. Como verdadeiros vândalos, destruindo o que importava pela frente", continuou Lula.
"Vamos descobrir quem foram os financiadores e todos pagarão com a força da lei esse gesto de irresponsabilidade", assegurou o presidente. "É preciso que essas pessoas sejam punidas de forma exemplar para que nunca mais ousem, com a bandeira nacional nas costas, fingindo-se brasileiros, repetirem o que fizeram hoje."
Presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal
**Arthur Lira** (PP-AL) disse que "os responsáveis que promoveram e acobertaram" os atos de vandalismo em Brasília neste domingo (8) devem ser identificados e punidos na forma da lei.
Em sua conta no Twitter, Lira disse que o Congresso Nacional "jamais negou voz a quem queira se manifestar pacificamente, mas nunca dará espaço para a baderna, a destruição e vandalismo".
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2023-02-08T14:41:45Z
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https://br.noticias.yahoo.com/grupo-faz-protesto-contra-bolsonaro-e-e-atacado-por-apoiador-do-ex-presidente-nos-eua-180751813.html
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# Grupo faz protesto contra Bolsonaro e é atacado por apoiador do ex-presidente nos EUA
## Ataque aconteceu em frente ao condomínio onde o ex-presidente está hospedado
Um grupo em defesa da democracia realizou na última segunda-feira (23) protesto contra o
**ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)** em frente ao condomínio Encore Resort onde ele está hospedado em Orlando, nos Estados Unidos.
## Cartazes e caminhão
Chamado "Defend Democracy in Brazil" (Defenda a Democracia no Brasil), o grupo esteve na frente da casa do ex-lutador de MMA José Aldo,
**onde se "refugiou" Bolsonaro**, com cartazes com os dizeres: "Jail Bolsonaro" (prendam Bolsonaro) e "nossa bandeira jamais será terrorista".
Um caminhão contratado pelos manifestantes circulou pela cidade com um painel de LED no qual se liam frases contra a presença do ex-presidente. O veículo também exibia críticas aos
**gastos de Bolsonaro no cartão corporativo** e lembrou as mortes ocorridas durante a ** pandemia de Covid-19,** o ** descaso com os povos Yanomamis** e a incitação aos **atos terroristas do último dia 8, em Brasília.**
## Grupo é atacado
Durante o protesto, que acontecia de forma pacífica, um apoiador bolsonarista se irritou e atacou o grupo.
Imagens divulgadas no Twitter do Defend Democracy in Brazil mostram o momento em que o rapaz deixa o carro branco em que estava e tenta tomar o celular da pessoa que filmava.
"Dá para você parar de me filmar? Estou falando para você parar de me filmar", diz o bolsonarista. "Você atacou a gente, amigo. Não encosta na minha câmera não, responde o manifestante".
O apoiador do ex-presidente acusa do grupo de ser "baderneiro", enquanto os manifestantes pedem que a polícia seja chamada.
## Faixa foi arrancada
Um segundo vídeo, postado posteriormente, mostra o mesmo apoiador bolsonarista estacionando o carro e arrancando uma faixa das mãos de um dos manifestantes.
O rapaz corre e consegue retomar o objeto, momento no qual a confusão começa e o bolsonarista parece chamá-lo para a briga.
## Grupo procura bolsonarista
Não foi divulgado se a polícia, de fato, precisou atender a ocorrência. O grupo Defend Democracy in Brazil divulgou a placa do carro do apoiador do ex-presidente na tentativa de localizá-lo.
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2023-01-27T07:26:26Z
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https://br.noticias.yahoo.com/ibaneis-quem-%C3%A9-governador-afastado-120919686.html
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# Ibaneis Rocha: quem é governador afastado por decisão de Alexandre de Moraes
Após invasão e depredação das sedes dos três poderes em Brasília, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu afastar o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), do cargo por 90 dias.
No domingo (8/1), as forças de segurança do Distrito Federal (DF) não contiveram apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que invadiram e destruíram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF.
A decisão de Moraes diz que houve "omissão e conivência de diversas autoridades da área de segurança e inteligência".
Segundo o ministro, "a escalada violenta dos atos criminosos" que resultou na invasão dos três prédios públicos "somente poderia ocorrer com a anuência, e até participação efetiva, das autoridades competentes pela segurança pública e inteligência, uma vez que a organização das supostas manifestações era fato notório e sabido, que foi divulgado pela mídia brasileira".
Com o afastamento de Ibaneis, quem assume o governo do DF é a vice, Celina Leão (PP).
Até o momento, três pedidos de impeachment de Ibaneis já foram protocolados na Câmara Legislativa do DF por sua conduta durante os atos de domingo.
Antes da decisão do Supremo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já tinha decretado a intervenção federal na segurança do DF até 31 de janeiro, colocando a União no comando das competências do DF nessa área. Agora, cabe ao Congresso Nacional analisar o decreto.
Em nota divulgada na tarde desta segunda-feira (9/01), Ibaneis diz confiar "nas instituições, no Estado de Direito Democrático, na observância das leis e da Constituição".
No texto, ele diz que repudia as "cenas de barbarismo" e afirma que é preciso responsabilizar os envolvidos.
"Confio que ao curso da apuração de responsabilidades será devidamente esclarecido o papel de cada um dos agentes públicos, bem como a inteira disposição do Governo do Distrito Federal no sentido de evitar todo e qualquer ato que atentasse contra o patrimônio público de nossa Capital, jamais esperando que a situação atingisse o ponto que, infelizmente, assistimos", diz trecho do comunicado divulgado por Ibaneis.
Por fim, Ibaneis afirma que respeita a decisão do Ministro Alexandre de Moraes. "Mas reitero minha fé na Justiça e nas instituições democráticas. Vou aguardar com serenidade a decisão sobre as responsabilidades dos lamentáveis fatos que ocorreram em nossa Capital".
Você tem algum familiar ou conhecido detido no domingo em Brasília? Conte sua história com segurança e privacidade para a BBC
### Quem é Ibaneis Rocha, que apoiou Bolsonaro 'de coração'?
Ibaneis esteve ao lado de Bolsonaro durante o mandato de ambos. Bolsonaro disse que Ibaneis "teve harmonia" com o governo federal durante sua presidência e chamou o governador de "amigo" em outubro de 2022.
Na ocasião, antes do segundo turno da eleição, Ibaneis declarou apoio a Bolsonaro. Ele afirmou que seu apoio era "de coração" e "natural" — apesar de divergências durante a pandemia, quando Ibaneis contrariou o chefe do Executivo promovendo restrições à circulação de pessoas.
O agora governador afastado era novidade na política em 2018, quando se candidatou pela primeira vez ao governo do Distrito Federal e conseguiu ser eleito — na esteira do discurso de renovação da política e com apoio em igrejas evangélicas da região. Ele derrotou o então ocupante do cargo, Rodrigo Rollemberg (PSB), e figuras tradicionais da política brasiliense.
Em 2022, Ibaneis conseguiu ser reeleito ainda no primeiro turno da eleição, com pouco mais de 50% dos votos. Em sua posse, disse que o momento é de "união pelo Brasil".
Na semana passada, Ibaneis publicou nas redes sociais fotos com ministros do governo Lula em cerimônias de posse em Brasília, inclusive com Flávio Dino (Justiça).
Ele, que é brasiliense e formado em Direito pelo Centro Universitário de Brasília (UniCeub), abriu seu escritório de advocacia em 1990 e, de 2013 a 2015, foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB-DF).
### 'Desculpas': o que disse Ibaneis após invasão
Na tarde de domingo, Ibaneis anunciou a exoneração do secretário de Segurança DF, Anderson Torres, que foi ministro da Justiça de Bolsonaro. A medida foi lida como uma tentativa de se afastar do que, nas palavras do governador foi uma "baderna antidemocrática na Esplanada dos Ministérios".
Depois, no entanto, foi decretada a intervenção na segurança do DF pelo Executivo. E, em seguida, Moraes decidiu pelo afastamento do governador.
Ibaneis havia divulgado vídeo nas redes sociais pedindo "desculpas" aos chefes dos três poderes pelo que ocorreu em Brasília. "O que aconteceu na nossa cidade foi inaceitável."
"São verdadeiros terroristas, que terão de mim todo o efetivo combate para que sejam punidos", disse o governador, antes de ser afastado.
Após dizer que monitorava a situação, disse: "Não acreditávamos em momento nenhum que manifestações tomariam as proporções que tomaram".
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2023-02-03T11:23:34Z
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# Invasões aos Três Poderes: PGR determina abertura de inquérito
O procurador-geral da República, Augusto Aras, determinou neste domingo (8) a imediata abertura de inquérito criminal para responsabilizar os envolvidos na invasão aos prédios dos Três Poderes em Brasília.
Uma nota da Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que Aras acompanha com "preocupação os atos de vandalismo a edifícios públicos que ocorrem em Brasília", “mantém contato permanente com as autoridades e tem adotado as iniciativas que competem à instituição para impedir a sequência de atos de violência", informou.
### Notícias relacionadas:
Governador Ibaneis Rocha exonera secretário de Segurança Pública do DF.
Entre as providências tomadas por Aras, informadas pela PGR, está a requisição à Procuradoria da República no Distrito Federal (PRDF) a imediata abertura de procedimento investigatório criminal para responsabilizar nos atos de vandalismo contra os prédios dos Três Poderes.
## Câmara e Senado
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, postou mensagens de condenação à invasão das sedes dos Três Poderes nas redes sociais. Ele classificou de destruição e vandalismo os atos antidemocráticos.
“O Congresso Nacional jamais negou voz a quem queira se manifestar pacificamente. Mas nunca dará espaço para a baderna, a destruição e vandalismo. Os responsáveis que promoveram e acobertaram esse ataque à democracia brasileira e aos seus principais símbolos devem ser identificados e punidos na forma da lei”, escreveu o presidente da Câmara na rede social Twitter.
“A democracia pressupõe alternância de poder, divergências de pontos de vista, mas não admite as cenas deprimentes que o Brasil é supreendido nesse momento. Agiremos com rigor para preservar a liberdade, a democracia e o respeito à Constituição”, acrescentou o presidente da Câmara.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também condenou os atos em postagem nas redes e informou que conversou com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, para pedir reforço na segurança. “Na ação, estão empenhadas as forças de segurança do Distrito Federal, além da Polícia Legislativa do Congresso. Repudio veementemente esses atos antidemocráticos, que devem sofrer o rigor da lei com urgência”, postou Pacheco.
* Com informações da Reuters
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2023-01-26T21:13:43Z
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https://br.noticias.yahoo.com/janja-agradece-servidores-da-manuten%C3%A7%C3%A3o-011200301.html
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# Janja agradece servidores da manutenção do Palácio do Planalto após atos golpistas
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, usou as redes sociais nesta segunda-feira (9) para agradecer o trabalho da equipe de manutenção do Palácio do Planalto. Vários funcionários foram responsáveis pela arrumação da destruição do local após atos golpistas e de vandalismo no dia anterior.
"Muito obrigada a toda a equipe de manutenção do Palácio do Planalto, esses brasileiras e brasileiros dignos de serem chamados patriotas! Com o trabalho deles, a destruição promovida por vândalos sem qualquer respeito pelo nosso patrimônio e pelo nosso país já virou coisa do passado", escreveu.
Depois, a mulher do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um vídeo para mostrar a limpeza e reconstrução do Palácio. Ela também fez questão de ouvir os funcionários do local. Visivelmente emocionada, Janja continuou agradecendo: "A democracia não vai se curvar e nem o presidente Lula vai baixar a cabeça. Estamos aqui firmes, trabalhando. Quero parabenizar a equipe de manutenção aqui do Palácio do Planalto, que está deixando tudo um brinco. E seguimos trabalhando, o Brasil segue em reconstrução", afirmou no vídeo.
Por fim, a socióloga mandou um recado para os extremistas. "A baderna que se deu aqui ontem nunca mais vai se repetir na história do Brasil, isso vocês podem ter certeza", concluiu. Além do Palácio do Planalto, sede da Presidência da República, foram atacados o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).
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2023-01-31T12:57:07Z
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https://br.noticias.yahoo.com/joaquim-barbosa-diz-que-militares-161800676.html
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# Joaquim Barbosa diz que militares inspiram e toleram insubordinação ao rebater Mourão
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa teceu críticas aos militares e defendeu a troca de comando do Exército feita por Lula (PT) neste domingo (22) ao rebater críticas feitas pelo ex-vice-presidente da República e senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos-RS).
Lula demitiu o comandante do Exército, general Júlio Cesar de Arruda, em meio a uma crise de confiança aberta após os ataques do dia 8 de janeiro, em Brasília. À Folha, Mourão afirmou que o mandatário quer alimentar a crise com as Forças Armadas e que a decisão seria péssima para o país.
"Ora, ora, senhor Hamilton Mourão. Poupe-nos da sua hipocrisia, do seu reacionarismo, da sua cegueira deliberada e do seu facciosismo político! Fatos são fatos! Mais respeito a todos os brasileiros!", afirmou Joaquim Barbosa, em publicação nas redes sociais.
"'Péssimo para o país' seria a continuação da baderna, da 'chienlit' [baderna, em tradução livre] e da insubordinação claramente inspirada e tolerada por vocês, militares. Senhor Mourão, assuma o mandato [de senador] e aproveite a oportunidade para aprender pela primeira vez na vida alguns rudimentos de democracia! Não subestime a inteligência dos brasileiros!", escreveu ainda o ministro aposentado.
A troca no Exército, a principal das três Forças Armadas, ocorreu em meio a uma crise de confiança aberta após os ataques do dia 8 de janeiro, em Brasília.
Segundo auxiliares do presidente, a decisão foi tomada porque o agora ex-comandante Júlio Cesar de Arruda não demonstrou disposição de tomar providências imediatas para reduzir as desconfianças de Lula em relação a militares do Exército após a invasão do Palácio do Planalto e das sedes do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Congresso.
**Golpistas invadem áreas do Congresso, Planalto e STF, e PM reage com bombas** **Policiais tiram selfies e se omitem durante invasão de golpistas ao Congresso** **Pacheco diz que atos golpistas devem sofrer rigor da lei, e Dino diz que invasores não vão prevalecer** **Governo do DF sabia da chegada de golpistas que invadiram Congresso, dizem ministros** **Bolsonaro mantém silêncio, e aliados se dividem sobre ato golpista em Brasília** **Ibaneis Rocha pede desculpa a Lula e chama invasores de terroristas**
Arruda relutou em expor o Comando Militar do Planalto, que no mínimo falhou no dia 8. Ele também estava no comando da Força quando o Exército impediu que a Polícia Militar realizasse prisões de vândalos ainda no dia 8 de janeiro, no acampamento golpista em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília.
De acordo com relatos de aliados de Lula e generais ouvidos pela Folha, a gota d'água para exoneração foi Arruda ter resistido ao pedido de Múcio para que o tenente-coronel Mauro Cid fosse retirado do comando de um batalhão do Exército em Goiânia (GO).
Cid foi ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) e, como a Folha revelou, entrou na mira da Polícia Federal após serem identificadas transações suspeitas no gabinete do mandatário. O militar está nos EUA com o ex-presidente.
"Se o motivo foi tentativa de pedir a cabeça de algum militar, sem que houvesse investigação, mostra que o governo realmente quer alimentar uma crise com as Forças e em particular com o Exército. Isso aí é péssimo para o país", disse Mourão ao comentar o caso.
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2023-01-31T17:32:34Z
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https://br.noticias.yahoo.com/jornalistas-relatam-agress%C3%B5es-e-ofensas-115100418.html
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# Jornalistas relatam agressões e ofensas durante cobertura de vandalismo em Brasília
BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Jornalistas que realizaram a cobertura dos atos de vandalismo contra as sedes dos Três Poderes em Brasília relataram agressões e intimidações por parte dos bolsonaristas radicalizados.
Em nota publicada na noite do domingo (8), o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal informou ter recebido informações de ao menos seis profissionais atacados, de diferentes veículos.
A repórter Marina Dias, que trabalhou na Folha e no domingo acompanhou os atos golpistas para o The Washington Post, relatou ter sido cercada, empurrada, chutada e xingada pelos manifestantes.
"Eu e colegas jornalistas fomos agredidos enquanto trabalhávamos na cobertura de atos terroristas em Brasília. Fui cercada, chutada, empurrada, xingada. Quebraram meus óculos, puxaram meu cabelo, tentaram pegar meu celular. É preciso punir essas pessoas. Isso é crime", escreveu Marina nas redes sociais.
O fotógrafo da Folha Pedro Ladeira foi chutado, empurrado e teve os equipamentos roubados durante a cobertura dos atos golpistas e de depredação.
Ladeira havia conseguido entrar na Esplanada dos Ministérios e começou a fotografar os golpistas logo depois de saber da invasão dos prédios públicos que representam os Poderes da República. Após 20 minutos, quando chegou à frente do Palácio do Planalto, sede do Executivo, ele foi cercado por seis depredadores. Alguns usavam a camisa da seleção brasileira de futebol, outros, roupa camuflada do Exército.
Enquanto era agredido pelos homens, uma mulher mais velha que acompanhava o grupo conseguiu puxar parte dos equipamentos, uma câmera Canon DX e uma lente. Sobrou uma máquina sem lente, que estava rente ao corpo do fotógrafo.
"Enquanto me agrediam, diziam que eles estavam lá para tomar o Brasil, e que eu estava ali 'para foder com eles', porque eu era fotógrafo ", disse Ladeira. "Há outros casos de agressão. Tiraram os cartuchos da máquina de outro colega."
O jornal O Tempo publicou na noite de domingo um texto informando que um profissional da empresa também foi agredido. A vítima estava no Congresso Nacional e foi ameaçada com arma de fogo.
"[O profissional] chegou a ser mantido em cárcere por cerca de 30 minutos. Teve o celular e a mochila tomados, alguns itens roubados -como o crachá, bloco de anotação e R$ 20 (único dinheiro em espécie na carteira)-, levou tapa na cara, chutes e socos. Foi ameaçado de morte, com arma de fogo", diz o texto.
O sindicato que representa a categoria no DF, no seu comunicado, responsabilizou o que classificou de "inoperância do governo do Distrito Federal".
"Todos os acontecimentos em curso são resultado da inoperância do Governo do Distrito Federal, de setores da segurança pública e Forças Armadas, que permitiram a escalada da violência e se mostraram coniventes com os grupos bolsonaristas, golpistas, que não respeitam o resultado das eleições, a Constituição e a democracia", disse a entidade.
Os ataques foram condenados por associações de jornalismo, que cobraram um posicionamento das autoridades.
"A liberdade de imprensa é inerente ao Estado democrático de direito, que não pode tolerar ou conviver com a baderna e o vandalismo", disse a ANJ (Associação Nacional de Jornais).
"A ANJ condena ainda os ataques a jornalistas que fazem a cobertura das invasões em Brasília e exige uma posição firme das forças de segurança contra essas agressões e os atentados à liberdade de imprensa e à democracia".
A Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) afirmou que "terroristas a serviço de uma força política fascista, que tem como principal líder o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)" promover ataques lamentáveis à democracia.
"A Fenaj e os sindicatos filiados denunciam firmemente esse agrupamento que insiste em desafiar a Constituição, mantendo acampamentos em frente a quartéis do Exército, promovendo ações terrorista em Brasília e pedindo intervenção militar".
"Os jornalistas brasileiros, no exercício de seu trabalho profissional, têm sido vítimas de intimidações e agressões por membros e apoiadores desse grupo político violento e antidemocrático. São centenas os casos registrados nos últimos anos, quase uma dezena apenas na primeira semana desse ano", disse.
A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) e a Jeduca (Associação de Jornalistas de Educação) manifestaram repúdio e destacaram que a escalada de violência dentro de grupos extremistas havia sido denunciada antes dos ataques.
No período de 30 de outubro a 6 de janeiro, levantamento feito pela a Abraji e a Fenaj registrou 77 ataques de violência política contra a imprensa. Em grupos bolsonaristas foram identificados ameaças de invasão a meios de comunicação "como forma de coagir, constranger e impedir o exercício do jornalismo."
"A Abraji e a Jeduca repudiam de forma veemente a invasão e os ataques aos poderes e à imprensa, e se solidariza com os jornalistas agredidos, seus familiares e colegas. E exortam as autoridades públicas a identificar e responsabilizar os culpados pelas tristes cenas registradas no coração político do Brasil".
A Aner (Associação Nacional dos Editores de Revistas) defendeu o trabalho da imprensa, condenou os ataques abusivos contra jornalistas e cobrou a identificação dos responsáveis.
"Defendemos que a imprensa seja livre, respeitada como um elemento essencial para a informação apurada e disseminada de forma responsável para toda a população brasileira", disse.
A ABI (Associação Brasileira de Imprensa) classificou a invasão como cenas lamentáveis cometidas por "terroristas bolsonaristas, em atos golpistas que haviam sido previamente anunciados nas redes sociais".
"Trata-se de inédita agressão ao Estado Democrático de Direito, que tem de ser punida com os rigores da lei", escreveu.
"As autoridades do GDF foram ausentes, para não dizer coniventes. A ABI confia na firmeza do ministro da Justiça, Flávio Dino, e espera que a ordem seja restabelecida o mais rapidamente possível. Democracia para Sempre!".
A Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) também condenou a omissão das autoridades diante dos ataques e da proteção dos profissionais da imprensa.
"É inconcebível a omissão do governo do Distrito Federal em proteger os Três Poderes da República e garantir a segurança da imprensa que está nas ruas da cidade em coberturas complexas. As invasões e atos de depredação a prédios públicos, assim como os ataques aos profissionais da comunicação são uma afronta à democracia e à Constituição Brasileira".
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2023-02-03T19:09:03Z
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https://br.noticias.yahoo.com/lira-chama-invas%C3%A3o-dos-pr%C3%A9dios-204732461.html
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# Lira chama invasão dos prédios dos Três Poderes de ataque à democracia e cobra punição
(Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), repreendeu neste domingo a invasão das sedes dos Três Poderes por parte de apoiadores extremistas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e cobrou punição aos responsáveis pelos atos antidemocráticos.
"O Congresso Nacional jamais negou voz a quem queira se manifestar pacificamente. Mas nunca dará espaço para a baderna, a destruição e vandalismo", escreveu Lira, no Twitter.
"Os responsáveis que promoveram e acobertaram esse ataque à democracia brasileira e aos seus principais símbolos devem ser identificados e punidos na forma da lei", acrescentou.
Lira, que foi aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro e apoiou sua tentativa fracassada de reeleição, ressaltou ainda que não se pode "admitir as cenas deprimentes que o Brasil é supreendido nesse momento".
"Agiremos com rigor para preservar a liberdade, a democracia e o respeito à Constituição", acrescentou.
O episódio deste domingo remete à invasão do Capitólio de Washington, sede do Congresso norte-americano, em 6 de janeiro de 2021, por apoiadores do então presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, para tentar impedir a certificação da vitória eleitoral do democrata Joe Biden na eleição presidencial de 2020.
(Por Letícia Fucuchima)
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2023-02-06T15:21:26Z
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https://br.noticias.yahoo.com/looks-de-carnaval-de-anitta-sexualizam-figuras-femininas-historicas-entenda-a-polemica-234456313.html
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# Looks de Carnaval de Anitta sexualizam figuras femininas históricas? Entenda a polêmica
## Este ano, figurinos da cantora homenageiam “mulheres guerreiras" e inspiradoras
**Resumo da notícia:** *Tema do* *Carnaval de Anitta* *é* *"Mulheres Guerreiras"* *Cantora já usou figurinos inspirados em Tieta do Agreste, Anita Garibaldi e outras figuras femininas históricas* *Stylist Clara Lima conta detalhes do processo criativo por trás dos looks*
Já virou tradição: todo ano,
**Anitta** **looks** que usará nas principais apresentações do **Carnaval**, como os Ensaios e o Bloco das Poderosas. Agora, depois de revisitar os figurinos de seus clipes mais icônicos e criar o próprio universo gamer, a cantora decidiu homenagear “mulheres guerreiras” e inspiradoras.
“Ela me ligou em agosto, já com essa ideia e quatro sugestões de personagens em mente [Anita Garibaldi e outros três nomes que ainda não posso revelar quem são]. A partir disso, minha equipe e eu começamos um intenso trabalho de pesquisa e, no total, chegamos a 24 desenhos, que Anitta reduziu para os 16 que precisava”, conta a stylist Clara Lima ao Yahoo.
“Ao longo desse processo, falamos com especialistas e tivemos o maior cuidado para que essa homenagem não fosse interpretada como apropriação cultural ou algo do tipo. Também não queríamos fazer algo muito fiel, como uma espécie de cosplay. Afinal, quem está ali, no palco, é a Anitta. Os looks, apesar das referências, trazem muito da personalidade dela, essa mulher que também quebra tabus, e de quem ela é como artista, uma cantora que dança, que gosta de mostrar o corpo”, completa a profissional.
Até o momento, apenas quatro das produções selecionadas por Anitta foram usadas. Em Salvador, ela reverenciou a icônica
**Tieta do Agreste**, personagem criada por Jorge Amado e interpretada brilhantemente por Betty Faria. Na sequência, no Rio de Janeiro, em Florianópolis e em São Paulo, respectivamente, foi a vez de exaltar **Marietta Baderna** (bailarina italiana que, morando no Brasil, incorporou elementos da dança de povos marginalizados aos espetáculos que fazia para a elite), **Valentina Tereshkova** (primeira mulher a ir ao espaço) e **Anita Garibaldi** (revolucionária que teve um papel fundamental, por exemplo, na Guerra dos Farrapos, contra o governo imperial do Brasil).
“Anitta que escolheu a ordem de uso dos figurinos, de acordo com o que ela considera mais apropriado para cada show. Como já trabalhamos juntas há um bom tempo, foram necessárias pouquíssimas alterações e minha equipe e eu temos bastante liberdade criativa, o que é maravilhoso", revela Clara.
"Infelizmente, não posso entregar tudo, mas ainda tem muita coisa incrível vindo por aí. A gente espera que as pessoas gostem e, mais do que isso, continuem pesquisando sobre a história e o legado dessas mulheres, nosso principal objetivo desde o começo”, conclui a stylist.
O evento "Ensaios da Anitta" passarão ainda por Brasília, em 21 de janeiro, Recife (28), São Paulo, em 11 de fevereiro, e Curitiba (12).
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2023-02-03T14:31:52Z
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https://br.noticias.yahoo.com/manifestantes-invadem-congresso-planalto-e-191400333.html
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# Manifestantes invadem Congresso, Planalto e STF
Manifestantes apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro inconformados com o resultado das eleições invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). A invasão começou após a barreira formada por policiais militares na Esplanada dos Ministério, que estava fechada, ter sido rompida. O Congresso Nacional foi o primeiro a ser invadido, com os manifestantes ocupando a rampa e soltando foguetes. Depois eles quebraram vidro do Salão Negro do Congresso e danificaram o plenário da Casa.
Após a depredação no Congresso, eles invadiram o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). No STF, quebraram vidros e móveis.
### Notícias relacionadas:
Moraes determina desobstrução de via de BH ocupada por manifestantes.
Policiais detém manifestantes que fariam protestos diante do STF .
As imagens mostram que o efetivo de policiais militares que estava nas proximidades do Congresso Nacional usou
* sprays* de pimenta em uma tentativa sem sucesso de conter os manifestantes que entoavam palavras de ordem golpistas.
Via redes sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que "essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer". Ele acrescentou ter ouvido do governo do Distrito Federal que o efetivo seria reforçado. "As forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça", escreveu o ministro.
Ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e atual secretário de Segurança Pública do Governo do Distrito Federal, Anderson Torres, que se encontra nos Estados Unidos, disse, via Twitter, ter determinado ao setor de operações "providências imediatas para o restabelecimento da ordem no centro de Brasília".
O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, disse nas redes sociais, que tem certeza que a maioria dos brasileiros quer união e paz para que o Brasil siga em frente. “Essa manifestação é de uma minoria golpista que não aceita o resultado da eleição e que prega a violência. Uma minoria violenta, que vai ser tratada com o rigor da lei”.
Presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco disse repudiar "veementemente esses atos antidemocráticos", que, segundo ele, deverão "sofrer o rigor da lei com urgência". A Polícia Legislativa também está no local, na tentativa de conter a invasão.
"Conversei há pouco, por telefone, com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, com quem venho mantendo contato permanente. O governador me informou que está concentrando os esforços de todo o aparato policial no sentido de controlar a situação", disse Pacheco.
O presidente da Câmara publicou nas redes sociais que o Congresso Social jamais negou "voz a quem queira se manifestar pacificamente". "Mas nunca dará espaço para a baderna, a destruição e vandalismo." Na postagem, Lira diz que os responsáveis que "romoveram e acorbetaram esse ataque à democracia brasileira e aos seus principais símbolos devem ser identificados e punidos na forma da lei".
"A democracia pressupõe alternância de poder, divergências de pontos de vista, mas não admite as cenas deprimentes que o Brasil é supreendido nesse momento. Agiremos com rigor para preservar a liberdade, a democracia e o respeito à Constituição", escreveu Lira.
*Matéria atualizada às 17h08 para acréscimo da postagem do presidente da Câmara Arthur Lira.*
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2023-01-27T04:16:49Z
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https://br.noticias.yahoo.com/marcha-golpismo-se-acirrou-em-023900041.html
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# Marcha do golpismo se acirrou em 2020 e culminou em ataques; veja cronologia
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Os atos golpistas contra os três Poderes realizados no dia 8 de janeiro representaram o ponto alto de um histórico de investidas antidemocráticas patrocinadas por Jair Bolsonaro (PL) desde o início do seu mandato, em 2019.
O golpismo do ex-presidente começou a se intensificar em 2020, quando em março participou de uma manifestação a favor da intervenção militar. Expôs-se de vez na live com ataques às urnas eletrônicas em julho de 2021 e no 7 de setembro do mesmo ano, quando proferiu ameaças contra o Supremo Tribunal Federal e o ministro Alexandre de Moraes.
Ao longo de 2022, ano eleitoral, os ataques do então presidente aumentaram e desaguaram nas tentativas de utilizar órgãos públicos para tumultuar as eleições, como ocorreu no dia do segundo turno com a Polícia Rodoviária Federal abordando ônibus de transporte de passageiros e, em seguida, permitindo bloqueios em rodovias.
A inação da Polícia Militar do Distrito Federal no dia 8 e a descoberta da minuta de decreto para reverter o resultado das eleições, duas situações com relação direta com Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, reforçaram a suspeita de que o ex-mandatário e seu entorno não só incentivavam como não descartavam um golpe para se manter no poder.
A Folha esteve no acampamento de bolsonaristas em frente ao Quartel-general do Exército em Brasília após os ataques e permaneceu até que as forças de segurança esvaziassem o local na manhã da segunda (9).
Em conversas com dezenas de golpistas, dois temas preponderam: a suposta fraude das urnas eletrônicas e as ações do Supremo Tribunal Federal e Tribunal Superior Eleitoral contra Bolsonaro.
Os temas estão diretamente atrelados ao discurso assumido por Bolsonaro a partir de 2020.
Golpismo acirra em 2020 com foco no STF Ainda naquele ano, após o STF ordenar operação contra bolsonaristas envolvidos em ofensas contra ministros, o então presidente fez um dos primeiros ataques direto ao STF --"Acabou, porra".
Naquele momento, o tribunal atuava contra as investidas golpistas por meio do inquérito das fake news, aberto por ordem do então presidente da corte, o ministro Dias Toffoli, e relatado por Moraes, e também pela investigação sobre os primeiros atos antidemocráticos de apoiadores do presidente.
Além dos ataques sofridos por causa dos desdobramentos dessas apurações, responsáveis por buscas e prisões naquele ano, o STF ainda passou a entrar na mira do presidente e de seus apoiadores por causa das decisões relacionadas à gestão da pandemia --como a que liberou estados e municípios a tomarem decisões sobre como enfrentar a Covid-19.
2021, foco das fake news se volta a urnas Com a virada para 2021, aos ataques contra o STF se somaram o discurso falso sobre deficiência no sistema eletrônico de votação e a disseminação de desinformação sobre fraudes em eleições passadas.
Como mostrou a investigação da PF, Bolsonaro e militares já buscavam informações sobre as urnas desde 2019, mas, a partir de 2021 as investidas aumentaram.
Naquele ano, em junho, o TSE cobrou a apresentação de provas sobre as denúncias.
Com o prazo dado pela Justiça Eleitoral se esvaindo, Bolsonaro subiu o tom. Em 29 de julho, com a ajuda de Anderson Torres, fez a live em que levantou suspeita de fraude nas eleições sem apresentar provas.
Dias depois, em 4 de julho, vazou um inquérito sigiloso de um ataque hacker ao TSE para reforçar a tese falaciosa de irregularidades nos pleitos anteriores.
As investidas resultaram em mais inquéritos contra o então presidente, e seus apoiadores e tensionaram ainda mais a relação com o STF.
No 7 de setembro de 2021, Bolsonaro xingou Alexandre de Moraes em cima de um caminhão de som na avenida Paulista, em São Paulo. Com a tensão em nível máximo, interlocutores entraram em campo, entre eles o ex-presidente Michel Temer (MDB), e a temperatura baixou por um período.
2022: adesão dos militares e omissão da PGR Em 2022, Bolsonaro colocou de vez os militares no front de ataque ao sistema eleitoral, incluindo o ministério da Defesa na fiscalização e testes das urnas.
A postura do então presidente foi facilitada pela inação do procurador-geral da República, Augusto Aras. Ao longo de todo mandado, ele não se valeu do cargo para combater o impulso golpista, pelo contrário, pediu arquivamento de inquéritos e foi contra diversas medidas solicitadas pela Polícia Federal.
A inércia de Aras contribuiu para a hipertrofia de Alexandre de Moraes, que passou a tomar decisões de ofício e adentrar em funções que deveriam ter sido desempenhadas pela PGR.
Com a derrota em 30 de outubro, os apoiadores de Bolsonaro passaram a defender a intervenção militar e a promover bloqueios em vias e se agruparem nas portas dos quartéis do Exército.
Janeiro, 2023: antecedentes do ataque Foram esses apoiadores que, a partir do dia 6 de janeiro, passaram a inflar ainda mais o acampamento em Brasília. No dia 7, os golpistas, em lives e grupos de mensagem, já falavam da ida para o entorno dos prédios do STF, Congresso e Planalto.
As ameaças começaram a se confirmar na tarde do domingo. Eles saíram do QG do Exército, a cerca de 8 quilômetros da praça dos Três Poderes, e partiram em direção à Esplanada dos Ministérios.
O primeiro alvo foi o Congresso. Em seguida, o Palácio do Planalto e o STF.
Horas decisivas em Brasília e Araraquara Pouco tempo após manifestantes invadirem o Congresso, por volta de 14h40, o governo Lula montou dois comitês de crise em Brasília.
Em um deles, no hotel onde Lula se hospeda, o ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Paulo Pimenta, reuniu a equipe que cuidaria da comunicação e mais tarde articularia a declaração que o presidente deu em Araraquara (SP).
No Ministério da Justiça, foi montado outro gabinete. Por volta de 15h20, chegou ao local o ministro Flávio Dino (Justiça). Depois, foram para lá Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e José Múcio (Defesa). O general Gonçalves Dias (Gabinete de Segurança Institucional) se juntou ao grupo à noite. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, também esteve no ministério.
Enquanto isso, ainda no início das invasões na Esplanada, Lula desembarcava em Araraquara. Acompanhado pelo prefeito Edinho Silva (PT), ele assistiu, no carro, às imagens do cerco ao Congresso, muitas delas publicadas pelos próprios invasores nas redes sociais.
Após breve visita a áreas atingidas pelas chuvas no município paulista, o petista e comitiva foram ao gabinete do prefeito, de onde o presidente disparou telefonemas, queixando-se da facilidade com que os bolsonaristas invadiram o Palácio do Planalto.
No gabinete de Edinho, ele telefonou para Dino, Múcio e para o chefe do Gabinete de Segurança Institucional. O petista cobrava seus ministros e batia, duramente, em Ibaneis Rocha (MDB), governador do DF.
Em Araraquara, Lula ainda conversou por telefone com ministros do Supremo, entre eles Gilmar Mendes.
Início dos ataques: Ibaneis na mira do STF e do governo Lula Integrantes do STF se mobilizaram também rapidamente e passaram a cobrar uma medida contra Ibaneis.
Segundo membros do governo Lula, a presidente do Supremo, Rosa Weber, havia recebido mais cedo a informação de que os atos seriam pacíficos. Diante do caos, Rosa voltou a procurar as autoridades locais e o governo federal em busca de respostas e ações.
Naquele momento, os integrantes do STF, em sua maioria, já responsabilizavam Ibaneis e Anderson Torres.
Desde o início da baderna na Esplanada, o então governador passou a ser procurado por diversos ministros da gestão Lula e demorou a ser encontrado. Nesse meio tempo, eles acionaram o chefe da Casa Civil do Distrito Federal, Gustavo Rocha, para que houvesse reforço da segurança da Esplanada.
O governador afastado contesta essa versão, alegando ter atendido aos telefonemas assim que procurado.
Àquela altura, a pressão por uma medida dura contra o governador já estava forte, mas aumentou após a corte ser alvo de vândalos.
Inicialmente, integrantes do Supremo defendiam a prisão de Ibaneis. Os ministros o haviam alertado sem sucesso para não nomear Torres no cargo de Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.
Magistrados do Supremo avaliaram que, ao colocá-lo no governo, Ibaneis deu carta branca para que as forças de segurança locais apoiassem Bolsonaro.
Ainda no meio da tarde, uma ala do Supremo avaliou que não havia ainda elementos para a prisão de Ibaneis. A partir daí, passaram a discutir uma saída que contemplasse o afastamento do governador.
Por volta de 15h45, Dino apresentou a Lula três opções de ações: deixar o gerenciamento da crise com a Polícia do DF, instaurar uma GLO (Garantia de Lei e Ordem) ou realizar uma intervenção, parcial ou total.
De acordo com relatos de quem esteve no gabinete de crise na pasta da Justiça, integrantes do STF chegaram a defender a intervenção total no GDF para que Ibaneis fosse afastado, mas a conclusão foi a de que, nesse caso, Lula ficaria impossibilitado de editar medidas provisórias, entre outras implicações jurídicas, legislativas e políticas.
Do decreto por WhatsApp ao fim do acampamento Reunido com comandantes militares, por volta das 16h, Múcio informou a Lula que haveria 2.500 homens à disposição em caso de GLO. Mas a ideia foi rechaçada.
Diante das avaliações política e jurídica, Lula optou pela intervenção parcial na Secretaria de Segurança Pública. A partir daí, a minuta do decreto foi redigida, enviada via WhatsApp a Lula, que imprimiu o documento na Prefeitura de Araraquara, assinou à mão, tirou uma fotografia e enviou de volta a Dino.
Após a chegada dos ministros do governo no Ministério da Justiça, a então vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), também foi para o local, com o chefe da Casa Civil do GDF. Ela havia sido acionada no início das invasões pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
O clima no ministério era o mais tenso possível, segundo relatos de quem esteve presente.
Coube a Dino e Padilha avisarem o governador que o decreto da intervenção na segurança seria publicado. Após o anúncio a respeito da medida, feito por Lula por volta das 18h, Ibaneis solicitou que Celina deixasse o Ministério da Justiça e retornasse ao GDF.
Horas mais tarde, no início da madrugada de segunda (9), o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou o afastamento de Ibaneis do governo por 90 dias.
Moraes consultou praticamente todos os colegas antes de dar a decisão, que foi referendada por oito ministros --só votaram contra André Mendonça e Kassio Nunes Marques, indicados à corte por Bolsonaro.
Em outra frente, as divergências na equipe de Lula afloraram já na noite de domingo, quando Múcio foi questionado por seus pares sobre a permanência dos bolsonaristas no acampamento. Com apoio de Dino, o interventor Ricardo Cappelli defendeu a retirada dos acampados ainda na noite de domingo, o que gerou resistência do Exército.
Múcio, por sua vez, defendeu que só fossem retirados na manhã seguinte, tese que acabou prevalecendo.
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2023-02-02T15:51:06Z
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# Ministro da Secretaria-Geral diz que atos terroristas afastam eleitores anti-Lula do bolsonarismo: 'É preciso unificar o país'
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Marcio Macedo, acredita que os ataques terroristas às sedes dos três Poderes neste domingo podem contribuir para que até os eleitores que rejeitam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se distanciem do bolsonarismo radical. "Na hora que todas as questões forem esclarecidas e os culpados punidos, é preciso unificar o país", pregou Macêdo em entrevista ao GLOBO.
Atos terroristas no DF: acompanhe a movimentação um dia após a invasão de bolsonaristas à Praça dos Três Poderes
‘Conivente, omisso e incompetente’: ex-governadores do DF criticam Ibaneis Rocha por invasões em Brasília
O ministro enxerga na investida golpista uma tentativa de desmoralização dos Poderes da República e pede investigação à atuação do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, afastado do cargo por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, suspeito de omissão.
O que senhor acha que levou os atos terroristas ganharem a dimensão que tiveram neste domingo?
Esse processo tem sido alimentado ao longo desses quatro anos por Jair Bolsonaro. É um movimento de um setor sectário e radicalizado do bolsonarismo que precisa ser apurado. É necessário apurar como essas manifestações se transformaram num processo de baderna, terrorismo e destruição do patrimônio público e de tentativa de desmoralização dos Poderes da República. Também precisa se investigar se houve conivência da polícia do Distrito Federal. Tem que ficar claro qual foi o papel do governador (Ibaneis Rocha) nesse processo. As investigações precisam ser rigorosas.
O governo recebeu algum alerta de inteligência de que os atos antidemocráticos pudessem chegar à invasão das sedes dos três Poderes?
Havia informações que teriam manifestações, mas na noite anterior houve uma mudança na estratégia (por parte das forças de segurança do governo do Distrito Federal) de como lidar com a manifestação. E isso tem que ser apurado.
Veja: Coronel da reserva vai a ato golpista e xinga oficiais: 'Exército de merda'; vídeo
O ataque pode ser uma oportunidade para o governo isolar o bolsonarismo?
Um episódio como esse não tem nada de bom, mas há lições a serem tiradas. Há uma parte da sociedade que não votou no Lula por diversas razões, ideológicas, ou porque não gostavam da gente, mas que não concordam com esse tipo de ação terrorista. Na hora que todas as questões forem esclarecidas e os culpados punidos, é preciso unificar o país. E essa parte sectária do bolsonarismo precisa ser punida pelo rigor da lei.
Os ataques terroristas alteram as prioridades do seu ministério?
O ministério da Secretaria-Geral tem como objetivo fortalecer e ampliar as condições que facilitem a participação popular. Também nos cabe reestabelecer os equipamentos democráticos e acolher demandas do povo. Esse episódio mostra que o conjunto da população deve ser ouvido e receber informações adequadas para fortalecer a democracia.
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2023-02-03T09:41:10Z
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https://br.noticias.yahoo.com/moraes-diz-que-judici%C3%A1rio-e-144303577.html
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# Prisões não são colônia de férias e instituições não vão fraquejar, diz Moraes
BRASÍLIA (Reuters) -O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes disse nesta terça-feira que as prisões de envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília no domingo não são "colônia de férias" e que as instituições não vão "fraquejar", ao destacar que o Judiciário e a Polícia Federal vão punir todos os envolvidos.
"As instituições não são feitas de mármore, de cadeiras e mesas. Elas são feitas de pessoas, de coragem, de cumprimento da lei. Não achem, esses terroristas, que até domingo faziam baderna e crimes, e agora reclamam que estão presos, querendo que a prisão seja uma colônia de férias, não achem que as instituições irão fraquejar", afirmou Pacheco em discurso durante a posse do novo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.
Moraes disse que é preciso combater de forma firme "terroristas" e a atuação de pessoas antidemocráticas, que queriam dar um golpe e a implantação de um regime de exceção, segundo o ministro.
Segundo ele, a prisão de centenas de "baderneiros" envolvidos nos ataques é necessária para garantir a democracia e mostrar que não há "apaziguamento das instituições". O Ministério da Justiça registrou 209 prisões em flagrante no domingo, e mais de 1.200 pessoas que estavam em um acampamento bolsonarista em frente ao quartel-general do Exército em Brasília também foram detidas.
Essa foi a primeira manifestação pública de Moraes após a invasão e depredação dos prédios do Supremo, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto no domingo.
O ministro do STF --que é relator do inquérito dos atos antidemocráticos-- afirmou que as investigações vão descobrir quem praticou os atos, financiou e incentivou, seja por ação ou por omissão.
Após os violentos atos, Moraes já determinou uma série de medidas judiciais como o afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha, e a prisão de envolvidos nos atos.
Fontes do entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro disseram à Reuters que aumentou o temor no círculo próximo ao ex-chefe do Executivo de que ele seja alvo de uma ordem de prisão temporária depois dos ataques em Brasília.
(Reportagem de Ricardo BritoEdição de Flávia Marreiro e Pedro Fonseca)
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2023-01-27T18:11:28Z
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# Moraes diz que prisões não são colônia de férias para golpistas e que instituições não vão fraquejar
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), disse nesta terça-feira (10) que os vândalos que cometeram crimes no último domingo (8) em Brasília não são civilizados e não devem achar que as prisões são "colônias de férias".
A declaração foi dada durante discurso na posse do novo diretor-geral da PF (Polícia Federal), o delegado Andrei Augusto Passos Rodrigues.
"Não achem esses terroristas, que até domingo fizeram baderna e crimes e agora reclamam que estão presos querendo que a prisão seja uma colônia de férias, que as instituições irão fraquejar", disse Moraes.
O ministro acrescentou que as instituições "não são feitas só de mármore, de cadeiras, de mesas, mas de pessoas, de coragem, e de cumprimento da lei". Também disse não ser possível conversar com essas pessoas de forma civilizada.
"Essas pessoas não são civilizadas. Basta ver o que fizeram no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e, com muito mais raiva e ódio, no Supremo Tribunal Federal", declarou.
Moraes também disse que a operação para garantir a democracia (contra os atos golpistas) serve para mostrar que não há apaziguamento nas instituições brasileiras e que o contrário seria covardia.
"O Poder judiciário, o STF, tenho absoluta certeza, com o apoio dentro da legalidade, dentro da Constituição, da Polícia Federal, as instituições irão punir todos os responsáveis que praticaram os atos, os que planejaram, os que financiaram e os que incentivaram, por ação ou omissão, porque a democracia e irá prevalecer", afirmou.
Os atos golpistas promovidos pelo bolsonarismo radical no domingo reforçaram a posição institucional de Moraes, deixando, por outro lado, uma longa lista de políticos chamuscados em decorrência do episódio.
Relator de inquéritos que miram os núcleos golpistas do bolsonarismo, Moraes determinou ainda neste domingo o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), além da imediata desmontagem do acampamento antidemocrático em frente ao quartel-general do Exército, na capital federal.
Com isso, os bolsonaristas foram desalojados na segunda-feira (9), sendo que cerca de 1.000 devem ser indiciados pela Polícia Federal.
O problema se arrastava desde as eleições sob a conivência do Exército e do governo anterior, de Jair Bolsonaro (PL), e tampouco havia sido resolvido pela incipiente gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além de Moraes, participaram da cerimônia os ministros do governo Lula, Flávio Dino (Justiça), Wellignton Dias (Desenvolvimento Social), e Marina Silva (Meio Ambiente), Luiz Marinho (Trabalho), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e Vinicius Carvalho (Controladoria-Geral da República).
Durante a apresentação das autoridades presentes, o ministro Alexandre de Moraes foi muito aplaudido pela plateia formada, em sua maioria, por policiais federais.
Logo ao abrir sua fala, o novo diretor da PF citou a operação na segunda que prendeu cerca de 1.500 bolsonaristas que acampavam no Quartel General do Exército em Brasília é que participaram dos atos golpistas no domingo (8).
Segundo o novo diretor-geral, a ação foi a maior operação de polícia judiciária da história da PF.
Rodrigues também abordou os ataque à democracia e disseminação de desinformação e parabenizou a atuação do ministro Alexandre de Moraes.
Ele elogiou o trabalho desenvolvido pelo ministro Alexandre de Moraes e disse que o STF e TSE desempenharam papel essencial para a história do país durante os ataques bolsonaristas.
"Com muita coragem e determinação tem sido grande defensor da democracia neste país", disse o novo diretor sobre Moraes.
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2023-02-01T08:35:11Z
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https://br.noticias.yahoo.com/movimentos-sociais-e-usp-far%C3%A3o-234800753.html
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# Movimentos sociais e USP farão ato em defesa da democracia nesta 2ª
Após a invasão do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), integrantes das frentes Povo Sem Medo, Brasil Popular e outros movimentos sociais marcaram manifestações em defesa da democracia e pela punição dos golpistas envolvidos na invasão terrorista para amanhã (9).
Em São Paulo, a concentração está marcada para as 18h no vão livre do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), na Avenida Paulista. Os atos também devem ocorrer em outras cidades do país.
### Notícias relacionadas:
Ministros do STF classificam de “terroristas” os atos antidemocráticos.
O coordenador nacional do MTST e deputado federal, Guilherme Boulos (PSOL), disse que a tentativa de golpe deste domingo reforça “a necessidade de não se anistiar Bolsonaro e os demais gangsters golpistas". "Todos os terroristas envolvidos - quem financiou, participou, idealizou - devem ser punidos com o rigor da lei", disse o deputado.
## USP
A Reitoria e a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) também convocaram a sociedade para um ato em defesa da Democracia. O evento deverá ocorrer às 12h desta segunda-feira (9) no Largo do São Francisco.
Em nota divulgada neste domingo, a faculdade se manifestou contra os atos terroristas. “A Faculdade de Direito da USP, em seu inabalável e histórico compromisso com a Constituição e a Ordem Democrática, repudia, veementemente, os lamentáveis, criminosos e terroristas atos praticados por irresponsáveis contra o Estado de Direito e as Instituições da República”.
“A USP não aceita, não tolera e não admite agressões à democracia. Os arruaceiros fanáticos mancharam de vergonha a capital federal na data de hoje. Entidades do mundo todo, representantes de governos estrangeiros e instituições democráticas rechaçam a baderna e se solidarizam com o novo governo brasileiro, eleito e empossado legitimamente”, destacaram o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior e a vice-reitora da universidade, Maria Arminda do Nascimento Arruda.
## Carta
Em 11 de agosto do ano passado, um ato em defesa da democracia e do processo eleitoral reuniu lideranças políticas, intelectuais, empresários, sindicatos e artistas na Faculdade de Direito da USP.
Os participantes do ato leram a Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito!, documento articulado pela USP que coletou mais de 920 mil assinaturas pela internet. A leitura foi feita no Pátio das Arcadas, ainda dentro do prédio da faculdade.
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2023-01-29T01:35:18Z
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https://br.noticias.yahoo.com/opera%C3%A7%C3%A3o-da-pf-prende-bolsonaristas-102800196.html
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# Operação da PF prende bolsonaristas suspeitos de atuar em noite de vandalismo no DF
## Responsáveis poderão ser punidos na Justiça com base na Lei Antiterrorismo
A Polícia Federal começou na noite desta quarta-feira (28) as primeiras prisões de suspeitos de participação na tentativa de invasão ao prédio da corporação e nos atos de vandalismo que resultaram em incêndios a carros e ônibus em Brasília, no último dia 12.
Duas pessoas foram presas, uma no Rio e outra em Brasília, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
As medidas fazem parte de uma operação maior deflagrada na manhã desta quinta (29), com mais de 30 mandados a serem cumpridos, contando prisões e buscas e apreensões.
A operação foi nomeada como "Fuso a menos" e ocorre no DF e em mais sete estados: Pará, Tocantins, Ceará, Rio, São Paulo, Rondônia e Mato Grosso. A Polícia Civil do DF também participa da operação.
A presa em Brasília é identificada como Klio Hirano. Nas redes sociais, ela tem diversas postagens publicadas em acampamento em frente ao QG do Exército, onde manifestantes pedem uma intervenção das Forças Armadas para evitar a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ela ainda fez um vídeo em frente à sede da Polícia Federal no dia do vandalismo no DF. Na gravação, ela pede que "defensores da pátria" sigam ao local. "É hoje que a gente vai ter a GLO (Garantia da Lei e da Ordem) que a gente está tando procurando", diz.
Os ataques à sede da PF e a veículos estacionados nas ruas do entorno do prédio ocorreram naquela noite do dia 12 de dezembro após a prisão do indígena bolsonarista José Acácio Serere Xavante.
O vandalismo é parte da escalada de atos com discurso golpista patrocinados por apoiadores do ainda presidente da República.
O indígena foi preso após pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), que apontou sua participação no atos antidemocráticos na capital federal.
Os atos antidemocráticos que pedem um golpe militar e escalam em casos de violência pelo país têm sido atiçados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) desde a sua derrota para Lula no segundo turno das eleições.
A escalada da violência nesses atos liderados por bolsonaristas fez desmoronar o discurso público do presidente e de seus aliados, que destacavam as manifestações como ordeiras e pacíficas e buscavam associar protestos violentos a grupos de esquerda.
Com casos de violência que incluem agressões, sabotagem, saques, sequestro e tentativa de homicídio, as manifestações atingiram seu ponto crítico e acenderam o alerta das autoridades, que realizaram prisões e investigam até possível crime de terrorismo.
Os responsáveis poderão ser punidos na Justiça com base na Lei Antiterrorismo, legislação que os próprios bolsonaristas tentaram endurecer visando punir manifestantes de esquerda.
Um dos casos mais recentes de violência ocorreu na véspera de Natal, quando um homem foi preso suspeito de ter tentado explodir um caminhão de combustível, em Brasília. Outro caso foi esse no dia 12, horas após a diplomação de Lula.
## Veja casos de violência pelo país
**BRASÍLIA**
A Polícia Civil prendeu no sábado (24), véspera de Natal, um homem suspeito de ter tentado explodir um caminhão de combustível próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília. A Polícia Civil afirmou que o homem preso, identificado como George Sousa, se diz bolsonarista com atuação em atos na frente do quartel-general do Exército no DF.
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) tentaram invadir o prédio da Polícia Federal em Brasília. Após serem repelidos, os manifestantes foram para outras vias da cidade e atearam fogo em ao menos dois ônibus e em carros. Eles ainda depredaram postes de iluminação e tentaram derrubar um ônibus de um viaduto
**RONDÔNIA**
Parte da cidade de Ariquemes ficou sem água depois que manifestantes quebraram adutora com escavadeira. Ministério Público investiga se houve crime de terrorismo por sabotagem a serviço público essencial à população. Também houve ataque a caminhões com incêndio, depredação e saque. Em outras cidades, um caminhoneiro e um carro foram apedrejados
**PARÁ**
Manifestantes atiraram contra agentes da PRF em Novo Progresso. Ministério Público investiga se houve tentativa de homicídio qualificado e outros nove crimes
**MATO GROSSO**
Em Lucas do Rio Verde, Homens invadiram e incendiaram caminhões em base de uma concessionária. Em Sinop, dois caminhões foram atingidos por tiros. Dois caminhões-tanque foram incendiados e um funcionário de concessionária foi sequestrado
**SANTA CATARINA**
PRF apura ocorrências criminosas promovidas por baderneiros com métodos de grupos terroristas e black blocs. Houve bombas caseiras e rojões, além de pregos para furar pneus, pedradas e barricadas. Um homem é suspeito de associação criminosa, desobediência de ordem legal e outros crimes
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2023-02-04T17:57:20Z
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# Operação da PF prende bolsonaristas suspeitos de atuar em noite de vandalismo em Brasília
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal começou na tarde desta quarta-feira (28) as primeiras prisões de suspeitos de participação na tentativa de invasão ao prédio da corporação e nos atos de vandalismo que resultaram em incêndios a carros e ônibus em Brasília, no último dia 12.
Quatro pessoas já foram presas, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). A ação é resultado dos inquéritos abertos pela PF e pela Polícia Civil do Distrito Federal.
Um dos procurados é Alan Diego Rodrigues, suspeito de ter instalado uma bomba em um caminhão de combustíveis próximo ao aeroporto de Brasília no sábado (24).
As medidas fazem parte de uma operação maior deflagrada na manhã desta quinta (29), com um total de 11 mandados de prisão e 21 de busca e apreensão.
A operação ocorre no DF e em mais sete estados: Pará, Tocantins, Ceará, Rio, São Paulo, Rondônia e Mato Grosso. A Polícia Civil do DF também participa da operação, batizada de Nero.
A presa em Brasília é identificada como Klio Hirano. Nas redes sociais, ela tem diversas postagens publicadas em acampamento em frente ao QG do Exército, onde manifestantes pedem uma intervenção das Forças Armadas para evitar a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ela ainda fez um vídeo em frente à sede da Polícia Federal no dia do vandalismo no DF. Na gravação, ela pede que "defensores da pátria" sigam ao local. "É hoje que a gente vai ter a GLO (Garantia da Lei e da Ordem) que a gente está tando procurando", diz.
No Rio, a pessoa detida foi Átila Mello. Ele foi preso no município de São Gonçalo.
Os ataques à sede da PF e a veículos estacionados nas ruas do entorno do prédio ocorreram naquela noite do dia 12 de dezembro após a prisão do indígena bolsonarista José Acácio Serere Xavante.
O vandalismo é parte da escalada de atos com discurso golpista patrocinados por apoiadores do ainda presidente da República.
O indígena foi preso após pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), que apontou sua participação no atos antidemocráticos na capital federal.
Os atos antidemocráticos que pedem um golpe militar e escalam em casos de violência pelo país têm sido atiçados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) desde a sua derrota para Lula no segundo turno das eleições.
A escalada da violência nesses atos liderados por bolsonaristas fez desmoronar o discurso público do presidente e de seus aliados, que destacavam as manifestações como ordeiras e pacíficas e buscavam associar protestos violentos a grupos de esquerda.
Com casos de violência que incluem agressões, sabotagem, saques, sequestro e tentativa de homicídio, as manifestações atingiram seu ponto crítico e acenderam o alerta das autoridades, que realizaram prisões e investigam até possível crime de terrorismo.
Os responsáveis poderão ser punidos na Justiça com base na Lei Antiterrorismo, legislação que os próprios bolsonaristas tentaram endurecer visando punir manifestantes de esquerda.
Um dos casos mais recentes de violência ocorreu na véspera de Natal, quando um homem foi preso suspeito de ter tentado explodir um caminhão de combustível, em Brasília. Outro caso foi esse no dia 12, horas após a diplomação de Lula.
O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse nas redes sociais que as ações policiais em curso visam garantir o Estado de Direito, na dimensão fundamental da proteção à vida e ao patrimônio.
VEJA CASOS DE VIOLÊNCIA PELO PAÍS
BRASÍLIA
A Polícia Civil prendeu no sábado (24), véspera de Natal, um homem suspeito de ter tentado explodir um caminhão de combustível próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília. A Polícia Civil afirmou que o homem preso, identificado como George Sousa, se diz bolsonarista com atuação em atos na frente do quartel-general do Exército no DF.
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) tentaram invadir o prédio da Polícia Federal em Brasília. Após serem repelidos, os manifestantes foram para outras vias da cidade e atearam fogo em ao menos dois ônibus e em carros. Eles ainda depredaram postes de iluminação e tentaram derrubar um ônibus de um viaduto
RONDÔNIA
Parte da cidade de Ariquemes ficou sem água depois que manifestantes quebraram adutora com escavadeira. Ministério Público investiga se houve crime de terrorismo por sabotagem a serviço público essencial à população. Também houve ataque a caminhões com incêndio, depredação e saque. Em outras cidades, um caminhoneiro e um carro foram apedrejados
PARÁ
Manifestantes atiraram contra agentes da PRF em Novo Progresso. Ministério Público investiga se houve tentativa de homicídio qualificado e outros nove crimes
MATO GROSSO
Em Lucas do Rio Verde, Homens invadiram e incendiaram caminhões em base de uma concessionária. Em Sinop, dois caminhões foram atingidos por tiros. Dois caminhões-tanque foram incendiados e um funcionário de concessionária foi sequestrado
SANTA CATARINA
PRF apura ocorrências criminosas promovidas por baderneiros com métodos de grupos terroristas e black blocs. Houve bombas caseiras e rojões, além de pregos para furar pneus, pedradas e barricadas. Um homem é suspeito de associação criminosa, desobediência de ordem legal e outros crimes
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2023-02-02T13:44:01Z
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# Partidos variam entre silêncio e expulsão de filiados envolvidos nos ataques
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Partidos com filiados suspeitos de participação nos ataques em Brasília no domingo (8) variam do silêncio sobre providências à decisão de expulsar sumariamente membros com envolvimento no atentado antidemocrático. Alguns dos citados foram candidatos ou eleitos para cargos públicos.
A reportagem questionou a assessoria de legendas que têm integrantes associados ao quebra-quebra, como PL partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, PP e Podemos. Também há indícios da atuação de integrantes do PSD, do Republicanos e do Cidadania, siglas que já anunciaram o expurgo dos golpistas.
O PSD, presidido por Gilberto Kassab, divulgou nesta terça-feira (10) uma resolução da comissão executiva nacional, elaborada em reação ao levante, que prevê a saída imediata de quem teve relação com a selvageria antidemocrática.
O PL, que tem deputados eleitos entre os suspeitos de comparecerem ou darem apoio à invasão, não anunciou se tomará medidas contra os filiados. A assessoria disse estar esperando uma posição do partido para se manifestar. O presidente Valdemar Costa Neto afirmou em vídeo no domingo que o movimento "é uma vergonha para todos nós" e não representa o PL nem Bolsonaro.
O líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes (RJ), afirmou ao jornal O Globo na segunda (9) que o partido deveria expulsar sumariamente todos os filiados que fizeram parte dos ataques.
A deputada federal eleita Silvia Waiãpi (PL-AP) foi apontada como uma das manifestantes da multidão e entrou na mira de parlamentares que pretendem denunciá-la ao Conselho de Ética da Câmara.
Waiãpi, que foi procurada pela reportagem e não respondeu, postou um vídeo em suas redes sociais filmado de cima do teto do Congresso durante a depredação e vários comentários favoráveis à ação, descrita como "tomada de poder do povo brasileiro insatisfeito com o governo vermelho". Depois, apagou tudo.
Outros nomes ligados ao partido, como Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Leo Índio que é sobrinho do ex-presidente e concorreu a deputado distrital em 2022, e a presidente do diretório da sigla em Montes Claros (MG), Aline Bastos, também estavam em Brasília.
Há ainda casos de filiados de estados do Nordeste, de Minas Gerais e de Goiás que se somaram de alguma maneira às ações terroristas, alguns deles com mandato, como o deputado estadual Sargento Rodrigues (MG).
O PP, outro partido com integrantes suspeitos de atuação direta ou indireta no protesto violento, também está em silêncio sobre eventuais punições. Procurada via assessoria, a legenda não informou como procederá em relação aos casos. No domingo, em nota, afirmou "repudiar veementemente" os atos, qualificando-os como inaceitáveis em um regime democrático.
Lucivânia Pinheiro Barbosa, que concorreu a deputada estadual pelo PP em São Paulo, postou vídeos durante a ação violenta dentro do Palácio do Planalto. Nas imagens, uma voz feminina fazia elogios à ocupação e relatava que forças policiais tinham facilitado a entrada dos baderneiros.
Há ainda o caso de Clarissa Tércio, eleita deputada federal em Pernambuco, e do marido dela, Pastor Júnior Tércio, também do PP, que é vereador do Recife e deputado estadual eleito. Eles compartilharam vídeo em que uma invasora exaltava o ataque ao Congresso.
Mesmo com a repercussão, os dois mantiveram a postagem no ar, mas editaram a legenda para incluir a mensagem de que são "totalmente contra qualquer ato de violência, vandalismo ou destruição do patrimônio público que venha a ameaçar a nossa democracia".
Outras pessoas ligadas à legenda, como um ex-candidato a vereador e um suplente de vereador, ambos de cidades no Rio Grande do Sul, publicaram em redes sociais sua presença na tarde de vandalismo em Brasília, com mensagens de estímulo ao movimento.
No caso do Podemos, os exemplos apontados são de pessoas que eram filiadas ao PSC, sigla recentemente incorporada pelo partido.
Pâmela Bório, que concorreu pelo PSC a deputada federal pela Paraíba em 2022 e terminou a eleição como suplente, virou um dos alvos de pedidos de investigação enviados ao STF (Supremo Tribunal Federal) pelo PT e pelo PSOL. As representações também miram deputados eleitos do PL e do PP.
Ex-primeira-dama da Paraíba, Pâmela mostrou em suas próprias redes sociais que estava com a horda que atacou os prédios públicos na capital federal. Em nota, ela negou apoiar atos de terrorismo e vandalismo e disse que acompanhou os eventos para uma cobertura na condição de jornalista.
Secretário de comunicação do Podemos, Marcus Deois disse à reportagem que a executiva nacional ainda não deliberou sobre medidas a serem tomadas. O partido emitiu nota no domingo em que repudia a violência dos atos criminosos e diz não compactuar com ações que atentem contra a democracia.
"Acompanharemos de perto a apuração pelas autoridades responsáveis, para que tomem as medidas necessárias para conter imediatamente tais atos, bem como identificar e punir seus responsáveis", diz o texto assinado pela presidente do Podemos, deputada federal Renata Abreu (SP).
Segundo uma fonte da legenda, uma das hipóteses em análise é esperar a conclusão das investigações oficiais, com a identificação dos autores, para depois decidir sobre expulsão ou outras sanções.
EXPULSÃO SUMÁRIA
O documento do PSD publicado nesta terça determina a expulsão de filiados que atentarem contra o Estado democrático de Direito, "especialmente com o dolo de se insurgir contra o resultado das eleições ocorridas em 2022 de modo violento, criminoso e contrário à transferência pacífica de poder".
A resolução prevê que a exclusão cabe ao presidente Kassab, que é o atual secretário estadual de Governo da administração Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo, ou a alguém designado pelo dirigente.
Ao menos um filiado do PSD é vinculado ao ato golpista. Alberto Habib, que concorreu a vereador em São Pedro da Aldeia (RJ) em 2020, foi mencionado como parte de uma caravana para Brasília no fim de semana. Antes mesmo da orientação nacional, a direção local da sigla já havia o desligado.
O Republicanos expulsou nesta terça o dono de um dos ônibus que transportaram manifestantes para a cidade, o empresário Maurício Nogueira, da região de Franca (SP). Ele foi candidato pela sigla a deputado estadual no ano passado e é próximo da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).
Nota do presidente estadual do partido, Sergio Fontellas, diz que "filiados que, eventualmente, sejam identificados pela Justiça como participantes ou financiadores dos atos antidemocráticos serão penalizados com a desfiliação do partido".
O Cidadania também quer a expulsão de um integrante que esteve com a família na mobilização de domingo. Vereador pelo partido em Betim (MG), Gilson Sousa de Carvalho, o Gilson da Autoescola, postou vídeo de sua presença na Esplanada dos Ministérios.
Depois, ele apagou o conteúdo, disse que esperava ser uma manifestação "pacífica e democrática" e se declarou contra as ações com violência e quebradeira, que chamou de inadmissíveis.
O comando nacional do partido pediu ao diretório municipal a expulsão do vereador. O presidente Roberto Freire escreveu em ofício que a manutenção do vereador nos quadros "gera dano de imagem irreparável ao partido" e "contraria frontalmente" os princípios do Cidadania.
A ordem é para que casos semelhantes sejam analisados com o mesmo rigor. "Tal comportamento contraria não apenas o estatuto, o programa e o código de ética do partido, mas qualquer atividade pública, as leis e a Constituição", afirmou Freire.
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2023-01-26T21:22:55Z
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# Partidos variam entre silêncio e expulsão de filiados envolvidos nos ataques
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Partidos com filiados suspeitos de participação nos ataques em Brasília no domingo (8) variam do silêncio sobre providências à decisão de expulsar sumariamente membros com envolvimento no atentado antidemocrático. Alguns dos citados foram candidatos ou eleitos para cargos públicos.
A Folha de S.Paulo questionou a assessoria de legendas que têm integrantes associados ao quebra-quebra, como PL --partido do ex-presidente Jair Bolsonaro-, PP e Podemos. Também há indícios da atuação de integrantes do PSD, do Republicanos e do Cidadania, siglas que já anunciaram o expurgo dos golpistas.
O PSD, presidido por Gilberto Kassab, divulgou nesta terça-feira (10) uma resolução da comissão executiva nacional, elaborada em reação ao levante, que prevê a saída imediata de quem teve relação com a selvageria antidemocrática.
O PL, que tem deputados eleitos entre os suspeitos de comparecerem ou darem apoio à invasão, não anunciou se tomará medidas contra os filiados. A assessoria disse estar esperando uma posição do partido para se manifestar. O presidente Valdemar Costa Neto afirmou em vídeo no domingo que o movimento "é uma vergonha para todos nós" e não representa o PL nem Bolsonaro.
O líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes (RJ), afirmou ao jornal O Globo na segunda (9) que o partido deveria expulsar sumariamente todos os filiados que fizeram parte dos ataques.
A deputada federal eleita Silvia Waiãpi (PL-AP) foi apontada como uma das manifestantes da multidão e entrou na mira de parlamentares que pretendem denunciá-la ao Conselho de Ética da Câmara.
Waiãpi, que foi procurada pela Folha e não respondeu, postou um vídeo em suas redes sociais filmado de cima do teto do Congresso durante a depredação e vários comentários favoráveis à ação, descrita como "tomada de poder do povo brasileiro insatisfeito com o governo vermelho". Depois, apagou tudo.
Outros nomes ligados ao partido, como Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Leo Índio -que é sobrinho do ex-presidente e concorreu a deputado distrital em 2022-, e a presidente do diretório da sigla em Montes Claros (MG), Aline Bastos, também estavam em Brasília.
Há ainda casos de filiados de estados do Nordeste, de Minas Gerais e de Goiás que se somaram de alguma maneira às ações terroristas, alguns deles com mandato, como o deputado estadual Sargento Rodrigues (MG).
O PP, outro partido com integrantes suspeitos de atuação direta ou indireta no protesto violento, também está em silêncio sobre eventuais punições. Procurada via assessoria, a legenda não informou como procederá em relação aos casos. No domingo, em nota, afirmou "repudiar veementemente" os atos, qualificando-os como inaceitáveis em um regime democrático.
Lucivânia Pinheiro Barbosa, que concorreu a deputada estadual pelo PP em São Paulo, postou vídeos durante a ação violenta dentro do Palácio do Planalto. Nas imagens, uma voz feminina fazia elogios à ocupação e relatava que forças policiais tinham facilitado a entrada dos baderneiros.
Há ainda o caso de Clarissa Tércio, eleita deputada federal em Pernambuco, e do marido dela, Pastor Júnior Tércio, também do PP, que é vereador do Recife e deputado estadual eleito. Eles compartilharam vídeo em que uma invasora exaltava o ataque ao Congresso.
Mesmo com a repercussão, os dois mantiveram a postagem no ar, mas editaram a legenda para incluir a mensagem de que são "totalmente contra qualquer ato de violência, vandalismo ou destruição do patrimônio público que venha a ameaçar a nossa democracia".
Outras pessoas ligadas à legenda, como um ex-candidato a vereador e um suplente de vereador, ambos de cidades no Rio Grande do Sul, publicaram em redes sociais sua presença na tarde de vandalismo em Brasília, com mensagens de estímulo ao movimento.
No caso do Podemos, os exemplos apontados são de pessoas que eram filiadas ao PSC, sigla recentemente incorporada pelo partido.
Pâmela Bório, que concorreu pelo PSC a deputada federal pela Paraíba em 2022 e terminou a eleição como suplente, virou um dos alvos de pedidos de investigação enviados ao STF (Supremo Tribunal Federal) pelo PT e pelo PSOL. As representações também miram deputados eleitos do PL e do PP.
Ex-primeira-dama da Paraíba, Pâmela mostrou em suas próprias redes sociais que estava com a horda que atacou os prédios públicos na capital federal. Em nota, ela negou apoiar atos de terrorismo e vandalismo e disse que acompanhou os eventos para uma cobertura na condição de jornalista.
Secretário de comunicação do Podemos, Marcus Deois disse à Folha que a executiva nacional ainda não deliberou sobre medidas a serem tomadas. O partido emitiu nota no domingo em que repudia a violência dos atos criminosos e diz não compactuar com ações que atentem contra a democracia.
"Acompanharemos de perto a apuração pelas autoridades responsáveis, para que tomem as medidas necessárias para conter imediatamente tais atos, bem como identificar e punir seus responsáveis", diz o texto assinado pela presidente do Podemos, deputada federal Renata Abreu (SP).
Segundo uma fonte da legenda, uma das hipóteses em análise é esperar a conclusão das investigações oficiais, com a identificação dos autores, para depois decidir sobre expulsão ou outras sanções.
EXPULSÃO SUMÁRIA
O documento do PSD publicado nesta terça determina a expulsão de filiados que atentarem contra o Estado democrático de Direito, "especialmente com o dolo de se insurgir contra o resultado das eleições ocorridas em 2022 de modo violento, criminoso e contrário à transferência pacífica de poder".
A resolução prevê que a exclusão cabe ao presidente Kassab, que é o atual secretário estadual de Governo da administração Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo, ou a alguém designado pelo dirigente.
Ao menos um filiado do PSD é vinculado ao ato golpista. Alberto Habib, que concorreu a vereador em São Pedro da Aldeia (RJ) em 2020, foi mencionado como parte de uma caravana para Brasília no fim de semana. Antes mesmo da orientação nacional, a direção local da sigla já havia o desligado.
O Republicanos expulsou nesta terça o dono de um dos ônibus que transportaram manifestantes para a cidade, o empresário Maurício Nogueira, da região de Franca (SP). Nota da executiva paulista sobre o caso diz que "o partido deverá expulsar todos os filiados que forem identificados que tenham participado da destruição e que excederam a manifestação democrática pacífica".
Nogueira, que foi candidato pela sigla a deputado estadual no ano passado, é próximo da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). O presidente do Republicanos, Marcos Pereira, disse que a agremiação repudia "qualquer manifestação que ultrapasse os limites democráticos, seja ela da direita ou da esquerda".
O Cidadania também quer a expulsão de um integrante que esteve com a família na mobilização de domingo. Vereador pelo partido em Betim (MG), Gilson Sousa de Carvalho, o Gilson da Autoescola, postou vídeo de sua presença na Esplanada dos Ministérios.
Depois, ele apagou o conteúdo, disse que esperava ser uma manifestação "pacífica e democrática" e se declarou contra as ações com violência e quebradeira, que chamou de inadmissíveis.
O comando nacional do partido pediu ao diretório municipal a expulsão do vereador. O presidente Roberto Freire escreveu em ofício que a manutenção do vereador nos quadros "gera dano de imagem irreparável ao partido" e "contraria frontalmente" os princípios do Cidadania.
A ordem é para que casos semelhantes sejam analisados com o mesmo rigor. "Tal comportamento contraria não apenas o estatuto, o programa e o código de ética do partido, mas qualquer atividade pública, as leis e a Constituição", afirmou Freire.
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2023-02-04T05:06:59Z
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https://br.noticias.yahoo.com/pastores-que-apoiaram-bolsonaro-condenam-111500131.html
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# Pastores que apoiaram Bolsonaro condenam vandalismo em Brasília; Malafaia diverge
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - "Máscara, vinagre, óculos de natação... E Deus será nosso escudo", escreveu a pastora Mari Santos, uma pastora manauense que não só participou do vandalismo que tomou Brasília no domingo (8), como postou cada passo seu numa rede social.
Naquele momento, Santos saía do quartel-general da capital rumo à Esplanada dos Ministérios, de onde horas depois viria uma resposta policial, com bombas de efeito moral, que exigiria o uso do "kit-protesto".
O cantor gospel Salomão Vieira já havia aparecido em vídeo convocando o que chamou de patriotas para estar no Distrito Federal neste fim de semana.
Ana Marita Terra Nova, casada com uma das maiores lideranças evangélicas do país, o apóstolo Renê Terra Nova, reproduziu em suas redes um chamado para ação. "Dois meses nos quartéis: valeu muito, sim! Agora... É parar e dizer mesmo: intervenção militar!", dizia a mensagem que compartilhou na véspera da tentativa de golpe.
O portal Fuxico Gospel descreveu cenas de fiéis entoando louvores durante o protesto que depredou prédios dos Três Poderes. Houve quem evocasse a Batalha de Jericó, quando israelitas, na força do brado popular, derrubaram a muralha local.
A tarde golpista, contudo, mais serviu para erguer muros entre líderes evangélicos que em 2022 se alinharam em prol de Jair Bolsonaro (PL). A união vista durante a campanha eleitoral se espatifou quando uma parte desses pastores condenou os atos, e a outra evitou palavras mais duras e equiparou a barafunda bolsonarista a invasões prévias conduzidas por grupos à esquerda. Silas Malafaia é a voz mais perfurante dessa ala.
O apóstolo Estevam Hernandes, à frente da Renascer em Cristo e da Marcha para Jesus, não gostou do que viu. Disse à Folha repudiar "essa forma grotesca e antidemocrática" de protestar, "porque Deus nos deu a paz de Cristo".
"A manifestação somente é legítima quando é pacífica. Fora isso, torna-se o vandalismo que estamos presenciando. Minha oração é que Deus tenha misericórdia do Brasil."
Depois, durante um culto na noite de domingo, disse em púlpito que "esse não é o caminho da democracia, não é o caminho da vontade de Deus".
"Infelizmente as pessoas radicalizam e esquecem que só existe um caminho, que é o da oração", pregou. "Oramos para que Deus interfira segundo a sua vontade. Nós repudiamos completamente o que está acontecendo hoje em Brasília."
Apóstolo da igreja Fonte da Vida e, como Hernandes, presente em atos de campanha de Bolsonaro, César Augusto também desaprovou a trama antidemocrática.
"Como pastor, sacerdote e ministro do Evangelho, não posso aceitar nenhum tipo de ação de violência, em hipótese alguma", disse.
Agora é hora, segundo Augusto, de "pensar muito antes de falar, para não incendiar o que já está pegando fogo". Uma boa oportunidade para "pessoas que sabem valorizar o diálogo, que pensam na nação, não pensam nas ideologias, entrarem em cena e apaziguarem o país".
Já Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, falou em "manifestação do povo" e criticou o que enxerga como "dois pesos e duas medidas" no tratamento dado a manifestações bolsonaristas e de movimentos da esquerda.
"Cansei de ver o MST invadir prédio público e ficar acampado dois, três dias. A militância do PT pode fazer isso, e ninguém diz que é ato antidemocrático. Que conversa é essa? Ou será que nós estamos em que planeta? Em que país nós estamos? Ou será que o povo, a imprensa, os políticos têm amnésia?"
Estamos falando, afirmou o pastor ao jornal, de uma "manifestação do povo".
"E aí? Usa dois pesos, duas medidas? Quando é a cambada de esquerda, é ato de livre manifestação. Quando são os outros, é ato antidemocrático? Isso é uma vergonha."
Mais tarde, em vídeo, Malafaia listou tentativas de invasão do Movimento dos Sem Terra, como uma empreendida contra o Supremo Tribunal Federal em 2014, que deixou policiais feridos.
Emendou dizendo que foi "contra quebra-quebra de petistas" e continua "contra quebra-quebra" em geral. E vaticinou: "Não brinque nem massacre com o povo, que tem revolta popular".
Presidente da bancada evangélica e membro da mesma Vitória em Cristo, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) usou estratégia similar de comparar protestos distintos.
Postou na internet montagem com uma foto de manifestantes ocupando a cobertura do Congresso nos protestos de 2013, que começaram na esquerda e resvalaram para uma miscelânea ideológica, e o ato deste domingo, que devastou várias áreas internas do Executivo, do Judiciário e do Legislativo.
"Na democracia TODA manifestação tem um recado claro", disse. "O que é inaceitável é a violência e depredação do patrimônio público, não compactuo com esses atos! Que a ordem seja retomada."
A reprovação veio escoltada por uma crítica a Lula. "Ver um descondenado virar presidente causa revolta!!! Deus tenha misericórdia do Brasil!"
Outra ponta de lança do bolsonarismo nas igrejas, o deputado federal e pastor Marco Feliciano (PL-SP) afirmou ver como legítima "a revolta popular, que é quando um grupo de pessoas se organizam para protestar". Mas as depredações provocadas por "ânimos acirrados" ultrapassaram o sinal, segundo ele.
"Por causa delas, os manifestantes serão chamados de baderneiros e criminosos. O que vem a seguir será uma repressão sem limites."
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2023-02-02T21:23:44Z
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# PF busca bolsonarista investigado por ato terrorista e ataque à sede da polícia
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Um dos alvos da Polícia Federal nesta quinta (29) é o bolsonarista Alan Diego Rodrigues, suspeito de ter instalado uma bomba em um caminhão de combustíveis estacionado próximo ao Aeroporto de Brasília no dia 24 de dezembro.
Antes do ato de terrorismo com a bomba, Alan Diego já tinha sido identificado como um dos que teriam participado da tentativa de invasão ao prédio da corporação e realizado incêndios em veículos no dia 12 de dezembro. Ele é procurado, então, por envolvimento nos dois casos.
A operação desta quinta-feira é contra suspeitos de atuar na noite de vandalismo no DF.
O primeiro pedido de prisão contra Alan Diego, o que tem a ver com a ação desta manhã, foi feito um dia antes da tentativa de explosão do caminhão.
Após a prisão do bolsonarista George Washington por envolvimento no caso da bomba, o nome de Alan Diego veio à tona. George confessou envolvimento no atentado em depoimento à Polícia Civil e disse que o colega atuou também no ato terrorista sendo a pessoa que instalou o explosivo no caminhão.
"Eu entreguei o artefato a Alan e insisti que ele instalasse em um poste de energia para interromper o fornecimento de eletricidade, não concordei com a ideia de explodir no estacionamento do aeroporto. Porém, eu soube pela TV que a polícia tinha apreendido uma bomba no aeroporto e que o Alan não tinha seguido o plano original", disse George em sua oitiva.
Desde então, Alan Diego passou a ser procurado pelos investigadores por envolvimento com a bomba.
A tentativa de atentado e escalada de violência praticada pelos bolsonaristas inconformados com o resultado das eleições desencadeou uma série de reações. Entre elas, o reforço na segurança do presidente eleito Lula (PT) e da cerimônia para sua posse no domingo (1º).
George confirmou em depoimento à Polícia Civil ter planejado com manifestante do QG do Exército o uso de explosivos para "dar início ao caos" que levaria à "decretação do estado de sítio no país", o que poderia "provocar a intervenção das Forças Armadas".
O bolsonarista disse ser gerente de um posto de gasolina no Pará. Alvo de busca de apreensão, ele também foi detido por causa do arsenal de armas encontrado pela polícia. Além de mais explosivos, foram encontradas diversas armas, entre elas um fuzil, e munições.
Os atos antidemocráticos que pedem um golpe militar e escalam em casos de violência pelo país têm sido atiçados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) desde a sua derrota para Lula no segundo turno das eleições.
A escalada da violência nesses atos liderados por bolsonaristas fez desmoronar o discurso público do presidente e de seus aliados, que destacavam as manifestações como ordeiras e pacíficas e buscavam associar protestos violentos a grupos de esquerda.
Com casos de violência que incluem agressões, sabotagem, saques, sequestro e tentativa de homicídio, as manifestações atingiram seu ponto crítico e acenderam o alerta das autoridades, que realizaram prisões e investigam até possível crime de terrorismo.
Os responsáveis poderão ser punidos na Justiça com base na Lei Antiterrorismo, legislação que os próprios bolsonaristas tentaram endurecer visando punir manifestantes de esquerda.
VEJA CASOS DE VIOLÊNCIA PELO PAÍS
BRASÍLIA
A Polícia Civil prendeu no sábado (24), véspera de Natal, um homem suspeito de ter tentado explodir um caminhão de combustível próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília. A Polícia Civil afirmou que o homem preso, identificado como George Sousa, se diz bolsonarista com atuação em atos na frente do quartel-general do Exército no DF.
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) tentaram invadir o prédio da Polícia Federal em Brasília. Após serem repelidos, os manifestantes foram para outras vias da cidade e atearam fogo em ao menos dois ônibus e em carros. Eles ainda depredaram postes de iluminação e tentaram derrubar um ônibus de um viaduto
RONDÔNIA
Parte da cidade de Ariquemes ficou sem água depois que manifestantes quebraram adutora com escavadeira. Ministério Público investiga se houve crime de terrorismo por sabotagem a serviço público essencial à população. Também houve ataque a caminhões com incêndio, depredação e saque. Em outras cidades, um caminhoneiro e um carro foram apedrejados
PARÁ
Manifestantes atiraram contra agentes da PRF em Novo Progresso. Ministério Público investiga se houve tentativa de homicídio qualificado e outros nove crimes
MATO GROSSO
Em Lucas do Rio Verde, Homens invadiram e incendiaram caminhões em base de uma concessionária. Em Sinop, dois caminhões foram atingidos por tiros. Dois caminhões-tanque foram incendiados e um funcionário de concessionária foi sequestrado
SANTA CATARINA
PRF apura ocorrências criminosas promovidas por baderneiros com métodos de grupos terroristas e black blocs. Houve bombas caseiras e rojões, além de pregos para furar pneus, pedradas e barricadas. Um homem é suspeito de associação criminosa, desobediência de ordem legal e outros crimes
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2023-02-05T23:14:17Z
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# PF manda 727 para prisão após ataques; Moraes diz que "terroristas" não devem esperar "colônia de férias"
Por Leonardo Benassatto
BRASÍLIA (Reuters) - A Polícia Federal encaminhou 727 pessoas para a prisão das mais de 1.500 detidas por envolvimento nos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília no domingo, em cumprimento a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para punir manifestantes radicais chamados de "terroristas" pelo ministro da corte Alexandre de Moraes.
Segundo nota da PF, outros 599 detidos por envolvimento nos atos antidemocráticos foram liberadas por questões humanitárias, em geral idosos, pessoas com problemas de saúde, em situação de rua e mães acompanhadas de crianças.
Parte dos bolsonaristas radicais foram detidos já no domingo e os demais na segunda-feira, quando soldados da tropa de choque da polícia do Distrito Federal desmantelaram um acampamento em frente ao quartel-general do Exército na capital federal, de onde os manifestantes partiram antes de invadir o Congresso, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto.
Os manifestantes pediam um golpe militar para anular o resultado da eleição de outubro, na qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva derrotou o ex-presidente Jair Bolsonaro, depois de o candidato à reeleição difundir teorias infundadas sobre uma suposta fraude e se recusar a aceitar cabalmente a vitória do adversário.
O ministro Alexandre de Moraes, que está conduzindo as investigações dos protestos antidemocráticos, prometeu em um discurso nesta terça-feira combater os "terroristas" em ação em Brasília.
"Dentro da legalidade, as instituições irão punir todos os responsáveis, todos. Aqueles que praticaram os atos, aqueles que planejaram os atos, aqueles que financiaram os atos e aqueles que incentivaram, por ação ou omissão. Porque a democracia irá prevalecer", disse Moraes na posse do novo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
As mais de 1.500 pessoas detidas para interrogatório foram levadas inicialmente para um ginásio da PF onde dormiram no chão, algumas cobertas por bandeiras do Brasil, e reclamaram a um jornalista da Reuters que estavam detidas indefinidamente e mal alimentados. Eles cantavam e tiravam selfies com seus telefones, mostrou um vídeo postado nas redes sociais.
Moraes afirmou em seu discurso que "terroristas, que até domingo faziam baderna e crimes, e agora reclamam que estão presos, querendo que a prisão seja uma colônia de férias, não achem que as instituições irão fraquejar".
De acordo com a PF, os detidos foram submetidos aos procedimentos de polícia judiciária.
"Após os trâmites realizados pela Polícia Federal, os presos estão sendo apresentados à Polícia Civil do DF, responsável pelo encaminhamento dos detidos ao Instituto Médico Legal e, posteriormente, ao sistema prisional", afirmou.
Todos estão recebendo café da manhã, almoço, lanche e jantar, assim como hidratação e atendimento médico quando necessário, acrescentou a corporação.
A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape/DF) informou que as pessoas presas estão sendo transferidas para o Centro de Detenção Provisória II e a Penitenciária Feminina do Distrito Federal.
O Ministério da Justiça também afirma ter recebido mais de 50.000 denúncias em um portal criado para que membros da sociedade civil possam denunciar participantes dos protestos violentos em Brasília. O canal de denúncias recebeu e-mails com links de páginas de redes sociais, vídeos, anexos e informações sobre invasores e apoiadores.
A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu a Moraes que determinasse às operadoras de telefonia móvel o armazenamento, pelo prazo de 90 dias, dos registros de conexão para determinar geolocalização de usuários nas imediações da Praça dos Três Poderes e no QG do Exército durante os ataques.
Lula se reuniu na noite de segunda-feira com a presidente do STF, Rosa Weber, parlamentares e governadores de Estado em uma demonstração de união nacional para condenar os distúrbios. Eles visitaram o edifício do STF, que foi o local mais danificado pelos manifestantes bolsonaristas.
"Eles querem golpe, e golpe não vai ter", disse Lula, diante de governadores e representantes de 26 Estados e do Distrito Federal, ministros do Supremo, presidentes da Câmara e do Senado em exercício e do procurador-geral da República.
Enquanto isso, Bolsonaro foi internado na segunda-feira em um hospital na Flórida, para onde voou 48 horas antes do fim de seu mandato. Ele disse à CNN Brasil que iria interromper sua estadia lá devido a problemas médicos e retornar ao Brasil antes do final do mês.
(Reportagem adicional de Lisandra Paraguassu e Anthony Boadle, em Brasília, e Fernando Cardoso, em São Paulo; Edição de Pedro Fonseca e Alexandre Caverni)
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2023-01-31T07:28:15Z
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# Prejuízo no DF levará dias para ser calculado e só no Senado deve passar de R$ 3 milhões
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Um dia após as invasões golpistas na Esplanada, peritos passaram a segunda-feira (9) analisando os danos provocados por vândalos no Palácio do Planalto, no STF (Supremo Tribunal Federal) e no Congresso. O prejuízo ainda deve levar dias para ser calculado.
Vidros quebrados, lixo e centenas de garrafas de água vazias espalhados pelo chão, alagamento, mobiliários avariados e virados de ponta-cabeça, documentos rasgados, obras de artes danificadas, fios arrancados, TVs quebradas, maquinário depredado e outras marcas da grande baderna contrastavam com o sumiço de diversos objetos históricos saqueados.
No Congresso, os vândalos fizeram estragos nas dependências tanto do Senado como da Câmara, onde os ataques se concentraram nas lideranças de PT, PSDB e MDB.
A liderança petista é citada por pessoas que fizeram a vistoria como o local mais danificado do Congresso. Os vândalos queimaram quadros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), bandeiras do partido e destruíram fornos de micro-ondas, impressoras e computadores, além de portas e janelas de vidro.
Houve roubos inclusive de presentes de autoridades estrangeiras em visita ao Legislativo brasileiro. Eles estavam expostos em uma prateleira no Salão Verde, que foi destruída e saqueada.
Uma bola autografada pelo atacante da seleção brasileira Neymar está entre os itens roubados neste domingo. De acordo com técnicos da Câmara, o item estava em uma exposição alusiva à Copa do Mundo de 2022, no Qatar.
Trechos de carpete no Salão Verde foram furados, queimados ou danificados pela água. Importantes obras de arte da cultura brasileira foram avariadas. A obra "Bailarina", de Victor Brecheret, foi descolada da base. O "Muro Escultórico", de Athos Bulcão, foi perfurado na base.
O levantamento final dos danos no espaço físico do prédio principal da Câmara só será concluído quando a perícia policial e a limpeza forem finalizadas.
No Senado, o prejuízo já é inicialmente estimado entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões --só a troca e a reposição dos vidros deve custar mais de R$ 1 milhão. A diretora-geral da Casa, Ilana Trombka, afirmou que será preciso trocar todo o carpete do Salão Azul, que foi encharcado pelos vândalos.
Os invasores urinaram em uma tapeçaria de Burle Marx que estava exposta, danificaram um tinteiro de bronze da época do Império, um quadro de 1890 que retrata a assinatura da Constituição, e uma mesa do Palácio Monroe, onde funcionou a segunda sede do Senado, no Rio de Janeiro.
"A gente tem um quadro de 1890 que retrata a assinatura da Constituição. Eles se penduraram no quadro, fazendo com que a parte debaixo ficasse solta. É uma peça que tem valor incalculável", disse Trombka.
A escultura "Painel Vermelho", de Athos Bulcão, também sofreu avarias. Segundo servidores responsáveis pela área de preservação do Senado, 20 ml da tinta usada para restauração da obra custam em torno de R$ 800.
Os golpistas também danificaram cinco pinturas de ex-presidentes do Senado: duas de Renan Calheiros (MDB-AL), uma de Ramez Tebet (MDB-MS) --pai da ministra e senadora Simone Tebet (MDB-MS)-- e outro de José Sarney (MDB-MA). Os quadros foram pintados pelo artista plástico Urbano Villela.
O grupo depredou a antessala do presidente do Senado, mas não conseguiu entrar no gabinete. Os vândalos só conseguiram entrar na área privativa do gabinete do senador José Serra (PSDB-SP), que fica perto do plenário.
O prédio do STF, o mais depredado pelos golpistas, passou por perícia externa e interna, inclusive com uso de drones. Os ataques se concentraram na sede, que ficou interditada. Segundo a instituição, os anexos 1 e 2 não foram alvos dos vândalos. Agora, a corte vai compilar os danos e calcular os prejuízos.
No STF, os golpistas depredaram a porta do armário do ministro Alexandre de Moraes. Uma foto e vídeos da porta viralizaram entre grupos bolsonaristas nas redes sociais, além de imagens de vandalismo e destruição de outros itens da corte, como um crucifixo, a cadeira da presidente do STF, Rosa Weber, assinada pelo designer Jorge Zalszupin, e a escultura "A Justiça", feita por Alfredo Ceschiatti e que fica em frente ao tribunal.
A porta principal do Supremo foi completamente quebrada, o plenário teve cadeiras arrancadas e foi totalmente revirado. Também foram destruídos salas e escritórios que ficam no andar superior ao plenário, inclusive o Salão Nobre, que abrigava móveis centenários, obras de arte e presentes estrangeiros dados à corte.
Os gabinetes dos ministros, porém, não foram invadidos.
O Palácio do Planalto também passou por perícia e varredura, em especial porque o presidente Lula despachou do seu gabinete --que, por ser blindado, não foi depredado.
O ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, afirmou que os vândalos levaram armas, discos rígidos de computador (HDs) e documentos. De acordo com ele, há sangue, urina e fezes, o que facilitaria a identificação dos criminosos.
A maior parte das janelas externas do Planalto foram quebradas, mangueiras de incêndio e extintores foram usados para alagar o local e a galeria com as fotos dos ex-presidentes da República foi arrancada da parede, rasgada e jogada no chão.
Gavetas da recepção foram reviradas, crachás para visitantes ficaram expostos e catracas, quebradas. Na parte externa, foram arremessados mesas, diversas cadeiras e um tablado usado em cerimônias oficiais.
Dentre as obras danificadas no Planalto, há um quadro de Di Cavalcanti rasgado a facadas, e um relógio do século 18 que pertenceu a D. João 6. Só o quadro é avaliado em R$ 8 milhões, afirma o Planalto.
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2023-02-03T00:03:22Z
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# Primeira-dama mostra recuperação do Planalto após atos terroristas
A primeira-dama do Brasil Janja Lula da Silva divulgou, nesta segunda-feira (9), um vídeo que mostra o trabalho de limpeza e restauração da ordem no Palácio do Planalto após os atos de vandalismo ocorridos em todo o prédio. Janja conversou com alguns funcionários da limpeza, que expuseram sua tristeza pelo ocorrido.
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MP do Distrito Federal recomenda afastamento de comandantes da PM.
Condenação internacional a ataques é sinal da importância brasileira.
O vídeo mostra um Planalto já bem diferente do cenário de guerra visto nas imagens de ontem (8), tudo graças ao trabalho desses funcionários. “A democracia não vai se curvar, e o presidente Lula não vai baixar a cabeça”, disse Janja. “Seguimos trabalhando. O Brasil segue em reconstrução”, afirmou.
Os corredores e salas, antes revirados, sujos e cheios de móveis e objetos quebrados, já tinham novamente aspecto organizado. “A baderna que se deu aqui ontem nunca mais vai se repetir na história do Brasil”, finalizou a primeira-dama.
## Congresso
Na Câmara dos Deputados e no Senado, o trabalho de limpeza e organização também avançava rápido. O Salão Verde da Câmara já estava limpo na parte da tarde. Funcionários aspiravam o carpete do local.
O sinal da violência sofrida pelo patrimônio nacional, porém, ainda estava ali. A maquete do Congresso Nacional estava danificada. Uma vitrine com vários presentes dados à Câmara por chefes de Estado estrangeiros foi destruída. Só restavam as prateleiras vazias.
No Senado, os espelhos que adornam as paredes do Salão Azul estão quebrados. A máquina de raio X na entrada do local está virada e a entrada do gabinete da presidência do Senado, destruído.
Portas de vidro foram arrancadas e móveis vandalizados, mas os destroços de vidro e a sujeira já haviam sido retirados. Um jornalista se aproximou de um dos funcionários que cuidam da limpeza do Congresso e elogiou o trabalho. Ele apenas agradeceu, acenando com a cabeça, triste e resignado.
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2023-02-05T00:26:49Z
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https://br.noticias.yahoo.com/quem-e-marietta-baderna-inspiracao-figurino-de-carnaval-anitta-011143466.html
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# Quem é Marietta Baderna, que inspirou um dos figurinos de pré-Carnaval de Anitta
## E, sim, o termo usado em situações de total desordem surgiu a partir do sobrenome dessa mulher
Todo ano, os fãs aguardam ansiosamente pelo momento em que
**Anitta** revela o tema e os primeiros looks dos shows de **Carnaval**. E em 2023 não foi diferente: agora, a cantora, que já revisitou a própria videografia e encarnou personagens de videogame, por exemplo, presta tributo a “mulheres guerreiras” que marcaram a história do nosso país.
Para a apresentação que rolou no último domingo (8), no Rio Janeiro, ela usou um figurino inspirado em
**Marietta Baderna** e conversou o **Yahoo** sobre a escolha da bailarina italiana como uma das referências da vez.
“Ela é a mulher por trás do termo ‘baderna’, uma revolucionária. Ou seja, tem tudo a ver com o conceito no qual decidimos trabalhar este ano“, contou a Poderosa. Confira, na íntegra, um resumo feito pela equipe de Anitta para (re)apresentar Baderna ao público:
*"'Baderna' é um substantivo feminino de origem brasileira que quer dizer 'situação em que reina a desordem; confusão; bagunça', sendo uma justificativa utilizada para todo tipo de repressão por autoridades. Por trás desse signo de desordem, existiu uma mulher forte, talentosa e fascinante — e um séquito de seguidores que a admirava. * *Marietta Baderna nasceu na Itália, em 1828, filha de uma artista e um revolucionário. Entrou na arte por meio do balé, aos 12 anos de idade. Veio para o Brasil em 1849, quando o país era ainda um conservador império escravocrata governado por Dom Pedro II.* *Baderna não era revolucionária somente em suas orientações políticas, mas também em seus costumes. Apreciadora de festejos populares, do álcool e do sexo, por mais que dançasse nos salões mais tradicionais, a jovem gostava mesmo era da rua, onde conheceu a resistência dos escravos e, principalmente, que se apaixonou pelas danças que coreografavam tal resistência nos corpos das mulheres negras e assim, aos poucos, foi mudando sua forma de dançar e se tornando uma bailarina do povo."*
## Pré-Carnaval
Além de Marietta Baderna, Anitta também homenageou Tieta do Agreste, personagem de Jorge Amado, em seu primeiro ensaio de Carnaval, realizado no sábado (7), em Salvador. A história da personagem foi adaptada para as telinhas em 1989, interpretada por Betty Faria.
A turnê passará ainda por Jurerê (14), São Paulo (15), Brasília (21) e Recife (28), em janeiro, e por São Paulo (11) e Curitiba (12), em fevereiro. Com o sucesso da edição carioca, a equipe abriu uma data extra na agenda da Poderosa: Anitta volta a se apresentar na cidade em 29 de janeiro.
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2023-02-06T18:32:08Z
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https://br.noticias.yahoo.com/quero-dialogar-com-quem-pensa-135000858.html
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# Quero dialogar com quem pensa que cotas e genocídio negro são mimimi, diz Anielle Franco
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A nova ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, quer dialogar durante a sua gestão com quem discorda da Lei de Cotas e minimiza a violência sofrida pela população negra no Brasil.
"É muito fácil dialogar com pessoas que pensam como a gente. Mas eu tenho que tentar furar essa bolha e conversar com as pessoas que pensam diferente de mim", afirma a ministra.
Anielle Franco é irmã da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada em 2018, no centro do Rio de Janeiro, em um crime que permanece sem solução. Após o episódio, ela ajudou a fundar o Instituto Marielle Franco.
Ela deixa o cargo de diretora-executiva da entidade para assumir a pasta no governo Lula.
Na última quarta-feira (11), a ministra tomou posse em uma cerimônia no Palácio do Planalto, prédio que ainda apresenta sinais da destruição promovida pelos ataques golpistas do domingo.
Em entrevista, ela fala sobre as pautas que pretende trabalhar na gestão, o projeto de lei que tipifica a injúria racial como crime de racismo, seu livro recém-lançado "Minha Irmã e Eu" e a possibilidade de federalizar o caso de Marielle.
Questionada sobre o elo político da titular do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil), com acusados de chefiar milícias no Rio de Janeiro, a ministra afirmou que "a nomeação de ministros é uma atribuição do presidente Lula, que já deixou explícito que qualquer um dos ministros que aja de maneira duvidosa e contra a lei, será retirado do governo por ele mesmo".
PERGUNTA - Como a sra. vê o ataque golpista em Brasília?
ANIELLE FRANCO - Eu vi como um ato de vandalismo muito grave. Um ataque à nossa democracia e à Constituição. Algo que tem me preocupado muito é as pessoas não aceitarem o resultado das urnas e continuarem dizendo que é golpe. Mas eu entendo e também respeito, porque é uma parcela da população com quem vamos precisar dialogar.
Uma cena que vai me marcar para o resto da vida foi ver mulheres, na sua grande maioria negras e indígenas, limpando toda aquela atrocidade. Elas depois estavam na minha posse falando o quanto foi duro para elas entrarem ali depois do que aconteceu.
Eles tentaram calar a minha irmã. Tentaram também destruir os Poderes, mas não conseguiram. Acabou que a Mari [Marielle] virou semente e vamos reconstruir o Planalto e todos os outros lugares que foram atacados.
Houve queixas sobre as condições das pessoas que foram presas, inclusive relatos de crianças e adolescentes na triagem. Como defensora dos direitos humanos, a sra. vê isso com preocupação?
A. F. - Se teve algum caso de maus-tratos tem que ser reportado, mas, até onde eu estava acompanhando, não [houve]. O que não dá é pessoas que vão contra a lei não serem intimadas a prestar esclarecimentos sobre isso.
Qual a expectativa para assumir o Ministério da Igualdade Racial?
A. F. - Eu tenho muita expectativa. Queria ter superpoderes para começar a mudar o mundo desde agora pensando na população preta. Mas sei que não posso correr com muita coisa porque não vou fazer sozinha.
Mas o meu sentimento é de muita luta. Estou animada, porque acho que precisávamos dessa guinada, desse olhar para a população negra como um todo. De alguém também de muita fibra que pudesse bater na porta de cada ministério para conversar sobre o que precisa mudar.
A sua ideia é dialogar com todos os ministérios?
A. F. - Sim. É óbvio que teremos as nossas iniciativas, mas quando estávamos, por exemplo, na primeira reunião ministerial, a primeira coisa que eu falei foi pedir cuidado com a palavra transversalidade. Porque na minha opinião, essa palavra traz: responsabilidade e equidade racial e de gênero.
Se vamos falar de transversalidade precisamos entender o peso dela e não fragilizá-la. Eu comecei abrindo assim, porque todo mundo está falando isso desde o GT da transição. Se a gente é transversal precisamos ser intersetorial, interministerial e trabalhar em conjunto.
A minha ideia é dizer para os outros ministros que temos uma pasta da Igualdade Racial e estamos aqui para fazer o nosso, mas também para auxiliá-los. Eu preciso da ajuda deles, porque sozinha pode ser que eu consiga, mas será mais difícil e mais demorado.
O que se perdeu ao longo dos últimos anos com o desmonte da Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial) durante o governo Temer, em 2016?
A. F. - Desde o golpe da Dilma muita coisa se perdeu, mas a principal foi a questão orçamentária. Saímos de R$ 77 milhões para R$ 17 milhões e terminamos agora com R$ 4 milhões. Eu tenho R$ 4 milhões para começar o ano. Sabemos que com esse valor talvez não conseguiremos atender nem Salvador, onde tem a maior parte da população preta.
Nas próximas semanas vamos conversar com os servidores da antiga gestão da Seppir para entender o que se passou. A questão orçamentária para mim disse muita coisa. Primeiro porque no governo passado tinha esse debate de que falar de raça era "mimimi", que os movimentos negros eram baderneiros e não eram sérios. Nós temos que desmistificar isso e, em paralelo, brigar por uma relação orçamentária decente.
Qual pauta pretende trabalhar de imediato?
A. F. - A primeira é a Lei de Cotas. Há muitas pautas para a população negra, mas essa é especial e eu quero sair daqui com ela fortalecida.
A Lei de Cotas mudou a minha vida. Foi com ela que eu conheci várias pessoas negras e professoras incríveis. Ela tem salvado a vida de muita gente da Maré e de outras favelas que eu conheço.
Quero fazer uma discussão lá da base, do acesso à educação das crianças negras. Por isso, eu trouxe a Márcia Lima [pesquisadora da USP], que é uma expert no assunto. Vai ser o ministério da escuta, mas também da ação.
Vamos ver o que podemos fazer de imediato para que a discussão política ganhe força através do ministério, com os movimentos e com os professores universitários. Para que possamos de fato ver o resultado.
É muito fácil dialogar com pessoas que pensam como a gente. Eu estou aqui para agradar a essas pessoas, óbvio, porque eu sei que elas vão me cobrar. Mas eu tenho que tentar furar essa bolha e conversar com as pessoas que pensam diferente de mim. Eu preciso dialogar com quem acham que Lei de Cotas e genocídio da população negra são "mimimi".
O que gostaria de deixar de legado ao final do mandato?
A. F. - Eu queria deixar para todas as mulheres, meninas adolescentes, jovens negras, principalmente de favela, periferia e quebrada, que elas possam olhar e falar que é possível sonhar, é possível estarmos vivas e é possível chegar a lugares que nos foram e vêm sendo negados historicamente.
Quero fazer um pouco de cada ação, inspirar mulheres do Brasil e do mundo afora e mostrar que o meu currículo vai muito além de ser irmã da Marielle --eu tenho muito orgulho disso.
Eu tenho colocado em prática, e a Marielle também era muito assim, chegar de peito aberto para fazer uma política de afeto.
Foi o que aconteceu com a Simone Tebet. Ela falou uma coisa que para mim e para o movimento negro não era OK [a ministra do Planejamento declarou ser "muito difícil" levar mulheres negras para trabalhar com ela em Brasília, por serem "arrimo de família"]. Eu entendi o ponto dela, acolhi, mas eu mostrei para ela que existe, mostrei que é importante discutirmos em conjunto. Com isso, eu não quero sobrepor e dizer que eu sou melhor. Não é isso, mas eu quero falar para ela que estou aqui e se ela quiser me dar a mão eu dou a mão para nós construímos juntas. Essa é a política que eu quero deixar de legado.
Na sua posse, o presidente Lula sancionou lei que equipara injúria racial a racismo. Qual a importância dessa ação?
A. F. - É muito importante. Primeiro de tudo, porque foram oito anos de espera. Segundo, porque as pessoas achavam que era OK chamar as outras de macaca.
É uma vitória. O presidente Lula ter feito aquilo na minha posse ganha um outro peso. É dizer que estamos falando sério. Agora, são de dois a cinco anos de prisão para quem responder por injúria racial. É reparação e não vamos retroceder.
O livro recém-lançado "Minha Irmã e Eu" é uma obra de memórias que começou a ser escrita desde a morte da vereadora, em 2018. O que dessas memórias da sua irmã a sra. leva para a atuação no ministério? Qual legado ela lhe deixa?
A. F. - Eu demorei muito tempo para escrever, foi muito duro. Mas eu acho que ele tem que ter continuação, quando eu conseguir. É um legado que eu quero deixar para as meninas e gerações.
Quando paro para pensar no que vou trazer da Marielle para o ministério, não tem como não trazer tudo. Desde de entender que o fenômeno Anielle Franco acontece como aconteceu com a minha irmã. Então, preciso me precaver, estar atenta e cuidar da minha família.
O novo ministro da Justiça, Flávio Dino, mencionou a possibilidade de federalizar o caso de Marielle. O que acha dessa decisão?
A. F. - Antes a família era contra. Sim, fomos contra a federalização naquele momento. Não tinha como federalizar no governo que era. Não dava para dar de mão beijada algo que nem sabíamos de onde veio.
Agora vamos ter uma reunião com o Comitê Justiça por Marielle e Anderson, composto por Justiça Global, Terra de Direitos, Anistia Internacional, Mônica Benício e Agatha Arnaus [viúvas de Marielle e do motorista Anderson Gomes, respectivamente] e a família para pensar sobre esse próximo passo.
Não é assim tão simples. Não estamos negando que possa vir a federalizar, mas temos que ter uma reunião com todo mundo para pensarmos.
Isso também foi um tema que falei na primeira reunião ministerial. Disse que precisamos unir forças para tentar descobrir quem mandou matar a Mari, porque podemos fazer história e tentar acelerar isso mesmo sabendo que é um crime complexo.
Anielle Franco, 37
Formada em jornalismo e inglês pela Universidade de Carolina do Norte e em inglês/literaturas pela Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). É mestre em jornalismo e inglês pela Universidade de Flórida A&M e mestre em Relações Étnico-Raciais pelo Cefet/RJ. É professora e doutoranda em Linguística Aplicada na UFRJ (federal do Rio de Janeiro).
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2023-01-28T06:37:47Z
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# Saiba quem é o coronel e ex-assessor do GSI que defendeu golpe e ameaçou Flávio Dino
O coronel do Exército José Placídio Matias dos Santos usou as redes sociais para ofender e ameaçar o ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) e pedir um golpe de estado no dia dos atos terroristas que depredaram as sedes dos três poderes no Distrito Federal. Na reserva desde março de 2022, Placídio Matias ocupou durante cerca de três anos um cargo no Gabinete de Segurança Institucional, no governo Jair Bolsonaro (PL).
Entenda: Coronel que assessorou GSI pede golpe, ameaça Dino e diz que militares da ativa estavam em atos terroristas
Atos terroristas: Preso por colocar bomba em caminhão no DF confessa crime à polícia
Sob o comando do general Augusto Heleno entre 2019 e 2022, o GSI é um dos órgãos que integram a Presidência da República e sua função é assessorar o chefe do Executivo em temas militares e de segurança. Nele, o coronel Placídio ocupou um cargo de confiança de fevereiro de 2019 até março de 2022, como assessor chefe militar da Assessoria Especial de Planejamento e Assuntos Estratégicos da Secretaria Executiva do GSI.
Entre agosto de 2021 e abril 2022, o militar atuou como representante Poder Executivo Federal no Conselho Nacional de Proteção de Dados e da Privacidade (CNPD), órgão consultivo ligado a Autoridade Nacional de Proteção de Dados. Ele também fez parte da equipe técnica que redigiu o Plano Nacional de Política sobre Drogas, de 2022.
Formado em 2014 no Curso de Altos Estudos da Escola Superior Guerra, no Rio de Janeiro, o coronel Placídio fez como monografia de conclusão de curso um trabalho intitulado "Questão indígena na Amazônia: ameaças à soberania e à integridade territorial do Brasil". Nele, argumenta que a legislação brasileira e o texto constitucional ao tocar em temas relativos às populações indígenas "expõem o Brasil a riscos de intervenção em assuntos nacionais e perda de território".
No dia dos atos golpistas, o militar publicou uma mensagem no Twitter direcionada ao comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, na qual pedia a insubordinação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em outras, dirigiu-se às Forças Armadas como um todo:
"General Arruda, o Brasil e o Exército esperam que o senhor cumpra o seu dever de não se submeter às ordens do maior ladrão da história da humanidade. O senhor sempre teve e tem o meu respeito. FORÇA!!", diz a postagem no Twitter.
"Brasília está agitada com a ação dos patriotas. Excelente oportunidade para as FA entrarem no jogo, desta vez do lado certo. Onde estão os briosos coronéis com a tropa na mão?"
A atuação de Placídio nas redes, no entanto, havia começado meses antes, em abril de 2022, quando a conta foi criada. Nessas primeiras postagens, ele critica a esquerda e interage com perfis da direita na rede social. Em outras, acusa Tite, então o treinador da seleção brasileira de futebol, de ser um comunista.
Nos últimos meses do ano, após a derrota de Bolsonaro nas eleições para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o coronel começa a fazer publicações com dizeres como: #SOSMARINHADOBRASIL, #BOLSONAROUSEABIC, #GENERALFREIREGOMESSALVEOBRASIL. Esta última faz referência ao general Freire Gomes, que chegou a ocupar o cargo de comandante do Exército antes de Júlio César de Arruda e tomou posse após seu antecessor rejeitar alinhar-se politicamente a Bolsonaro e entregar o posto.
Placídio ainda publicou uma ameaça ao ministro da Justiça Flávio Dino, com um ataque homofóbico. Em outra, afirmou que militares da ativa estava presentes nos atos. Ele também chega a se referir ao governo eleito como ilegítimo:
"O ministro da justiça está se sentindo empodeirada. Tua purpurina vai acabar"
"Será que o pessoal sabe que na manifestação de ontem em Brasília havia centenas de militares da ativa?", perguntou no Twitter.
"Não sei o que vai acontecer, ninguém sabe ao certo. O que temos de evidente é que o povo ordeiro e patriota, o que não inclui os esquerdistas baderneiros infiltrados, jamais aceitará a usurpação de poder levada a cabo pelo sistemão"
"Não acho que haverá eleições limpas se esse governo ilegítimo continuar"
Após os atos golpistas do dia 8, Placídio passou a atacar as medidas tomadas contra os envolvidos. Ele foi um dos que compartilhou a informação falsa, já desmentida pela Polícia Federal, de que um a idosa teria morrido no ginásio para onde foram enviados presos. Em outras postagens, compara a ação policial no dia dos ataques aos órgãos de repressão nazista, como a Gestapo.
Desde que as mensagens compartilhadas por Placídio vieram a público, ele deletou muitas das publicações. Procurado, o Exército ainda não se manifestou sobre a conduta de seu coronel da reserva.
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2023-02-04T22:56:55Z
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# Violência desmonta discurso sobre 'atos pacíficos' e cria curto-circuito na base de Bolsonaro
SALVADOR, BA, E PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) - A escalada da violência nos atos antidemocráticos liderados por bolsonaristas fez desmoronar o discurso público do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus aliados, que destacavam as manifestações como ordeiras e pacíficas e buscavam associar protestos violentos a grupos de esquerda.
Com casos de violência que incluem agressões, sabotagem, saques, sequestro e tentativa de homicídio, as manifestações atingiram seu ponto crítico e acenderam o alerta das autoridades, que realizaram prisões e investigam até possível crime de terrorismo.
Os responsáveis poderão ser punidos na Justiça com base na Lei Antiterrorismo, legislação que os próprios bolsonaristas tentaram endurecer visando punir manifestantes de esquerda.
Desde a sua derrota nas urnas em 30 de outubro para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro fez apenas dois discursos públicos Nas duas ocasiões, ele não condenou a pauta golpista de seus aliados, mas criticou os métodos que incluíam o fechamento de rodovias.
Em 1º de novembro, quando ao menos 230 trechos de rodovias do país estavam bloqueados, ele classificou as manifestações como resultado da "indignação e sentimento de injustiça" sobre a forma como se deu o processo eleitoral.
"As movimentações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser o da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônios e cerceamento do direito de ir e vir", afirmou Bolsonaro na ocasião.
Desde então, contudo, as franjas mais radicais do bolsonarismo não só não deixaram as ruas como dobraram a aposta na violência, com destaque para os estados de Santa Catarina, Mato Grosso e Rondônia.
Em Rondônia, manifestantes destruíram uma adutora com uma escavadeira e deixaram parte da população da cidade de Ariquemes sem abastecimento de água. O governador Coronel Marcos Rocha (União Brasil) pediu apoio da Força Nacional e o Ministério Público instaurou um procedimento de investigação criminal.
Responsável pelo caso, o promotor Tiago Cadore avalia o ato como um possível crime de terrorismo. Argumenta que o caso pode ser enquadrado desta forma por sabotar o funcionamento de serviço público essencial à população.
A Lei Antiterrorismo foi aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pela então presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016 na esteira das Olimpíadas do Rio de Janeiro.
Desde então, foram apresentados ao menos 36 projetos para endurecer a lei, aponta levantamento do Demodê (Grupo de Pesquisa sobre Democracia e Desigualdades), vinculado ao Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília.
Em sua maioria, são propostas de deputados bolsonaristas que miram ações de movimentos sociais organizados como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto). As propostas de mudança não prosperaram, mas especialistas dizem que há brechas.
"Apesar da salvaguarda aos movimentos sociais democráticos, a lei que pode cair no fator subjetivo. No limite, o que vai definir o seu uso é o posicionamento político de promotores e juízes", explica o cientista político Thiago Trindade, professor da UnB (Universidade de Brasília).
Ele é contra a existência de uma Lei Antiterrorismo e seu uso mesmo contra movimentos antidemocráticos. O arcabouço legal do país, para Trindade, já dá conta de casos como estes sem precisar de um instrumento legal específico.
Autor de um dos projetos que visa endurecer a Lei Antiterrorismo, o senador gaúcho Lasier Martins (Podemos) nega a intenção de criminalizar movimentos sociais. O projeto de sua autoria restabelece trechos da lei vetados por Dilma.
Hoje, o senador enfatiza que o contexto político é diferente de 2020, quando o projeto foi debatido pela última vez na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e teve relatório favorável do bolsonarista Magno Malta (PL).
O texto inclui, entre as definições de ato de terrorismo, "incendiar, depredar, saquear, destruir ou explodir meios de transporte ou qualquer bem público ou privado, com o objetivo de forçar a autoridade pública a praticar ato, abster-se de o praticar ou a tolerar que se pratique, ou ainda intimidar certas pessoas, grupos de pessoas ou a população em geral".
Bolsonaro classificou o projeto de Lasier, à época, como "louvável". Hoje, se aprovado, ele enquadraria com precisão cenas com as vistas em Mato Grosso nas últimas semanas.
"Sigo defendendo que a lei é meritória contra promover incêndios, quebra-quebras, baderna. Não tenho visto isso nas manifestações políticas de hoje. Salvo alguns casos pontuais em rodovias", diz o senador.
Além da investigação de terrorismo em Rondônia, o Ministério Público Federal do Pará investiga o crime de tentativa de homicídio qualificado após um grupo de bolsonaristas que comandou bloqueios da BR-163 em Novo Progresso atacar com tiros a agentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal).
Na avaliação da Procuradoria, o grupo é suspeito de dez crimes (incluindo tentativa de homicídio qualificado), achincalhou instituições e buscou uma "constrangedora, criminosa e delirante" intervenção militar.
Casos como esses criaram uma espécie de curto-circuito na base bolsonarista, que se divide entre os que silenciam sobre os episódios violentos e os que os condenam, e por isso passaram a ser alvo de críticas das franjas mais radicais.
Presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto critica as ações violentas ao mesmo tempo em que insufla a base bolsonarista questionando no Tribunal Superior Eleitoral o resultado do segundo turno das eleições presidenciais.
Em entrevista à imprensa na última terça-feira (23), ele afirmou que os bloqueios de estradas e saques partiram de infiltrados. E sugeriu que pessoas que atuam com cargas roubadas e importação ilegal de defensivos agrícolas em Mato Grosso estão usando de violência nos atos para pressionar fazendeiros.
"Nós temos que lutar e usar a força contra isso. Ninguém pode impedir o direito de ir e vir", disse.
Um dos principais aliados do presidente em Mato Grosso, o deputado federal José Medeiros (PL) também condena os episódios violentos em seu estado e diz que estes partiram de grupos minoritários.
"A maioria dos protestos é formada por famílias, crianças e velhinhas. Se você perguntar, ninguém ali é a favor de queimar um caminhão sequer. Mas quando acontece [um ato de violência] acaba refletindo em todo mundo", afirma.
Ao mesmo tempo em que critica a violência, o deputado defende o silêncio que Bolsonaro adotou perante esses crimes: "Penso que o presidente deve ficar quieto mesmo. Ele não causou nada disso, quem causou foi o [ministro do STF] Alexandre de Moraes."
Na bancada do PL de Santa Catarina, estado em que a PRF identificou métodos semelhantes aos de terroristas e black blocs nos ataques, os discursos em redes sociais estão voltados a reclamar de censura e arbitrariedades da Justiça.
Eleito deputado federal, o empresário Jorge Goetten (PL) foi o único a se manifestar prontamente contra os bloqueios. Ele publicou um vídeo sobre o assunto pouco antes do presidente fazê-lo. Nos comentários, a reação foi dividida. Diversos eleitores se disseram arrependidos do voto.
"Expliquei que não fazia sentido um dos estados que mais deu votos a Bolsonaro prejudicar a sua própria economia. Se alguns não entenderam, paciência. Falei minha opinião como cidadão".
Goetten evita, todavia, criticar os colegas de bancada por atitudes golpistas ou por não apaziguar as ruas após o resultado das eleições.
Veja os casos de violência pelo país Rondônia
Parte da cidade de Ariquemes ficou sem água depois que manifestantes quebraram adutora com escavadeira. Ministério Público investiga se houve crime de terrorismo por sabotagem a serviço público essencial à população. Também houve ataque a caminhões com incêndio, depredação e saque. Em outras cidades, um caminhoneiro e um carro foram apedrejados
Pará
Manifestantes atiraram contra agentes da PRF em Novo Progresso. Ministério Público investiga se houve tentativa de homicídio qualificado e outros nove crimes
Mato Grosso
Em Lucas do Rio Verde, Homens invadiram e incendiaram caminhões em base de uma concessionária. Em Sinop. dois caminhões foram atingidos por tiros. Dois caminhões-tanque foram incendiados e um funcionário de concessionária foi sequestrado
Santa Catarina
PRF apura ocorrências criminosas promovidas por baderneiros com métodos de grupos terroristas e black blocs. Houve bombas caseiras e rojões, além de pregos para furar pneus, pedradas e barricadas. Um homem é suspeito de associação criminosa, desobediência de ordem legal e outros crimes
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2023-01-30T05:20:56Z
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# Anitta é detonada na web por coincidência envolvendo ataques terroristas em Brasília: 'Timing errado'. Entenda!
Anitta homenageou a bailarina italiana Marietta Baderna em apresentação no Rio de Janeiro. Acesse a galeria de fotos e veja o look!
Anitta já deu início aos shows de ensaio para o Carnaval e tem chamado atenção pelos looks. Na folia deste ano, a cantora vai homenagear mulheres que fizeram história, assim como Claudia Leitte fez em 2020. Depois de se vestir de Tieta para apresentação em Salvador,
**a popstar homenageou a bailarina Marietta Baderna no Rio de Janeiro.**
No entanto, Anitta foi alvo de muitas críticas no Twitter e chegou a apagar a publicação onde exibiu seu look com os dizeres "
**O nome dela é Marietta Baderna e tá pronta pra quebrar tudo no Rio de Janeiro**".
O motivo? Anitta fez esta publicação
** no mesmo momento em que terroristas apoiadores do ex-presidente e candidato derrotado Jair Bolsonaro invadiam e depedravam o Congresso, o Planalto e o STF.** A coincidência chamou atenção de internautas.
"
**Timing errado, hein, mona**", indicou um 'tuiteiro'. "A Anitta me dá motivos sempre pra rir. Justo no dia de hoje, ela coloca a legenda com as palavras 'baderna' e 'quebrar tudo'", destacou um internauta. "Mulher, te preserva e arruma isso. Timing totalmente errado", disse um fã. "Ela não tinha como adivinhar quando escolheu a roupa, mas foi perfeita", defendeu um seguidor.
## QUEM FOI MARIETTA BADERNA, HOMENAGEADA POR ANITTA?
Marietta Baderna foi uma bailarina italiana que se consagrou na adolescência como uma das melhores de sua geração na Europa.
**Na...**
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2023-01-31T02:45:02Z
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https://br.vida-estilo.yahoo.com/anitta-gagliasso-felipe-neto-e-mais-famosos-reagem-a-acao-de-golpistas-no-congresso-212754793.html
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# Anitta, Gagliasso, Felipe Neto e mais famosos reagem à ação de golpistas no Congresso
## "Acho muito triste que tudo isso esteja acontecendo" disse Anitta em coletiva no Rio
**Anitta**, **Bruno Gagliasso**, **Cleo Pires**, **Felipe Neto** e outros famosos reagiram à invasão de golpistas na Esplanada no Ministérios, em Brasília, neste domingo (8). Com pedidos de intervenção militar, bolsonaristas ocuparam áreas do Congresso, do Planalto e do STF.
"Acho muito triste que tudo isso esteja acontecendo. Vamos sair dessa porque uma grande parte do país quer a paz. Independente do que você gostaria ou de qual presidente você gostaria. O que a grande maioria quer é a paz entre todo mundo e ninguém ganha quando o cenário é dessa forma", afirmou a cantora Anitta ao
**Yahoo!** nos bastidores do show "Ensaios da Anitta", que acontece no Rio de Janeiro.
Convidadas de Anitta no evento,
**Maiara e Maraisa** classificaram os ataques como "uma chateação dana": "Independente de qualquer coisa, nossa bandeira tem lá escrito: 'ordem e progresso'. (...) Vamos manter a ordem, manter o amor. Com amor conseguimos tantas coisas e começar o ano desse jeito não combina com o nosso país", reprovou Maraisa. "É a força do brasileiro que movimenta o Brasil", acrescentou Maiara.
Em suas redes sociais, Cleo também se pronunciou sobre o acontecimento: "A gente quer paz, amor e respeito, mas recebe guerra e destruição da parte de pessoas que não aceitam o presidente eleito, pessoas essas que estão tentando um golpe de estado. Terrorismo, é isso que está acontecendo em Brasília", declarou a atriz e cantora.
"Que todos sejam punidos, com firmeza e a lei e todo seu rigor. Não há espaço para terrorismo e atos antidemocráticos. Democracia acima de tudo, sempre!", completou Cleo.
"Espero que em todas as eleições o povo brasileiro lembre-se do terror, da violência e do caos que o Bolsonazismo trouxe para as nossas vidas. Separaram famílias, saquearam o país, trouxeram morte e terrorismo. A extrema-direita é uma doença. E precismos nos livrar dela", criticou o ator Bruno Gagliasso.
Ele ainda criticou a omissão da Polícia Militar do Distrito Federal, que foi flagrada tirando selfies, gravando vídeos e conversando amigavelmente com golpistas enquanto acontecia a invasão: "Se fossem professores, estudantes, trabalhadores, a PMDF agiria da mesma forma? Ou esse privilégio é só pra terroristas?", questionou.
O humorista
**Antonio Tabet**, do "Porta dos Fundos", também criticou a omissão da Polícia Militar durante a invasão: "Terroristas precisam ser presos. Simples assim. Fossem os manifestantes majoritariamente pretos e pobres, seriam executados ao avançar uma só barreira", sugeriu.
Colega de Tabel no coletivo de humor,
**Gregorio Duvivier** elogiou o discurso do presidente Lula (PT) sobre a invasão da Esplanada: "Lula certeiro. Veemente contra os terroristas. Dando nome aos bois: neonazistas. E prometendo punição exemplar aos policiais cúmplices", escreveu o ator e humorista.
"O terrorismo praticado pelos bolsonaristas não tem sequer um propósito. Absolutamente nada pode acontecer que impeça o resultado da democracia de continuar. Nada. É apenas balbúrdia de baderneiros que resultará em prisões. E torçamos para que não causem mortes", refletiu Felipe Neto.
O youtuber também criticou o governador do Distrito Federal,
** Ibaneis Rocha**, e apontou a aproximação do político com o ex-presidente **Jair Bolsonaro **(PL): "As pessoas se perguntando porque não reforçaram a segurança se já sabiam que teria o ato terrorista de invasão. O motivo é que a pessoa responsável por reforçar essa segurança era (...) Ibaneis Rocha. Esse homem abaixo", apontou, compartilhando uma foto do governador abraçado a Bolsonaro.
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2023-02-04T21:17:16Z
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https://br.vida-estilo.yahoo.com/anitta-homenageia-mulheres-inspiradoras-em-140700530.html
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# Anitta homenageia mulheres inspiradoras em pré-Carnaval. Fotos dos looks!
Anitta se transformou e homenageou mulheres fortes e inspiradoras em suas apresentações pré-Carnaval. Com o tema "Guerreiras", a patroa começou investindo em fantasias de Tiêta do Agreste e, neste último domingo (08), surpreendeu todo mundo de Marietta Baderna, uma bailarina italiana radicada no Brasil, em 1849. O Purebreak reuniu detalhes e fotos dos looks!
O pré-Carnaval de Anitta já começou e a patroa decidiu homenagear neste ano de 2023 mulheres fortes e inspiradoras, com o tema "
**Guerreiras**". Na primeira apresentação, a cantora investiu em uma fantasia de **Tieta do Agreste**, enquanto neste último fim de semana, em Ensaio realizado no Rio e Janeiro, ela escolheu na ** Marietta Baderna**. O **Purebreak** reuniu detalhes dos figurinos da dona do álbum "Versions Of Me".
## Entenda a escolha dos looks de Anitta
O primeiro look usado por Anitta exala sensualidade. A artista escolheu styling inspirado na personagem do livro "
**Tieta do Agreste**", romance de Jorge Amado, de 1977. No clássico da literatura brasileira, Tiêta foi escorraçada de sua cidade por demonstrar todo o seu poder e ser sexualmente livre. Devido ao sucesso, ela foi eternizada na televisão na pele de **Betty Faria** e, depois, por **Sônia Braga** nos cinemas.
## Anitta vira Marietta Baderna em ensaio
A segunda proposta de Anitta foi
**Marietta Baderna**, uma bailarina italiana radicada no Brasil, em 1849. As suas apresentações ficaram populares no Rio de...
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2023-02-04T02:35:54Z
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https://br.vida-estilo.yahoo.com/biqu%C3%ADni-fio-dental-e-saia-010500832.html
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# Biquíni fio-dental e saia de tiras: o look sexy e ousado de Deborah Secco para curtir o show de Anitta
Deborah Secco colocou o corpão pra jogo ao eleger um look sexy e cheio de ousadia para conferir o show de Anitta, no Rio de Janeiro. Veja as fotos!
**Deborah Secco** levou o marido, Hugo Moura, para conferir de perto a apresentação de Anitta no Rio de Janeiro. Neste domingo (08), a cantora comandou mais um show de pré-Carnaval, novamente usando looks de mulheres guerreiras.
Mas se no palco só deu Anitta, na plateia
**Deborah atraiu todos os olhares com seu look sexy**: um **top** com flores estrategicamente posicionadas **cobrindo apenas parte dos seios, e uma saia de tiras** evidenciando a calcinha de biquíni que deixava **à mostra toda a boa forma da artista**, que trocou beijos apaixonados com o marido. **Veja fotos na galeria e vídeos abaixo!**
## Anitta homenageia outra mulher guerreira
Se no primeiro dia de seu pré-Carnaval, em Salvador, Anitta homenageou uma personagem, Tieta do Agreste, neste domingo (08) a funkeira escolheu uma mulher real para se vestir: Marietta Baderna. Foi a partir do nome da bailarina, aliás, que a palavra baderna virou sinônimo de confusão.
Italiana, Marietta se auto-exilou com o pai no Brasil por questões políticas. Revolucionária, apreciava festejos populares, o álcool e o sexo e acabou escandalizando os mais conservadores da época, assim como a Anitta dos dias atuais, que, sem papas na língua, não tem medo de dar suas opiniões, por mais polêmicas que sejam.
## Anitta detalha atual estado de saúde
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2023-01-30T11:57:12Z
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# Carnaval: Anitta homenageia personagens históricas; conheça cada uma
## Yahoo te conta quais são as homenageadas por Anitta em 2023
**Resumo da Notícia**:
Anitta está homenageando mulheres importantes da história
A cantora fará 11 apresentações e selecionou 16 looks
Yahoo te conta quais são as homenageadas por Anitta em 2023
**Anitta **já começou sua maratona de shows de Carnaval e para cada uma das 11 apresentações ela escolheu homenagear uma figura feminina importante na história no tema “Guerreiras”. Mas a homenagem não é clássica, é uma releitura autoral de quem foi aquela personagem. **Yahoo **conversou com **Clara Lima**, a stylist que assina os looks escolhidos pela cantora, que explicou melhor a ideia das homenagens de 2023. “Ela me ligou em agosto, já com essa ideia e quatro sugestões de personagens em mente. A partir disso, minha equipe e eu começamos um intenso trabalho de pesquisa e, no total, chegamos a 24 desenhos, que Anitta reduziu para os 16 que precisava”, conta.
A pesquisa não incluiu apenas referências de moda e históricas, mas também contou com o auxílio de especialistas para evitar apropriação cultural ou outras questões. “Também não queríamos fazer algo muito fiel, como uma espécie de cosplay. Afinal, quem está ali, no palco, é a Anitta. Os looks, apesar das referências, trazem muito da personalidade dela, essa mulher que também quebra tabus, e de quem ela é como artista, uma cantora que dança, que gosta de mostrar o corpo”, completa a profissional.
Anitta sobe ao palco com seus “Ensaios”, e homenagens, em Brasília, em 21 de janeiro, Recife (28), Rio de Janeiro (29), São Paulo, em 11 de fevereiro, e Curitiba (12). O Bloco da Anitta desfila em Salvador no dia 17 no Rio de Janeiro no dia 25.
## Tieta do Agreste
A personagem clássica de Jorge Amado foi a primeira escolhida por Anitta para homenagear. Com um body vermelho, acessórios com estampa de leopardo e botadas douradas animou o público de Salvador e deu o tom do que viria.
Na trama do autor baiano, a personagem é denunciada pela irmã, Perpétua, por ser uma mulher livre e se aventurar no mundo. Após apanhar de cajado do pai, ela é expulsa de casa e se esforça para vencer na vida sem a família. É quando, 25 anos depois, volta à sua cidade natal rica e poderosa e faz sua família, e a cidade, beijarem seus pés.
## Marietta Baderna
O segundo look de Anitta foi pensado em homenagem à Marietta Baderna, a mulher que deu nome ao termo que significa confusão e problema. “Ela é uma revolucionária. Ou seja, tem tudo a ver com o conceito no qual decidimos trabalhar este ano”, contou Anitta ao
**Yahoo**.
Marietta Baderna nasceu na Itália, em 1828, filha de uma artista e um revolucionário. Entrou na arte por meio do balé, aos 12 anos de idade. Veio para o Brasil em 1849, quando o país era ainda um conservador império escravocrata governado por Dom Pedro II.
Baderna não era revolucionária somente em suas orientações políticas, mas também em seus costumes. Apreciadora de festejos populares, do álcool e do sexo, por mais que dançasse nos salões mais tradicionais, a jovem gostava mesmo era da rua, onde conheceu a resistência dos escravos e, principalmente, que se apaixonou pelas danças que coreografavam tal resistência nos corpos das mulheres negras e assim, aos poucos, foi mudando sua forma de dançar e se tornando uma bailarina do povo.
## Valentina Tereshkova
A primeira homenageada que não tem ligação com o Brasil, Valentina foi a primeira mulher a ir para o espaço e marcou seu nome na história. Com um look prateado e com nuances de holografia, Anitta subiu ao palco em Florianópolis bem futurista.
Tereshkova foi engenheira de formação e após três anos de formada se tornou a primeira cosmonauta soviética a sair da atmosfera da Terra. O fato aconteceu em 1963, sozinha na missão Vostok 6. Ela ficou cerca de 70 horas viajando e deu 48 voltas na órbita. O programa espacial dos Estados Unidos só enviou uma mulher ao espaço 20 anos depois.
## Anita Garibaldi
A ícone da revolução farroupilha foi representada no primeiro show do Ensaio da Anitta em São Paulo, a cantora abriu uma data extra após os ingressos esgotarem. Para a homenagem a stylist apostou em um corset com pedraria acompanhada por uma calça no estilo bombacha com recortes no bumbum e uma blusa transparente. Calcinha vermelha, lenço no cabelo e pescoço completam a fantasia.
Garibaldi foi uma das mais importantes revolucionárias brasileiras, e ainda lutou em guerrilhas na Itália ao lado do marido. A revolução farroupilha pregava a separação do Rio Grande do Sul do Império Brasileiro e Anita lutou com bravura até carregando e disparando canhões. Foi capturada pelas tropas do Império, mas conseguiu fugir nadando pelo rio Canoas enquanto estava grávida do primeiro filho e saiu do país.
## Barbarella
A personagem dos quadrinhos italianos ganhou vida em 1968 com o filme, também italiano, homônimo e protagonizado pela icônica Jane Fonda. Vivendo uma guerreira astronauta que é enviada em uma missão para garantir a paz no universo, Barbarella é seduzida por uma humano que a apresenta a uma nova forma de fazer sexo.
Esperta, e com a ajuda de um anjo, ela constrói uma máquina que mata de prazer quem é colocado dentro dela. A personagem se tornou uma ícone feminina e feminista por sua liberdade. Anitta apostou na sua representação de Barbarela no show que fez em Brasília.
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2023-02-08T07:44:09Z
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# De Felipe Neto a Bruno Gagliasso, famosos condenam invasões em Brasília
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Famosos condenaram a invasão de manifestantes bolsonaristas a áreas do Congresso, do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal) neste domingo (8). Nas redes sociais, artistas como Marcelo D2, Silva, Bruno Gagliasso, Cleo, Ingrid Guimarães, Lucas Silveira e Rennan da Penha manifestaram indignação em relação aos atos. Outras celebridades, como Gil do Vigor e Felipe Neto, também se posicionaram.
No mundo da música, artistas publicaram tuítes críticos a invasão em Brasília. O cantor Silva, questionou: "É fácil assim invadir o Congresso?". Ele ainda complementou: "É, amigos, nosso país é uma zona". Em um comentário feito em publicação do jornal Folha de S.Paulo no Instagram, o DJ Rennan da Penha escreveu: "Na favela, a gente recebe bala do Estado, esses mulas aí recebem o quê?".
"Imagina se fossem professores", questionou Marcelo D2. "Aprenda uma coisa, a polícia é dos brancos playboys, a polícia deles é para bater e prender a gente Pobre, preto, trabalhador não pode contar com a polícia", complementou o rapper. O cantor Lucas Silveira, da banda Fresno, postou um vídeo dos manifestantes e questionou se não seriam presos.
Atores e atrizes também se posicionaram contra os atos. Filha de Glória Pires, Cleo escreveu no Twitter: "A gente quer paz, amor e respeito, mas recebe guerra e destruição da parte de pessoas que não aceitam o presidente eleito, pessoas essas que estão tentando um golpe de estado. Terrorismo, é isso que está acontecendo em Brasília". Zezé Polessa publicou no Instagram uma foto do noticiário na TV e escreveu: "Terrorismo não! Golpistas não passarão. Atos contra a democracia não passarão."
"Meu Deus, que tristeza! A que ponto chegamos...", disse Ingrid Guimarães em um tuíte. Bruno Gagliasso compartilhou uma sequência de vídeos da invasão nos stories do Instagram e falou: "Hora de agir! Criminosos antidemocráticos, golpistas atacando. O atentado à democracia se materializou. É grave!". O ator Humberto Carrão, também no Instagram, escreveu: "Cadeia para toda essa gente escrota!".
Assumidamente apoiador do presidente Lula (PT), o ex-BBB Gil do Vigor condenou os atos no Twitter. "Quando os estudantes pacificamente protestavam, eram tratados como bandidos, mas os brancos e ricos podem tudo, inclusive serem antidemocráticos e de fato criminosos. Mas como são brancos e ricos, tudo bem, vamos conversar, né? Uma vergonha!", escreveu. "É revoltante ver a tentativa de destruição da democracia! Invasão no congresso nacional?! Isso é inaceitável!", complementou o ex-BBB.
O youtuber Felipe Neto, crítico a Jair Bolsonaro (PL), fez uma sequência de tuítes sobre o episódio. "O terrorismo praticado pelos bolsonaristas não tem sequer um propósito. Absolutamente nada pode acontecer que impeça o resultado da democracia de continuar. Nada. É apenas balbúrdia de baderneiros que resultará em prisões. E torçamos para que não causem mortes", escreveu.
A escritora Thalita Rebouças falou em "vergonha". "Muita vergonha de ver minha bandeira nas costas desses vândalos. Não pode. É um absurdo! Não é manifestação. É barbárie. Vandalismo. Terrorismo. Uma coisa é votar no Bolsonaro, outra, completamente diferente, é apoiar/ fazer parte/ concordar com esse tipo de crime. Que sejam punidos como merecem. Que tristeza, meu Deus. Que tristeza", disse em publicação no Instagram.
O ator e apresentador Marcos Veras falou sobre Bolsonaro. "E o miliciano sujismundo foragido nos EUA", escreveu no Twitter. A atriz Tássia Camargo publicou imagens e vídeos no Instagram. "Capitólio e Palácio do Planalto. Qual a diferença? Uma só que explico abaixo. Todos são criminosos armados. Covardia a usar a cara tapada pela minha bandeira. Covardes e assassinos, criminosos. #democracia não é isso", disse.
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2023-02-05T21:02:58Z
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https://br.vida-estilo.yahoo.com/looks-de-carnaval-de-anitta-sexualizam-figuras-femininas-historicas-entenda-a-polemica-234456313.html
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# Looks de Carnaval de Anitta sexualizam figuras femininas históricas? Entenda a polêmica
## Este ano, figurinos da cantora homenageiam “mulheres guerreiras" e inspiradoras
**Resumo da notícia:** *Tema do* *Carnaval de Anitta* *é* *"Mulheres Guerreiras"* *Cantora já usou figurinos inspirados em Tieta do Agreste, Anita Garibaldi e outras figuras femininas históricas* *Stylist Clara Lima conta detalhes do processo criativo por trás dos looks*
Já virou tradição: todo ano,
**Anitta** **looks** que usará nas principais apresentações do **Carnaval**, como os Ensaios e o Bloco das Poderosas. Agora, depois de revisitar os figurinos de seus clipes mais icônicos e criar o próprio universo gamer, a cantora decidiu homenagear “mulheres guerreiras” e inspiradoras.
“Ela me ligou em agosto, já com essa ideia e quatro sugestões de personagens em mente [Anita Garibaldi e outros três nomes que ainda não posso revelar quem são]. A partir disso, minha equipe e eu começamos um intenso trabalho de pesquisa e, no total, chegamos a 24 desenhos, que Anitta reduziu para os 16 que precisava”, conta a stylist Clara Lima ao Yahoo.
“Ao longo desse processo, falamos com especialistas e tivemos o maior cuidado para que essa homenagem não fosse interpretada como apropriação cultural ou algo do tipo. Também não queríamos fazer algo muito fiel, como uma espécie de cosplay. Afinal, quem está ali, no palco, é a Anitta. Os looks, apesar das referências, trazem muito da personalidade dela, essa mulher que também quebra tabus, e de quem ela é como artista, uma cantora que dança, que gosta de mostrar o corpo”, completa a profissional.
Até o momento, apenas quatro das produções selecionadas por Anitta foram usadas. Em Salvador, ela reverenciou a icônica
**Tieta do Agreste**, personagem criada por Jorge Amado e interpretada brilhantemente por Betty Faria. Na sequência, no Rio de Janeiro, em Florianópolis e em São Paulo, respectivamente, foi a vez de exaltar **Marietta Baderna** (bailarina italiana que, morando no Brasil, incorporou elementos da dança de povos marginalizados aos espetáculos que fazia para a elite), **Valentina Tereshkova** (primeira mulher a ir ao espaço) e **Anita Garibaldi** (revolucionária que teve um papel fundamental, por exemplo, na Guerra dos Farrapos, contra o governo imperial do Brasil).
“Anitta que escolheu a ordem de uso dos figurinos, de acordo com o que ela considera mais apropriado para cada show. Como já trabalhamos juntas há um bom tempo, foram necessárias pouquíssimas alterações e minha equipe e eu temos bastante liberdade criativa, o que é maravilhoso", revela Clara.
"Infelizmente, não posso entregar tudo, mas ainda tem muita coisa incrível vindo por aí. A gente espera que as pessoas gostem e, mais do que isso, continuem pesquisando sobre a história e o legado dessas mulheres, nosso principal objetivo desde o começo”, conclui a stylist.
O evento "Ensaios da Anitta" passarão ainda por Brasília, em 21 de janeiro, Recife (28), São Paulo, em 11 de fevereiro, e Curitiba (12).
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2023-02-06T20:55:51Z
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https://br.vida-estilo.yahoo.com/quem-e-marietta-baderna-inspiracao-figurino-de-carnaval-anitta-011143466.html
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# Quem é Marietta Baderna, que inspirou um dos figurinos de pré-Carnaval de Anitta
## E, sim, o termo usado em situações de total desordem surgiu a partir do sobrenome dessa mulher
Todo ano, os fãs aguardam ansiosamente pelo momento em que
**Anitta** revela o tema e os primeiros looks dos shows de **Carnaval**. E em 2023 não foi diferente: agora, a cantora, que já revisitou a própria videografia e encarnou personagens de videogame, por exemplo, presta tributo a “mulheres guerreiras” que marcaram a história do nosso país.
Para a apresentação que rolou no último domingo (8), no Rio Janeiro, ela usou um figurino inspirado em
**Marietta Baderna** e conversou o **Yahoo** sobre a escolha da bailarina italiana como uma das referências da vez.
“Ela é a mulher por trás do termo ‘baderna’, uma revolucionária. Ou seja, tem tudo a ver com o conceito no qual decidimos trabalhar este ano“, contou a Poderosa. Confira, na íntegra, um resumo feito pela equipe de Anitta para (re)apresentar Baderna ao público:
*"'Baderna' é um substantivo feminino de origem brasileira que quer dizer 'situação em que reina a desordem; confusão; bagunça', sendo uma justificativa utilizada para todo tipo de repressão por autoridades. Por trás desse signo de desordem, existiu uma mulher forte, talentosa e fascinante — e um séquito de seguidores que a admirava. * *Marietta Baderna nasceu na Itália, em 1828, filha de uma artista e um revolucionário. Entrou na arte por meio do balé, aos 12 anos de idade. Veio para o Brasil em 1849, quando o país era ainda um conservador império escravocrata governado por Dom Pedro II.* *Baderna não era revolucionária somente em suas orientações políticas, mas também em seus costumes. Apreciadora de festejos populares, do álcool e do sexo, por mais que dançasse nos salões mais tradicionais, a jovem gostava mesmo era da rua, onde conheceu a resistência dos escravos e, principalmente, que se apaixonou pelas danças que coreografavam tal resistência nos corpos das mulheres negras e assim, aos poucos, foi mudando sua forma de dançar e se tornando uma bailarina do povo."*
## Pré-Carnaval
Além de Marietta Baderna, Anitta também homenageou Tieta do Agreste, personagem de Jorge Amado, em seu primeiro ensaio de Carnaval, realizado no sábado (7), em Salvador. A história da personagem foi adaptada para as telinhas em 1989, interpretada por Betty Faria.
A turnê passará ainda por Jurerê (14), São Paulo (15), Brasília (21) e Recife (28), em janeiro, e por São Paulo (11) e Curitiba (12), em fevereiro. Com o sucesso da edição carioca, a equipe abriu uma data extra na agenda da Poderosa: Anitta volta a se apresentar na cidade em 29 de janeiro.
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2023-02-08T22:34:35Z
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https://www.sobral24horas.com/2022/12/extremista-invade-supermercados-e-ataca.html
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Cabeça do movimento baderneiro que invadiu um supermercado em Fortaleza, exigindo cestas básicas sob ameaça de depredação, disputou o Governo do Ceará nas últimas eleições.
Serley Leal é filiado ao Unidade Popular, sigla de extrema esquerda com ideias radicais contra o sistema financeiro, e já disputou três eleições. Perdeu todas.
Serley Leal e sua companheira Catarina, também adepta de invasões ilegais, adoram destinos internacionais. Exibem no Instagram um click romântico em Buenos Aires. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
O “militante” tentou ser vereador pelo PT em 2012, vice-prefeito (2020) e governador (2022), ambos pelo UP. O eleitor o reprovou todas as vezes.
Serley é proprietário de confortável apartamento de 116m² no bairro de Fátima, um dos mais tradicionais da capital cearense. Apesar de o partido ser contra o capitalismo, Serley acumula ações no “repulsivo” mercado de ações. Tem ainda uma previdência privada. Veja o detalhamento da declaração de bens do distinto à Justiça Eleitoral, no registro de sua mais recente candidatura derrotada.
(Diário do Poder)
## 2 comentários:
Muita hipocrisia...
Kkkkkk chupa
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2023-02-08T03:52:08Z
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https://www.sobral24horas.com/2023/01/ministro-da-agu-de-lula-pede-ao-stf.html
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A Advocacia-Geral da União pediu ao Supremo Tribunal Federal restrição ao exercício do direito de manifestação, impedindo interrupção do trânsito e acesso a prédios públicos. A solicitação prevê ainda a prisão em flagrante de quem descumprir a determinação.
No pedido, que será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, a AGU afirma que identificou “nova ameaça de atos golpistas convocados para esta quarta-feira” em todo o Brasil.
No documento, que pode ser lido site do STF sob identificação ADPF 519, a AGU pede que a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e as polícias militares dos Estados e do Distrito Federal identifiquem veículos utilizados na prática de atos antidemocráticos, com a qualificação dos proprietários respectivos; e a identificação (nomes e qualificação pessoal) de todos as pessoas que participarem dos atos antidemocráticos.
Há ainda o pedido de bloqueio das contas do Telegram de grupos envolvidos no que a AGU chamou de “preparação e realização de atos golpista”.
(Diário do Poder)
## 2 comentários:
queria entender, no brasil quem manda e desmanda e o sr Alexandre de moraes, pq so sai o nome dele na midia do pais nenhum outro ministro tem voz opiniao , que nao e pra eles trabalhar com opiniao e sim com a lei e fatos, e o comeco dessa baderna toda foi quando numa manobra corrupta cancelaram uma ivestigacao e codenacao , e tornou um ser mais corrupto elegivel.
Bem vindo a República da Nova Venezuela
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2023-01-28T11:19:39Z
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https://www.sobral24horas.com/2023/01/protestos-de-esquerda-no-peru-matam-50.html
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É no mínimo curiosa a falta de adjetivos criativos em torno do noticiário, no Brasil, sobre os protestos políticos violentos no Peru. Manifestantes de esquerda pedem a dissolução do Congresso, além da soltura do ex-presidente Pedro Castillo, preso por tentar um golpe de Estado no fim de 2022. Os protestos peruanos que provocaram quase 50 mortes não são coisa de “golpistas” ou “terroristas”, nas manchetes brasileiras. Bem ao contrário das alusões ao badernaço do dia (8) em Brasília, sem mortes.
**Autoritarismo à espreita**
No Peru, como em qualquer democracia, protestos saem do controle, mas o desafio é não permitir que sejam pretexto para surtos autoritários.
**Contra a morte de 3 curdos**
No Natal, atos em Paris contra a morte de 3 curdos feriram centenas, com vandalismo, incêndios. Não se falou em “terrorismo”, lá e nem aqui.
**Pretexto para vingança**
O vandalismo em Brasília foi inaceitável e os responsáveis devem ser punidos, mas seu uso oportunista tem servido a vinganças e retaliações.
**Escalada autoritária**
O direito à livre manifestação, inclusive de ideias, é valor inegociável na democracia, mas no Brasil tem sido relativizado sem freios ou oposição.
(Diário do Poder)
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2023-01-30T05:10:55Z
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https://www.sobral24horas.com/2023/01/pt-planeja-reforma-para-enquadrar.html
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O badernaço de domingo (8) caiu como uma luva para um projeto acalentado pelo presidente Lula (PT): favorecer o clima para a reforma radical nas Forças Armadas, de acordo com o modelo da Venezuela do ex-ditador Hugo Chávez. Parlamentares com acesso ao núcleo do poder trabalham com a informação de que a intenção petista é controlar os meios militares, livrando-os da influência do ex-presidente Jair Bolsonaro e colocando os quartéis a serviço do governo que assumiu no dia 1º.
**Aparelhamento**
Com a reforma, a Venezuela afastou chefes militares e interrompeu uma sequência de golpes. Depois, promoveu o “aparelhamento” dos quartéis.
**Golpista militante**
O ditador Chávez foi preso após liderar tentativa de golpe militar, mas aprendeu como fazer e, após o segundo golpe, só saiu do poder morto.
**Animosidade**
Lula disse ontem que as Forças Armadas não são “poder moderador, como pensam que são”. Ninguém nas Forças Armadas disse isso.
**Tema polêmico**
Constitucionalistas conservadores como Ives Gandra Martins dizem que a Constituição estabelece as Forças Armadas como “poder moderador”.
(Diário do Poder)
## 1 comentários:
Eles querem fazer o que Hugo Chávez fez e maduro está fazendo, começou assim fazer guarda nacional e depois tome comunista..faz o L
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2023-01-30T04:54:42Z
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https://uninomade.net/a-atualidade-de-uma-democracia-das-mobilizacoes-e-do-comum/
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**Alexandre Mendes**, da UniNômade **1) Introdução**
Escrever no momento em que tudo parece confuso e o campo de possibilidades de ação se mostra, no mínimo, turvo é um desafio. A tentação é ficar apenas observando, deixar os dias passarem, aguardar novas movimentações, a espera de um instante de clareza e calmaria no complexo campo de forças que se estabeleceu há duas semanas. Com certeza, seriam menores os erros e mais ágil o pensamento. A prudência manda ficar quieto e observar. Nas propostas de mobilização e atividades na rua, por um tempo, ganhou terreno o mesmo raciocínio. Seria tempo de deixar o mar revolto e amorfo passar, para depois voltar a remar na direção de um local certo e preciso.
Devemos correr o risco de atuar no sentido contrário, escrevendo, tomando decisões e propondo novas ações, a partir, exatamente, do coração dessa mistura caótica?
Creio que sim. E o retorno dos encontros para organizar novas ações caminha na mesma direção. O tempo está mais acelerado que nunca e não convém abandonar a nossa capacidade de conduzi-lo de forma virtuosa. Abandonemos o rigor disciplinar da “boa conduta e análise revolucionária” de lado em prol de uma abertura à experimentação e à tentativa de esboçar pequenos, instáveis, precários, mas permanentes mapas de luta e reflexão. Nada nos impede de, amanhã, amassarmos o papel e jogá-lo no lixo, de revertermos a frustração de uma ação mal-sucedida, por uma nova proposta de ação. Seríamos imprudentes? Ora, não seria a prudência, desde os gregos, o melhor antídoto para combater o medo e covardia ao possibilitar a realização de condutas em meio à surpresa, ao risco ou ao contingente?
A questão, então, não seria “agir ou não agir”, mas
*como *agir no interior do atual campo de disputas e acontecimentos. Este parece ser o tom das discussões que tomam novamente as assambleias, plenárias, encontros informais e eventos políticos. Nosso esforço está direcionado para esse mesmo desafio. Não pretendemos pontificar nenhuma derradeira “solução” ou esboçar uma “manual” de conduta. Nossa tarefa é apenas lançar alguns pontos de reflexão, linhas de um mapa, que, espero, colabore com as recentes mobilizações. **2) A situação está melhor que antes. Saímos do consenso unívoco e silencioso para o dissenso generalizado e polifônico.**
No momento em que ventos pessimistas se aproximam, é preciso declarar que, apesar de todos os riscos, a proliferação veloz das revoltas urbanas que tomaram o País nos coloca em uma situação melhor do que a anterior. O consenso que havia se formado a partir da dinâmica dos megaeventos, do neodesenvolvimentismo economicista, do projeto único de governo definido “de cima para baixo”, implodiu. O Brasil Maior se estilhaçou em inúmeros fragmentos lançados para todas as direções. No campo político, ele era formado por uma costura de alianças que paulatinamente foi cerrando todos os canais democráticos de dissenso e forçando as múltiplas visões e realidades a se reduzirem ao “Um”. Não por acaso, o Rio de Janeiro era o laboratório privilegiado desse fenômeno. O poder político, econômico e simbólico tentou nos fazer acreditar que éramos “Um Rio”, mas a cidade implodiu-explodiu recusando de forma selvagem a operação de redução. O somatório de forças, que foi apresentado como solução para a crise da ex-capital, se converteu rapidamente em um “rolo compressor” que atropelava tudo e todos.
Por mais que, na fumaça dos escombros, o “Um” esteja tentando se reafirmar a partir do avesso – a unidade do “povo” – a multiplicidade recuperou a sua capacidade de se afirmar politicamente e de se constituir como horizonte do possível. Nossa tarefa é evitar que ela seja novamente esmagada por um trágico encontro entre o Brasil Maior (em crise) e o “gigante que acordou”. Urge proliferarmos instâncias que multipliquem continuamente as diferentes formas de vida e de expressão. Afirmar uma paleta de mil cores que recusa uma só bandeira, garantirmos o direito ao dissenso contra todas as tentativas de reconstruir, em bases ainda piores, o consenso que o atual ciclo de lutas desmanchou. Ao que tudo indica, e ao contrário das previsões mais pessimistas, esse caminho tem se mostrado mais aderente às mobilizações que as ameaças fascistas realizadas nos protestos anteriores (agora reduzidas aos patéticos manifestantes que ocuparam uma Av. Rio Branco vazia).
Os riscos são novos, mas as oportunidades também. Saber aproveitá-las é um dos desafios mais complicados e instigantes do atual fazer-movimento. E deve começar agora.
**3) O ciclo de lutas coloca em evidência a centralidade do direito à cidade. Estamos vivendo a primeira greve geral metropolitana.**
Que a insurgência generalizada tenha se iniciado a partir de uma luta pelo direito à mobilidade não é mera coincidência. Se antes a cidade era o “suporte” para unidades de produção que determinavam diferentes usos do território segundo uma lógica disciplinar-fabril, comercial ou administrativa, nas ultimas décadas o urbano tem se constituído como o próprio terreno da produção e daquilo que é produzido. Uma produção social, difusa e permanente que não pode mais ser separada da chamada esfera da “reprodução”, aquela que corresponde à própria vida. Produção do urbano e da vida urbana não só coincidem como se alimentam mutuamente. As lutas que tradicionalmente foram (e ainda são) realizadas sob o signo das “condições de trabalho”, no urbano significam batalhas a serem travadas no campo dos serviços urbanos e sociais. A ampla aceitação da população ao movimento de redução das passagens e de melhoras no transporte público (inclusive “com baderna”, assustando o populismo televisivo) não traduz nada mais que a constituição de um terreno comum de luta, que é a “fábrica difusa” da própria cidade e seus serviços.
Está declarada a greve geral do trabalho metropolitano! As metrópoles pararam e mesmo aqueles que habitualmente são colocados pela mídia como “vítima dos transtornos” apoiavam enfaticamente a luta que se tornou incontrolável. O que já aprendemos dessa revolta é que, assim como os operários de diversas “categorias”, os habitantes das metrópoles podem se unir e se articular produzindo uma ação conjunta de efeitos impressionantes. Com as redes sociais (porque não a chamamos de o novo âmbito sindical, sem excluir aquele tradicional) isso pode ser feito em coordenação simultânea com centenas de cidades, no Brasil e no mundo. Foi o que nós fizemos e ainda soa inacreditável.
Não esquecer que as novas lutas em torno da dignidade da vida urbana incluem o próprio direito de
*produzir* o urbano, na clássica e antecipada visão de Henri Lefebvre. Possuímos instituições que democraticamente permitem essa produção? Sem dúvida esse desafio está colocado, mas uma questão já é determinada: a greve metropolitana funcionou como um verdadeiro processo “destituinte” de formas de governança das metrópoles que monopolizam a prerrogativa de produção do urbano. A conquista dos vinte centavos representou uma vitória imensurável porque arrancou das mãos do governo e das empresas o poder de determinar, a partir de contratos suspeitos e gastos sigilosos, o preço da tarifa. A demora e a recusa dos governos em anunciar a medida, mesmo daqueles que deveriam ser progressistas, comprovou que o movimento adentrou na área do vespeiro. Uma fenda se abriu nas estruturas antes impenetráveis do público-privado.
O desenrolar do processo de luta acusou outro movimento “destituinte”, agora referente à urbanização VIP estimulada pela dinâmica dos grandes eventos, mas também pela especulação imobiliária com suas arquiteturas falsamente exuberantes (que escondem na verdade uma terrível miséria). A aceleração do processo de expropriação dos bens comuns, a imposição de uma estética e de formas de vida elaboradas pelo
*marketing* previsível das empresas, o cercamento e a mutilação de espaços de alegria, de convívio e de encontro dos habitantes da cidade, a segmentação baseada na propriedade e na renda dos locais de entretenimento despertaram paulatinamente uma recusa radical do modelo. O “padrão-FIFA”, com suas zonas exclusivas e mordomias seletivas, ostentadas ao lado de serviços sociais degradados (saúde e educação), está sendo severamente questionado a ponto de se falar que “não vai ter Copa”. E a rua, que, na propaganda, deveria ser a maior arquibancada do Brasil, justamente para abrigar todos aqueles que se tornaram subitamente “sem-estádio”, se transformou no local dos novos enfrentamentos por outra forma de produzir o urbano.
Não se sabe, agora, se as grandes mobilizações de rua, com centenas de milhares de pessoas continuarão paralisando as cidades e mentalidades. Fato é que estamos vivendo uma desterritorialização do movimento, com pequenos protestos estourando em vários lugares ao mesmo tempo. As periferias e favelas, cuja participação muitos duvidavam, foi para a rua e escancarou a desigualdade do tratamento policial entre classe média branca e população negra e favelada. É ao mesmo tempo fabuloso e estarrecedor acompanhar a mobilização das favelas. Uma juventude corajosa e virtuosa vai para a rua mas as balas não são de borracha. Possivelmente, no Rio, esses protestos servirão para desnudar a violência policial extrema, de uma polícia que estava vendendo ao mundo a ideia de “humanização”, “pacificação” e aproximação comunitária. Seja em locais “pacificados” ou não, a total incompatibilidade da polícia militar com a democracia resta evidente. A continuidade dos movimentos nos colocará, por certo, uma chance única de desativar essa máquina de matar. Não podemos perder essa oportunidade.
**4) A greve geral tem classe. Sua nova composição não está domesticada pela noção de “Classe C”**
Diversos analistas tem, nos últimos anos, comentado a emergência veloz e significativa de uma “nova classe média”, representada pela camada da população que conquistou renda e novos espaços sociais no contexto do Governo Lula. Rapidamente, economistas, empresas e governos começaram a desenhar novos moldes para ajustar os novos consumidores em estratégias de venda e estímulo ao “empreendedorismo”. A periferia, e seus mediadores, adquirem uma nova centralidade, denominada por Marcelo Neri de “o lado brilhante dos pobres”. Como a metáfora indica, imaginou-se que a nova “Serra Pelada” poderia ser escavada pacificamente rendendo bons frutos a todos que tivessem lido o livro Mistérios do Capital (De Soto, H) e o colocado na cabeceira. Mas não só o capital, também a “classe” tem os seus mistérios.
Um deles é que a classe, longe de ser definida por traços sociológicos, é engendrada continuamente pelas lutas. A atual greve metropolitana, assim, funciona como um dispositivo que, ao mesmo tempo, é resultado dessa nova composição de classe e funciona
*produzindo* essa classe. Essa produção é aquela correlata à própria produção do urbano e suas múltiplas centralidades. Não é por acaso que no início das mobilizações encontrávamos a expressão mais potente dos novos personagens que entraram em cena: os jovens que conquistaram novos espaços sociais (entre eles a universidade), novas condições de desejar e lutar, e que também atravessam e compõem diversas formas de organização política. O terreno de disputa deles é a cidade, seus usos e suas possibilidades. Uma fina e quase invisível articulação, com o tempo, foi sendo tecida até que a redução da tarifa se colocasse como ponto de encontro das muitas e variadas dimensões dessa nova composição. Os jovens gritavam palavras de ordem, os senhores de idade, os pais e as mães, aplaudiam. A “classe C” que era pra ser domesticada pelo consumo, pela polícia de pacificação e pela “formalização” autoritária, entrou num processo rápido, intenso e insurgente de “fazer-multidão”.
A greve metropolitana, então, pode nos servir para uma ampla revisão e reflexão sobre as políticas destinadas à domesticação da classe que se institui no processo de luta. Nos processos de “integração” sonhados pelos ideólogos da Prefeitura do Rio, por exemplo, imaginou-se que a “nova classe média” iria adentrar no setor de serviços de maneira pacífica e ordeira, mesmo com sua prestação péssima e suas tarifas altíssimas. Pensou-se que os jovens (e antigos comerciantes) desejariam ser novos empreendedores da cidade-empresa. Que os moradores de favela deveriam ser removidos para “empreendimentos” do Minha Casa, Minha Vida, para ter uma moradia digna. Que, para trabalhar, os ambulantes precisavam ser regularizados e disciplinados a partir de pontuações estúpidas e determinações servis. Que os jovens que produzem cultura, novas mídias, tecnologias e linguagens, deveriam ser controlados pelos recentes museus da Fundação Roberto Marinho e pelas baboseiras da “cidade criativa”. Mas eles não querem nada disso! Querem produzir o urbano a partir de formas de sociabilidade autônomas, horizontais e democráticas. E, para isso, é preciso conquistar mais direitos, serviços urbanos, espaços, liberdades e se apropriar de muito mais riqueza do que a promessa de crescimento gradual oferece.
Muito mais que uma sociológica “nova classe média” o que estamos vendo é a constituição da classe como
*produção de subjetividade*: uma construção política que resiste a todas as estatísticas. A intensidade dessa produção explica como pode haver um extraordinário levante insurrecional num ambiente que era visto como consensual politicamente e estável economicamente. Os “determinantes objetivos” se demonstram inócuos exatamente porque não perceberam a dimensão ontológica, radical e produtiva da nova subjetividade.
Os tecnocratas neoliberais, cada vez mais bajulados pelos governos do PT, não só não compreendem esse fenômeno, como insistem em políticas que, se não são inúteis e ineficazes, são verdadeiramente antidemocráticas. Uma economista carioca, que ocupa lugar de destaque, chegou a imaginar que a combinação entre o mercado financeiro e o terceiro setor pudesse apresentar projetos “sustentáveis” para a favela! Mas estão todos quietos e assustados agora. E é preciso aproveitar a onda de protestos para acertar as contas e substituir os “teóricos da domesticação” por novos quadros que compreendam em sua dimensão virtuosa e selvagem o trabalho e o desejo da multidão.
O que parece claro é que neoliberais e neodesenvolvimentistas foram desafiados por uma dupla recusa: a do Brasil Maior que gradualmente transformaria a classe que luta em “classe média” através de um programa de estímulo ao crescimento e pleno emprego e com a homologação do crédito e do consumo; a da cidade-empresa que a integraria a partir da dinâmica dos serviços (ineficientes e caros), do “empreendedorismo” cultural, terciário e “criativo”. Os megaeventos deveriam pavimentar essa ponte e conectar os nós das metrópoles-empresas na grande rede do Brasil Grande. Mas tudo isso está ruindo… E o que aparece agora em contornos reais é tão somente a crueza da violência da polícia e dos governos.
**5) Evitar as identidades, fazer ranger a forma-partido**
Quem percorreu as reuniões do campo progressista, que ocorreram no ultimo final de semana (dia 22.06), percebeu que, em alguns militantes, havia uma vontade subliminar ou expressa, talvez justificada pelo medo e pela incerteza, de que tudo voltasse ao que era antes. “Pelo menos não tínhamos o risco do fascismo e nossas bandeiras não eram atacadas”. Algumas propostas eram bastante reativas, como a formação de uma “frente” para defender as cores, tradições, bandeiras e protocolos do movimento de esquerda. Se o fascismo aparece como situação tão problemática como minoritária (espero!), aquilo que, de fato, chama a atenção é a
*base social* ampla que apoiou e veiculou as críticas aos mecanismos internos e externos dos partidos políticos. A extrema-direita tentou surfar nessa onda, mas o fato é que, ainda quando os protestos eram pequenos, muitos militantes apresentavam a preocupação em se manter a autonomia do movimento e evitar uma prejudicial cooptação. E depois de terem sofrido uma injusta e repugnante violência (nos atos maiores), que foi apoiada por uma intensa e sonora vaia, os partidos políticos ou ficaram reativos-identitários ou nunca mais serão os mesmos.
A segunda opção parece ser a mais promissora, no sentido de alavancar novos agenciamentos coletivos que possam atravessar virtuosamente a chamada “crise da representação”, multiplicando âmbitos inovadores de organização e produção luta. O desafio parece ser, ao mesmo tempo, evitar o desgastado vanguardismo, que irrita tantas pessoas, e a cooptação oportunista dos fluxos de mobilização jovem, como bem registrou Giuseppe Cocco no artigo “Não existe amor no Brasil Maior” (
*Le Monde Brasil*), que antecedeu, em dias, o poderoso levante democrático que estamos vivendo. Nem o partido-fábrica, com seus gerentes, cadernos de ordem e disciplina, nem o partido-financas, com a cooptação móvel e flexível dos fluxos produzidos autonomamente pela luta. Será possível reinventar os partidos de esquerda na direção de uma espécie de teia rizomática, que permitiria a livre e potente expressão de vários pontos ou nós articulados e insurgentes? Eis uma questão que está, a meu ver, colocadas pelo atual ciclo de lutas. **6) Manter o poder constituinte da mobilização: produzir o comum **
Da mesma forma que, em quinze dias, saímos do consenso silencioso para o dissenso generalizado, também realizamos uma profunda mudança na pauta política “oficial”. Em um governo tecnocrata e frio, que nunca ou pouquíssimo escutava os movimentos, e que só entoava os termos “modernização”, “enfrentamento dos gargalos”, “exportação”, “crescimento do PIB”, “grandes empreendimentos” etc., conseguimos introduzir uma nova gramática e o retorno da palavra “política”, anunciada como objeto de reforma. A centralidade dos direitos sociais e a relação entre movimentos/mobilizações sociais e governo voltaram para agenda da Presidência, embora tudo ainda seja uma incógnita.
A reforma política anunciada pela via da “constituinte exclusiva”, agora apenas por plebiscito, está longe de ensaiar qualquer solução para o impasse, mas também não deve ser descartada como abertura para novas reflexões e ações. O problema jurídico era esperado e o constitucionalismo revela o seu principal e cômico limite: a incapacidade de lidar com as transformações sociais e o poder constituinte das ruas, sempre relegados (e pessimamente estudados) ao momento pré-constitucional e institucional. Daí o vai-e-vem das opiniões jurídicas e os limites da “técnica” constitucional moderna. Se é fácil afirmar que o constitucionalismo é o trunfo contra as maiorias para que os direitos fundamentais não sejam violados, muito mais difícil é conceber uma constituição aberta às mobilizações radicalmente democráticas e que não se apresente como uma “pedra” no nosso caminho. Essa é outra tarefa colocadas pelas lutas, e que deve tirar os juristas do seu conforto repetitivo e solene.
A questão central, por outro lado, não parece ser promover um arejamento institucional de viés democrático (embora isso seja recomendável e importante) que simplesmente
*responda *à mobilização. Algo pensado como uma espécie de remédio para curar a nossa vontade de ir para a rua. Qualquer resposta colocada nesses termos pressupõe um desejo de *fechar* o processo, concluir as insurreições. Mas, pelo contrário, o tormentoso, empolgante e necessário desafio parece ser pensar a própria democracia como uma *abertura* permanente à mobilização e aos processos instituintes. Não operar respostas reativas mas promover espaços políticos permanentes que possam manter a relação entre mobilização e governo como um processo de textura aberta. Nesse sentido, a melhor “solução” que o governo poderá ter diante dos protestos, é tomá-los como uma verdadeira *arte de governar*: forçar o aprendizado, deixá-los penetrar, deixar-se afetar constantemente, permitir o atravessamento, criar uma pedagogia da insurgência que possa aquecer a máquina que governa, friamente, os assuntos públicos.
Sabe-se que os nossos mais valiosos militantes, intelectuais e políticos se dedicaram, desde os anos 1980, a pensar, em geral, uma democracia participativa e descentralizada, de bases locais ou não, que privilegiasse o acompanhamento da população interessada e afetada nas 9políticas implementadas pelo Poder Público. E assim foram imaginados alguns importantes capítulos da 9Constituição Federal e legislações que tratam da saúde (SUS), da cidade (Política Urbana, art. 182, e o Estatuto da Cidade), da cultura (a recente “PEC da cultura”) e da educação (LDB e FUNDEB). Essa partitura de âmbitos institucionais expressam, sem dúvida, o resultado das mobilizações que ajudaram a democratizar o Brasil e lutaram contra o estado centralizado e burocrático da ditadura militar.
No entanto, os mesmos sujeitos citados acima são, hoje, aqueles que mais criticam e identificam uma crise ou um impasse na efetividade e na eficácia desses instrumentos de democracia participativa. De que forma as recentes mobilizações podem nos ajudar a romper essa crise? É possível pensarmos em uma democracia baseada, não apenas na participação, mas, principalmente, na
*mobilização*? Uma democracia que animasse ou transformasse as “instâncias participativas” em verdadeiras “mobilizações instituintes” de caráter permanente?
Seria, sem dúvida, presunçoso querer dar uma resposta a essa questão. Se é certo que a proliferação de “instâncias sem o instituinte”, ou seja, de âmbitos que se tornaram falsamente democráticos, faz parte das inúmeras razões das lutas atuais, a possibilidade de se manter uma transformação constituinte, que não se confunde com a reforma, só poderá ser dada pelo próprio movimento.
Dentre as inúmeras arapucas montadas para esvaziá-lo, existe aquela da dicotomia entre público e privado. Se a crise do Estado Social leva consigo, progressivamente, a existência dos serviços estatais, que eram movidos por grandes blocos de representação política e por fortes investimentos e instrumentos fiscais, o rearranjo neoliberal que, no Brasil, a partir, principalmente, de 1995, colocou na agenda o chamado “Estado regulador”, baseado na expansão das concessões e permissões ao setor privado, jogou as políticas públicas num buraco negro de negociações fechadas, escusas e antidemocráticas. A regulação pública autônoma, a prometida eficiência e regularidade dos serviços, a modicidade das tarifas e a segurança do usuário não só se converteram em “mitos”, como começaram a gerar um sentimento justificado de revolta e indignação da população.
Daí que a dupla-crise exige não só a aposta na participação, mas, a imaginação de serviços que, para além dos estatais ou privados, sejam
*serviços comuns*. É a hora de rompermos as subordinações que os *usos* e os *bens comuns* possuem com relação ao Estado e ao Mercado e afirmar a nossa capacidade de gerir os serviços a partir de formas compartilhadas e radicalmente democráticas que caminham, passo a passo, com a produção social e comum do urbano. O que o movimento pela Tarifa Zero demonstra de interessante é que os custos para se viabilizar a cobrança pública ou privada das tarifas são altíssimos e acabam por bloquear a produção do comum urbano pela imobilidade.
Não seria essa a discussão que se dá em diversos campos que colocam a “expropriação do comum” como um dos problemas centrais do capitalismo contemporâneo? O saque realizado nas redes da cibercultura, na produção de saberes, nas terras e florestas, nos recursos ambientais, na própria linguagem, nas formas contemporâneas de trabalho e nos nossos modos de vida. O “padrão-FIFA” são seria uma autêntica máquina de expropriação das paixões, do esporte, da cultura e dos comuns urbanos. Que tenhamos vivido um poderoso levante, um dos maiores do mundo, contra essas formas de apropriação é de fato incrível.
Como realizar políticas do comum? Sabemos que para efetivar de forma justa a tarifa zero precisaríamos supor que todo o orçamento público e todo o faturamento privado, ou seja, todo a riqueza produzida de forma comum, possa se abrir para um amplo debate de opções, escolhas e decisões compartilhadas. “Queremos as planilhas e queremos decidir agora sobre elas”. Vejam que todas as “instancias” de decisão e todo o resultado da produção devem se abrir no mesmo movimento. O que se denomina “caixa preta” dos transportes é exatamente o ponto nevrálgico da relação público-privado que alimenta a expropriação da produção urbana. Poderíamos imaginar uma implosão de todas as caixas-pretas que estão plantadas e que funcionam como saqueadoras da produção do comum urbano (na saúde, na educação, nas obras públicas, na construção civil, nos empreendimentos imobiliários, nos serviços, nas empresas terceirizadas, das relações de trabalho, no lazer, no turismo etc.)? Poderíamos pensar sua substituição por “caixas do comum”, pelas quais a multidão retoma a capacidade de decidir sobre as políticas públicas e retoma a riqueza produzida em comum.
Decerto, não estamos falando de um “grau zero” da política. O comum já está dado e já existe na produção de uma gama infinita de organizações urbanas, movimentos sociais, arranjos comunitários, informais, redes metropolitanas, âmbitos de discussão, proposição e reflexão, institucionalidades abertas, fóruns públicos e expressão singulares dos habitantes da metrópole. O comum não é só o resultado da produção do urbano, mas também sua própria produção.
Adotar a pedagogia insurgente e a força das mobilizações como
*arte de governar* é abrir a esfera de decisão para esse repertório-sem-fim de atividades e iniciativas difusas e entrelaçadas. Os projetos alternativos da Vila Autódromo, do Horto, da Providência, a contra-agenda que as favelas colocam às UPPs, as discussões sobre a linha 04 do metrô e o modelo de transportes, as formas democráticas existentes de prevenção do risco nas encostas, a ocupação cultural e criativa do espaço público, os usos e os sentidos que os habitantes cotidianamente conferem à cidade, o trabalho dos ambulantes e precários, as alternativas pedagógicas na educação, a produção de novas redes de cuidado e de controle democrático na saúde, os fóruns que buscam uma abertura no monárquico sistema de justiça, as redes de comunicação autônomas e de mídia livre, são algumas expressões coletivas e singulares dessa produção que busca incessantemente novas instituições democráticas.
Nesse sentido, a mobilização que estamos vendo nos últimos quinze dias pode ser vista como um mobilização do comum. Os reclamos por uma pauta única não fazem mais sentido aqui. E também perderam o sentido aquelas pautas específicas que pressupõem que a vida urbana seja separada em gavetas distintas e incomunicáveis. O que temos de especial é uma multiplicidade de pautas, de exigências e de possibilidades que afirmam a dimensão comum do urbano, aquela que não se reduz nem aos fragmentos das políticas setoriais, nem à unidade das políticas prioritárias. “Queremos tudo e agora”, afirmam os jovens que estão violentamente pacíficos nas ruas e que foram aplaudidos pela população.
Conectar esse desejo de transformação a novas instituições do comum, encontrar uma democracia das mobilizações que inove radicalmente as estruturas políticas existentes, são desafios riquíssimos que, a meu ver, o movimento tem pela frente. E não estamos falando de uma utopia distante pela qual devemos sonhar e direcionar candidamente o olhar. Trata-se simplesmente de produzir novos âmbitos políticos adequados às formas de vida que já estamos vivendo. Por isso, a alternativa não está nem além, nem aquém, da atualidade. Romper os constrangimentos, irromper o que nós
*já somos* e produzir a atualidade do real, eis uma agenda vibrante para os próximos dias.
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2023-02-07T13:51:05Z
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https://uninomade.net/o-mpl-e-as-manifestacoes-de-junho-no-brasil/
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Em seus nove anos de existência, o Movimento Passe Livre – MPL, não havia encarado, de uma só vez, tantos holofotes, assédio e atenções por tal intervalo de tempo. Não que não tenha vivenciado cenas de tumulto, repressão policial e assédio da mídia antes. Mas, geralmente, isso aconteceu em nível local, com um alcance bem mais limitado e sem envolver uma tal magnitude de multidões. Exemplos disso foram a atuação do movimento em Florianópolis, em 2004 e 2005; em Brasília, em 2005/2006; e, mesmo em São Paulo, em vários anos, incluindo 2011/2012, só para citar uns poucos exemplos. No último mês, entretanto, o movimento, bem como as manifestações que assolaram o país de norte ao sul – dois fenômenos distintos, porém intimamente interligados entre si – passaram a ocupar o cerne das atenções de intelectuais, políticos, ativistas, mídia e da sociedade em geral.
Diante de tantos comentários, elaborações e teorizações, que tem contribuído para uma melhor compreensão do fenômeno que vivemos, gostaria de acrescentar o ponto de vista de quem realizou uma etnografia sobre o movimento em questão, que embasou a elaboração de uma tese de doutorado, defendida em 2010. Espero, com esse olhar mais próximo, contribuir para o debate.
Como já vem sendo falado à exaustão, o Movimento Passe Livre – MPL é um movimento social autônomo, integrado principalmente por jovens, que luta pela reestruturação dos transportes públicos urbanos e pelo direito à cidade. Apresenta também características bastante inovadoras frente ao cenário político local e nacional. A partir da luta pelo Passe Livre Estudantil e melhoria das condições dos transportes, o movimento elaborou sofisticadas noções de mobilidade urbana, segregação espacial e segregação racial, que compõem sua visão de direito à cidade. Em sua perspectiva, a cidade não se constitui apenas de serviços. A mobilidade, a partir dessa visão, refere-se também a qualquer deslocamento cujo objetivo seja afetivo, lúdico, de puro lazer. É, além disso, meio de acesso a direitos já consagrados como ‘do cidadão’ (saúde, educação, etc.). Assim, nas metrópoles contemporâneas, o transporte adquire uma centralidade que o leva à condição de meio de acesso ao direito à cidade. Na abordagem construída pelo movimento, o transporte não é independente: influencia e é influenciado por interesses e necessidades de muitas ordens. Visto sob esse ângulo, o transporte urbano brasileiro, além de central para o funcionamento da cidade, devido a todas as deficiências que apresenta, também promove a imobilidade urbana e cerceia o direito individual e coletivo à cidade, num processo de acúmulo de opressões como as de classe, raça, gênero e sexualidade, entre outras. Ou seja, na medida em que características como ser pobre, preto, mulher e homossexual são acumuladas, de mesma forma, são crescentemente cerceados os direitos de ir e vir dessas pessoas nas cidades brasileiras.
Para melhor compreender a gênese do MPL é bom reportar à geração dos vastos movimentos denominados ‘Antiglobalização’ ou ‘alter-globalização’, que se organizaram em vários lugares e assomaram de forma massiva às ruas de inúmeras cidades no mundo, entre 1999 e 2002. Esses movimentos globais, cujas origens remontam a diversas ações/movimentos, promovidos em diversos países, ao longo de algumas décadas, vieram a se articular, em 1997, a partir da rede “Ação Global dos Povos’, contra o livre comércio, e organizaram grandes eventos planetários. Grande parte dos grupos que integravam essa rede (os que não eram ONG ou sindicatos) se caracterizavam por uma deliberada fluidez estrutural e pautavam-se por princípios de horizontalidade e não liderança. A partir da queda das torres gêmeas em Nova York , em 2001, a violenta repressão ao movimento pelas forças policiais passou a ser ‘justificada’ pelos governantes. Diante desse cenário de crescente e desmedida violência, os ativistas anti-alter-globalização foram desativando paulatinamente os grandes eventos e lançaram-se à tarefa de reorganizar movimentos de base local em seus países de origem.
A constituição do Movimento Passe Livre – MPL se dá, portanto, nesse contexto, pós-auge do movimento antiglobalização. Teve como inspiração inicial as grandes manifestações espontâneas ocorridas em 2003, na cidade de Salvador (a “Revolta do Buzú”) e o movimento surgido em Florianópolis, entre 2004 e 2005, a partir da ‘Campanha pelo Passe Livre Estudantil’. Na capital catarinense, os ativistas, desvinculando-se de suas articulações partidárias anteriores, promoveram amplas manifestações de rua em protesto contra o aumento das passagens do transporte coletivo local. Em 2005, nas ‘franjas’ do Fórum Mundial Social, em Porto Alegre, os coletivos de diversas cidades, reunidos, decidiram pela formação do Movimento Passe Livre, nos moldes de um movimento social.
Embora seja inegável que o MPL é, essencialmente, integrado por jovens, seus ativistas não optaram por defini-lo como movimento estudantil. Essa escolha diz respeito ao fato de que os objetivos de luta do movimento vão além do atendimento às necessidades meramente estudantis – o que a proposta de direito à cidade elaborada pelo grupo traduz muito bem. Além disso, expressa a resistência aberta e ostensiva ao modelo de movimento estudantil tal qual este se configura atualmente – hierarquizado e com fortes vinculações partidárias. Da mesma forma, os ativistas optaram pelo apartidarismo, como meio de se desvincular dos jogos partidários com foco no poder estatal e para traduzir seu apreço e opção pelas estruturas horizontais de organização. A clivagem preponderante no MPL é, portanto, a que divide aqueles que trabalham em rede, daqueles que atuam sob a lógica do comando.
Os ativistas do MPL costumam, em geral, classificar os atores sociais – compreendidos por setores da esquerda – com quem contracenam (e, eventualmente, estabelecem parcerias no cenário político), em dois grupos distintos: aqueles que pertencem à ‘esquerda institucional’ e os que se vinculam à uma ‘esquerda social’. No primeiro caso estão incluídos partidos políticos de esquerda, alguns sindicatos, ONGs, centrais e entidades representativas de estudantes (como UNE, Diretórios Centrais de Estudantes – DCEs). São setores vinculados a uma institucionalidade e trabalham com foco no Estado. A relação aqui costuma ser marcada por variados contrastes e conflitos. Uma das principais críticas realizadas pelos ativistas do movimento atém-se ao fato de que essas organizações, com atuação marcadamente auto-referenciada, usam pessoas e situações como ‘massa de manobra’ para atingir seus próprios fins. Além disso, são organizações hierarquizadas e com uma leitura ortodoxa e teleológica das classes sociais, com foco predominante em um único sujeito revolucionário – a classe operária – sem compreender a multiplicidade de sujeitos e de lutas dentro da própria classe. Já na esquerda social estariam os movimentos sociais que, apesar de muitas vezes se estruturarem sobre princípios hierarquizantes – o que também dá margem a conflitos e discrepâncias – mantêm uma relação diferenciada com as estruturas estatais, e têm em comum com o MPL o fato de atuarem na lógica dos movimentos sociais.
Os ativistas do MPL compartilham de princípios – adotados, em geral, por movimentos autônomos – considerados essenciais à caracterização de sua identidade como movimento social. Tais princípios revelam a influência de concepções autonomistas, anarquistas, zapatistas e alter-mundistas, mescladas a uma desilusão no que toca ao funcionamento de partidos e instituições políticas em geral. Os princípios que norteiam a atuação do movimento podem ser agrupados em três eixos: i) o primeiro diz respeito, essencialmente, à relação travada com os atores/coletivos externos, com os quais o movimento se relaciona. São eles:
**autonomia, apartidarismo e federalismo**; ii) o segundo expressa as relações estabelecidas entre os ativistas no bojo do movimento: **horizontalidade, não liderança e decisão por consenso**; iii) o terceiro, aponta para características gerais do movimento, tais como: **anticapitalismo, prefigurativismo e não hierarquização das lutas**.
De forma sintética, pode-se afirmar que os três primeiros princípios asseguram ao movimento a tão prezada independência ou autonomia. São esses princípios os responsáveis por algumas variações na conformação dos coletivos espalhados pelo país, embora estejam conectados pela noção de federalismo, que, no caso, supõe que os mesmos atendam aos princípios do movimento. Uma relação mais próxima com partidos políticos no interior dos coletivos pode ser um exemplo dessa autonomia de ação.
A horizontalidade, não liderança e decisão por consenso são, por sua vez, os princípios que mais despertam estranheza, incredulidade ou ceticismo. Provavelmente, por confrontarem valores de uma sociedade para a qual a exaltação dos egos e o personalismo são essenciais ao seu funcionamento, em especial, às suas instituições políticas. Esses princípios transfiguram-se em mecanismos que orientam a relação entre os ativistas, induzindo-os a praticarem um padrão de desconcentração e fluidez do poder. Vale notar que quando postulam tais princípios, os ativistas do MPL não negam a existência do poder, mas, ao contrário, ressaltam a necessidade de sua diluição e a permanente alternância de posições nas relações entre as pessoas. A não identificação de ‘lideranças’ provoca maior desconcerto na relação com políticos, mídia ou mesmo a polícia, em momentos cruciais como a realização de negociações, entrevistas ou mesmo prisão dos que seriam os ‘cabeças do movimento’. Esses princípios são essenciais na atuação do MPL e se constituem em alvos da constante reflexão e vigilância do grupo.
O anticapitalismo, por sua vez, inscreve o movimento numa perspectiva radical de luta e é traduzido por seu projeto de desmercantilização dos transportes, considerando o seu papel de bem e direito público essencial, e não de mercadoria. A proposta de criar conselhos comunitários para gerir os transportes em cada cidade também aporta às bandeiras do movimento uma perspectiva de autogestão no direito à cidade. Esse princípio também dimensionaria uma diferença fundamental entre o MPL e outros movimentos considerados de cunho exclusivamente expressivo/identitário, uma vez que contempla o desejo de transformação das estruturas socio-econômicas que seus membros compartilham, situando-o em uma perspectiva de luta de classes. Já o prefigurativismo, é um conceito de origem anarquista, muito utilizado pelo Feminismo e Zapatismo – que anula a distância entre meios e fins, criando a noção de revolução como processo cotidiano, sendo mais um elemento essencial na diferenciação da atuação do movimento em relação aos partidos políticos. Por fim, o principio da não hierarquização das lutas, que se configurou como uma conquista dos movimentos e teorias feministas e de negros, a partir dos anos 70, atribuindo a todas as lutas (de gênero, raça, sexualidade, classe social, meio ambiente, especismo[1], etc.) o mesmo patamar de importância. Bem ao contrário da perspectiva marxista, ou mesmo a de alguns anarquistas clássicos no Brasil, que subalternizam as demais lutas à questão de classe. Essa perspectiva tem fundamental importância nos desdobramentos das lutas dos movimentos sociais contemporâneos.
Finalmente, vale ainda frisar que o MPL adota uma perspectiva construída a partir de uma linhagem política libertária, que bebe no anarquismo do século XIX, no marxismo heterodoxo do início do século XX, nos movimentos contraculturais dos anos 1960; nos movimentos ‘autonomia’ dos anos 1970 e 80, na Itália e Alemanha (surgidos a partir do movimento estudantil radical e apartidário, também denominado extraparlamentar, na tradição alemã); bem como no Zapatismo e nos movimentos anti-alter-globalização, já mencionados aqui. Vale ainda lembrar o ciclo de lutas latinoamericanas, tais como o panelaço argentino, a guerra do gás boliviana, Oaxaca e a rebelião dos pinguins, no Chile, todas referências determinantes para o movimento. Tudo isso promove uma razoável diversidade ideológica de esquerda no seio do movimento.
Com tais características contemporâneas, o MPL se insere na tradição dos movimentos sociais que lutam por bens da modernidade (transporte), o que muitos também poderão taxar como ‘demanda pontual’. Foi possível, no entanto, observar em minha etnografia com o coletivo brasiliense, que o movimento tem sabido se recolocar no cenário, aprofundando suas perspectivas de lutas (como no caso da passagem da demanda pelo passe livre estudantil para a Tarifa Zero e sua elaboração do direito à cidade), mesmo após ter suas bandeiras atendidas. Além disso, os ativistas costumam atuar também em variadas frentes de lutas locais, levando ao que chamei de multimilitância. Essa característica conduz a uma configuração das lutas autonomistas que ultrapassa a usual noção de fragmentação das lutas contemporâneas, bem como a de ‘’luta por questões pontuais”, concedendo aos movimentos autônomos agilidade, transversalidade e amplitude de ação.
O MPL também se insere no rol de movimentos que faz intenso uso das tecnologias de comunicação e, de certa forma, se estruturam com uma fluidez, que a rede inspira e permite. O facebook, o e-mail, as mensagens e comunicações por celular, etc., são fundamentais para sua organização, contribuindo, inclusive, para a almejada desconcentração de poder, por meio da agilidade na distribuição de informações e tarefas pelo grupo. Aqui, entretanto, vale ressaltar a opção do movimento por meios virtuais anticapitalistas de software livre como o
*Riseup*, o que demonstra sua postura crítica em relação ao domínio de corporações como
Não foi por acaso, portanto, que as convocações dos atos do movimento se fizeram também a partir desses veículos. Erra, entretanto, quem considera que a atuação do movimento se resume ao seu aspecto virtual. Em seus quase dez anos de existência, o MPL vem desenvolvendo, as vezes de forma intermitente, trabalhos com alunos do ensino médio e em comunidades da chamada ‘periferia’. É também praxe no movimento lutar contra o aumento das tarifas, já que estas dificultam ainda mais o acesso à cidade. No caso de São Paulo, a campanha contra o aumento vinha se desenvolvendo em movimento ascendente de participação, desde 2011, mesmo não tendo obtido êxito concreto até então. Além disso, o movimento executou um planejamento detalhado de ação que incluiu, já no início de 2013, a atuação nas escolas paulistanas, promovendo um processo de crescente de mobilização.
Feitas essas considerações, é interessante nos voltarmos para algumas das observações e teorizações que vem sendo tecidas em torno do movimento e dos protestos nacionais, no que já se chama de ‘manifestações de junho’ brasileiras. Como observei inicialmente, considero que as manifestações convocadas pelo MPL e os protestos massivos que se seguiram, especialmente após o acirramento da repressão policial em São Paulo, são dois fenômenos distintos, porém intimamente interligados. O movimento que assomou às ruas com o MPL focou em questão central que afeta o âmago da vida urbana e que, historicamente, tem provocado amplos e ruidosos protestos no país: o aumento da tarifa do (péssimo) transporte coletivo. Essas manifestações iniciais dizem respeito a um movimento que tem se organizado na capital paulista nos últimos nove anos, que atua por meio de ação direta e trata de uma reivindicação com claros contornos de classe e além de estudantes em geral, usuários habituais do transporte público no Brasil. A partir da resposta truculenta da polícia militar, a indignação provocada diante do fato, somada às inúmeras insatisfações represadas (quanto aos serviços públicos, em geral; à corrupção, etc.) pela crescente dissociação verificada entre o sistema político e a sociedade, produziram-se as imensas manifestações que surpreenderam o país e o mundo.
As massivas (e para muitos, assustadoras) ‘manifestações de junho’ no Brasil, por sua vez, guardam, em meu entender, uma correlação com o mesmo fenômeno que vem acontecendo nas ruas de diversas cidades do planeta. Concordo com Bruno Cava[2] e outros pensadores, quando remetem ao ciclo global disparado pelas revoluções árabes de 2011, que incluem movimentos como os Indignados, na Espanha; Occupy, nos Estados Unidos; a revolta da praça Taksim, na Turquia, entre outros. Embora compartilhem várias afinidades, esses movimentos também apresentam características específicas locais e, no caso brasileiro, não se pode esquecer a tremenda disputa realizada por setores conservadores, que a mídia corporativa nacional representa e vocaliza. Após a tentativa malograda de destruição do movimento por difamação (inicialmente ignorando, em seguida acusando de vandalismo, baderna ou arruaça), a mídia brasileira, capitaneada pela Rede Globo, passou a disputar as grandes manifestações, convocando a sociedade às ruas, criando (ou reforçando) demandas próprias (anti-corrupção, por educação e saúde, “não é por 20 centavos”…) e induzindo à criminalização do movimento original, ao fazer confluir o conceito de vandalismo sobre o de radicalidade, comum aos movimentos que atuam por meio de ações diretas. Da mesma forma, foi possível constatar o assombro – ou quase-pavor – da esquerda institucional diante da multidão ‘sem líderes e sem partido’. Inúmeros foram os boatos de golpe e acusações de tomada fascista das ruas, que o tempo revelou infundados. Embora as ruas tenham mostrado, de fato, toda a diversidade (a)política da população, que incluíram alguns segmentos nazi organizados, os mesmos não foram tão significativos quanto se quis fazer crer, e, ao contrário, apontaram para uma espécie de ‘paranoia de esquerda’ (institucional), que parece não acreditar que a sociedade pode agir sem a segura tutela da ‘vanguarda’.
Dentre os vários pontos em comum que envolvem as manifestações no planeta, é preciso destacar o importante papel desempenhado pelas novas tecnologias como fator de comunicação/ mobilização ou de ‘auto-comunicação de massas’. Castells sugere que essas tecnologias proveriam a plataforma tecnológica para a construção da autonomia do ator social, individual ou coletivo, bem como das instituições da própria sociedade. Além disso, há o ponto em comum da luta pelo direito à cidade, em seus diversos campos, uma vez que é na cidade, como lembra Harvey, que se dão as lutas de classes e do capital da contemporaneidade. É também nas cidades que se apresenta a nova conformação do trabalho, conforme Giuseppe Cocco, envolvendo aspectos como etnia, raça, gênero e classes, e que se expressa como multidão organizada sob diferentes aspectos, ao invés de dar lugar ás massas amorfas e oprimidas.
A essa altura, valeria ainda perguntar: porque foram as manifestações focadas no transporte, convocadas pelo MPL, que deflagraram o processo em curso? A questão do transporte, como elemento central da vida urbana e suas conotações de classe, já foi examinada aqui à exaustão e constitui um dos vetores explicativos. Outro vetor diz respeito à gama de insatisfações represadas há já um longo período de tempo pela sociedade brasileira e o sentimento de não representação em relação a seus governantes e representantes (especialmente estimulado pelos meios de comunicação, em sua segunda fase de relação com o movimento). Por outro lado, é preciso notar, como chamam a atenção o Sub-comandante Marcos (Zapatistas) ou o historiador americano Howard Zinn, que, mesmo em períodos de aparente tranquilidade, pequenas células de movimentos sociais ou indivíduos agitam-se, em uma atividade quase subterrânea, na sociedade. Essas atividades, em escala pouco percebida pelos poderes constituídos, porque não realizadas por meio das estruturas habituais de poder (partidos políticos, sindicatos, instituições públicas, etc.), geram um ambiente favorável à eclosão de grandes e, aparentemente, surpreendentes movimentos, quando surgem oportunidades concretas.
Por fim, no meu ponto de vista, não foi por acaso que os atos convocados pelo MPL e as massivas manifestações subsequentes ocorreram, se retroalimentaram e explodiram conjuntamente nas ruas do país. Isso ocorreu justamente por ser o MPL um movimento urbano, que critica e se diferencia das práticas partidárias, que atua por meio de ações diretas e se pauta por princípios de horizontalidade e não liderança, um conjunto de características que encontram muita ressonância na sociedade contemporânea. Vale acrescentar ainda que o fato de um movimento organizado como o MPL ter atuado antes, durante e depois das ‘erupções de junho’, antecedendo, assim, o ‘elemento espontâneo’ das manifestações, foi o que fez emergir do processo a causa dos transportes coletivos, a queda do aumento das tarifas e o MPL como movimento central e mobilizador, equiparável apenas, em sua amplitude de atuação, ao Comitê Popular contra a Copa, em alguns momentos e lugares. Talvez, justamente pelo fato de as manifestações brasileiras terem contado com o diferencial da atuação organizada do MPL, em relação às mobilizações ocorridas em outras partes do mundo (que tem também suas peculiaridades), que as mesmas resistiram ao esquecimento/omissão (da mídia), à direita, à despolitização e à repressão, vindo a obter conquistas concretas.
Finalmente, é importante observar que, se de um lado, as manifestações de junho mostraram uma nova cara do Brasil contemporâneo – enchendo de esperança grande parte da população que deseja mudanças em diversas áreas, mas não via, até então, horizontes para isso – e alçaram o MPL, seu estilo de luta e suas bandeiras a uma posição de extraordinária evidência – o que pode ser o sonho de todo movimento social – também apontam para novos e imprevistos desafios. Do ponto de vista da sociedade, para a forma como se conseguirá articular e canalizar sua sede de participação e transformações de um modo mais perene, construtivo e inclusivo. Do lado do MPL, como o movimento resistirá ao tremendo assédio da mídia, dos partidos, dos políticos, de novos e eventuais participantes e de outras forças mais obscuras, preservando suas características genuínas, sua capacidade auto-reflexiva e seu potencial de luta, que se mostraram tão efetivos e inovadores no cenário nacional.
[1] Hierarquização da importância das espécies, sob um ponto de vista antropocêntrico.
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Nesse artigo contamos tudo o que fazer em Bangkok, além das dicas de passeios, onde se hospedar, quantos dias ficar e dicas de quem já morou lá.
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Bangkok foi a cidade mais visitada do mundo por vários anos consecutivos, por isso já dá para notar que ela não deve ficar de fora de um
**roteiro pela Tailândia**. Como esse artigo é extenso, abaixo deixamos um menu onde você pode ir direto ao assunto desejado para ter todas as dicas de Bangkok. **Como chegar em Bangkok** **Hotéis em Bangkok: Onde ficar** **Quantos dias ficar em Bangkok** **Quando ir** **Grand Palace de Bangkok e Wat Phra Kaew** **Wat Pho** **Wat Arun** **Templo do Buda de ouro – Wat Traimit** **Wat Paknam Phasi Charoen** **Chatuchak Weekend Market** **Train Night Market Ratchada** **Mercado do Trem de Maeklong** **Mercado Flutuante de Damnoen Saduak** **Khao San Road** **Mahanakhon Skywalk** **Comida de rua tailandesa** **Chinatown de Bangkok** **Lumpini Park** **Rooftop Bar em Bangkok** **Asiatique The Riverfront** **Luta de Muay Thai** **Ruas Famosas** **Onde comprar em Bangkok** **O que fazer em Bangkok fora da rota turística** **Bate-volta de Bangkok** **Livro Tailândia** **Seguro Viagem Tailândia** **Passeios em Bangkok**
## Como chegar em Bangkok
Não existem voos diretos que conectam o Brasil à Tailândia, por isso será necessário pegar um voo com pelo menos 1 escala até Bangkok, a principal cidade de chegada na Tailândia. Mesmo assim, há quem venha de outras cidades ou países vizinhos e vamos explicar como chegar em Bangkok de diversas formas.
**Avião:** As principais companhias aéreas que fazem a conexão Brasil – Tailândia são a Emirates, Qatar e a Ethiopian Airlines. Agora, quem parte de outras cidades da Tailândia ou de países vizinhos, pode usar as **companhias aéreas low cost** como a Air Air Asia, Thai Airways, Bangkok Airways, Thai Lion e Nok Air, por exemplo.
As principais rotas partindo de Bangkok para outras cidades dentro da Tailândia são: Chiang Mai, Krabi e Phuket. Já as rotas para outras cidades fora da Tailândia são para Siem Reap (Camboja), Kuala Lumpur (Malásia), Luang Prabang (Laos) e Hanói (Vietnã).
**Ônibus:** Os ônibus são muito utilizados, até mesmo para transportes longos. Eles são espaçosos, confortáveis e em alguns trechos incluem um lanche ou jantar no valor da passagem.
Sendo assim, recomendamos pesquisar e fazer suas reservas
**utilizando a 12Go**, nossa parceira aqui no blog, e a melhor empresa para pesquisar e comprar passagens na Tailândia. É só imprimir o bilhete para levar ou mostrar no celular. **Trem: **Dá para viajar por boa parte da Tailândia de trem. Eles são antigos e lentos, mas valem a experiência já que passam por paisagens incríveis. Você também consegue utilizar a **12Go para reservar** seus bilhetes.
A diferença é que você vai ter que pegar os bilhetes reservados no posto de coleta da 12Go. O escritório deles fica no prédio DOB, de frente para a Hualamphong Station, a estação de trem de Bangkok e o escritório funciona diariamente das 10h às 20h.
Você também consegue comprar os bilhetes direto nas estações na hora que for pegar o trem, mas corre o risco de não conseguir uma cabine privativa no caso de trens noturnos, por exemplo.
**Transfer:** O transfer pode ser utilizado tanto para vir de outras cidades até Bangkok, mas também **para sair dos aeroportos de Bangkok** até seu hotel. Essa é a forma mais rápida e fácil de chegar até onde você deseja com todo conforto.
Em Bangkok você vai poder utilizar diversos meios de transporte, incluindo ônibus, trem, metrô, barco, táxi, moto e tuk-tuk. Sendo assim, criamos um artigo completo contando
**como s** **e** ** locomover em Bangkok** em detalhes.
## Hotéis em Bangkok: Os melhores para ficar hospedado
A quantidade de hotéis, pousadas e hostels em Bangkok são muitos. Portanto, saber
**onde ficar em Bangkok** é essencial para trazer mais conforto na hora de conhecer a cidade. As melhores regiões para ficar em Bangkok são ao redor da Khao San Road, região agitada e com vida noturna intensa.
Já na região de Siam ficam bons hotéis rodeados dos melhores shoppings da cidade. Quem escolhe ficar em Sukhumvit vai ter a área mais moderna de Bangkok aos seus pés e ter a experiência da vida local. Sathorn, Silom e Bang Rak misturam o moderno e o antigo, com o rio Chao Phraya bem ao lado.
Sendo assim, abaixo damos algumas indicações dos melhores hotéis em Bangkok:
**Rambuttri Village Plaza:** Hotel bem famoso perto da Khao San Road, com ótimo custo benefício e onde já ficamos algumas vezes. Tem quartos confortáveis, ótimo café da manhã e conta com piscina na cobertura. **Ibis Style Bangkok Khao San:** Boa opção de hotel da rede Ibis bem na Rambuttri, rua vizinha da Khao San. O café da manhã é caprichado, tem piscina ao ar livre e restaurante próprio. **Shangri-La Bangkok:** Opção de luxo ao lado do rio Chao Phraya, com a melhor vista da capital tailandesa. Tem piscina, academia, spa e o café da manhã foi um dos melhores que já provamos na Tailândia. Veja como foi **nossa hospedagem no Shangri-La Bangkok**. **Novotel Bangkok on Siam Square:** Este hotel fica perto dos melhores shoppings de Bangkok. Tem piscina, bar e dois restaurantes com culinária chinesa e tailandesa.
Veja
**todas as opções de hotéis** em Bangkok.
## Quanto tempo ficar em Bangkok
Desconfie quando te dizerem que é possível conhecer a cidade em 1 ou 2 dias. Nem se você desejar fazer o roteiro mais curto, conhecendo o mais básico, será suficiente. Ainda mais porque provavelmente você vai chegar em Bangkok saindo do Brasil, e com isso, o fuso já vai fazer você perder parte do primeiro dia.
Outro problema é o calor intenso que vai te deixar cansado muito mais rápido que o normal. Dessa forma, recomendamos ficar em Bangkok pelo menos 4 dias, já que dá para conhecer o básico com bastante calma. Se puder ficar mais é até melhor, mas também dá para dividir seus dias em Bangkok entre a chegada e saída do país. Em resumo, você pode ficar 4 dias na chegada e mais 2 dias na saída, por exemplo.
## Quando ir a Bangkok
A Tailândia sofre com as
**monções asiáticas**, chuvas torrenciais que causam inundações no sudeste asiático em determinado período do ano. Porém, na Tailândia, as monções ocorrem em dois períodos diferentes.
Em Bangkok, o período das monções acontece entre de maio a outubro. Essa também é a baixa temporada da cidade, já que as chuvas podem atrapalhar o turismo, bem como o calor intenso que faz por lá. A pior época para conhecer, não só Bangkok mas todo o país, fica entre os meses de março e abril, quando as temperaturas passam facilmente dos 35
oC.
A melhor época para viajar a Bangkok é de dezembro a fevereiro, o inverno na Tailândia e época seca, quando as temperaturas são mais amenas. Nessa época é possível viajar tranquilamente com temperaturas entre 22
oC e 28 oC, além de quase não chover.
## O que fazer em Bangkok, Tailândia
Nossa lista de coisas para fazer em Bangkok é extensa, porém nesse artigo você tem tudo que precisa para fazer a melhor viagem pela cidade. São templos budistas, mercados, museus, vida noturna agitada, compras e alguns bate-voltas.
### Grand Palace de Bangkok
A construção do Grande Palácio Real de Bangkok, na Tailândia, começou em 1782, durante o reinado do Rei Rama I. Por esse e outros motivos, esse é o ponto turístico da Tailândia mais visitado anualmente.
Já serviu como residência para família real até 1925 e desde lá só é usado para grandes cerimônias. Todo o complexo do Grand Palace se destaca no meio de Bangkok, ocupando uma área de 218.000 m
2.
O ingresso para o Grand Palace também inclui a entrada ao Dusit Palace Park. Dentro dele é possível ver a Vimanmek Teak Mansion e o Abhishek Dusit Throne Hall, mas o ingresso só tem validade para a visita feita no mesmo dia.
**Regras de vestimenta: **Para entrar no Grand Palace é obrigatório o uso de calças compridas e blusas que cubram os ombros. Para quem esquecer, é possível alugar a roupa na porta, mas o ideal é ir vestido de forma correta, dada a atual situação da pandemia. **Endereço:**Na Phra Lan Rd, Phra Borom Maha Ratchawang, Phra Nakhon, Bangkok **Horário:**Abre diariamente das 08h30 às 15h30. **Ingresso:**Os ingressos custam ฿
### Wat Phra Kaew
O Wat Phra Kaew é também conhecido como o templo do Buda de esmeralda e fica dentro do Grand Palace. O ingresso é o mesmo utilizado para entrar no palácio real, não tendo a necessidade de comprar um ingresso novo.
O Buda de esmeralda é sagrado para os tailandeses e foi construído em um único bloco de pedra jade. É proibido tirar fotos onde o Buda se encontra e as regras de vestimenta também se aplicam para a visita ao Wat Phra Kaew.
### Wat Pho
É um dos templos de maior importância e também um dos mais bonitos de Bangkok. Dentro dele existe um templo menor, destinado ao Buda Reclinado, que mede 46m de comprimento por 15m de largura. Essa parte do templo foi construída durante uma reforma que aconteceu em 1832.
Foi o primeiro monastério real feito para o primeiro rei da dinastia Chakri, o rei Rama I. É famoso por abrigar a primeira universidade da Tailândia, mas também por ser o local onde nasceu a massagem tailandesa. Para quem desejar experimentar a massagem tailandesa do Wat Pho, meia hora de massagem vai custar ฿ 260 enquanto uma hora ฿ 420.
**Endereço:**2 Sanam Chai Rd, Phra Borom Maha Ratchawang, Phra Nakhon, Bangkok. **Horário:**Abre diariamente das 08 às 18h. **Ingresso:**Os ingressos custam ฿ 200.
### Wat Arun
Também conhecido como o templo do amanhecer, o Wat Arun fica bem ao lado do rio Chao Phraya. É um dos cartões postais da cidade, não podendo ficar de fora da sua lista com o que fazer em Bangkok.
O templo é todo decorado com peças de porcelana e chama atenção durante a noite, quando fica todo iluminado. No Pier Tha Tien você consegue pegar um barco que faz a travessia do rio Chao Phraya. O barco custa apenas ฿ 5 e a viagem dura 5 minutos.
**Endereço:**158 Thanon Wang Doem, Wat Arun, Bangkok Yai, Bangkok. **Horário:**Abre diariamente das 08 às 18h. **Ingresso:**Os ingressos custam ฿ 50. Você pode **fazer um passeio guiado**pelo Grand Palace, Wat Pho e Wat Arun com guia especializado.
### Wat Traimit
Também conhecido como o templo do Buda de ouro, é nesse importante templo de Bangkok que fica a maior estátua de ouro maciço do mundo. O Buda em posição sentada mede 3m de altura e pesa mais de 5 toneladas.
A estátua escapou de ser saqueada quando ainda estava em Ayutthaya por causa da grande camada de gesso e tinta que utilizaram para disfarçar que ela é de ouro. Assim ficou por anos até que acidentalmente seu interior foi revelado e descobriram que ela era feita de ouro maciço.
**Endereço:**661 Tri Mit Rd, Talat Noi, Samphanthawong, Bangkok. **Horário:**Abre diariamente das 08 às 17h. **Ingresso:**Os ingressos custam ฿ 100.
### Wat Paknam Phasi Charoen
É o templo que recentemente ganhou o maior Buda da Tailândia. A obra que demorou 4 anos para ser finalizada trouxe um novo local de devoção aos budistas tailandeses. O Buda dourado que se encontra na posição sentada com as pernas cruzadas mede 70m de altura por 40m de largura.
Quando estávamos morando em Bangkok, em 2019, ele ainda estava em construção e não tivemos a oportunidade de ir até lá para visitá-lo. Porém, você consegue ir até ele facilmente utilizando o transporte público. É só pegar um metrô até a estação de Bang Phai e de lá caminhar um pouco pelas ruas estreitas da região.
**Endereço:**300 Ratchamongkhon Prasat Alley, Phasi Charoen, Bangkok. **Horário:**Abre diariamente das 08 às 18h. **Ingresso:**Entrada gratuita.
### Templos em Bangkok: Opções menos turísticas
Abaixo deixamos algumas opções não tão turísticas, mas que valem a pena visitar se o seu tempo é maior em Bangkok. Alguns deles têm a entrada gratuita.
**Wat Saket:** Esse templo não fica tão fora da rota turística, mas vale a pena fazer a visita. Ele foi construído em cima de uma montanha artificial no centro de Bangkok e tem uma das melhores vistas do centro da cidade. A entrada custa ฿ 50 e abre das 07h às 19h. **Wat Benchamabophit:** Também conhecido como templo de mármore, é um dos templos mais novos e extravagantes de Bangkok. Foi todo ornamentado em mármore branco importado da Itália e construído em 1899 pelo Rei Rama V. Seu pátio possui 53 imagens de Buda, cada uma representando um mudra. Abre diariamente das 08 às 18h e custa ฿ 20. **Wat Ratchanatdaram:** Esse templo é um dos que acho mais bonitos porque tem uma arquitetura bem diferente. Fica bem de frente para o Wat Saket, abre das 09 às 17h e a entrada é gratuita. **Wat Kanlayanamit Woramahawihan:** Fica pertinho do Wat Arun, em Thonburi, e seu tamanho chama muita atenção. É um templo bem bonito, com três construções principais que ficam de frente para o rio. Tem a entrada gratuita e abre das 07h às 17h.
### Chatuchak Weekend Market
O maior mercado de Bangkok tem mais de 10.000 barraquinhas que são divididas em 27 seções vendendo de tudo um pouco. Ele funciona aos finais de semana, mas algumas barracas abrem a partir da quarta, como a parte onde vende plantas e flores, por exemplo.
Ele está dividido por áreas onde são vendidos artesanato, cerâmica, comida, souvenir e roupas. Como em todos os mercados da Tailândia, lá também vale pechinchar quando o preço da mercadoria não está exposta. O mercado Chatuchak funciona de sexta a domingo das 09h às 18h.
**Como chegar:** Para chegar no Chatuchak Market pegue o metrô e desça na estação Chatuchak Park. Chegando lá, é só seguir a multidão para se achar.
### Train Night Market Ratchada
Era um dos nossos mercados favoritos em Bangkok. Ao contrário do Chatuchak, o Train Market Ratchada só funciona durante a noite, de quinta a domingo das 17h à 01h. São diversas barraquinhas com cobertura colorida que rende uma boa foto do alto do shopping Esplanade Ratchada, que fica ao lado.
As barraquinhas do Ratchada vendem souvenirs, enfeites para casa, roupas e muitas outras coisas. O que gostamos do mercado é a variedade de comidas que dá para experimentar por lá, incluindo os pratos gigantes, que servem até 12 pessoas.
Também tem uma parte com muitos bares com música ao vivo que vão até um pouco mais tarde. Chegue cedo se quiser aproveitar melhor, já que ele costuma lotar muito.
**Como chegar:** Pegar o metrô e descer na estação Thailand Cultural Centre que fica bem ao lado.
### Mercados em Bangkok: Opções mais autênticas
Não que os mercados anteriores não sejam legais, mas quem deseja conhecer mercados tradicionais em Bangkok pode ver a seguir. Isso porque há outros mercados que são frequentados em maior parte por moradores locais, como vamos deixar algumas opções abaixo.
**Owl Market:** Esse mercado fica no distrito de Nonthaburi, perto de um dos lugares onde moramos. É incrível que mesmo fazendo parte de Bangkok, parece que você saiu completamente da capital tailandesa.
O mais legal do Owl Market é que ele tem muitas opções de comida, incluindo o rodízio de frutos do mar que é bem barato. Abre diariamente das 15h às 23h e para chegar nele é preciso pegar a linha roxa do metrô e descer na estação Yaek Nonthaburi 1.
**Chang Chui Plane Night Market:** É um mercado noturno um tanto quanto diferente, já que ele tem um avião antigo que serve como restaurante bem no meio dele. Além de produtos que você pode comprar nos arredores, um restaurante de alto padrão funciona dentro do avião. Abre de quinta a terça das 16h às 23h e para chegar lá a melhor opção é de táxi ou Grab Car. **Klong Toey:** Um dos maiores mercados de alimentos de Bangkok, o Klong Toey Fresh Market nunca dorme. Ele funciona 24 horas por dia e nele é possível achar de
tudo voltado a comida. É também o maior distribuidor de alimentos dos restaurantes e hotéis da cidade. Para chegar nele pegue o MRT e desça na estação Klong Toey.
**Dica:** Uma experiência legal para fazer é um **passeio de tuk tuk de noite**, pois ele passa por alguns lugares para experimentar a comida de rua de Bangkok.
### Mercado do Trem de Maeklong
O mercado do trem de Maeklong não fica exatamente em Bangkok, mas pode ser conhecido com algum tour que leve até lá. O diferencial desse mercado é que ele funciona na linha de trem, acredite.
A visita é feita durante um dos horários que o trem passa, assim é possível ver algo diferente que deixa qualquer turista impressionado. Quando o trem vai se aproximando e buzinando, os vendedores começam a recolher as tendas de suas barracas, tirar os produtos da linha do trem e recuar.
Tudo é feito em segundos até que o trem passe. Tudo é remontado rapidamente e o funcionamento do mercado continua normalmente. Para conhecer o Maeklong, recomendamos o
**tour que passa pelo mercado do trem** e pelo mercado flutuante de Amphawa.
### Mercado Flutuante de Damnoen Saduak
Quando se pensa em
**Damnoen Saduak** é o mais famoso e está estampado em qualquer agência de turismo. Isso não quer dizer que ele é o melhor, já que ele é feito apenas para os turistas verem.
De qualquer forma, se é sua primeira vez em um mercado flutuante, talvez esse seja o mais fácil de chegar, já que existem tours diários que te levam até lá. Normalmente o
**passeio até o mercado flutuante** de Damnoen Saduak também passa pelo mercado do trem, dando para conhecer os dois lugares em metade de um dia.
Os mercados flutuantes são locais onde os tailandeses, desde o passado, costumam fazer suas compras. Isso porque parte da região de Bangkok e outras partes da Tailândia sempre utilizaram os canais como rotas de transporte, seja de mercadorias ou para transporte público.
Dessa forma, eles viram que poderiam vender seus produtos nesses canais que tem conexão com os rios principais, como o Chao Phraya. O legal é que existem restaurantes na beira desses canais e pessoas também vivem por lá, em suas casas construídas bem na beira.
### Mercado flutuante de Bangkok: Opções mais autênticas
Para quem quiser ter uma experiência mais autêntica em um
**mercado flutuante perto de Bangkok**, abaixo recomendamos nossos mercados preferidos. **Taling Chan: **É bem pequeno, mas muito legal, já que foge da rota turística de Bangkok. Nele você também consegue fazer o passeio de barco, mas boa parte do mercado é possível de conhecer a pé. Abre aos sábados e domingos das 09h às 17h. Para chegar até o Taling Chan, pegue um Grab Car ou táxi, pois ele fica a apenas 7km da região da Khao San Road. **Khlong Lat Mayom: **Outro mercado flutuante que achamos muito autêntico, com vendedores dentro de seus barcos e bons restaurantes. Esse mercado fica um pouco mais distante, mas você pode chegar de táxi ou através de um ** tour que passa por ele e pelo Chatuchak**.
### Khao San Road
A
**Khao San Road **é mundialmente conhecida como a rua dos mochileiros e também uma das ruas mais agitadas da Tailândia. Atualmente, apenas os restaurantes e lojas estão em funcionamento devido a pandemia, mas costumava ter de tudo um pouco por lá.
Em dias normais dava para comer comida tailandesa, beber em um dos bares, fazer uma tattoo, comer insetos, comprar roupas e tudo que se possa imaginar. Já apareceu em filmes como “A Praia” e “Se Beber Não Case: Parte 2”.
### Mahanakhon Skywalk
No topo de um dos maiores prédios de Bangkok, fica o deck de observação mais alto do país. Uma passarela de vidro que fica a 300m de altura do chão, traz a alegria e pânico de muita gente que visita.
É nele que também fica o rooftop bar mais alto da Tailândia, o Mahanakhon SkyBar. Com certeza é o melhor lugar para tomar um drink e ter a melhor vista da cidade enquanto assiste ao pôr do sol.
Nós já visitamos o
**Mahanakhon Skywalk** e contamos tudo nesse artigo. Essa atração deve entrar no seu roteiro sobre o que fazer em Bangkok. Para isso, recomendamos **comprar o ingresso com antecedência com desconto** e evitar a fila gigante que faz.
### Comida de rua em Bangkok
A comida de rua em Bangkok é um caso à parte e se você é fã, essa será a melhor cidade para experimentar. Acontece que em outras cidades e ilhas turísticas eles alteram os pratos da
**culinária tailandesa** para os turistas, com a mudança de ingredientes, e tirando a pimenta.
Em Bangkok, a comida de rua é feita para o tailandês e se você quiser experimentar a autêntica
**comida de rua tailandesa**, esse vai ser o melhor lugar de todos. Nós comprovamos isso da última vez que moramos na cidade e frequentamos quase que diariamente as barraquinhas de rua da cidade.
### Chinatown de Bangkok
O bairro chinês de Bangkok não pode ficar de fora do seu roteiro de coisas para fazer em Bangkok. Durante o dia, as ruas são tomadas por lojas e barraquinhas que vendem de tudo um pouco.
A melhor parte é ao final da tarde, quando a maior parte dos restaurantes e dos vendedores de comida de rua começam a chegar. Para quem, assim como nós, gosta de experimentar a culinária do país por onde passa, comer na Chinatown de Bangkok é o programa certo.
Também dá para encaixar a Chinatown em um programa noturno em Bangkok, já que muita gente vai até lá para comer e beber até tarde. Para chegar na Chinatown basta pegar o metrô e descer na estação Wat Mangkon.
### Lumpini Park
No coração de Bangkok fica o Parque Lumpini, o mais famoso da cidade. É um local ótimo para relaxar e respirar ar fresco no meio de uma metrópole como Bangkok. Tem algumas academias públicas dentro, assim como lanchonetes e um grande lago.
Ele era o lugar que íamos correr três vezes por semana, sempre quando anoitecia. A pista de corrida que dá a volta em todo o parque tem cerca de 2km, sendo procurada por muitas pessoas todos os dias.
## O que fazer em Bangkok à noite
Coisas para fazer em Bangkok de noite não vão faltar, já que a cidade tem uma das melhores vidas noturnas do
**sudeste asiático**. Dessa forma, você tem como opção rooftop bars, ruas agitadas com barzinhos e restaurantes, mercados noturnos e muitos mais.
### Rooftop Bar em Bangkok
Os bares que ficam no alto dos arranha-céus de Bangkok fazem sucesso, já que lá de cima você terá a melhor visão da capital tailandesa. Além disso, é um programa bem diferente de fazer, mas fique ligado na roupa que for usar, pois alguns tem regra de vestimenta. Sendo assim, vista sua melhor roupa e adicione um sky bar na sua lista do que fazer em Bangkok.
**Vertigo Moon and Bar:** Esse bar e restaurante fica na cobertura do **hotel Banyan Tree**. É um dos mais chiques de Bangkok. Abre diariamente das 17h às 22h30. **Sirocco:** Talvez o mais conhecido da Tailândia porque apareceu no filme “Se beber não case: parte 2”. Ele fica no 63 o andar do **hotel Lebua at State Tower** e abre diariamente das 17h às 23h. **Park Society:** Colado ao Lumpini Park e com uma vista espetacular dele, esse bar que fica no topo do hotel **So/ Bangkok **oferece drinks diversos e porções de tapas. Abre de terça a domingo das 18h às 21h30. **Red Sky:** Fica no 55º andar do **Centara Grand Hotel**
### Asiatique The Riverfront
Antigo porto da época do reino de Sião, hoje revitalizado, o Asiatique the Riverfront reúne 1500 lojas. Além disso, são 40 restaurantes e um pequeno parque de diversões de frente pro rio Chao Phraya.
Muitas coisas foram mantidas intactas, como guindastes, o estilo arquitetônico e até um bunker da segunda guerra mundial. Portanto, reserve uma noite do seu roteiro em Bangkok para jantar por lá. É possível chegar nele por terra, mas o mais legal é ir de barco.
Pegue o BTS e desça na estação Saphan Taksin. De lá, ande até o píer de Sathorn que fica ao lado, de onde partem barcos gratuitos que te deixam bem na porta do Asiatique. Você também pode pegar os barcos de outras regiões de Bangkok, ir de ônibus, táxi ou tuk tuk.
### Luta de Muay Thai
Paixão nacional no país, podemos dizer que o Muay Thai para os tailandeses é como o futebol para os brasileiros. Dessa forma, assistir a uma luta de muay thai deve entrar na sua lista do que fazer em Bangkok.
O esporte nasceu no século 16, da necessidade do povo tailandês lutar contra invasores, dentre eles, europeus que colonizaram boa parte dos vizinhos asiáticos da Tailândia.
A notícia boa é que dá para assistir a uma luta de Muay Thai em Bangkok. São duas as opções de estádios de Muay Thai na capital e abaixo vamos dar todos os detalhes a respeito delas.
**Lumpinee Stadium:** O estádio está aberto desde 1956, sendo o maior da Tailândia, com capacidade para 5000 pessoas. Os ingressos custam ฿ 1.600 e funciona às terças, sextas e sábados das 18h às 23h. **Rajadamnern Stadium:** Esse estádio está aberto desde 1941 e é bem menor que o anterior, porém mais local. Os ingressos custam entre ฿ 1.000 e ฿ 2.000 e funciona às segundas, quartas, quintas e domingos das 18h às 23h. **Nota: **Os horários acima são referentes a antes da pandemia, por isso recomendamos verificar se o estádio ainda está aberto quando for visitá-lo.
### Ruas famosas de Bangkok
Além da Khao San Road, que falamos anteriormente, ainda existem muitas ruas em Bangkok que você vai poder sair e curtir a noite da capital tailandesa.
**Soi Rambuttri:** É uma rua paralela à Khao San que apesar de não ser tão baderneira como a vizinha, têm ótimas opções de bares, restaurantes e hotéis. Para quem curte um ambiente um pouco mais sossegado, a Rambuttri é o local ideal. **Silom Road:** Fica no centro financeiro da cidade, sendo lotada de bares que são frequentados por todos os tipos de pessoas, desde empresários até jovens em busca de diversão. **RCA:** A sigla RCA significa Royal City Avenue, uma rua lotada de bares e casas noturnas que lotam durante a noite. **Soi Cowboy:** Outra rua famosa, lotada de casas de strip e bares coloridos que valem a visita, apesar do ambiente ser um pouco pesado e não recomendado para crianças. **Thonglor:** Rua frequentada tanto por tailandeses quanto por turistas, é lotada de casas noturnas e bares.
## Onde comprar em Bangkok
A Tailândia já foi um bom lugar para fazer compras, principalmente quando o assunto era equipamentos eletrônicos. Quando a cotação favorecia o Brasil, valia bem a pena comprar esses equipamentos em Bangkok, já que os preços concorriam com os da Europa e Estados Unidos.
Hoje em dia acredito não ser tão mais vantajoso, já que nossa moeda desvalorizou em relação ao Dólar, Euro e ao Baht Tailandês. Porém, de qualquer forma, acreditamos que vale a pena fazer uma pesquisa e ver se ainda compensa comprar eletrônicos por lá. Dessa forma, deixo abaixo recomendações de lugares para fazer compras em Bangkok.
**Central World:** O Central World é o maior shopping de Bangkok, ficando junto a rede de shoppings Siam. Ele tem boa variedade de lojas, restaurantes e cinemas. **Siam Paragon, Siam Center, Siam Discovery, Siam Square e Icon Siam:** Os shoppings da rede Siam ficam juntos, lado a lado, tendo conexão entre eles, com exceção do Ican Siam. São os melhores e mais modernos da cidade, sendo possível achar de tudo um pouco. **MBK:** É o shopping preferido dos turistas quando o assunto é eletrônicos. Apesar do seu tamanho grande, ele é focado em eletrônicos, mas também tem algumas lojas que vendem roupas. **Pantip Plaza:** Lembra muito a galeria pajé em SP, com lojas vendendo todos os tipos de eletrônicos a preços muito bons. São câmeras, computadores, games e acessórios diversos com os melhores preços de Bangkok. Se sua intenção é comprar celular e outros eletrônicos, vale fazer uma pesquisa entre ele e o MBK.
## O que fazer em Bangkok fora da rota turística
Se você tem mais dias na cidade, ou se já conhece o básico de Bangkok e quer ir além, abaixo recomendamos alguns programas bem legais para fazer.
### Thonburi
Para quem tem mais dias em Bangkok e deseja conhecer a cidade menos desenvolvida, a dica é atravessar o rio e ir até Thonburi. Para se localizar com mais facilidade, essa região é onde fica o templo Wat Arun.
Toda área ainda mantém casas de madeira tradicionais como antigamente, tem lindos templos, alguns restaurantes e é uma área mais vazia, ótima para se perder por um dia inteiro. Nós visitamos a região por um dia e mostramos tudo no vídeo abaixo.
### Bang Krachao
Bang Krachao é uma região verde ao lado de Bangkok, que também é conhecida como o pulmão verde da capital. Está localizado em uma área, que fica na província de Samut Prakan, adjacente a Bangkok, conhecida como Phra Pradaeng.
É o lugar ideal para quem procura paz em meio a bagunça que pode ser Bangkok. É como se fosse uma pequena cidade, construída com passarelas de concreto em cima do mangue. Uma outra parte tem parques, casas, restaurantes,acomodações e até um mercado flutuante que funciona aos finais de semana.
Para chegar lá, a forma mais fácil é atravessando de barco o rio Chao Phraya. Assim que você chegar em la, dá para alugar uma bicicleta que custa ฿ 100 por dia, item necessário já que a região é bem grande.
**Como chegar:** Pegue o metrô até a estação Khlong Toey e de lá caminhe até o Klong Toey Nok Píer que fica 1km de distância. O barco para atravessar sai a toda hora e custa ฿ 20.
### Museu Erawan
O Museu Erawan é famoso pela estátua de um elefante de 3 cabeças, a maior do mundo talhada a mão. A estátua mede 43m de altura por 12m de comprimento, pesando 250 toneladas. É dividido em 3 andares, cada um com uma exposição e significado para o submundo, a terra e o céu. A entrada custa ฿ 400 e funciona diariamente das 09h às 19h.
**Como chegar:** Utilize o BTS e desça na estação Chang Erawan ou vá **através de um tour guiado** que passa por lá e pela Ancient Siam.
### Ancient Siam (Sião Antigo)
Também conhecido como Museu Mueang Boran, essa é uma das novas atrações que ficam em Samut Prakan, 30 km ao sul de Bangkok. Imagine um lugar onde recriaram réplicas de todos os principais pontos turísticos da Tailândia. Isso inclui templos, construções históricas, cidades e mercados flutuantes.
Também tem muitas criações deles no complexo que merece pelo menos metade de um dia para ser conhecido. Dá para combinar a visita junto com o Museu Erawan em um mesmo dia, já que eles ficam próximos.
Tanto o Museu Erawan como a Ancient Siam pertencem a um mesmo grupo. Esse grupo também é proprietário do
**Sanctuary Of Truth**, um templo todo construído em madeira que apareceu na série La Casa de Papel e fica na **cidade de Pattaya**. **Como chegar:** Pegue o BTS para descer na estação Kheha e de lá pegar um táxi. A forma menos cansativa é através de **um tour guiado privado**.
## O que fazer em Bangkok: Bate-volta
Abaixo mostramos alguns passeios que podem ser feitos em um bate-volta de um dia ou algumas horas saindo de Bangkok.
### Cidade de Ayutthaya
Ayutthaya merece mais de um dia para conhecê-la bem, mas normalmente esse não é o caso da maior parte das pessoas que vão até lá. Às vezes não há tempo suficiente no roteiro, então boa parte das pessoas preferem fazer um bate-volta de trem ou
**contratar um tour guiado** com guia especializado para explicar tudo sobre o local.
A cidade, que já foi uma das maiores do mundo, foi fundada em 1350 e já foi capital do antigo reino de Sião, a Tailândia dos dias de hoje. Existem muitos templos, bons restaurantes na beira do rio e até um
**mercado flutuante em Ayutthaya**.
Nós visitamos a cidade e contamos tudo
**o que fazer em Ayutthaya** neste artigo.
## Livro Tailândia
Você já conhece o nosso
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O continente asiático é o responsável pelo maior número de viajantes com intoxicação alimentar e insolação. A gastronomia diferente da nossa, com temperos fortes e higiene não tão levada a sério pode afetar quem tem o estômago fraco. Saiba mais sobre o
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## Passeios em Bangkok
Agora que você já sabe tudo o que fazer em Bangkok, pode contratar seus passeios e já viajar com tudo preparado. A boa notícia é que você não vai precisar pechinchar por nada na Tailândia, viajando com tudo pronto e com a melhor empresa de atrações do mundo, a Get Your Guide.
Olá!!
Preciosas as dicas do blog. Um verdadeiro guia!
Vocês conhecem algum fotógrafo que faça fotos de turista nos pontos mais icônicos da cidade?
Oi Zeni, obrigada! Infelizmente não conheço.. Nosso parceiro GetYourGuide tem passeios por pontos turísticos “instagramáveis”. Dá uma olhada nos links abaixo. Caso não seja o que deseja, indico procurar nossos amigos do @tailandiando. Abraços.
Passeio 1: Excursão aos Templos e Fotos para o Instagram
Passeio 2: Excursão particular no Instagram de Khao Yai Valley
Passeio 3: Excursão pelos destaques do Instagram de Ayutthaya
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Personaltech, uma empresa portuguesa de tecnologia especializada no desenvolvimento de soluções web sob medida.
## TITO GUARNIERE
Os acontecimentos do dia 8 de janeiro deveriam ser definitivos, no sentido de esclarecer quem é quem no embate político brasileiro – que é vilão, quem é mocinho.
A (extrema) direita bolsonarista, feita de milicianos, pastores evangélicos fundamentalistas, ressentidos, marginais de cepa variada, empresários cascudos e ignorantes em geral, que não são poucos, investiram maciçamente na ideia de que as esquerdas constituem as forças da desordem e da ruptura democrática.
Lula, o PT, as esquerdas pretenderiam implantar o comunismo no Brasil, legalizar o aborto e o uso de drogas, fechar as igrejas e perseguir os cristãos. De nada valeu o argumento simples, irrespondível, de que se as esquerdas queriam acabar com a nossa liberdade, porque não começaram lá atrás quando o PT governou por 13 anos o Brasil? Por que então se abstiveram de qualquer medida que pudesse sugerir os objetivos totalitários?
O que estava em curso era a velha tática de todas as ditaduras, de atribuir aos outros o que eles mesmos estavam fazendo. O chefe da quadrilha totalitária era(e é) Jair Messias Bolsonaro, o “Mito” dessas hordas toscas, incivilizadas, dadas à violência. Gente de pouca leitura, de escassa nobreza de espírito, contingente sombrio incapaz de – mesmo à vista de todas as evidências – talvez mudar um pouco as concepções abraçadas com ardor e resolução.
Bolsonaro atravessou todo o governo afrontando os nossos melhores valores, as nossas mais notáveis conquistas, como a excelência, a precisão e a confiabilidade do sistema eleitoral e a nossa tradição de eficiência nos planos de vacinação em massa.
Não faltou, no começo do governo em 2019, um esforço de dobrar o Congresso Nacional para subordina-lo aos objetivos espúrios e más intenções. Depois, confiando na baixa qualidade de nossa representação política, preferiu cooptá-la com verbas secretas do orçamento, favores e toda sorte de vantagens auferidas na calada da noite pelos pais da pátria. Iniciou-se uma ação predatória sem precedentes dos recursos públicos, à qual aderiram amplas faixas de parlamentares negociatas.
Depois foi a vez de assacar contra o Judiciário, como se aquele Poder existisse só para julgar a nosso favor. E no entanto, não fosse o Judiciário, o TSE, o STF, ministros como Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso – os mais detestados pela multidão de ignorantes e ressentidos do bolsonarismo – teriam vencido a eleição de 2022, senão no voto, na marra.
Papel desprezível tiveram os chefes militares, principalmente do Exército, ao permitirem que as súcias golpistas acampassem ao redor de quartéis e casernas. Os militares não costumam se destacar pela inteligência. Mas foram além da conta ao ignorar (ou teria sido de propósito?) que estavam chocando o ovo da serpente da baderna. Cada acampamento era uma usina de doidões exaltados e em polvorosa.
De novo: os eventos dramáticos de 8 de janeiro escancararam à Nação quem são os vilões, os bandidos. As esquerdas, Lula, não são santos, mas perto dos tresloucados do janeiraço, perto dos bolsonaristas em epilepsia coletiva, são pouco mais do que adolescentes irrequietos.
titoguarniere@terra.com.br
Twitter ; @TitoGuarnieree
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2023-01-28T13:45:35Z
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De dentro das prisões, os presos clamam pelos seus líderes – os que os levaram à epilepsia de janeiro e apelam para o tratamento digno que de fato são merecedores.
# Tag:Alexandre de Moraes
Postado emTito Guarniere
## Baderna em Janeiro
Postado emOpinião
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2023-01-28T14:23:12Z
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*Lira diz que protestos são parte da democracia, mas repudia desordem* **O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pediu ao governo do Distrito Federal que “redobre” os cuidados com a segurança pública. O pedido foi feito hoje (13), no Twitter, em função do que a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal classificou como “atos de vandalismo” registrados ontem (12) à noite, na região central de Brasília.** *Porto Velho, RO -*
“As manifestações fazem parte da democracia. A capital federal recebeu cidadãos de todo o Brasil que, há mais de um mês, vêm se expressando de maneira ordeira. Repudio veementemente a desordem, a violência e o risco à integridade física ou de patrimônio público e privado”, escreveu Lira, referindo-se ao tumulto da véspera e acrescentando que a tradição democrática brasileira “passa pela ordem e paz”.
Na noite passada, manifestantes que seriam apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, muitos deles integrantes do grupo que permanece acampado em frente ao Quartel General do Exército, protestando contra o resultado das eleições presidenciais, tentaram invadir a sede da Polícia Federal, no início do bairro Asa Norte. Os atos de vandalismo ocorreram faltando 20 dias para a posse de Lula e do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, ambos diplomados na segunda-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Contido pela Polícia Militar, o grupo chegou a tomar as ruas da área central, bloqueando o trânsito e incendiando ao menos oito veículos, incluindo ônibus. A PM agiu para conter a baderna, chegando inclusive a usar bombas de efeito moral e gás pimenta, mas ninguém foi preso. Em nota divulgada hoje, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou que ninguém foi detido porque as forças de segurança agiram de forma a dispersar a manifestação, procurando “reduzir danos e evitar uma escalada ainda maior dos ânimos”.
Na nota, a pasta também assegura que o policiamento na área central foi reforçado, inclusive nas imediações do hotel em que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva está hospedado, no início da Asa Sul, a pouco mais de 1 quilômetro do ponto onde começou o tumulto de ontem.
*Fonte: Agência Brasil*
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2023-02-06T07:20:30Z
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# BASTA!
Há algo de significativo na expressão desse policial, que extrapola o simples cumprimento de um dever. O dever é burocrático: a ordem superior manda jogar gás? Jogamos sem discutir.
Mas, quando manifestamos nossos sentimentos no cumprimento do dever, deixamos de ser servidores públicos.
E nisso nos igualamos a qualquer baderneiro, a qualquer vândalo.
Policiais no estrito cumprimento do dever são absolutamente iguais aos manifestantes no estrito exercício dos seus direitos.
Nem um, nem outro, podem extrapolar para trazer raivas pessoais como armas. Mesmo porque, toda raiva costuma ser potencializada por armas. No caso da imagem, o policial tinha arma. O jornalista, ou os manifestantes, não (a não ser que passemos a considerar, conforme declaração do comandante da ação em São Paulo, vinagre como arma).
O que há de significativo está além da expressão de raiva do policial ao atacar um jornalista indefeso. Está no limite a que chegamos. O limite que deveria colocar manifestantes e policiais lado a lado.
Policiais e manifestantes, cada um ao seu modo, estão a dizer: basta!
Basta de 37 milhões de cidadãos não poderem exercitar seu direito de ir e vir porque não podem pagar pelo transporte.
Basta para um poder público que privilegia o privado em detrimento dos cidadãos.
Basta de consideramos o direito de ir e vir apenas como o direito de quem anda de automóvel.
Basta de condescendência com um modelo que paga uma merreca para o policial que se vê obrigado a bater na sua imagem e semelhança, enquanto paga salários exorbitantes para quem fica em gabinetes apenas mandando.
Tenho feito um esforço para extrapolar o raso desejo de odiar esse policial pela raiva que expressou ao atingir o jornalista, ou a algum manifestante.
Tenho tentado entender que ele tenha sido movido por “violenta emoção” ao se ver privado de estar do outro lado.
Desejo, sinceramente, que esse policial não esteja conseguindo dormir. E se realmente não estiver, a ele digo que durma, pois estarei ao seu lado contando histórias de um mundo possível, um mundo onde ele poderá ser um policial que tem apenas por dever abrir passagem para o povo passar.
Um mundo que entenda que o povo, mais que um prédio, uma praça ou uma estátua, é patrimônio da nação. E, como tal, também deveria ser protegido pelas autoridades!
Seja qual for o meu entendimento, uma coisa é certa: naquela expressão o policial carregava a expressão de um Estado que não queremos (ok, alguns até gostam e querem).
Basta desse Estado!
http://www.escosteguy.net/basta/Brasil Sem PIGFacebookHá algo de significativo na expressão desse policial, que extrapola o simples cumprimento de um dever. O dever é burocrático: a ordem superior manda jogar gás? Jogamos sem discutir. Mas, quando manifestamos nossos sentimentos no cumprimento do dever, deixamos de ser servidores públicos. E nisso nos igualamos a qualquer baderneiro, a...Luiz Afonso Alencastre Escosteguy [email protected]AdministratorEscosteguy
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2023-02-07T21:55:53Z
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## Archives for Veja
## O MITO DOS MILITARES – III: A CIDADANIA AMEAÇADA!
Vândalos, baderneiros, desordeiros, bando de bugios revoltados - e por aí vai – são expressões recuperadas tanto pela mídia, quanto pelas autoridades constituídas (governador de SP, vereadora de POA…
## Reinaldo Azevedo agride, sorrateiramente, Porto Alegre e seus habitantes!
Em 12/11/2012 o colunista da revista Veja, Reinaldo Azevedo, escreveu um post acusando o Governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, por estar violando a Constituição ao apoiar o…
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2023-02-08T00:13:29Z
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# O MITO DOS MILITARES – III: A CIDADANIA AMEAÇADA!
Vândalos, baderneiros, desordeiros, bando de bugios revoltados – e por aí vai – são expressões recuperadas tanto pela mídia, quanto pelas autoridades constituídas (governador de SP, vereadora de POA e promotor de Justiça de SP) para se referir aos cidadãos.
Expressões que eram de uso comum pelo militares quando queriam se referir a tantos quantos saíssem às ruas para manifestar contrariedade ao regime.
Os movimentos havidos em Porto Alegre (contra o aumento das passagens de ônibus e contra a derrubada de árvores para ampliação de uma avenida) e, mais recentemente, em São Paulo, contra o aumento das passagens, são tratados assim pela mídia:
Folha de São Paulo (via Viomundo):
http://www.viomundo.com.br/denuncias/sobre-ativistas-na-turquia-e-vandalos-no-brasil.html
Na suja e podre Veja e seu capacho:
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/alckmin-manifestantes-sao-baderneiros-e-vandalos/
A coisa é tão descarada, que turcos são “ativistas” e os porto-alegrenses baderneiros, desordeiros; os paulistanos, vândalos!
O capacho da Veja é explícito na associação que procura transmitir:
“Os protestos em São Paulo são organizados pelo Movimento Passe Livre, formado por radicais de movimentos e partidos de esquerda”.
Ora, pois! Na visão desse “imbecilistóide”, a luta se trava somente para beneficiar os bugios que tomaram o poder e querem, custe o que custar, fazer do Brasil aquilo que a ditadura não deixou acontecer: que sejamos um país comunista!
Ora, pois! Repito. Filhotes órfãos da ditadura, ainda vivos.
Eles podem nos ofender sem problema algum, afinal, são autoridades e são PIG.
Não é à toa que tudo começa por ameaçar a cidadania com qualificativos como esses. E sequer precisamos recorrer à História Geral, basta recordar tempos recentes no Brasil.
A depredação do patrimônio público é ato que simplesmente deve ser punido após rigorosa investigação por parte da Polícia Civil.
Isso é democracia.
Manifestações de autoridades agredindo cidadãos que lutam por direitos têm outros nomes.
Isso é ditadura! É autoritarismo!
Isso é ameaçar a cidadania!
http://www.escosteguy.net/o-mito-dos-militares-iii-a-cidadania-ameacada/Brasil Sem PIGPIGVeja Vândalos, baderneiros, desordeiros, bando de bugios revoltados - e por aí vai – são expressões recuperadas tanto pela mídia, quanto pelas autoridades constituídas (governador de SP, vereadora de POA e promotor de Justiça de SP) para se referir aos cidadãos. Expressões que eram de uso comum pelo militares quando queriam...Luiz Afonso Alencastre Escosteguy [email protected]AdministratorEscosteguy
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2023-01-27T04:29:10Z
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http://www.escosteguy.net/para-que-serve-um-tribunal-de-contas-senhor-prefeito/
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# PARA QUE SERVE UM TRIBUNAL DE CONTAS, SENHOR PREFEITO?
As pessoas não lutam pelo prazer de apanhar, mas porque sabem que estão sendo espoliadas.
Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul determina, em medida cautelar, que a passagem de ônibus, em Porto Alegre, permaneça com o valor de R$2,85.
Entre as diversas irregularidades, há até erro de cálculo no pro-labore da diretoria das empresas.
“De acordo com a decisão do relator do processo, o conselheiro Iradir Pietroski, as planilhas que geraram a formação de preço da tarifa em R$ 3,05 possuem erros e inconformidades legais. Os auditores do TCE analisaram durante dois meses a composição da tarifa e acreditam que o valor jamais deveria ter subido para R$ 3,05.”
Tribunais de Contas, senhor Prefeito, são órgãos do Poder Legislativo e, portanto, órgãos do povo. Servem para nos dar a garantia de que maracutaias como essa que o senhor e sua empresa pública de transporte e circulação tentam, mais uma vez, nos enfiar goela abaixo.
E agora, senhor Prefeito, em quem devemos acreditar? O que o senhor acha?
Aliás, não ache! Creio que o senhor deveria parar é de procurar. Achar o povo já achou e está nas ruas para lhe mostrar o que deve ser feito, coisa que o senhor esqueceu desde que perdeu o bom senso.
O que talvez o senhor não imaginasse ser possível acontecer, aconteceu: há toda uma geração imune às pragas globo, veja, folha, estadão e tantos outros vírus que por décadas comeram o cérebro de muitos brasileiros, tornando-os uma massa informe incapaz de sair às ruas.
Não são mais apenas povo; são povo junto com o Ministério Público, junto com o Tribunal de Contas, junto com a Dilma que desonerou as empresas de tributos.
Quem está junto com o senhor? A polícia truculenta e aqueles que ainda pretendem manter seus privilégios, mais ninguém.
E agora, senhor Prefeito? Vai chamar os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul de baderneiros, de desordeiros e de vândalos?
aqui a notícia: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2013/06/tce-decide-manter-passagem-de-onibus-em-r-2-85-em-porto-alegre-4168911.html
http://www.escosteguy.net/para-que-serve-um-tribunal-de-contas-senhor-prefeito/E aí, PrefeitoPorto AlegreAs pessoas não lutam pelo prazer de apanhar, mas porque sabem que estão sendo espoliadas. Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul determina, em medida cautelar, que a passagem de ônibus, em Porto Alegre, permaneça com o valor de R$2,85. Entre as diversas irregularidades, há até erro de...Luiz Afonso Alencastre Escosteguy [email protected]AdministratorEscosteguy
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2023-02-01T06:36:04Z
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http://expressopb.net/2023/01/09/gaeco-apura-uso-de-fundo-partidario-e-verbas-parlamentares-para-financiar-paraibanos-em-atos-terroristas/
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O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba (MPPB), está investigando o suposto uso de verbas parlamentares e do fundo partidário para financiar atos antidemocráticos. A suspeita é que parte dos recursos destinados ao custeio de transporte, alimentação e segurança de grupos inconformados com o resultado das eleições de 2022 estaria vindo de recursos públicos. Neste domingo (8), apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), em Brasília.
Os recursos públicos viriam de verbas estaduais e federais. O suporte teria sido dado tanto para a manutenção de acampamentos golpistas na Paraíba, como para a ida de paraibanos para participar dos atos terroristas em Brasília. Um dos promotores ouvidos pelo blog manifestou preocupação com o que foi visto em Brasília, com o ataque às instituições democráticas. Grupos radicalizados invadiram o Supremo Tribunal Federal (STF), o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional. Em todos, foram destruídos móveis, obras de arte e vidraças.
O coordenador do Gaeco, Octávio Paulo Neto, não negou a existência da investigação, mas evitou dar detalhes sobre a apuração que acontece de forma sigilosa. Nas redes sociais, ele manifestou preocupação com os ataques aos símbolos da República. “Se o povo invade STF, Congresso e Planalto, botar fogo no fórum e promotoria é cafezinho… vai virar baderna. Uma República e uma democracia subsistem de seus símbolos”, publicou o promotor, sobre a imagem de uma bandeira do Brasil em preto e branco com os dizeres “sem anistia” onde originariamente se lê “Ordem e Progresso”.
As investigações coordenadas pelo Gaeco têm focado lideranças partidárias e parlamentares que, eventualmente, venham usando dinheiro público para fomentar os atos antidemocráticos. Pelo histórico de eficiência das apurações do MPPB, podem esperar que em breve teremos novidades.
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2023-02-08T19:38:21Z
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# PRESSA NEM SEMPRE É SÓ PRESSA
Fala-se de indefinição eleitoral no cenário político; não há propriamente indefinição. Tudo se resume a que os candidatos ou pré-candidatos à presidência não reúnem as condições necessárias para liderar o país no salto a ser dado para romper os estreitos limites em que foi historicamente mantido por interesses menores, conveniências geoeconomicas, estratégicas e políticas externas, incapacidade sistemática e omissões criminosas.
A melhor maneira de defender o indefensável é alinhar números e proposições que, embora relevantes no quadro geral das necessidades brasileiras, correm por fora do essencial e só se podem realizar se o indispensável fato gerador for convenientemente estabelecido. Mesmo as questões sociais giram em torno da Economia, carente de ajustes, definições e planejamento, a partir dela definindo-se as prioridades por ordem de grandeza e importância no desenvolvimento abrangente das relações econômicas e sociais, de cidadania, por consequência.
O blog falou na última semana em concentração de renda, na concentração de renda reforçada por privilégios de graus e caráter diversos de que goza o empresariado, o outro eu do assim chamado mercado, sua criatura dileta e
*queridinho* das elites econômicas, que nunca tiveram o menor apreço pela melhor estruturação da Sociedade brasileira, na qual a correlação de forças é sempre desfavorável às camadas mal aquinhoadas, geralmente desprotegidas e apenas usada como massa de manobra dos grandes projetos de poder pessoais e corporativos. Quem tem em mente que pobre também deve ter a dignidade preservada e precisa comer, vestir e ir à escola como se faz no mundo ‘branco’ é pejorativamente classificado de populista; quem se preocupa em proteger o Brasil, seus recursos e sua gente é comunista, no mínimo esquerdista, ainda existentes os que utilizam a falácia dicotômica direita/esquerda para embair, promover rupturas institucionais, atirar contra os reais combatentes da igualdade social, da luta para, pelo menos, diminuir as distâncias econômicas e sociais, os beneficiários de suas lutas e ideias. E há um bocado de gente fora do banquete, ou exercendo um mínimo de cidadania, a entrar nessa malvadeza.
As Administrações públicas são as principais responsáveis pela concentração de renda; além de favorecê-la, e, mesmo, promovê-la, não cobram resultados pelas ‘aplicações’ do dinheiro público, via impostos, no pires permanentemente estendido dos empresários, pires esse ultimamente convertido em exigências ao nível das imposições da prática política, tipo, se não atender ao que quero sumo com o dinheiro, encarecendo-o, reduzo as atividades produtivas e o resto você sabe, desemprego, desordens institucionais, econômicas, sociais e todas as bagunças afins.
É muito bonito falar de tudo quanto o Brasil precisa, mas a falar-se sobre isso tem-se que falar prioritariamente de Economia, tem-se que falar em equacionamento econômico, tem-se de estar falando num quadro harmônico em que custos, despesas e os investimentos indispensáveis estejam alinhados com a receita. Todos sabemos o que é preciso fazer, desnecessários e suspeitos quaisquer oráculos e adivinhos dos segredos de polichinelo do país, especialmente os que sofrem os efeitos perversos das necessidades básicas não atendidas, sabendo-se, também, que sem dinheiro não se faz nada, pacífico que por aqui o dinheiro público tem vazado pelo ralo misteriosamente sem que ninguém se preocupe em fechar os caminhos por onde isso acontece. O discurso é genérico, acabar com a corrupção, mas ninguém faz nada de concreto, de efetivo. Prender indiscriminadamente, incutir na população uma mentalidade obsessivo-compulsiva de punir, punir de qualquer jeito e maneira nunca foi o caminho. Depois, num país seletivo e deficitário como o nosso, bate uma curiosidade danada de saber, face à ‘vermelhidão’ permanente em que vive a Administração, como consegue ela fazer certas coisas que só quem tem dinheiro pode fazer.
O orçamento brasileiro é uma peça de ficção; partindo de um rombo ao redor de 6% (seis por cento) do PIB e de todos os rombos e trincas existentes, a propiciar vazamentos por todos os lados, como elaborar um programa econômico realista e bem dirigido sem atacar, adequando-os às ‘figuras’ históricas, as despesas e custos extrapolados a limites absurdos numa Economia ridiculamente pequena para o ainda grande potencial do país, sem nenhum planejamento, comprometida em seus alicerces por desacertos inaceitáveis e comandos dirigidos ao desgoverno? Não há opção nenhuma a não ser, sob qualquer sacrifício, reconstruir o Brasil, e isso é tarefa para “gente grande” que haja provado na prática sua competência e têmpera, sem ataques de nervos ou maus modos, que isso somente divide, e, notadamente, sem compromissos com a baderna de propósito estabelecida por grupos localizados para trava-lo de vez e alijar-lhe os direitos de solo e subsolo que lhe pertencem.
Algumas medidas paralelas à revisão fiscal, econômica e orçamentária são também necessárias, tal é o caso da Cessão Onerosa de que trata a Lei N° 12.276/10. O controle da energia em suas variadas formas por parte do país que a detém nada tem a ver com agências não governamentais, livre concorrência ou monopólio, é uma questão estratégica
num mundo dominado pelo descontrole, sujeito às mais graves imprevisibilidades como a explosão dos preços do óleo cru e o recente ressurgimento do machismo internacional, que, aparentemente, pretende ressuscitar a política das portas arrombadas. Portas abertas é coisa do passado.
Há que se evitar, contudo, quando se fala na Economia do país, e por decorrência na infraestrutura sem a qual ele não se desenvolverá sustentadamente, os espasmos, desconectados do sistema que deve ser implementado, como as anunciadas concessões ferroviárias, a uma porque esse tipo de coisa não cabe ser cogitado nos últimos seis meses de um governo e, a duas, por não se dever constituir manchas isoladas no mapa de transporte nacional, havendo as graves necessidades desse segmento de começarem a ser corrigidas após cuidadosos estudos e planejamento das reais e abrangentes carências do transporte pesado, integrando as ferrovias a serem construídas com a malha rodoviária de cada área, com os terminais marítimos de linhas oceânicas, de longo curso, e com as
*estações* da navegação de cabotagem, igualmente de extrema valia e necessidade, tudo isso não apenas para o adequado escoamento da produção, evitando-se as perdas observadas, mas, sobretudo, para promover-se uma severa redução dos custos de transporte.
Pressa nem sempre é apenas pressa; pode ser a afoiteza ordinariamente resultante da inclinação em satisfazer interesses, no mínimo isolados, sabe-se lá de que natureza!
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2023-02-05T07:11:23Z
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# SENTADOS NUM BARRIL DE PÓLVORA
1 — Não pague pelos meus textos, eles são escritos em blog para leitura totalmente grátis. Se for melhor para você, vá ao Facebook, navegue para a minha linha do tempo — Onair Nunes da Silva —, comece a ler e clique; você será direcionado para a íntegra do artigo, assim como para os artigos imediatamente anteriores.
2 — O artigo “Não há Grandes Países sem Grandes Empresários” foi publicado em 25 de Novembro de 2018.
Quando três rapazes de boa aparência, limpos, corretamente vestidos, mochilas bem conservadas às costas, bem desenvolvidos fisicamente, o que denota nunca haverem tido problemas de alimentação, são mostrados pela Televisão remexendo a caçamba de um caminhão de lixo à cata de comida, logo depois passando a comer o que encontraram em imagens degradantes que para nossa vergonha correm mundo, o simbolismo da cena transcende o fato, que se pode ter originado de motivações opostas.
De um lado, pode ser o desespero da fome, impossível de ser aplacado à falta de oportunidades de trabalho, uma crueldade e um horror passíveis de estarem perigosamente e céleres aproximando-se dos grandes centros, onde a diversidade de ideias tem o condão de torna-los imensos caldeirões efervescentes, às vezes de convertê-los em barris de pólvora. De outro lado, essa pode ser mesmo a ideia; na hipótese do Cavalo de Tróia já não representar a surpresa histórica, agitados inconformismos perfeitamente previsíveis confrontados às metas reais estabelecidas, mas não reveladas, podem ser o pretexto para a supressão de “badernas” que “ameacem” a ordem pública, suscetível, sob óticas menos democráticas, de constituir-se ponto de partida para a adoção de medidas excepcionais tendentes a se tornarem permanentes.
Rememorando, uma CPI já demonstrou que a Previdência Social não é deficitária, logo, nada há de urgente no que quer a ela se refira. A idade de aposentadoria dos Srs. Ministros do Supremo Tribunal Federal não é aspecto determinante na matéria por tratar-se de uma classe excepcionalíssima de servidores públicos, louvável, como do estágio atual, que se valorize a grande experiência adquirida com grande proveito para o Judiciário e para a melhor definição dos nossos princípios constitucionais, prolongando-se o quanto possível sua permanência no serviço ativo do país. Além do que, é absolutamente irrelevante do ponto de vista prático qualquer mexida, por exemplo, no vale- refeição, ora, Senhor dos Céus, o vale-refeição! E no momento de constrangimento e miséria disseminada pelo qual estamos passando, no qual a fome é uma chocante realidade.
Dois pontos essenciais: (1) A Venezuela chegou onde está porque o Executivo do país reservou, com sucesso, para si, o controle da Corte Suprema local, que anula qualquer decisão do Congresso contrária aos seus interesses; foi desse modo que se estabeleceu no país a trágica ditadura repudiada pela União Europeia e América Latina, que descarta definitivamente qualquer intervenção na Venezuela, até porque, fazê-lo, seria mover-se a reboque e pelo cabresto de interesses extra-continentais. (2) A posição de não-intervenção reserva espaço para os contrapesos, ao mesmo tempo em que refreia tendências no continente de uma intervenção de fato política na Venezuela acorde interesses que não são sul-americanos, abrindo caminho para uma ditadura de aparência constitucional respaldada pela indicação de 4 (quatro) Ministros em lugar dos dois possíveis nos próximos poucos anos. Tal como desenhada, a possibilidade é extremamente perigosa pelo tamanho, possibilidades e tendências no Brasil a derivarem para o domínio continental com retaguardas não-continentais inconformadas por haverem perdido em anos passados o seu controle sobre o país, controle esse, agora, aparentemente recuperado.
É necessário muito equilíbrio e critério; a rigorosa observância da Constituição e da lei ordinária tem de ser exigida intransigentemente, do modo mesmo que os ditames constitucionais e legais devem ser indeclinavelmente observados por todos e cada um sem nenhum tipo de concessão ou postulação de privilégios não previstos especificamente nos diplomas constitucionais e republicanos vigentes. Facilitar a ruptura do Estado Democrático de Direito é vender a alma à barbárie.
O Brasil continua sem projeto. Previdência Social é em essência aposentadorias, pensões e saúde. Além de livrar, notadamente as pequenas e médias empresas, dos bancos, com parte de capital destinada a assisti-las necessária e obrigatoriamente pela taxa SELIC, as contribuições trabalhistas geridas por seus donos, como já se disse, mediante controle do Estado e sob supervisão do Ministério Público, além de modernos e eficientes controles profissionalmente montados, e permanentes auditorias, devem também encarregar-se, por meio de órgãos distintos de idêntica estrutura, da saúde de cada segmento profissional, com clínicas e hospitais, ficando o SUS para os brasileiros carentes, que sempre os haverá, como os há em qualquer país, aqui, por carente, compreendidos os que não estejam enquadrados em definições profissionais que se venham a estabelecer. Com as atualizações, modificações e implementações a se imporem, o ponto de partida da operação pode muito bem ser os antigos Institutos de Aposentadorias e Pensões. Essa é matéria a reclamar amplo e profundo detalhamento, sendo certo que o Congresso saberá cuidar disso.
Desinchar e descentralizar o Estado é a saída para o Brasil, não há outra. E desinchação do Estado não se faz vendendo na bacia das almas o seu patrimônio, de sobejo ao se financiar as vendas com vultosos empréstimos a juros subsidiados, cujos valores são reclamados em todas as rubricas orçamentárias.
Em Economia não há milagres possíveis; qualquer organismo econômico só se recupera de fortes abalos com uma sólida reorganização e o estabelecimento de rotinas racionais de trabalho, além de uma gama adequada de relatórios periódicos para análise de performance, somados a controles internos eficientes. O serviço público no Brasil tem material humano para fazê-lo, só precisa de definições claras e nortes bem estabelecidos num planejamento profissional elaborado por quem é do ramo. Não é tarefa para amadores.
Afinal, para ilustrar, é de se ter em mente as promessas e histórias da carochinha contadas para ser obtida, por exemplo, a aprovação da reforma trabalhista. O mote principal era o de que geraria empregos. De lá para cá o desemprego aumentou e a insegurança é total na área.
Pode dar certo arrumar o galinheiro a gosto e modo da raposa?
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2023-02-05T08:36:13Z
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# "TOCAR" NÃO. É MUITO RUIM!
Jair Amorim, em parcerias com José Maria de Abreu e Alberto Ribeiro, compôs músicas que marcaram época. Um misto de compositor e radialista, tinha um programa aos domingos na Rádio Tamoio, dos Diários Associados. 9 horas da noite, e lá estava ele apresentando a Parada de Sucessos da semana, num tempo em que o gaúcho Teixeirinha varou o país com sua voz esquisita, se comparada com a dos outros cantores de sucesso, sua plataforma uma música apelidada de Churrasquinho de Mãe, um horror que fez um sucesso incrível. Amorim, é claro, sempre estava nas paradas. No momento em que tinha de apresentar o primeiro lugar, o que lhe aparecia semana após semana? Churrasquinho de Mãe. Bem, após a segunda colocada, dizia: Senhoras e senhores ouvintes, o primeiro lugar da semana é de Churrasquinho de Mãe — ele dizia o nome correto da música —, mas eu me recuso a apresenta-la. Boa noite, obrigado pela audiência, até o próximo domingo. E encerrava o programa.
Anda dando vontade de fazer como o Jair Amorim. É permanente a sensação de naufrágio. “O mar chegou, tudo apagou, palavras leva o mar”, Amorim foi divinamente gravado por Elizete Cardoso que, esquecida quando já não dava frutos, ficou 5 anos sem gravar, período antecedente à sua morte em que mais precisou de reconhecimento e calor humano. É cruel, mas é assim, acabou a razão do interesse, dinheiro, projeção social, profissional, os cambaus de todo tipo, acabou o amor.
Veja só: O ministro chegou, abraçou o mundo com as pernas, quis tudo para ele, deram, mas ele nunca conseguiu o sucesso que julgava poder produzir; falou grosso, engrossou a voz, brandiu suas credenciais acadêmicas e … Nada! Está como técnico de futebol, prestigiado, o diretor falou. Sempre foi assim, o melhor caminho para o desemprego. Técnico de futebol prestigiado sempre foi sinônimo de técnico de futebol desempregado após devidamente fritado. Os astros do time saíram, mudaram de clube e de ares ou voltaram para os antigos clubes, porque, olha, acabou a possibilidade de prestígio, acabou o amor. Dá seu jeito, chefe, fui!!!
O primeiro mandatário do Clube, de seu turno, é pelo menos coerente; faz nestes tempos bicudos o que sempre fez, livrar-se de potenciais concorrentes. Chega-se a pensar que o Brasil é o único país do mundo no qual, logo no início do mandato, o eleito, prioritariamente, passa a cuidar da sua reeleição, faz festivais de dinheiro, de cargos, as atitudes são paternalistas, segue a linha populista porquê, é da estrutura do seu raciocínio, pobre gosta de ser enganado, só presta para votar. E é o pobre que elege o presidente porque a base da pirâmide é desmedidamente maior do que os demais segmentos. Rico só presta para eleger vereador, deputado, senador, e, olhe lá, governador. Me aguarde, pensa; vocês estão achando este meu primeiro mandato horrível? Esperem pelo segundo, vocês verão. Palavras do guru.
E aquele homem de aparência patriarcal, ou jeito de irmão mais velho, todo encanecido, uma senhora história de vida, tentando salvar o fim de noite. Tudo em compasso de ramerrão, a história repetitiva, a notícia batida e rebatida não desperta interesse, está todo mundo cansado das novidades que já não o são, o cochilo invencível ao ouvi-las.
E aquele senhor, empresário, perdendo velozmente os cabelos, que mesmo os empresários têm os seus limites, 17 milhões de desempregados, mais os 5 ou mais milhões que já nem emprego procuram, mais os subempregados, mais as moças desesperadas por trabalho a entregar as “marmitas” do iFood de bicicleta para ganhar algum dinheiro honestamente, tudo se desmanchando. Imagine toda essa gente na rua, direitinho, mudinha, em ordem, carregando cartazes a dizer “Não queremos esmolas, queremos trabalho”. Por que não o fazem? Porque disseram aí que os interessados infiltrariam baderneiros em seu meio, que fariam quebra-quebras, e a polícia cairia em cima com tudo, prenderia, os cambaus! Ora, o que é isso? Basta ficarem atentos; ao primeiro sinal de tumulto afastem-se rapidamente e se coloquem bem longe. E aí? Sei lá! Seria ilustrativo ver como a policia os trataria.
Pelo menos tem-se o respeito de uns poucos; segunda-feira, anteontem à noite, o trio da bancada, elegante e expressivo, fez o que pôde, aquele senhor de solenes barbas brancas que explica o mundo e a vida para as pessoas, a função do filósofo, aparentemente exasperado com o besteirol galopante, que besteirol não se explica. Se o Sérgio Rangel Porto, irmão do Marcelo Carlos, ainda estivesse por aqui estaria deitando e rolando. E mais, se eu fosse chegado a gurus, o senhor de barbas brancas solenes seria o meu guru. Ele tem estilo, sabe das coisas, é franco e direto, não enrola. Bacana, bacanas os três, as duas senhoras, cada qual em sua função, competentes, na ‘simplicidade abrangente’ da Doutora a luz sempre necessária e bem-vinda, no
*tailleur* da apresentadora, de listras discretas, o sóbrio bom gosto. Ou era um conjunto, ou um *tailleur*- *pantalon*? Que bom vocês três!
E aquela senhora também de fim de noite, o modo pessoal de noticiar, a inteligência estampada em sua expressão pouco comum, extremamente profissional, uma presença marcantemente agradável em meio ao pandemônio do noticiário. E a repórter, “Gighia” Telles, que, mesmo mascarada, sublinha sua presença, danada de competente e expressiva, ainda o jeito quieto, sem espalhafatos. Ajuda muito a dar um pouco de graça ao que ocorre, ao que não tem graça nenhuma.
Estamos todos tentando nos salvar do naufrágio, começando pela nossa saúde mental, que temos conseguido preservar a despeito do confinamento prolongado e da tragédia desumana que nos tem sido imposta, e quando a loucura de nuances diversas já se instalou ou ronda tanta gente. Mas, fazer o quê? Estes são tempos loucos. No fundo, no fundo, dá vontade de fazer o que fazia Jair Amorim, encerrar o programa sem “tocar” o primeiro lugar. Mesmo reconhecendo que ele está lá, “tocar” não. É muito ruim!
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# ALEA JACTA EST
Os executores de projetos, conquanto cumpram o seu papel, não se têm de adorar. Mesmo o respeito mútuo e formal dá guinadas pronunciadas ao sabor de construções pessoais.
Os dados foram lançados. Quem não entendeu até agora não entenderá nunca. Somos todos, por sermos cidadãos da Urbe, jurisdicionados do
*Senatus. *Cruzar “um” Rubicão é desafiar o *Senatus* e a Urbe. Tomemos posição do lado de cá do fio d’água os cidadãos ordeiros e de bem, o raio não pode cair duas vezes no mesmo lugar. Ou somos, de fato, maricas? Ou instrumentos do caos e de seus profetas? Ou foras-da-lei?Ou os operários dedicados que portam as tábuas da lei?
O blog falou algumas vezes do projeto de poder de longo prazo que se veio acentuando com o passar do tempo, o produto das eras, de pé sobre a nuvem apocalíptica, atirando suas foices mortais, destruidoras, impiedosas. Reproduz-se a seguir artigos de Setembro de 2015. Meditem-se sobre eles, considerem-se os desdobramentos previstos e projetem-se o que pode vir. É muito infantil essa coisa do eu não disse? Eu não falei? Não é questão de profecia, mas de análise. Não é favor, nós nos oferecemos, ninguém nos pediu nada.
Quando alguém diz “o meu país”, não está significando o espaço físico nos limites de suas fronteiras. A expressão é abrangente às Instituições, à bandeira, à Constituição; traz em si a família, pai e mãe especialmente, os irmãos, os amigos, as esquinas da juventude e das primeiras experiências, todos os conterrâneos e compatriotas, colegas de infância, de colégio, sua gente, afinal, suas esperanças, seus filhos e netos, eventualmente ainda não nascidos. Está falando do seu chão, da certeza de não precisar do chão de ninguém porque tem o seu próprio, que, se não for bom, ou não estiver bom, poderá ser modificado com sua paciência, seu talento, seu esforço, sacrifício, mesmo, sua honestidade pessoal, os olhos postos na ordem legal e constitucional nos tempos que virão e poderão ser de mudanças, assim o exijam as circunstâncias, assim entenda quem tem a arma adequada para isso. Estou falando do voto, o instrumento exclusivo e decente, válido e honrado existente para mudar conceitos, ideias e métodos em uma democracia, único sistema de governo que permite, mesmo, dela falem mal, e até a tentem destruir, porque o verdadeiro democrata não teme o confronto de ideias, a grandeza da liberdade e o império da lei.
Tem gente confundindo as coisas; tem gente fazendo-se de desentendida para subverter a ordem e comprometer os valores democráticos, as Instituições, a própria Constituição, que pode propor mudanças em seu texto, mas não o faz porque prefere a baderna, a bagunça, águas turvas nas quais possa lançar sua linha com alguma chance, a chance da subserviência, do conluio, da conspiração, elementos dos incapazes com a abjeta vocação do bridão. Há quem não saiba ser livre, há quem não goste de ser livre, há quem deteste a liberdade dos outros; liberdade requer algo muito especial, rarefeito. Contracenavam Denzel Washington e Bruce Willis, seus personagens discordavam em questão importante. O personagem do Sr. Willis perguntou:
― Você está duvidando do meu patriotismo?
― Não, eu estou duvidando é do seu equilíbrio, respondeu o personagem do Sr. Washington.
(As palavras na tradução brasileira podem não ter sido fielmente estas, eu estava acompanhando o diálogo no original, abstraídas as legendas)
Há funções que exigem de quem as exerce, além de patriotismo, o equilíbrio sem o qual certas prerrogativas dos cargos exercidos podem contribuir para colocar em risco valores inestimáveis, a Constituição, por exemplo, que não comporta ser institucionalmente desrespeitada, renegada, notadamente de modo grosseiro. Renegá-la, ademais de quaisquer considerações, é faltar ao respeito a tudo aquilo que a expressão “o meu país” traz em seu bojo.
Jamais confie em quem renega o próprio país.
O desenvolvimento econômico tem seus limites e condicionamentos, um deles, enunciado por Thomas Robert Malthus, primeiro professor de Economia da História, angustiante:
*A capacidade de multiplicação das populações é indefinidamente maior do que a capacidade da terra de produzir comida para o homem* *. *
A tecnologia pode ajudar nesse quesito, mas ela não está de modo nenhum à venda ali, na primeira esquina, ou em qualquer outro lugar, salvo as mais corriqueiras. As tecnologias realmente valiosas são reservadas para um futuro à vista, perfeitamente previsível, quase deparável. Muito mais do que de ordinário se propaga, as Economias mais avançadas estacionaram pela ausência de meios para se expandirem no ritmo do crescimento das suas populações; não se fala aqui, de início, em falta de alimentos, mas da impossibilidade de manterem o padrão de seus povos e isso gerará consequências, chega, mesmo, a parecer um caminho sem volta.
Os países de grandes Economias não estão acumulando tanto poder para nada.
O problema não é localizado, nem pretérito, os estragos de 2008 ainda batem à porta. Foi um sinalizador. Há riscos de uma idade de trevas provocada por desacertos econômicos globais e seus imprevisíveis desdobramentos? Há, concreta e definitivamente há.
Falando claro e recusando a falaciosa justificativa de que a verdade provocará pânico, a Economia ocidental como um todo já está em estado de pré-insolvência, alguns países já estão tecnicamente insolventes. Independentemente do que possam manifestar as Agências de Risco, e as há com o passivo da eclosão da crise de 2008 — não se podendo deixar de perceber na matéria acentuado sabor político —, os seus títulos já não têm valor cheio; com o passar do tempo deverão ser negociados com forte deságio. Mantendo o exemplo, há dinheiro para adquiri-los, com algum esforço, mas há. Reduz-se a dívida de 1 PIB em um terço ― à metade, quem sabe? ―, tornando-a administrável; tudo ficará bem em casa, mas, e os outros? Bem, os seus países são problemas deles; um país não tem amigos, tem interesses, lembra–se? Como aconteceu ao fim da segunda guerra, haverá uma consequente perversa: Emergirá da crise global um poder econômico mundial absoluto e muito bem armado que canibalizará naturalmente, de formas diversas, as demais Economias, um poder muito sensível ao mercado, com a experiência de um século e um quarto em domesticá-lo e colocá-lo a seus pés, cheio de encantamento, cativo e feliz, somente três grandes Economias, além delas uma outra, igualmente bem armada, embora nem tão forte economicamente falando, e outras em formação, essa e aquela já não mais em estado incipiente, 4 potências hegemônicas, uma continental, o domínio econômico absoluto direcionado para o domínio político, viés de poder que produzirá dominação cultural, ressentimentos, ataques e ódios, uma torrente de retaliações, todo o resto periferia em um mundo convertido em barril de pólvora com estopins diversos em condições de explodi–lo. Isso não acontece da noite para o dia, é um processo, longo, que pode muito bem já se haver iniciado.
Sinistrose? O mundo estará saudável se analisado sob o prisma econômico/social? Há reais perspectivas de recuperação, quer sob os pressupostos da teoria econômica, quer de acordo com o panorama descortinado? As populações aumentam sem parar, grandes cidades de países fortes em pedaços, populações se evadindo, remanescendo guetos de luxo, senhores respeitáveis postulando cargos de poder sob o argumento da construção de muros, concreto, para deixar do lado de fora, de uma vez, e já, quem simplesmente está lutando para sobreviver, a medida em si não surpreendendo por apenas materializar uma tendência, mas a declaração final e expressa de que os outros não importam, absolutamente, o drama dos refugiados na Europa dispensando comentários mais extensos. O clima parece ser de salve–se quem puder, e isso não é bom, nada bom!
As Economias menores precisam preparar seu futuro, fazer o esforço e o sacrifício que houver de ser feito para se associarem, criarem seu próprio sistema de financiamento, como BRICS, porque, no quadro que se desenha, não terão vez, dignidades literalmente à venda em troca de financiamentos, de dinheiro, do que comer. Perscrutemos com cuidado o que temos à frente e tenhamos olhos para ver que o mundo está lidando com gente competente no que faz, um plano de longuíssimo prazo executado com paciência, sem medir sacrifícios, uma linha traçada e seguida com rigor e nenhuma complacência. Como escrevi, quando o macaco desceu da árvore para se fazer humano levou com ele a lei da selva, que o orientou em sua caminhada em direção à civilização, deixando pelo caminho apenas bocados de sua selvageria. A lei da selva está sendo aplicada com frequência, intensidade, fúria e indiferença crescentes.
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# ORDEM PÚBLICA & ORÇAMENTO
Publicado em 06 de julho de 2020 — Revisto
**IMPROPRIEDADES E** **INCONSTITUCIONALIDADES** **EM TEMPOS PANDÊMICOS E** **ORÇAMENTÁRIOS**
1 — As Instituições do país estão há 5 anos sob intenso fogo demolitório; não piore o que já está muito ruim. Ou você é mais um profeta e ativista do caos?
2 — Não temos Constituição demais, temos Constituição de menos
O Brasil, por suas Instituições, não se pode esquece que existe o Inciso LVII do Artigo 5° da Constituição Federal, que o dispositivo é uma cláusula pétrea e que cláusulas pétreas só podem ser modificadas ou suprimidas por Assembleias Constituintes. Não fosse assim não seriam cláusulas pétreas. Não cabem relativismos numa questão como essa, da mais alta indagação. PEC’s visando modificá-las são desperdícios e desvios de finalidade das atribuições Congressuais; decidir em sede tal gera deliberações nulas de pleno direito, inconstitucionais, que não podem produzir efeito posto alcançadas por meio de medida sem o indispensável estofo constitucional/jurídico/legal.
Outrossim, a osmose de regras do Supremo Tribunal Federal dos Estados Unidos da América, em que a maioria republicana/conservadora ou democrata/progressista pode mudar os rumos institucionais do país, não tem qualquer chance válida de contaminar o ordenamento constitucional brasileiro. Pela limitação constitucional de caráter positivo defluída de uma Carta Constitucional restrita e básica, cumpre histórica e funcionalmente aos juízes americanos a suplementação do documento, o que finda por conferir-lhes funções legislativas, não sem queixas e vigorosos reparos da Sociedade do país. No Brasil, a tradição e a regra jurídico/constitucional é diametralmente oposta; o texto da nossa Carta Magna é impositivo e direto, não admite desvios de suas prescrições e repugna-se com tendências pessoais de qualquer natureza, gênero ou grau, todos e qualquer um subordinados à sua autoridade, afastadas as lucubrações e as inclinações pessoais, ignorados os “veja bem…” e seus subterfúgios tendenciosos.
Aos juízes do nosso Supremo Tribunal não compete modificar a Constituição, que juraram defender, devendo esse princípio ser particularmente aplicado às cláusulas pétreas. Legislar não é da competência da Corte, mesmo porque à atividade mesma de legislar falece competência para modificar cláusulas constitucionais pétreas, matéria exclusiva da Assembleia Nacional Constituinte, que paira sobre a nação embora dissol-vida pela promulgação das regras constitucionais de sua estrita competência. Notam-se comportamentos, e procedimentos, que se parecem haver esquecido de que a Assembleia é uma Instituição republicana permanente, convocada e reunida apenas quando a pauta nacional constitui-se de questões fundamentais da República. Modificam-se as datas de suas reuniões, mudam os nomes dos seus membros, mas ela prevalece como marca indelével e espírito formador republicano, a serem intransigente-mente protegidos de aventureiros por seus juízes supremos com a percuciência do seu notável saber jurídico/constitucional e a autoridade de suas atribuições.
Não se há de procurar culpados por erros, há de se reparar os equívocos; e se houver quem insista, por mero diletantismo ou compulsão de apontar dedos, em atribuir culpabilidades, a busca deve ser encetada junto aos responsáveis básicos pela observação rigorosa da lei ordinária, infraconstitucional; o mínimo que se espera dos seus aplicadores e fiscais é a manutenção de um follow-up das prisões preventivas, devendo os próprios fiscais requerer a liberdade dos detidos quando a medida ultrapassar os prazos da lei, tornando-a ilegal. Aos amnésicos se há de lembrar que vivemos o Estado de Direito sob o qual ninguém pode ser preso ou mantido na prisão sem observação do devido processo legal, que não compadece a arbitrariedade de prisões sem os fundamentos da lei.
E, se num exagero de zelo, ou pelo que seja, insistir-se no desrespeito ao magistério supremo, que se utilize ao menos argumentos derivados da jurisprudência do Tribunal; de tempos, a Corte firmou posição no sentido de não conhecer de procedimentos pleiteando em face do direito adquirido sob o fundamento de que a matéria transita pelo artigo sexto da Lei de Introdução ao Código Civil, infraconstitucional, falecendo-lhe, portanto, competência para apreciá-la. Se interesses outros, que não a manutenção da ordem constitucional e jurídico/legal, tentam prevalência, diga-se, na extensão máxima e de passagem, que S.Exª, o Relator, poderia ter declinado da competência de apreciar o pedido ao mesmo fundamento porque a Corte não aprecia pleitos envolvendo o direito adquirido. É forçar, sobremodo, interpretações, mas essa é uma prática que tomou conta do país.
Diferentemente da crítica serena, franquia constitucional que não cede a inclinações autoritárias, a agressão grosseira e desrespeitosa a magistrados por aplicar a lei ao caso concreto põe a descoberto o propósito de atirar a opinião pública contra os tribunais, promover a baderna social e implantar a lei da selva para dela tirar proveito. Desconfie sempre de quem faz isso. Você sempre poderá sair de perto ou usar o controle remoto. O nosso sistema legal é de direito positivo — conjunto de leis e normas objetivas e obrigatórias, cujo cumprimento é garantido pelo Estado — no qual não cabe a regra
*the judge* *makes the law*, operante em Estados policiais disfarçados de Estados democráticos, cujos agentes matam cidadãos, por coincidência negros, desarmados ou imobilizados, assassinam-nos publicamente, na certeza de que não pagarão por seus crimes tais os labirintos oficiais criados para não puni-los. Temos gente por aqui que em sua glória efêmera sonhou com isso e, vez ou outra, quando lhe dão voz, insiste no assunto.
Ninguém pode ser mantido preso sem culpa formada e quando a lei impõe a intervalos a revisão das prisões preventivas, que deveriam desaparecer de vez do nosso ordenamento por se constituírem caminho para a perseguição política ou pessoal e para calar quem não reza pelo catecismo de tendências ditatoriais e arbitrárias. Já se pleiteou no Brasil a utilização no processo de provas obtidas por meios ilícitos, caminho para a utilização de provas forjadas. A tecnologia alcançou grau tão elevado de desenvolvimento que qualquer um, com a assistência de especialistas em falcatruas, pode “provar” o que bem lhe sugira sua mente deformada e criminosa.
Há, de anos, cerca de 350.000 (trezentos e cinquenta mil) presos “provisórios” no Brasil. É preciso dizer-lhe mais alguma coisa, cidadão? Isso é ignominioso, uma desonra que provoca horror e deveria envergonhar qualquer Sociedade que se pretenda civilizada. O mínimo que se espera dos responsáveis pela melhor aplicação e cumprimento da lei, insiste-se, é que mantenham um
*follow-up* das prisões preventivas e que os fiscais da lei estejam atentos para elas, requerendo a liberdade do preso quando a preventiva exceder o prazo de revisão, tornando-a ilegal. Repetindo, a rigor não deveria haver prisão preventiva, mas somente prisões provisórias em hipóteses da mais absoluta relevância e na possibilidade real, devidamente comprovada, de que, em liberdade, o acusado poderá obstruir as investigações, colocar em risco testemunhas, promover a destruição de provas, etc. Que os órgãos competentes investiguem e provem, cabalmente, as imputações feitas no prazo regular, computadas as prorrogações judicialmente concedidas a pedido, devidamente justificadas.
A prova para tirar do cidadão a liberdade, o mais precioso bem humano, em sede de prisão provisória, afastada definitivamente a cilada da prisão preventiva, tem de ser categórica e produzida de plano, como a demonstração inconteste no remédio heroico do Mandado de Segurança, sem tergiversações e sem
*shows* midiáticos, bem de tamanho valor que não cabe ser subtraído sem o trânsito em julgado de competente sentença penal condenatória, de resto um mandamento constitucional.
A prisão preventiva, como a prisão após julgamento em Segunda Instância, não o afirmamos, lembramos, é passível — afinal somos todos meros seres humanos — de utilização para afastar do caminho desafetos do Sistema, independentemente de culpa, até porque culpado, como dispõe inelidível regra constitucional, apenas é o condenado com sentença passada em julgado.
É preciso parar de brincar com a vida e com a liberdade das pessoas; quem quer, de fato, ver punidos os transgressores da ordem legal que faça o seu trabalho direito ou não aplauda arbitrariedades e o maltrato da lei. Renova-se, vivemos o Estado de Direito, graças a Deus e aos homens de bem deste país!
Finalizando na primeira pessoa: O Estado de Direito, a lei, o respeito ao cidadão estão de tal modo aviltados no Brasil que, dando o meu testemunho em mais de uma oportunidade, tenho falado aqui no blog do habitual monitoramento dos meus computadores e da copiagem de tudo o que neles é produzido, o que é feito de forma quase ostensiva e desassombrada. Na manhã da última segunda-feira, bem cedinho, eu estava revisando o podcast de uma balada que compus há bastante tempo e chamei Saga de Boiadeiro, incluída no meu livro Deus, Um Alvo — Quem foi o Outro?, ainda inédito. Quando recoloquei fotografia e tópicos, deslocados, na posição correta, o processador de texto que uso, LibreOffice, um senhor aplicativo, sinalizou sua copiagem. Enquanto escrevo este texto, os seus trechos mais sensíveis estão sendo copiados, especialmente aqueles em que falo da prisão preventiva, etc.. Sente-se claramente que a copiagem é feita por razões políticas, conclusão a que chego mais propriamente pelas reações percebidas nas minhas raras saídas de casa sempre que discordo mais abertamente do
*status quo.* E está ainda bastante claro que essas pessoas (trata-se de um grupo delas) estão muito próximas de mim. Há mais, muito mais, um assunto, porém, que está sendo tratado de outra forma e por pessoas do ramo. Não cabe, neste momento, detalha-lo. O importante é a experiência pessoal, que não deixa dúvidas, de que não estamos vivendo tempos exatamente democráticos, senão no Brasil como um todo, aqui, na cidade em que vivemos. O que se quer dizer com isso é que não estamos em face de um grande colégio de vestais, as más inclinações campeiam livres, leves e soltas; e o que se espera, à conta de já termos atividades ilegais extra-oficiais bastantes, é que o Judiciário, último refúgio do cidadão comum, continue firme na exigência inflexível de rigorosa observância da Constituição, com reflexos tranquilizadores quanto à plenitude dos direitos e garantias fundamentais. Punir delinquentes em detrimento e ao arrepio da lei habitua, legitima a prática que mais dia, menos dia, acabará dirigida ao cidadão indefeso, especialmente se pobre e/ou negro.
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O Brasil está sem rumo e isolado diplomaticamente, todos precisam ajudar; a bola da vez é o Congresso Nacional, que tem em mãos o Orçamento de 2021 para apreciar. Nos Empreendimentos privados, o Orçamento, para preenchimento de sua real finalidade, deve ser elaborado como um
*business* *plan.* No Empreendimento nacional deve haver um plano, um roteiro, elaborado pela Administração, para condução do país; à sua falta, o Congresso, quando da apreciação dos Orçamentos Anuais, deve suplementa-los técnica e administrativamente para dar-lhes a devida faceta operacional. Sem isso, o documento é um amontoado de números sem caráter de roteiro pré-verificado, o que é sempre um risco. Esta é uma atribuição indeclinável do Congresso, ao contrário de pretender modificar cláusulas constitucionais pétreas, para o que lhe falece competência.
O Brasil alcançou o estágio em que, sob pena de inviabilizar-se, terá de fazer face ao desequilíbrio de suas contas oriundo da desproporcionalidade de suas estruturas relativamente às suas possibilidades. O nosso PIB, ridículo para o nosso potencial, e em acelerado processo de encolhimento, não gera impostos bastantes ao sustento de benesses fiscais concedidas e à manutenção de suas nababescas estruturas, dois exemplos de inadequação entre uma infinidade de descaminhos. Educação e Saúde, falidas, tendem ao desmantelamento em função dos seguidos cortes de verba sofridos à causa do seu redirecionamento, enquanto regalias e favores oficiais são mantidos. Não foi a pandemia o fator determinante; antes dela, fatores negativos conjugados já anunciavam o nó que o covid19 antecipou, assim como não é a diferença abismal entre a oferta e a procura de mão de obra o único cataclismo de proporções gigantescas a que estamos expostos. Falta, é patente, percepção qualitativa das opções estratégicas, institucionais, comerciais, produtivas, econômicas e de integração internacional do
Brasil.
As opções feitas são inadequadas, entre as inadequações a decisão de transformar o país no rei do campo, fazer dele, prodigamente, o produtor agrícola por excelência. Feitas as contas, provavelmente se verificará que a esta altura produzir menos será mais vantajoso para o Brasil. Com o dólar nas alturas, a tornar as exportações agrícolas altamente vantajosas, e devido à ineficiência no controle e inibição das queimadas, um gargantuesco apetite por terras está ceifando a Amazônia e outros acervos silvícolas, com acelerada degradação do bioma e gerando consequências negativas de toda ordem e difícil e longa recuperação. 14 milhões de desempregados e 5 milhões de desesperançados de sequer procurar trabalho caminham para uma situação de desespero que a ajuda oficial nem mitigar conseguirá, ociosa qualquer discussão a respeito. Transformar o Brasil num Estado Assistencial é um projeto inexequível por mais de uma razão, de notar que 2022, em termos de amplos programas assistenciais direcionados, está muito longe.
Cotejando-se a atual situação do país, resultado da deterioração econômica conjugada com a deterioração social iniciada há cerca de 5 anos, agravada pelo imobilismo administrativo e econômico, com o Artigo 3º da Constituição Federal, chega-se à inarredável e estranha conclusão que o Brasil é um país inconstitucional.
Nenhum Organismo cumprirá o seu papel movendo-se em desacordo com os seus objetivos, a se realizarem mediante planejamento adequado convertido em Orçamentos elaborados e cumpridos como planos de trabalho, sem concessões a modificações que os façam peças de adorno. Nossa tradição nesse sentido não é muito animadora.
Não temos gosto pelo planejamento; nossos governos se encantam com ideias próprias em nada parecidas com as prescrições constitucionais pertinentes. Orçamentos devem servir à Administração como ferramenta de trabalho e resultarem de planificação abrangente que lhes dê alcance e substância. Orçamentos elaborados somente em função de receitas e despesas não são Orçamentos, são fluxos de caixa, que hão de suceder ao Orçamento propriamente dito, não substituí-lo, dando expressão financeira ao documento, de expressão econômica e natureza gerencial.
O Orçamento nacional deve ser um roteiro de trabalho traçado a teor do Artigo 3º da Constituição e aperfeiçoado pela conciliação das divergências e absoluto respeito ao interesse nacional, a ser inflexivelmente protegido. Não pode ser um amontoado de números fixados pela necessidade de atender obrigações deformadas e extorsivas alheias aos objetivos fundamentais da República; impõe dar-lhe caráter de guia operacional assentado em regras de finalidade ungidas por imperativos constitucionais. Ademais, considerando ser o bom orçamento uma representação operacional/ econômica/financeira do organograma, seu feitio racional, credibilidade e aplicabilidade decorrerão em absoluta medida de antecipada revisão técnico/analítica dos nós e gargalos, corrigindo-se distorções e incompatibilidades operacionais existentes pela racionalização e adequação antes de dar-lhe cores orçamentárias, para não se carregar o documento com despesas carentes de melhor análise, excessos, impropriedades administrativas, hipertrofias, e coisas que tais. Um agudo exame das rendas regulares deve ser procedido para o fim da gradação das despesas. Operações públicas ou privadas deficitárias, com extensos “buracos” em sua ordenação orçamentária provocados por desequilíbrios permanentes Despesas vs. Rendas são reais candidatas à bancarrota. Tomar dinheiro no mercado para financiar déficits permanentes é suicídio financeiro, simples aumentos de impostos ou criação de novos impostos com a mesma finalidade imprensará de vez o contribuinte contra a parede, explorando-o brutalmente para financiar a ineficiência estatal.
Ponto de partida para o planejamento orçamentário nacional, o Artigo 3º da Constituição Federal é de observância compulsória, situando-se com primazia no juramento constitucional que confere legitimidade às Administrações, legitimidade essa não outorgada tão só pela posse, ato necessário, porém meramente formal, mas antes de tudo pela observância estrita das regras republicanas emanadas da Carta Federal.
O Orçamento federal não elaborado em função da construção efetiva de uma Sociedade livre, justa e solidária, que não garanta recursos para o desenvolvimento nacional, que se omita quanto à erradicação da pobreza, da marginalização e da redução das desigualdades sociais e regionais, que falte à promoção do bem estar de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação traz consigo a mácula do desvio de finalidade, da inconstitucionalidade, é uma traição aos princípios básicos da República materializada numa peça desfigurada, de manutenção de desigualdades e garantia de interesses, subordinando os insuficientes recursos nacionais à preservação de privilégios, tragédia histórica esboçada em 1891, consumada no século 20 e elevada aos mais perversos extremos nos últimos 5 anos deste século 21.
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# QUESTÃO DE CREDIBILIDADE
A equidade aplicada ao direito é um saco de gatos, objeto de discussões intermináveis e porta aberta para posições contrárias à lei, um paralogismo visando a convencer, por exemplo, que a lei é só teoria e que o seu formulador sabe o que precisa ser feito ou decidido. É, sem dúvida, um bom caminho para a baderna social e para a insegurança jurídica, que nada têm a ver com o Estado Democrático de Direito.
O que legitima qualquer posição decisória é o princípio da legalidade formal e material, com absoluta subordinação à norma legal constitucionalmente aparelhada, é dizer, em estrita consonância com as imposições pertinentes da Constituição da República. Ninguém tem autorização para elidir a norma de direito positivo ou constitucional e colocar em seu lugar um mostrengo adrede criado ao sabor de casuísmos que desatendam ao princípio da legalidade (CF, Artigo 5°, II, e Artigo 37,
*caput*).
Assim, a equidade informada por caprichos, interesses pessoais ou de grupos, arbitrariedades ou voluntarismos não se pode constituir exceção à norma constitucional ou legal com graves prejuízos à Ordem Pública. Nosso sistema de direito positivo não acolhe o Realismo Jurídico Americano, nem se acomoda no viés consuetudinário ou simplesmente impositivo de tendências pessoais a reboque da proposição elementar de que
*the judge makes the law*.
Essas considerações são tecidas a propósito do Roda Viva da próxima segunda-feira, 20. A TV Cultura embasa o alto conceito do seu jornalismo no distanciamento e na imparcialidade, na riqueza de informação e na sua interpretação culta e ampla, embora a linguagem direta e inteligível, sem ambiguidades. O Roda Viva não é um palco, é puro jornalismo. A partir daí, sua bancada inquisidora não pode deixar de constituir-se correntes diversas cujas contradições e orientações se reflitam nas perguntas ao entrevistado. No próximo dia 20 estarão em jogo matérias de interesse público, com questões de Ordem Pública pairando sobre elas ou delas diretamente decorrentes. Não pode haver discriminação; o que legitima a atividade jornalística é a pegada da informação completa e a busca inflexível da verdade.
Fora dos limites da legalidade, mas em seu elemento essencial de condutor da vida em sociedade, a negativa injusta fere o princípio da equidade, que não pode deixar de ser rigorosamente observado. Glenn Greenwald já foi vidraça e em momento nenhum se furtou a qualquer pergunta dos jornalistas, algumas formuladas de modo bastante severo. Por equidade irrecusável, tem de fazer parte da bancada inquiridora no próximo dia 20, direito que não é apenas seu, mas de todos os cidadãos telespectadores que acompanham o Roda Viva. A credibilidade do programa precisa ser resguardada.
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2023-02-05T08:27:22Z
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# "TOCAR NÃO. É MUITO RUIM!
Jair Amorim, em parcerias com José Maria de Abreu e Alberto Ribeiro, compôs músicas que marcaram época. Um misto de compositor e radialista, tinha um programa aos domingos na Rádio Tamoio, dos Diários Associados. 9 horas da noite, e lá estava ele apresentando a Parada de Sucessos da semana, num tempo em que o gaúcho Teixeirinha varou o país com sua voz esquisita, se comparada com a dos outros cantores de sucesso, sua plataforma uma música apelidada de Churrasquinho de Mãe, um horror que fez um sucesso incrível. Amorim, é claro, sempre estava nas paradas. No momento em que tinha de apresentar o primeiro lugar, o que lhe aparecia semana após semana? Churrasquinho de Mãe. Bem, após a segunda colocada, dizia: Senhoras e senhores ouvintes, o primeiro lugar da semana é de Churrasquinho de Mãe — ele dizia o nome correto da música —, mas eu me recuso a apresenta-la. Boa noite, obrigado pela audiência, até o próximo domingo. E encerrava o programa.
Anda dando vontade de fazer como o Jair Amorim. É permanente a sensação de naufrágio. “O mar chegou, tudo apagou, palavras leva o mar”, Amorim foi divinamente gravado por Elizete Cardoso que, esquecida quando já não dava frutos, ficou 5 anos sem gravar, período antecedente à sua morte em que mais precisou de reconhecimento e calor humano. É cruel, mas é assim, acabou a razão do interesse, dinheiro, projeção social, profissional, os cambaus de todo tipo, acabou o amor.
Veja só: O ministro chegou, abraçou o mundo com as pernas, quis tudo para ele, deram, mas ele nunca conseguiu o sucesso que julgava poder produzir; falou grosso, engrossou a voz, brandiu suas credenciais acadêmicas e … Nada! Está como técnico de futebol, prestigiado, o diretor falou. Sempre foi assim, o melhor caminho para o desemprego. Técnico de futebol prestigiado sempre foi sinônimo de técnico de futebol desempregado após devidamente fritado. Os astros do time saíram, mudaram de clube e de ares ou voltaram para os antigos clubes, porque, olha, acabou a possibilidade de prestígio, acabou o amor. Dá seu jeito, chefe, fui!!!
O primeiro mandatário do Clube, de seu turno, é pelo menos coerente; faz nestes tempos bicudos o que sempre fez, livrar-se de potenciais concorrentes. Chega-se a pensar que o Brasil é o único país do mundo no qual, logo no início do mandato, o eleito, prioritariamente, passa a cuidar da sua reeleição, faz festivais de dinheiro, de cargos, as atitudes são paternalistas, segue a linha populista porquê, é da estrutura do seu raciocínio, pobre gosta de ser enganado, só presta para votar. E é o pobre que elege o presidente porque a base da pirâmide é desmedidamente maior do que os demais segmentos. Rico só presta para eleger vereador, deputado, senador, e, olhe lá, governador. Me aguarde, pensa; vocês estão achando este meu primeiro mandato horrível? Esperem pelo segundo, vocês verão. Palavras do guru.
E aquele homem de aparência patriarcal, ou jeito de irmão mais velho, todo encanecido, uma senhora história de vida, tentando salvar o fim de noite. Tudo em compasso de ramerrão, a história repetitiva, a notícia batida e rebatida não desperta interesse, está todo mundo cansado das novidades que já não o são, o cochilo invencível ao ouvi-las.
E aquele senhor, empresário, perdendo velozmente os cabelos, que mesmo os empresários têm os seus limites, 17 milhões de desempregados, mais os 5 ou mais milhões que já nem emprego procuram, mais os subempregados, mais as moças desesperadas por trabalho a entregar as “marmitas” do iFood de bicicleta para ganhar algum dinheiro honestamente, tudo se desmanchando. Imagine toda essa gente na rua, direitinho, mudinha, em ordem, carregando cartazes a dizer “Não queremos esmolas, queremos trabalho”. Por que não o fazem? Porque disseram aí que os interessados infiltrariam baderneiros em seu meio, que fariam quebra-quebras, e a polícia cairia em cima com tudo, prenderia, os cambaus! Ora, o que é isso? Basta ficarem atentos; ao primeiro sinal de tumulto afastem-se rapidamente e se coloquem bem longe. E aí? Sei lá! Seria ilustrativo ver como a policia os trataria.
Pelo menos tem-se o respeito de uns poucos; segunda-feira, anteontem à noite, o trio da bancada, elegante e expressivo, fez o que pôde, aquele senhor de solenes barbas brancas que explica o mundo e a vida para as pessoas, a função do filósofo, aparentemente exasperado com o besteirol galopante, que besteirol não se explica. Se o Sérgio Rangel Porto, irmão do Marcelo Carlos, ainda estivesse por aqui estaria deitando e rolando. E mais, se eu fosse chegado a gurus, o senhor de barbas brancas solenes seria o meu guru. Ele tem estilo, sabe das coisas, é franco e direto, não enrola. Bacana, bacanas os três, as duas senhoras, cada qual em sua função, competentes, na ‘simplicidade abrangente’ da Doutora a luz sempre necessária e bem-vinda, no
*tailleur* da apresentadora, de listras discretas, o sóbrio bom gosto. Ou era um conjunto, ou um *tailleur*- *pantalon*? Que bom vocês três!
E aquela senhora também de fim de noite, o modo pessoal de noticiar, a inteligência estampada em sua expressão pouco comum, extremamente profissional, uma presença marcantemente agradável em meio ao pandemônio do noticiário. E a repórter, “Gighia” Telles, que, mesmo mascarada, sublinha sua presença, danada de competente e expressiva, ainda o jeito quieto, sem espalhafatos. Ajuda muito a dar um pouco de graça ao que ocorre, ao que não tem graça nenhuma.
Estamos todos tentando nos salvar do naufrágio, começando pela nossa saúde mental, que temos conseguido preservar a despeito do confinamento prolongado e da tragédia desumana que nos tem sido imposta, e quando a loucura de nuances diversas já se instalou ou ronda tanta gente. Mas, fazer o quê? Estes são tempos loucos. No fundo, no fundo, dá vontade de fazer o que fazia Jair Amorim, encerrar o programa sem “tocar” o primeiro lugar. Mesmo reconhecendo que ele está lá, “tocar” não. É muito ruim!
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2023-02-05T07:50:25Z
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**Samuel Barbosa Cavalcante, de 43 anos, natural de Manaus (AM) e que foi candidato a deputado estadual pelo PL de Rondônia, obteve 0,35%, 3.084 votos, ficando na quinta suplência, é o 4° preso no âmbito da força-tarefa batizada de Operação Nero, realizada nesta quinta-feira (29/12) pelas polícias Federal (PF) e Civil do Distrito Federal (PCDF) para prender extremistas responsáveis por atos de terrorismo no centro de Brasília em 12 de dezembro.**
Porto Velho, RO -
*Os rondonienses agiram com destaque nos atos de vandalismo em Brasilia no último dia 12/12*
Porto Velho, RO -
O empresário é considerado um dos suspeitos de comprar combustível no dia dos ataques. Na redes sociais, Samuel divulga vídeos de apoio a Jair Bolsonaro (PL). Ao TRE, Samuel declarou bens no valor de R$ 667.483,00, referentes a caminhões e máquinas pesadas. Samuel mora em São Francisco do Guaporé e é proprietário de uma auto-escola. Até o momento, 40 envolvidos na tentativa de invasão ao edifício-sede da PF foram identificados.
A PF também prendeu em São Francisco do Guaporé o pastor e juiz de Paz Joel Pires Santana, 40 anos e cumpriu buscas na residência do proprietário de uma auto elétrica de Ariquemes, Ricardo Yukio Aoyama, 33 anos.
Samuel Barbosa Cavalcante, de 43 anos, candidato a deputado estadual por Rondônia, é o 4° preso no âmbito da força-tarefa batizada de Operação Nero, realizada nesta quinta-feira (29/12) pelas polícias Federal (PF) e Civil do Distrito Federal (PCDF) para prender extremistas responsáveis por atos de vandalismo no centro de Brasília em 12 de dezembro.
**Veja quem são os presos até o momento:** *Bolsonarista Klio Hirano, 40 anos, é uma das detidas na Operação NeroReprodução/Instagram*
Átila Reginaldo Franco de Melo, 41 anos, foi detido em São Gonçalo, no Rio de Janeiro
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Joel Pires Santana, 40 anos, foi detido pela PF e pela PCDF em RondôniaMaterial cedido ao Metrópoles
Ricardo Yukio Aoyama, 33 anos, foi alvo de busca e apreensão, em Rondônia. Ele é acusado de ter comprado combustíveis no dia do quebra-quebra em BrasíliaMaterial cedido ao Metrópoles
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O empresário é considerado um dos suspeitos de comprar combustível no dia dos ataquesReprodução/Redes sociais
As equipes cumpriram 32 mandados judiciais: 21 de busca e apreensão, bem como 11 de prisão expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Além do DF, a Operação Nero ocorre simultaneamente em Rondônia, São Paulo, Tocantins, Mato Grosso, Pará, no Rio de Janeiro e no Ceará.
“Foram 17 dias em que fomos bastante cobrados. Tivemos de fazer o levantamento para saber onde os alvos estavam e toda a logística da operação que, hoje, culmina na nossa ação”, declarou o delegado-geral da PF, Márcio Nunes de Oliveira.
O delegado-geral da Polícia Civil do DF, Robson Cândido, acrescentou: “Trabalhamos em conjunto. Nossas áreas técnicas, a partir do momento em que aconteceram esses crimes, começaram a atuar na identificação [dos suspeitos]. Nossa operação é uma resposta do Estado a essas pessoas que estão fugindo de seus limites ideológicos”.
Os manifestantes depredaram uma unidade do McDonald’s e carros estacionados no Setor Hoteleiro Norte (SHN) foram depredadosVinícius Schmidt/Metrópoles
O grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou invadir o prédio da PF, na Asa NorteMatheus Veloso/Metrópoles
Em resposta, os grupos de forças de segurança soltaram bombas de efeito moral, gás lacrimogênio e balas de borrachaMatheus Veloso/Metrópoles
Segundo nota da SSP-DF, a Esplanada dos Ministérios, na Praça dos Três Poderes e outras vias da região central está restrito até nova mudança de cenárioMatheus Veloso/Metrópoles
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O futuro Ministro da Justiça, Flávio Dino, convocou uma coletiva de imprensa no CCBBMatheus Veloso/Metrópoles
“Este é um momento delicado e que exige bom senso de todos os envolvidos no intuito de cumprir a lei, manter a ordem e garantir a segurança das pessoas”, afirmou Anderson Torres à coluna Grande
A revolta começou após a Polícia Federal (PF) ter prendido o indígena bolsonarista José Acácio Serere Xavante, o Tserere XavanteVinícius Schmidt/Metrópoles
Os manifestantes depredaram uma unidade do McDonald’s e carros estacionados no Setor Hoteleiro Norte (SHN) foram depredadosVinícius Schmidt/Metrópoles
O diretor do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da PCDF (Decor), Leonardo de Castro, detalhou que, no dia dos atos de vandalismo, os policiais da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) iniciaram os trabalhos de apuração.
“No dia seguinte, a SSP-DF [Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal] definiu que o Decor assumiria as investigações. No dia 14, tínhamos identificado nove dos baderneiros. Houve declínio de competência e, no dia 19, já havíamos identificado outras pessoas. Inclusive, envolvidos no ato da bomba [perto do Aeroporto de Brasília], no último dia 24 de dezembro. Tivemos algumas prisões ontem [quarta-feira] e outras três, hoje [até o momento da coletiva]. A PCDF continua nas investigações para identificar mais indivíduos”, destacou Leonardo de Castro.
O delegado reforçou que, apesar de identificar 40 pessoas, a polícia pediu a prisão de 11, pois tratam-se de alvos contra quem os investigadores conseguiram reunir provas robustas de participação no crime. “São cerca de 150 horas de gravações [obtidas]. É possível que ao longo das apurações apareçam mais nomes”, completou.
Os suspeitos teriam tentado invadir a sede da PF com a expectativa de resgatar o Cacique Tserere, preso pela instituição. Sem conseguirem dar andamento à ação, começaram uma série de atos de vandalismo pela cidade.
Em razão de declínio de competência, o Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu dois processos que envolvem as investigações. Os alvos podem responder por dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, cujas penas máximas somadas chegam a 34 anos de prisão.
Operação Nero
As apurações contaram com métodos de inteligência policial, oitivas e análises de fotos e vídeos registrados no dia do ataque, em 12 de dezembro. Apesar das cenas de terror registradas no centro da capital federal, nenhum suspeito foi levado para a delegacia após os atos.
Até a mais recente atualização desta reportagem, quatro pessoas haviam sido detidas na Operação: Klio Hirano, em Brasília; Átila Reginaldo Franco de Melo, em São Gonçalo (RJ); Joel Pires Santana e Samuel Barbosa Cavalcante, ambos em Rondônia.
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2023-02-03T15:58:20Z
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*Prisões começaram na noite de quarta; operação com mais de 30 medidas é deflagrada na manhã desta quinta por ordem de Alexandre de Moraes, do STF* **Porto Velho, RO -**A Polícia Federal começou na noite desta quarta-feira (28) as primeiras prisões de suspeitos de participação na tentativa de invasão ao prédio da corporação e nos atos de vandalismo que resultaram em incêndios a carros e ônibus em Brasília, no último dia 12.
Duas pessoas foram presas, uma no Rio e outra em Brasília, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
As medidas fazem parte de uma operação maior deflagrada na manhã desta quinta (29), com mais de 30 mandados a serem cumpridos, contando prisões e buscas e apreensões.
A operação ocorre no DF e em mais sete estados: Pará, Tocantins, Ceará, Rio, São Paulo, Rondônia e Mato Grosso. A Polícia Civil do DF também participa da operação, batizada de Nero.
A presa em Brasília é identificada como Klio Hirano. Nas redes sociais, ela tem diversas postagens publicadas em acampamento em frente ao QG do Exército, onde manifestantes pedem uma intervenção das Forças Armadas para evitar a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ela ainda fez um vídeo em frente à sede da Polícia Federal no dia do vandalismo no DF. Na gravação, ela pede que "defensores da pátria" sigam ao local. "É hoje que a gente vai ter a GLO (Garantia da Lei e da Ordem) que a gente está tando procurando", diz.
No Rio, a pessoa detida foi Átila Mello. Ele foi preso no município de São Gonçalo.
Os ataques à sede da PF e a veículos estacionados nas ruas do entorno do prédio ocorreram naquela noite do dia 12 de dezembro após a prisão do indígena bolsonarista José Acácio Serere Xavante.
O vandalismo é parte da escalada de atos com discurso golpista patrocinados por apoiadores do ainda presidente da República.
O indígena foi preso após pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), que apontou sua participação no atos antidemocráticos na capital federal.
**Armas e munições encontradas na casa do suspeito de tentar explodir um caminhão de combustíveis em Brasília DivulgaçãoMAIS**
Os atos antidemocráticos que pedem um golpe militar e escalam em casos de violência pelo país têm sido atiçados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) desde a sua derrota para Lula no segundo turno das eleições.
A escalada da violência nesses atos liderados por bolsonaristas fez desmoronar o discurso público do presidente e de seus aliados, que destacavam as manifestações como ordeiras e pacíficas e buscavam associar protestos violentos a grupos de esquerda.
Com casos de violência que incluem agressões, sabotagem, saques, sequestro e tentativa de homicídio, as manifestações atingiram seu ponto crítico e acenderam o alerta das autoridades, que realizaram prisões e investigam até possível crime de terrorismo.
Os responsáveis poderão ser punidos na Justiça com base na Lei Antiterrorismo, legislação que os próprios bolsonaristas tentaram endurecer visando punir manifestantes de esquerda.
Um dos casos mais recentes de violência ocorreu na véspera de Natal, quando um homem foi preso suspeito de ter tentado explodir um caminhão de combustível, em Brasília. Outro caso foi esse no dia 12, horas após a diplomação de Lula.
*Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro protestam e pedem intervenção militar em frente ao Comando Militar do Sudeste, zona sul de São Paulo Jardiel Carvalho - 02.nov.2022/Folhapress*
O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse nas redes sociais que as ações policiais em curso visam garantir o Estado de Direito, na dimensão fundamental da proteção à vida e ao patrimônio.
**VEJA CASOS DE VIOLÊNCIA PELO PAÍS** **Brasília**
A Polícia Civil prendeu no sábado (24), véspera de Natal, um homem suspeito de ter tentado explodir um caminhão de combustível próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília. A Polícia Civil afirmou que o homem preso, identificado como George Sousa, se diz bolsonarista com atuação em atos na frente do quartel-general do Exército no DF.
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) tentaram invadir o prédio da Polícia Federal em Brasília. Após serem repelidos, os manifestantes foram para outras vias da cidade e atearam fogo em ao menos dois ônibus e em carros. Eles ainda depredaram postes de iluminação e tentaram derrubar um ônibus de um viaduto
**Rondônia**
Parte da cidade de Ariquemes ficou sem água depois que manifestantes quebraram adutora com escavadeira. Ministério Público investiga se houve crime de terrorismo por sabotagem a serviço público essencial à população. Também houve ataque a caminhões com incêndio, depredação e saque. Em outras cidades, um caminhoneiro e um carro foram apedrejados
**São Francisco do Guaporé** **Ariquemes** **Alto Paraíso** **Monte Negro** **Comodoro (ao lado de Vilhena)** **8 Mandados de Busca** **5 Mandados de Prisão** **Pará**
Manifestantes atiraram contra agentes da PRF em Novo Progresso. Ministério Público investiga se houve tentativa de homicídio qualificado e outros nove crimes
**Mato Grosso**Em Lucas do Rio Verde, Homens invadiram e incendiaram caminhões em base de uma concessionária. Em Sinop, dois caminhões foram atingidos por tiros. Dois caminhões-tanque foram incendiados e um funcionário de concessionária foi sequestrado **Santa Catarina**PRF apura ocorrências criminosas promovidas por baderneiros com métodos de grupos terroristas e black blocs. Houve bombas caseiras e rojões, além de pregos para furar pneus, pedradas e barricadas. Um homem é suspeito de associação criminosa, desobediência de ordem legal e outros crimes **Fonte: Folha de São Paulo**
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2023-02-09T12:32:38Z
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*Deputado Federal Coronel Chrisóstimo aparece na lista de apoiadores aos terroristas* **Porto Velho, RO -**O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL) faz parte de uma lista publicada pelo site The Intercep Brasil dos parlamentares que teriam “passado pano” para atos terroristas e culpam - sem prova nenhuma - supostos infiltrados pela baderna e destruição na sede dos três poderes da República, no domingo, 8.
De acordo com o Dicionário Informal da Língua Portuguesa, “passar pano vem da gíria acobertar, não falar a verdade, omitir, que não é gíria popular mais sim da gíria de malandro”. Tem ainda como significado “dar uma desculpa; se esquivar, sair fora, livrar a cara de alguém de alguma acusação, fato ou confusão”.
Segundo o site, o Coronel Chrisóstomo, reeleito, só fez um pronunciamento enfático contra o terrorismo após a reportagem do Intercept, que apontou os 46 deputados federais que apoiaram ou minimizaram os atos golpistas. Os nomes deles constam no levantamento.
O coronel postou um vídeo cerca de três horas depois que a reportagem foi publicada, dizendo que não apoia nem concorda com vandalismo. Até então, ele tinha apenas comparado os atos terroristas com manifestações da esquerda e dito: “a direita do Brasil sempre terá meu apoio total. Contem comigo”.
Bolsonarista, Chrisóstomo já chegou a cair em desgraça com o próprio Bolsonaro, que o humilhou publicamente.
Em outubro de 2020, no cercadinho do Palácio do Planalto, o então presidente afirmou que o parlamentar estaria apoiando o Movimento do Sem Terras e diz a pessoa, que alegava ser “primo de Chrisóstomo”, para “não espalhar por aí que é primo para não ficar feio”.
**Veja o vídeo:**
Chrisóstomo também protagonizou uma cena hilária quando buscava voto nas eleições de 2022. Seu “histórico de atleta” não o impediu de levar um tombo de bicicleta.
**ASSISTA.**
Agora, segundo o site Intercept, levantamento do portal de notícias “identificou 46 deputados federais eleitos em 2022 que defenderam, incentivaram ou ao menos tentaram justificar de alguma forma os ataques terroristas do último domingo. Dez deles apoiaram abertamente os golpistas, como se eles se manifestassem por causas legítimas; 24 procuraram disfarçar o apoio, minimizando os protestos, desviando o foco das acusações ou culpando ‘infiltrados de esquerda; e outros 12 foram contrários às prisões dos terroristas, chegando a alegar a ocorrência de violações – não comprovadas – de direitos humanos”.
Nesta semana, o deputado rondoniense anunciou que das 489 mulheres presas após os atos terroristas no dia 8 em Brasília, 14 são de Rondônia.
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2023-02-04T09:51:11Z
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https://www.oobservador.com/2023/01/golpismo-fortalece-moraes-e-enfraquece.html
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*Ministro do STF relata inquéritos que miram bolsonarismo radical, responsável pelo vandalismo que atingiu Brasília neste domingo* **Os atos golpistas promovidos pelo bolsonarismo radical neste domingo (8) reforçaram a posição institucional do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, deixando, por outro lado, uma longa lista de políticos chamuscados em decorrência do episódio.**
Porto Velho, RO -
Porto Velho, RO -
Relator de inquéritos que miram os núcleos golpistas do bolsonarismo, Moraes determinou ainda neste domingo o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), além da imediata desmontagem do acampamento antidemocrático em frente ao quartel-general do Exército, na capital federal.
Com isso, os bolsonaristas foram desalojados nesta segunda-feira (9), sendo que cerca de 1.000 devem ser indiciados pela Polícia Federal.
O problema se arrastava desde as eleições sob a conivência do Exército e do governo anterior, de Jair Bolsonaro (PL), e tampouco havia sido resolvido pela incipiente gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
As cenas inéditas de vandalismo que correram o mundo no domingo e que foram o mote das decisões de Moraes tendem a amainar as críticas jurídicas que o ministro sofria por conduzir de forma atípica os inquéritos contra os atos antidemocráticos —entre outros pontos, essas investigações foram abertas de ofício, ou seja, sem a provocação do Ministério Público, o que era a praxe até então.
Já os chefes do Legislativo —Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL)— também assumiram desde o primeiro momento a defesa das instituições. Ambos se manifestaram contra a baderna e em defesa da democracia. Pacheco instou os colegas a repudiarem publicamente os atos em sinal de unidade do poder.
Os ataques golpistas devem trazer ganhos políticos para Lula e auxiliares, mas evidenciam fragilidades.
Por um lado, eles tendem a reforçar a tentativa do governo de isolar politicamente Bolsonaro e seu grupo político mais ideológico, já que o repúdio à depredação da sede dos três Poderes uniu esquerda, centro e integrantes da direita não extremista.
Um exemplo eloquente disso foi a reunião na noite desta segunda de Lula com os governadores, inclusive os de oposição, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), e a cúpula dos três Poderes, em Brasília.
O presidente também reafirmou a autoridade ao decretar a intervenção na segurança do Distrito Federal e ao não vislumbrar, pelo menos publicamente e por ora, insubordinação no comando das Forças Armadas.
A inédita depredação da chefia do Executivo, Legislativo e Judiciário sob sua gestão e sem que tenha sido detectada de forma eficiente pelos órgãos federais de segurança, porém, evidenciaram despreparo e também uma oposição renhida à sua inicial gestão —e à sua figura.
O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), também viu ganhos e perdas no episódio. Ele fracassou nas reiteradas promessas de que os acampamentos golpistas seriam desfeitos e não foi capaz de detectar com mais precisão o que estava por vir.
Com o caos instalado, entretanto, esteve sempre à frente das iniciativas federais, inclusive na decisão de intervenção, além de mostrar que era acertada a sua defesa interna de uma ação mais vigorosa contra os golpistas —posição que contrastava sempre com a do ministro da Defesa, José Múcio.
O titular da pasta à qual estão subordinadas as Forças Armadas integra a longa lista de derrotados políticos com o episódio.
É dele a infeliz frase, dita no dia 2, de que os acampamentos golpistas eram uma manifestação da democracia, além da equivocada avaliação de que eles seriam desmobilizados naturalmente, com diálogo, sem necessidade de qualquer ato de força.
A lista prossegue com o governador afastado do DF e o seu então secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, bolsonarista que calhou de estar de férias na mesma localidade de Jair Bolsonaro no dia dos ataques.
O ex-presidente é, certamente, um dos principais chamuscados com os atos promovidos por seus admiradores radicais.
Ele consolida novamente sua associação ao extremismo, com o agravante de, em todos esses meses, ter tentado se equilibrar em cima de um muro. Não adotou uma ação direta de estímulo —além das que havia feito antes das eleições— nem uma declaração direta de desmobilização.
Preferiu a mudez ou a dubiedade, coroada com a viagem para Orlando (EUA) às vésperas de deixar o mandato.
Um dos principais aliados de Bolsonaro após deixar a toga, em 2018, depois adversário e mais recentemente novamente aliado, o ex-ministro e ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro chegou a sinalizar apoio aos protestos antidemocráticos momentos antes de cadeiras voarem sobre os vidros da sede dos três poderes.
Em um postagem publicada às 13h22 deste domingo, afirmou que o novo governo havia iniciado a gestão "mais preocupado em reprimir protestos e a opinião divergente do que em apresentar resultados"
Após a baderna instalada em Brasília, publicou nova manifestação afirmando que protestos têm que ser pacíficos e que a oposição precisa ser feita de maneira democrática, respeitando a lei e as instituições.
A lista de políticos ou autoridades que saem enfraquecidas inclui também o procurador-geral da República, Augusto Aras, um aliado de Bolsonaro que se notabilizou por não agir diante de manifestações e atos antidemocráticos do então presidente e de seus aliados.
*Fonte: Folha de São Paulo*
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2023-02-01T05:16:20Z
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*Baderna ocorrida aqui nunca mais vai se repetir, afirma Janja em vídeo* **Porto Velho, RO -**A primeira-dama do Brasil Janja Lula da Silva divulgou, nesta segunda-feira (9), um vídeo que mostra o trabalho de limpeza e restauração da ordem no Palácio do Planalto após os atos de vandalismo ocorridos em todo o prédio. Janja conversou com alguns funcionários da limpeza, que expuseram sua tristeza pelo ocorrido.
O vídeo mostra um Planalto já bem diferente do cenário de guerra visto nas imagens de ontem (8), tudo graças ao trabalho desses funcionários. “A democracia não vai se curvar, e o presidente Lula não vai baixar a cabeça”, disse Janja. “Seguimos trabalhando. O Brasil segue em reconstrução”, afirmou.
Os corredores e salas, antes revirados, sujos e cheios de móveis e objetos quebrados, já tinham novamente aspecto organizado. “A baderna que se deu aqui ontem nunca mais vai se repetir na história do Brasil”, finalizou a primeira-dama.
**Congresso**
Na Câmara dos Deputados e no Senado, o trabalho de limpeza e organização também avançava rápido. O Salão Verde da Câmara já estava limpo na parte da tarde. Funcionários aspiravam o carpete do local.
O sinal da violência sofrida pelo patrimônio nacional, porém, ainda estava ali. A maquete do Congresso Nacional estava danificada. Uma vitrine com vários presentes dados à Câmara por chefes de Estado estrangeiros foi destruída. Só restavam as prateleiras vazias.
No Senado, os espelhos que adornam as paredes do Salão Azul estão quebrados. A máquina de raio X na entrada do local está virada e a entrada do gabinete da presidência do Senado, destruído.
Portas de vidro foram arrancadas e móveis vandalizados, mas os destroços de vidro e a sujeira já haviam sido retirados. Um jornalista se aproximou de um dos funcionários que cuidam da limpeza do Congresso e elogiou o trabalho. Ele apenas agradeceu, acenando com a cabeça, triste e resignado.
Fonte: Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil
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2023-02-04T11:53:02Z
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**SÃO PAULO **- O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, fez um duro discurso nesta terça-feira (10) durante a posse do novo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e afirmou que "todos os responsáveis" pelos atos terroristas ocorridos em Brasília no último domingo (8) serão punidos.
"O Poder Judiciário, o Supremo Tribunal Federal, tenho absoluta certeza, com o apoio dentro da legalidade, da Polícia Federal, as instituições irão punir todos os responsáveis.
Todos. Aqueles que praticaram os atos, aqueles que planejaram os atos, aqueles que financiaram os atos e aqueles que incentivaram por ação ou omissão. Porque a democracia irá prevalecer", disse o ministro que está lidando com os processos ligados aos ataques à democracia.
Durante seu discurso, Moraes ainda repetiu que não há chance de "apaziguamento" com essas pessoas, assim como havia escrito na determinação da madrugada da última segunda-feira (9) quando determinou a prisão de todos os envolvidos na destruição em Brasília e na dissolução dos acampamentos dos bolsonaristas em frente a quartéis das Forças Armadas em todo o país.
Para o ministro, "se o apaziguamento tivesse dado certo, não teríamos tido a Segunda Guerra Mundial" porque a "teoria ou a ideia do apaziguamento ou é por covardia ou por interesses próprios".
"O que nós temos que combater firmemente é o terrorismo.
Temos que combater firmemente as pessoas antidemocráticas, as que querem dar o golpe, as que querem o regime de exceção. Não é possível conversar com essas pessoas de forma civilizada. Essas pessoas não são civilizadas. Basta ver o que fizeram no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e, com muito mais raiva e ódio, no Supremo Tribunal Federal", pontuou ainda.
Moraes também ironizou as reclamações dos mais de mil detidos que estão na Academia Nacional de Polícia Federal e que estavam no acampamento em frente ao quartel do Exército na capital federal.
"Não achem esses terroristas que até domingo faziam baderna e crimes que agora reclamam porque estão presos querendo que a prisão seja uma colônia de férias... Não achem que as instituições irão fraquejar", acrescentou. Moraes também ressaltou que as instituições "não são feitas só de mármore, de cadeira, de mesas, mas de pessoas e de coragem".
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2023-02-04T09:51:56Z
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